user f.k.a. Cabeção escreveu:
Não foi bem disso que eu falei.
O marxismo tem lá seu ponto de vista histórico reducionista aos conflitos de classes, e acho importante ser ensinado junto com os outros modelos, inclusive os mais abrangentes.
Mas o marxismo tem a sua grande conclusão não no materialismo histórico, mas no determinismo histórico, o grande fazedor de merdas.
Mas o que eu quis dizer é se você não concorda que a função de um educador se estende a ensinar os erros que ele próprio cometeu, para que as futuras gerações não repitam.
E, seria demais querer que você apoiasse causas ultra-liberais, eu não sou tão ingênuo. Mas acho importante a experiência de pessoas que viveram movimentos marxistas e conhecem bem onde eles vão parar.
Não acho mesmo que o marxismo seja uma simplificação. A minha admiração por Marx se dá mais no contexto de filósofo do que no de político e cinetista social (por mais que o velho barbudo vá me dizer que as três coisas se misturam).
Enquanto ideário político, aí sim "a história da humanidade é a história da luta de classes", o que, na prática, é mais um recurso retórico para excitar as mentes que sirvam como força revolucionária.
Para mim, o foco central do Marxismo, e o que o torna, sob a minha ótica, a doutrina político-filosófica e o referencial metodológico mais abrangente que eu já tive contato, é o Materialismo Dialético. Esse complemento essencial do ideário Hegeliano é a chave da ideologia marxista: o ser existe enquanto movimento. É a partir deste ideário que Marx, com seus ideais teleológicos/judeus/messiânicos, que Marx pode referir uma nova sociedade, embasada sob novos valores.
Bom, depois podemos fazer um tópico sobre marxismo. Este aqui é sobre a Bolívia.