Acauan escreveu:clara campos escreveu:Sinceramente Aza, não preciso de gostar do islão para achar que ele não é a encarnação do mal.
Os meios de comunicação de massa não transmitem a mais mínima idéia da verdadeira ameaça que o Islã representa para a civilização ocidental, principal e particularmente a européia.
Enquanto todos olham os mortais espetáculos pirotécnicos promovidos pela Al Qaeda e congêneres, organizações que podem ser combatidas e esmagadas com o uso combinado da força bruta e dos serviços de inteligência ocidentais, uma outra infiltração muito mais sutil e, por isto mesmo, mais eficiente, conquista espaços no Ocidente sem encontrar qualquer tipo de resistência, uma vez que todas as armas defensivas desta civilização apontam contra a vertente ideológica e revolucionária do Islã.
Esta vertente ideológica e revolucionária, responsável por todas as ações terroristas de inspiração islâmica, utiliza os chamados "Versos da Espada", as famosas incitações guerreiras do Corão, para recrutar buchas de canhão e tirar proveito da motivação religiosa para manipular as massas e executar um objetivo eminentemente político.
Os Versos da Espada revelam ao espectador ocidental mal informado um Islã grosseiro, brutal e culturalmente inferior, ou seja, o último tipo de influência contra a qual se preocuparia em desenvolver alguma resistência intelectual ou espiritual mais elaborada.
Para este espectador é completamente desconhecida a existência de uma cultura islâmica superior, formatada por um processo histórico civilizacional único que investigou das profundezas da individualidade (sufismo) até a sistematização universal das relações humanas (sharia).
O próprio Corão é uma recitação que fala aos fiéis antes pela sonoridade de sua poesia do que pelo significado de seus textos, uma doutrina com conteúdos subjetivos tão ou mais amplos que os objetivos.
Por conta destes e outros fatores, sociedades secretas ocidentais são formatadas a partir de misticismos de origem islâmica, sem que, muitas vezes, seus praticantes tenham a mais mínima desconfiança disto.
Em uma época em que o Ocidente despreza e abandona seus poderosos valores, adotando relativismos que criam vácuos na coerência estrutural desta civilização, um Islã desprezado como uma doutrina de malucos suicidas ocupa silenciosamente estes vácuos.
Acauan até receio afirmar o que se segue pois teno a certeza que será mal interpretado, mas enfim, riscos da comunicação.
Eu concordo contigo.
Penso que possuo um conhecimento do islão que vai bem além do conhecimento empírico e mediático, principalmente por ser grande amiga de alguns muçulmanos iluminados, que não se negam a debates honestos e desconfortáveis.
Este conhecimento que possuo, ou a interpretação que dele faço, permite-me concordar contigo num ponto: o islão enquanto teologia, enquanto foco de poder de valores é absolutamente subvalorizado, substimado e desprezado pelo ocidente.
Por outro lado, a sua dimensão bélica, efervescente e brutal é absolutamente sobrevalorizada e sobreestimada.
Mais uma vez advogo que este completo desvio do cerne da questão é perigoso.