Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
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Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
27/05/2008 - 17h34
Transformar plástico em vilão ambiental não faz sentido, dizem cientistas
- Unidades básicas do plástico industrial lembram substâncias típicas dos seres vivos.
- Bastaria aprender como substituir essas unidades para conseguir plástico 'do bem'.
Natalie Angier
Do 'New York Times'
Serge Bloch/NYT
Condenar ou tolerar categoricamente o plástico não faz muito sentido. A cadeia de supermercados Whole Foods, com lojas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá, vai deixar de oferecer a seus clientes a opção da sacola de plástico. Considerando que as sacolinhas “levam mais de mil anos para se decompor” e que “somente nos Estados Unidos, mais de 100 bilhões de sacolas de plástico são descartadas por ano”, a empresa afirmou que não vai, em sã consciência, contribuir para a crise.
Meus parabéns. Mas, agora, quero saber: com o que devo forrar minha lata de lixo? Sempre uso sacolas de plástico de supermercado, e as do Whole Foods eram, de longe, uma das minhas favoritas –- espaçosas e flexíveis o suficiente para suportar uma grande quantidade de lixo sem risco de se romper, o que é sempre vantajoso quando se joga fora, por exemplo, pele de peixe ou sujeira de gato. Se eu tiver que comprar sacolas plásticas aos montes, como isso vai ser melhor para o meio ambiente?
E esqueça as sacolas de papel para esse objetivo. Meu irmão mais velho me lembrou recentemente que, quando éramos mais jovens, forrávamos nossa lata de lixo com papel de jornal, uma solução nada satisfatória – a não ser para as baratas.
Revolução
Há um século, o químico belga Leo Hendrik Baekland liderou uma revolução dos materiais com sua invenção da baquelite, uma resina sintética que era moldada em forma de estojos de rádio, lâmpadas, botões, vestidos e outras coisas. Ficamos fanáticos por plástico desde então. Adoramos o plástico pela sua versatilidade, leveza, força e preço acessível. Condenamos o plástico por ser produto barato do petróleo e tememos nunca nos livrarmos dele.
Apesar disso, cientistas apontam que os tipos de substâncias agrupadas sob o rótulo de “plástico” são tão amplas e diversos que condená-lo ou tolerá-lo categoricamente não faz nenhum sentido. Além disso, esse campo está evoluindo rapidamente, à medida que pesquisadores se esforçam para obter plástico de fontes renováveis, como cana-de-açúcar e grama repicada em lugar de combustível fóssil, e fazer com que suas criações se decomponham quando descartadas no meio ambiente.
“Podemos fazer muitas coisas interessantes, mas é preciso empreender mais pesquisas”, disse James A. Moore, professor de química do Rensselaer Polytechnic Institute. A grande sacada para chegarmos a uma fase verde para a era do plástico, ele afirma, “é aceitarmos que isso vai custar caro”.
Olhando para o meu escritório, vejo o quanto seria difícil viver sem o plástico. Estou digitando em um teclado feito parcialmente de cloreto de polivinilo moldado, que também serve como matéria para o item de plástico mais elementar, o cartão de crédito. Alguns componentes dos dois telefones pretos na minha mesa são feitos de acrilonitrila-butadieno-estireno moldado por injeção, um material com força e rigidez suficientes para resistir à quebra em caso de quebra, e que por isso é usado em capacetes de moto e malas. Meus brincos são feitos de Lucite, um acrílico leve bastante popular entre fabricantes de jóia hoje em dia.
Meu macaquinho de pelúcia na minha estante de livros me observa através de seus olhos pequenos e brilhantes – provavelmente também de acrílico – e seu pêlo falso foi tecido com fibras de poliéster. Minha mesa e minha estante de livros são feitas de tábua de madeira compactada, uma combinação de aparas de madeira e uma resina plástica. Forrando a minha lixeira está, claro, uma sacola de plástico de supermercado e, como a maioria das sacolas de plástico, ela é feita de polietileno, “o plástico de maior volume”, diz Richard A. Gross, professor de química e biologia da Polytechnic University no Brooklyn. Na verdade, tudo o que vejo chega para mim através do plástico, já que seria cega sem a mistura de plásticos da qual são feitas minhas lentes de contato rígidas permeáveis a gás.
Polímeros sintéticos
Tudo isso e as centenas de outros plásticos que recheiam nossos colchões, dão elasticidade aos nossos jeans confortáveis, suturam nossos cortes, obturam nossas cavidades dentais, encapsulam nossas pílulas, substituem nossos membros amputados, iluminam nossos carros e jatinhos e entrelaçam nossos coletes salva-vidas, têm em comum o fato de serem um polímero sintético.
O termo “polímero” se refere a qualquer cadeia molecular longa composta de unidades químicas menores, ou monômeros. Os químicos freqüentemente comparam essas cadeias às continhas de uma pulseira ou, quando vão a um jantar elegante, às pérolas de um lindo colar.
A vida está cheia de polímeros. DNA, proteínas e amidos são moléculas poliméricas, todos são concatenações de moléculas menores. Plásticos são nada mais que polímeros nos quais os humanos, e não a natureza, colocam as continhas. Mas ainda somos joalheiros muito rudimentares. Os polímeros sintéticos no plástico de uma sacola de lixo, por exemplo, são uma fila monótona de um único tipo de bugiganga química, o etileno, enquanto que os polímeros das proteínas em uma pele de peixe são arranjos complexos de até 20 aminoácidos distintos, os monômeros dos quais as proteínas são feitas.
E tem mais, enquanto a natureza sabe como fazer milhares de diferentes polímeros e pode fazê-los com o mesmo comprimento e forma a cada vez, os químicos ainda têm que treinar esse controle refinado sobre sua linha de produção. “A forma como um polímero é tipicamente feito é: você joga os monômeros em uma grande panela e os deixa reagir, em lugar de fabricá-los peça a peça como o corpo humano faz”, disse Elliot P. Douglas, professor associado de ciência de materiais e engenharia da Universidade da Flórida. “Quando fazemos uma mistura, ela tem diferentes comprimentos”.
Corpos uniformes
Mas nossos corpos e nosso plástico são tudo menos monstros contrários uns ao outros. Os polímeros em ambos os casos tendem a ter muitos átomos de carbono, tendo o carbono uma estrutura rapidamente interligável que a torna um componente ideal da vida – das vidas que vivemos hoje e das vidas arcaicas espremidas e sublimadas que constituem os combustíveis fósseis. O carbono também é um elemento constituinte ideal para monômeros para colocar na panela e obter como resultado um produto com propriedades úteis, como elasticidade, aderência, maleabilidade e desprezo pela corrente elétrica.
A razão pela qual o petróleo serve tantas vezes como base para a produção de plástico é que ele oferece uma fonte extremamente concentrada de carbono. Mas carbono é carbono e, com a manipulação adequada, outras fontes naturais convenientes, como grama repicada, dão conta do recado. Adicione cloro à sua cadeia de carbono para obter dureza e resistência a altas temperaturas. Pregue pequenos grupos metila à cadeia de carbono para durabilidade, solidez e resistência a substâncias químicas. Retire sua mistura derretida através de orifícios para formar tubos, mangueiras, canudinhos e fibras. Injete a mistura em moldes em forma de Barbie, Ken ou um pente. Infle como um balão e você terá uma nova sacola. Quando terminar, me entregue: vou fazer bom uso dela.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/
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Calem-se um pouco, ambientalistas chatos!
Transformar plástico em vilão ambiental não faz sentido, dizem cientistas
- Unidades básicas do plástico industrial lembram substâncias típicas dos seres vivos.
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Natalie Angier
Do 'New York Times'
Serge Bloch/NYT
Condenar ou tolerar categoricamente o plástico não faz muito sentido. A cadeia de supermercados Whole Foods, com lojas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá, vai deixar de oferecer a seus clientes a opção da sacola de plástico. Considerando que as sacolinhas “levam mais de mil anos para se decompor” e que “somente nos Estados Unidos, mais de 100 bilhões de sacolas de plástico são descartadas por ano”, a empresa afirmou que não vai, em sã consciência, contribuir para a crise.
Meus parabéns. Mas, agora, quero saber: com o que devo forrar minha lata de lixo? Sempre uso sacolas de plástico de supermercado, e as do Whole Foods eram, de longe, uma das minhas favoritas –- espaçosas e flexíveis o suficiente para suportar uma grande quantidade de lixo sem risco de se romper, o que é sempre vantajoso quando se joga fora, por exemplo, pele de peixe ou sujeira de gato. Se eu tiver que comprar sacolas plásticas aos montes, como isso vai ser melhor para o meio ambiente?
E esqueça as sacolas de papel para esse objetivo. Meu irmão mais velho me lembrou recentemente que, quando éramos mais jovens, forrávamos nossa lata de lixo com papel de jornal, uma solução nada satisfatória – a não ser para as baratas.
Revolução
Há um século, o químico belga Leo Hendrik Baekland liderou uma revolução dos materiais com sua invenção da baquelite, uma resina sintética que era moldada em forma de estojos de rádio, lâmpadas, botões, vestidos e outras coisas. Ficamos fanáticos por plástico desde então. Adoramos o plástico pela sua versatilidade, leveza, força e preço acessível. Condenamos o plástico por ser produto barato do petróleo e tememos nunca nos livrarmos dele.
Apesar disso, cientistas apontam que os tipos de substâncias agrupadas sob o rótulo de “plástico” são tão amplas e diversos que condená-lo ou tolerá-lo categoricamente não faz nenhum sentido. Além disso, esse campo está evoluindo rapidamente, à medida que pesquisadores se esforçam para obter plástico de fontes renováveis, como cana-de-açúcar e grama repicada em lugar de combustível fóssil, e fazer com que suas criações se decomponham quando descartadas no meio ambiente.
“Podemos fazer muitas coisas interessantes, mas é preciso empreender mais pesquisas”, disse James A. Moore, professor de química do Rensselaer Polytechnic Institute. A grande sacada para chegarmos a uma fase verde para a era do plástico, ele afirma, “é aceitarmos que isso vai custar caro”.
Olhando para o meu escritório, vejo o quanto seria difícil viver sem o plástico. Estou digitando em um teclado feito parcialmente de cloreto de polivinilo moldado, que também serve como matéria para o item de plástico mais elementar, o cartão de crédito. Alguns componentes dos dois telefones pretos na minha mesa são feitos de acrilonitrila-butadieno-estireno moldado por injeção, um material com força e rigidez suficientes para resistir à quebra em caso de quebra, e que por isso é usado em capacetes de moto e malas. Meus brincos são feitos de Lucite, um acrílico leve bastante popular entre fabricantes de jóia hoje em dia.
Meu macaquinho de pelúcia na minha estante de livros me observa através de seus olhos pequenos e brilhantes – provavelmente também de acrílico – e seu pêlo falso foi tecido com fibras de poliéster. Minha mesa e minha estante de livros são feitas de tábua de madeira compactada, uma combinação de aparas de madeira e uma resina plástica. Forrando a minha lixeira está, claro, uma sacola de plástico de supermercado e, como a maioria das sacolas de plástico, ela é feita de polietileno, “o plástico de maior volume”, diz Richard A. Gross, professor de química e biologia da Polytechnic University no Brooklyn. Na verdade, tudo o que vejo chega para mim através do plástico, já que seria cega sem a mistura de plásticos da qual são feitas minhas lentes de contato rígidas permeáveis a gás.
Polímeros sintéticos
Tudo isso e as centenas de outros plásticos que recheiam nossos colchões, dão elasticidade aos nossos jeans confortáveis, suturam nossos cortes, obturam nossas cavidades dentais, encapsulam nossas pílulas, substituem nossos membros amputados, iluminam nossos carros e jatinhos e entrelaçam nossos coletes salva-vidas, têm em comum o fato de serem um polímero sintético.
O termo “polímero” se refere a qualquer cadeia molecular longa composta de unidades químicas menores, ou monômeros. Os químicos freqüentemente comparam essas cadeias às continhas de uma pulseira ou, quando vão a um jantar elegante, às pérolas de um lindo colar.
A vida está cheia de polímeros. DNA, proteínas e amidos são moléculas poliméricas, todos são concatenações de moléculas menores. Plásticos são nada mais que polímeros nos quais os humanos, e não a natureza, colocam as continhas. Mas ainda somos joalheiros muito rudimentares. Os polímeros sintéticos no plástico de uma sacola de lixo, por exemplo, são uma fila monótona de um único tipo de bugiganga química, o etileno, enquanto que os polímeros das proteínas em uma pele de peixe são arranjos complexos de até 20 aminoácidos distintos, os monômeros dos quais as proteínas são feitas.
E tem mais, enquanto a natureza sabe como fazer milhares de diferentes polímeros e pode fazê-los com o mesmo comprimento e forma a cada vez, os químicos ainda têm que treinar esse controle refinado sobre sua linha de produção. “A forma como um polímero é tipicamente feito é: você joga os monômeros em uma grande panela e os deixa reagir, em lugar de fabricá-los peça a peça como o corpo humano faz”, disse Elliot P. Douglas, professor associado de ciência de materiais e engenharia da Universidade da Flórida. “Quando fazemos uma mistura, ela tem diferentes comprimentos”.
Corpos uniformes
Mas nossos corpos e nosso plástico são tudo menos monstros contrários uns ao outros. Os polímeros em ambos os casos tendem a ter muitos átomos de carbono, tendo o carbono uma estrutura rapidamente interligável que a torna um componente ideal da vida – das vidas que vivemos hoje e das vidas arcaicas espremidas e sublimadas que constituem os combustíveis fósseis. O carbono também é um elemento constituinte ideal para monômeros para colocar na panela e obter como resultado um produto com propriedades úteis, como elasticidade, aderência, maleabilidade e desprezo pela corrente elétrica.
A razão pela qual o petróleo serve tantas vezes como base para a produção de plástico é que ele oferece uma fonte extremamente concentrada de carbono. Mas carbono é carbono e, com a manipulação adequada, outras fontes naturais convenientes, como grama repicada, dão conta do recado. Adicione cloro à sua cadeia de carbono para obter dureza e resistência a altas temperaturas. Pregue pequenos grupos metila à cadeia de carbono para durabilidade, solidez e resistência a substâncias químicas. Retire sua mistura derretida através de orifícios para formar tubos, mangueiras, canudinhos e fibras. Injete a mistura em moldes em forma de Barbie, Ken ou um pente. Infle como um balão e você terá uma nova sacola. Quando terminar, me entregue: vou fazer bom uso dela.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/
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Calem-se um pouco, ambientalistas chatos!

Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
É... Achei a reportagem um tanto quanto desonesta...
Certo, os plásticos são estruturalmente semelhantes à polímeros naturais. Mas e daí? Qualquer um que estudou um pouco de bioquímica sabe que as enzimas que decompões os polímeros naturais são extremamente específicas, logo, não basta ser parecido, tem que ser quase igual!
Por exemplo, apesar da celulose ser um composto de glucose (açucar comum), o corpo humano não é capaz de degradá-lo. A celulose só se decompões por ação de enzimas bacterianas. Se tais enzimas não existissem, o papel seria algo tão indestrutível quanto plástico.
O problema dessa reportagem é que ele generaliza a classe dos plásticos biodegradáveis, o que é uma falha grave visto que quase todas sacolinhas de mercado não sã feitas desses materiais.
Certo, os plásticos são estruturalmente semelhantes à polímeros naturais. Mas e daí? Qualquer um que estudou um pouco de bioquímica sabe que as enzimas que decompões os polímeros naturais são extremamente específicas, logo, não basta ser parecido, tem que ser quase igual!
Por exemplo, apesar da celulose ser um composto de glucose (açucar comum), o corpo humano não é capaz de degradá-lo. A celulose só se decompões por ação de enzimas bacterianas. Se tais enzimas não existissem, o papel seria algo tão indestrutível quanto plástico.
O problema dessa reportagem é que ele generaliza a classe dos plásticos biodegradáveis, o que é uma falha grave visto que quase todas sacolinhas de mercado não sã feitas desses materiais.
E se não existissem perguntas hipotéticas?
- King In Crimson
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Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
glucose (açucar comum)
O açúcar comum não seria sacarose (fruto+glicose)?
Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
King In Crimson escreveu:glucose (açucar comum)
O açúcar comum não seria sacarose (fruto+glicose)?
Falha de digitação, heheheh! Putz, relendo, pareçia que estava digitando bêbado! Ou será que foi ato falho? Glicose em ínglês é glucose... Mas me corrigindo e adicionando algumas coisas para dar mais precisão ao texto:
A celulose é um composto de glicose (que forma a sacarina,o açucar de cana, quando ligado a uma frutose), assim como o amido. Os dois polisacarídeos são formados pelo mesmo monômero, mas o corpo humano só é capaz de degradar o segundo.
valeu pelo toque!
E se não existissem perguntas hipotéticas?
Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
Koga escreveu:É... Achei a reportagem um tanto quanto desonesta...
Certo, os plásticos são estruturalmente semelhantes à polímeros naturais. Mas e daí? Qualquer um que estudou um pouco de bioquímica sabe que as enzimas que decompões os polímeros naturais são extremamente específicas, logo, não basta ser parecido, tem que ser quase igual!
Por exemplo, apesar da celulose ser um composto de glucose (açucar comum), o corpo humano não é capaz de degradá-lo. A celulose só se decompões por ação de enzimas bacterianas. Se tais enzimas não existissem, o papel seria algo tão indestrutível quanto plástico.
O problema dessa reportagem é que ele generaliza a classe dos plásticos biodegradáveis, o que é uma falha grave visto que quase todas sacolinhas de mercado não sã feitas desses materiais.
O problema desse tipo de reportagem, além desses que vc apontou, é: Tá. É lindo, mesmo que nós saibamos que podemos fazer o plástico biodegradável da rebimboca da parafuzeta, ele não existe no momento e temos toneladas de plástico entulhando esgotos, oceanos e não decompondo, isso é fato e está acontecendo NOW. E não me digam que é exagero, ou alarmismo, ou que somos bonzinhos inocentes, depois do que eu vi nas belas praias, quase desertas, da Costa Rica. É muito plástico e óleo junto entulhando as praias e boaindo mar! Ilhas gigantes de plastico nojento! Lixo humano.
Tem mais é que parar de disponibilizar essas malditras sacolinhas mesmo. Qualquer país civilizado e culto não usa mais isso, ou então, cobra os olhos da cara pelo mesmo. Parece que o Novo Mundo ainda resiste fazendo dos oceanos sua lata de lixo plástico.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
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Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
O primeiro mundo tem mais carro para carregar as sacolinhas de papel que não são muito resistentes ( por isto começaram a fabricá-las de plástico por aqui).
Da mesma forma que antigamente( 40 anos atrás)se jogava o lixo direto dentro dos latões de lixo que ficavam nas calçadas, enchendo de baratas, cheirando mal no verão tropical, sendo remexidos por mendigos e revirados por cães "vira-latas". A rua mais parecia um resto de feira da Idade Média.
Sem contar os pobres lixeiros que as esvaziavam, deixando cair lixo no chão ( e tendo que juntar tudo correndo, se contaminando e vendo e cheirando todo tipo de coisa.
Depois do plástico, esta falta de higiene foi minimizada.
Acho que não há no horizonte curto como se ver livre ( sem perdas por outro lado) das sacolas de lixo. Basta que sejam ou mais biodegradáveis ou recicladas mesmo, virando outros produtos de uso prático.
Se formos pelo argumento da inviabilidade do plástico, o que faremos também com as milhões de embalagens descartáveis com as quais lidamos todos os dias? Passar a embalar tudo em vidro ( que é muito mais pesado e perigoso no trato diário, inclusive pelas crianças)? Papelão em embalagem pack? E aquela cobertura por dentro? É inofensiva e biodegradável? Gostaria de saber mesmo...
Da mesma forma que antigamente( 40 anos atrás)se jogava o lixo direto dentro dos latões de lixo que ficavam nas calçadas, enchendo de baratas, cheirando mal no verão tropical, sendo remexidos por mendigos e revirados por cães "vira-latas". A rua mais parecia um resto de feira da Idade Média.
Sem contar os pobres lixeiros que as esvaziavam, deixando cair lixo no chão ( e tendo que juntar tudo correndo, se contaminando e vendo e cheirando todo tipo de coisa.
Depois do plástico, esta falta de higiene foi minimizada.
Acho que não há no horizonte curto como se ver livre ( sem perdas por outro lado) das sacolas de lixo. Basta que sejam ou mais biodegradáveis ou recicladas mesmo, virando outros produtos de uso prático.
Se formos pelo argumento da inviabilidade do plástico, o que faremos também com as milhões de embalagens descartáveis com as quais lidamos todos os dias? Passar a embalar tudo em vidro ( que é muito mais pesado e perigoso no trato diário, inclusive pelas crianças)? Papelão em embalagem pack? E aquela cobertura por dentro? É inofensiva e biodegradável? Gostaria de saber mesmo...

Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
Apo escreveu:O primeiro mundo tem mais carro para carregar as sacolinhas de papel que não são muito resistentes ( por isto começaram a fabricá-las de plástico por aqui).
Da mesma forma que antigamente( 40 anos atrás)se jogava o lixo direto dentro dos latões de lixo que ficavam nas calçadas, enchendo de baratas, cheirando mal no verão tropical, sendo remexidos por mendigos e revirados por cães "vira-latas". A rua mais parecia um resto de feira da Idade Média.
Sem contar os pobres lixeiros que as esvaziavam, deixando cair lixo no chão ( e tendo que juntar tudo correndo, se contaminando e vendo e cheirando todo tipo de coisa.
Depois do plástico, esta falta de higiene foi minimizada.
Acho que não há no horizonte curto como se ver livre ( sem perdas por outro lado) das sacolas de lixo. Basta que sejam ou mais biodegradáveis ou recicladas mesmo, virando outros produtos de uso prático.
Se formos pelo argumento da inviabilidade do plástico, o que faremos também com as milhões de embalagens descartáveis com as quais lidamos todos os dias? Passar a embalar tudo em vidro ( que é muito mais pesado e perigoso no trato diário, inclusive pelas crianças)? Papelão em embalagem pack? E aquela cobertura por dentro? É inofensiva e biodegradável? Gostaria de saber mesmo...
Apo, vc está misturando alhos com bugalhos. Para alocar o seu lixo urbano em sacos plásticos de lixo não é preciso que os mercados forneçam toneladas de sacolinhas plásticas que vagam pelos chãos das cidades, entopem bueiros e param no fundo do mar. São coisas completamente distintas. Pra jogar seu lixo existem sacos plasticos de lixo próprios, que são maiores, mais finos, menos resistentes, e servem pra isso. Neles vc pode despejar um volume de lixo muito maior do que nessas malditas sacolinhas. Na Europa eles tb usam um plástico para forrar suas lixeiras, sim, esse mesmo saco plástico de lixo, geralmente um grande de 5 litos, 10 ou 20 litros, que de uma vez só consome um monte das nossas sujeiras, e não pingado como essas sacolinhas infelizes. Apo o problema é o volume de lixo que uma criatura sozinha produz, cada vez na semana que um de nós para pra comprar uma betseira na venda, n mercadinho, na perfumaria ou na americanas volta com dezenas de sacolinhas pásticas, multiplica isso pelo número de habitantes de uma cidade e caia dura. Pense ainda que a infima minoria deles pensou nas sacolinhas e que fim elas teriam, diferente de você. É florida! Além do mais elas não são são usadas apenas pra jogar lixo fora, não. Eu aboli, comprei uma sacola de pano e uso pra fazer compras, e quer saber? Ainda não me livrei de todas as infinitas sacolinhas que tem aqui em casa.
As nossas embalagens de plástico do Novo Mundo também vão parar no mar e nas prais e ilhas, o mar e praias são o lixão das cidades. Uma saída pra isso foi a reciclagem, que é levada á sério na maioria dos países da Europa. A Espanha ainda é meio escrotona, mas ainda assim, bem melhor que o Novo Mundo. No Brasil, temos uma boa tentativa com garrafas pets, mas insistimos de forma compacta na ignorância e aculturamento. A Natura sai inovadora com o uso do refil, mas ainda assim continua produzinfo o refil em um pequeno recipiente plástico totalmente desnecessário. Os biodegradáveis funcionam muito bem, mas custam caro, e cá entre nós, um recipente plástico pode ser reutilizado muitas vezes sem que precisemos de novas embalagens, tudo é questão de cultura, conscientização e educação, mas imagina, se as pessoas resistem em ter algumas lixeirinhas diferentes pra separar o lixo orgânico, o plástico e o papel que dirá reciclagem de recipientes plásticos!
Nesse ponto Manaus sai pioneira e merece parabéns, é a única cidade do Brasil na qual estive estive onde vi coleta seletiva de lixo semanal! Parabéns para Manaus!
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
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Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
Anna escreveu:Apo, vc está misturando alhos com bugalhos. Para alocar o seu lixo urbano em sacos plásticos de lixo não é preciso que os mercados forneçam toneladas de sacolinhas plásticas que vagam pelos chãos das cidades, entopem bueiros e param no fundo do mar.
É, pode ser. Mas aqui se usa as tais sacolinhas para lixo mesmo. Não vejo muito sacola de lixo vagando pelo chão, talvez nas vilas ( as favelas daqui). Nossa coleta de lixo é bastante eficiente. Na capital não se pode colocar lixo em qualquer lugar, apenas em lixeiras distantes do chão ) para evitar que cachorros e gatos fucem neles. O hábito do gaúcho de usar sacola de supermercado para ensacar o lixo já é tradicional. Em geral, juntamos alguns destes pequenos lixos( muitos separam as embalagens de lixo reciclavel em sacos separados) e depositamos dentro de um grandão ( 20, 30, 50 ou 100 l), que é depositado em lixeiras em áreas especiais dentro dos condomínios e depois levadas até lixeiras grandes na calçada ( individuais no caso de casas). A maioria dessas sacolas provêm de supermercado mesmo ( as pessoas geralmente fazem compras semanalmente, este é o hábito que domina ). Não tem como ficar carregando a pé sacolinha de pano em 10 viagens. Bota tudo dentro do carro e descarrega em casa. Mas que diferença faz comprar 30 sacos por mês ou 1 por dia? A quantidade é a mesma. Mas só quem mora perto do lugar que faz as compras pode carregar sacolinha diariamente ( de pano no caso).
São coisas completamente distintas. Pra jogar seu lixo existem sacos plasticos de lixo próprios, que são maiores, mais finos, menos resistentes, e servem pra isso.
Os sacões de lixo azuis, verdes e pretos são mais finos que sacolinhas? Não, são muito mais grossos e resistentes.
Neles vc pode despejar um volume de lixo muito maior do que nessas malditas sacolinhas.
Mas não trata-se da mesma coisa. Uma coisa é carregar uma quantidade pequena, de gêneros diferentes, organizados em sacolas separadas, com o peso distribuído pelos membros da família, por ex. Outra é um sacão único com tudo misturado. Uma coisa é fazer compras, outra é organizar o lixo e ir se desfazendo dele aos poucos ( uma questão de higiene) e outra é armazenar um monte de lixo num único saco durante dias, juntando bicho. Nem todos têm casa e pátio. Os apartamentos são pequenos. É preciso limitar os volumes.
Na Europa eles tb usam um plástico para forrar suas lixeiras, sim, esse mesmo saco plástico de lixo, geralmente um grande de 5 litos, 10 ou 20 litros, que de uma vez só consome um monte das nossas sujeiras, e não pingado como essas sacolinhas infelizes.
Não entendi...na Europa? Aqui também forramos as lixeiras ( as internas, ou do banheiro ou da cozinha, ou do escritório, enfim). 5 litros é um micro-saco, Anna. Só dá para lixeirinha. Mesmo assim, que diferença faz um saco preto de 10 litros ou uma sacola branca de supermercado? E não costumas ter lixeiras forráveis na calçada. Só aquelas aramadas, que recebem os sacos das unidades condominiais.
Apo o problema é o volume de lixo que uma criatura sozinha produz, cada vez na semana que um de nós para pra comprar uma betseira na venda, n mercadinho, na perfumaria ou na americanas volta com dezenas de sacolinhas pásticas, multiplica isso pelo número de habitantes de uma cidade e caia dura.
E cada membro da família deve carregar consigo para o trabalho, enfiado em algum canto da roupa, uma sacola de tecido, para eventualmente passar na padaria ou na farmácia e no super? Como, no mundo atual, fazer isto? Não consigo ver este quadro.
Pense ainda que a infima minoria deles pensou nas sacolinhas e que fim elas teriam, diferente de você. É florida!
Pensando ou não, como mudar esta situação em metrópoles? É o único jeito. Pouco peso, pouco volume, higiênico, não vaza, tem alça e é reciclável. Faze o quê?
Além do mais elas não são são usadas apenas pra jogar lixo fora, não. Eu aboli, comprei uma sacola de pano e uso pra fazer compras, e quer saber? Ainda não me livrei de todas as infinitas sacolinhas que tem aqui em casa.
Inviável. Isto me parece o tempo da minha avó em que se chegava do trabalho às 5, as crianças voltavam andando para casa da escola, e todos os dias íamos na vendinha da esquina ou na padaria "do alemão", comprar linguíça, pão e leite de garrafa). No outro dia, tudo de novo. Ou na feira no fim da rua. O mundo é outro hoje...Não que eu não me irrite com o excesso de embalagens que brotam de todos os lados depois que descarregamos as compras. Mas na hora de carregar, não tem outro jeito. Sem contar a coisa do vidro. O plástico é muito mais seguro e muito mais leve. Não podemos ter tudo ao mesmo tempo. Estas trocas de um material por outro sofreram para facilitar a vida moderna, em que feira não é mais o lugar onde as pessoas praticamente viviam, depois de suas cozinhas.
As nossas embalagens de plástico do Novo Mundo também vão parar no mar e nas prais e ilhas, o mar e praias são o lixão das cidades.
Porque as pessoas as jogam onde não devem. Quando era vidro era vidro. Um perigo. Povo educado não joga coisa alguma nas águas. E governo organizado usa os impostos para educar e administrar a coleta de lixo ( com filtros nos afluentes, estações de recolhimento antes que cheguem aos rios e mar, dragagem).
Uma saída pra isso foi a reciclagem, que é levada á sério na maioria dos países da Europa. A Espanha ainda é meio escrotona, mas ainda assim, bem melhor que o Novo Mundo. No Brasil, temos uma boa tentativa com garrafas pets, mas insistimos de forma compacta na ignorância e aculturamento.
Que eu saiba muitos brasileiros vivem de catar sucata e entregam nas "usinas" de pré-reciclagem. Desde latinhas, garrafas e embalagens, tudo faz parte de um mercado de trabalho bastante atuante. Pelo menos aqui.
A Natura sai inovadora com o uso do refil, mas ainda assim continua produzinfo o refil em um pequeno recipiente plástico totalmente desnecessário.
Não é só a Natura! Quase toda indústria de bens de higiene, limpeza e alimentos dispõem de refis. De que seriam senão de plástico ou papelão com forração impermeável?
Os biodegradáveis funcionam muito bem, mas custam caro
Por que custam caro? Porque o governo não apóia, só finge que apóia. Não há vontade política mesmo, só papo furado de ministério politicamente correto ( só em propagandinha que gasta uma fortuna e não encontra respaldo em órgãos tecnicamente organizados para executar o trabalho final). O problema do Brasil é que sobra papo, mas falta empenho em pesquisa e execução.
, e cá entre nós, um recipente plástico pode ser reutilizado muitas vezes sem que precisemos de novas embalagens, tudo é questão de cultura, conscientização e educação, mas imagina, se as pessoas resistem em ter algumas lixeirinhas diferentes pra separar o lixo orgânico, o plástico e o papel que dirá reciclagem de recipientes plásticos!
Aqui é preciso cuidado. Muita gente que compra , por exemplo, geléia ou requeijão guarda os potes para usar como utensílio doméstico. O que acho ótimo. Mas dependendo do conteúdo, consta da embalagem bem claro que aquilo não pode ser reaproveitado, o que é muito certo. Muitos acidentes já ocorreram com envenamento por causa de reutilização.Mas fora isto, as pessoas reutilizam e muito!
Nesse ponto Manaus sai pioneira e merece parabéns, é a única cidade do Brasil na qual estive estive onde vi coleta seletiva de lixo semanal! Parabéns para Manaus!
Ué, aqui também tem, faz anos. Não em todos os bairros, mas em grande parte deles. Uma vez por semana. Aliás, temos problemas com carroceiros, mas eles fazem este trabalho muito eficientemente. Coisas recicláveis não ficam muitas horas paradas nas lixeiras nas calçadas. Eles recolhem tudo, inclusive nas pequenas praias do litoral. Sempre tem alguém "limpando" o que é reaproveitável.
Acho que temos este problema, como outros dos tempos atuais. Mas não vejo como sair disto, a não ser pela educação do povo e pelo exemplo do Estado.

Re: Cientistas: " Plástico não é vilão ambiental ".
O problema nem é o reaproveitamento que se faz das sacolinhas, mas o fato delas serem produzidas em tão grande quantidade.
Podemos fazer uma estimativa rápida de cabeça:
-Vou ao mercado 2 vezes por semana e saio carregando em média 3 sacolas;
-Me é oferecida uma diariamente na padaria;
-Cada vez que compro algo me é oferecido uma sacola (talvez umas 5 por mês?)
Isso dá umas 70 sacolas por mês (conta bem aproximada!).
-Para me livrar do lixo, uso 1 por dia na cozinha, 2 por semana no banheiro e outra por semana no escritório.
Isso dá umas 40.
Ou seja, no final, tenho 30 sacolas sobrando por mês se pegasse todas as sacolas que me são oferecidas. Se isso se repetir com quase toda população,veremos que a quantidade de sacolas que deve ir direto pro lixo depois de ter sido usada só para carregar compras é imensa! Um desperdício enorme de energia e de petróleo e um custo inimaginável para o ambiente. Depois de fazer um conta dessas, passei a usar sacolas de pano no mercado, heh!
Temos que diminuir (e se possível, eliminar)o uso dessas sacolinhas. Não acho que seja um hábito essencial. Além disso, não creio que seu abandono seja tão incômodo.
Sacolas de pano são mais práticas e cômodas para quem compra pouco e/ou mora perto de um mercado do que as sacolinhas de plástico. Para quem usa carro, caixas são bem mais práticas que sacolinhas.
Podemos fazer uma estimativa rápida de cabeça:
-Vou ao mercado 2 vezes por semana e saio carregando em média 3 sacolas;
-Me é oferecida uma diariamente na padaria;
-Cada vez que compro algo me é oferecido uma sacola (talvez umas 5 por mês?)
Isso dá umas 70 sacolas por mês (conta bem aproximada!).
-Para me livrar do lixo, uso 1 por dia na cozinha, 2 por semana no banheiro e outra por semana no escritório.
Isso dá umas 40.
Ou seja, no final, tenho 30 sacolas sobrando por mês se pegasse todas as sacolas que me são oferecidas. Se isso se repetir com quase toda população,veremos que a quantidade de sacolas que deve ir direto pro lixo depois de ter sido usada só para carregar compras é imensa! Um desperdício enorme de energia e de petróleo e um custo inimaginável para o ambiente. Depois de fazer um conta dessas, passei a usar sacolas de pano no mercado, heh!
Temos que diminuir (e se possível, eliminar)o uso dessas sacolinhas. Não acho que seja um hábito essencial. Além disso, não creio que seu abandono seja tão incômodo.
Sacolas de pano são mais práticas e cômodas para quem compra pouco e/ou mora perto de um mercado do que as sacolinhas de plástico. Para quem usa carro, caixas são bem mais práticas que sacolinhas.
E se não existissem perguntas hipotéticas?