Wallace escreveu:Ôh Botânico,
Leva a mal não, mas não sei o que é pior, se esta estória de ateu crente ou de gente com mais de dois neurônios que acredita em espiritismo!!!!
Sabe seu Wall ace
Nós precisamos de referenciais em nossas vidas para que possamos vivê-las, seja em sociedade ou não. Mesmo um eremita precisa saber o que vai coletar para comer, se curar de feridas, o que serve para fazer fogo ou como fazer um abrigo, etc e tal... Então ele tem de confiar em informações obtidas de alguma fonte ou corre sério risco de ter uma vida muito curta...
Da mesma forma que temos por aqui e por ali os ditos ateus e céticos e, pelo fato de serem descrentes, se acham superiores intelectualmente aos outros, isso também denota um referencial em suas vidas.
Pois bem, cresci numa família espírita, nada estudiosa a respeito do assunto e quando quis saber mais, busquei saber por minha conta mesmo. Ou seja, o que sei, não foi me passado "por osmose familiar" e sim por estudo e reflexão. Tive alguns contatos com outras religiões (Adventistas e Testemunhas de Jeová), mas seus ensinamentos são muito falhos e ilógicos. Não me animaram em nada para que eu deixasse o Espiritismo por conta delas.
Depois li mais de 50 obras cristãs anti-espíritas, mas elas simplesmente se copiavam umas às outras, falavam um monte de asneiras e deixam a desejar quanto a provar o que diziam. Em 2001 fiquei mais esperançoso: descobri os céticos. Eles se vendiam (e se vendem até hoje) como pessoas lógicas, racionais, inteligentes, perspicazes e muito afinadas com a Ciência. Então beleza! Agora sim viria uma novidade: a refutação do Espiritismo pelo viés científico.
Mas a decepção não tardou a vir: repetiam eles os mesmos lugares comuns dos cristãos anti-espíritas. E para piorar, descobri que de céticos, só tinham o nome, pois constatei que eram (e são ainda) pessoas MUITO CRÉDULAS. Tal como os religiosos, os céticos creem piamente numa declaração, escrito ou formulação se o ponto de vista for favorável ao pensamento deles, pois mais questionáveis que sejam as colocações apresentadas.
Eu me sinto confortável em crer no Espiritismo, seu Wall, quando me lembro dos vários cientistas que pesquisaram os fenômenos mediúnicos, inclusive para desmascará-los e denunciar a farsa, mas que no fim admitiram serem autênticos. Como já disse mais de uma vez por aqui, foram VÁRIOS cientistas, lidando com DIFERENTES MÉDIUNS, ao longo de 80 anos, tendo eles inclusive DESMASCARADO os farsantes, etc e tal. A comunidade cética, em nome do ceticismo, EXIGE que eu CREIA que:
1) Tudo isso foi uma CONSPIRAÇÃO coletiva, orquestrada por esses cientistas, visando divulgar uma coisa que eles sabiam ser uma baita mentira, SEM NENHUM MOTIVO PLAUSÍVEL, uma vez que falar em Espiritismo era mais motivo para um cientista se ver desprestigiado entre seus pares do que valorizado.
ou
2) Que esses cientistas, apesar de seus créditos acadêmicos, eram acometidos de uma estranha burrice quando iam lidar com os médiuns.
ou
3) Que os métodos investigativos do passado eram falhos e deficientes. Fosse hoje... ah! A coisa ia ser muito diferente (a Suyndara pode falar melhor quanto a isso).
ou
4) Que todos os médiuns investigados e declarados autênticos eram mágicos habilidosíssimos, que enganavam os cientistas com truques bobos e infantis (precisa ser um mágico habilidoso para isso?). Pena que até hoje nenhum cético soube me descrever como eram esses truques bobos e infantis e como foram produzidos, lendo-se os protocolos e a descrição dos experimentos e resultados observados...
Então, meu caro Wall
Até que os apologistas cristãos e/ou a comunidade cética melhorem os seus argumentos, vou continuar acreditando no Espiritismo, mesmo que me reste só um neurônio...