o pensador escreveu:extremófilo escreveu:"Um ser infinito tem probabilidade máxima de existir porque Ele contém intrinsecamente todas as informaçâo empiricamente mensuráveis.Esta é basicamente a síntese de meu argumento."
Acho que se pode resumir a frase como "um ser infinito é empiricamente mensurável", porque, todos já sabemos que o pensador defende que "ele" existe, e se tal ser "contém" essas informações todas, que são "empiricamente mensuráveis", pode se dizer que ele é empiricamente mensurável.
Mensurável, ao mesmo tempo que é infinito, obviamente.
Bem, eu não tenho exatamente uma objeção, mas na verdade, um complemento. Infinitos seres infinitos tem probabilidade absoluta de existirem, porque, citando o próprio pensador, todos eles contém intrinsicamente a totalidade das informações empiricamente mensuráveis.
Ou seja, todos os infinitos seres inifinitos são empíricamente mensuráveis, o que corrobora a versão mais extremada do politeísmo de forma cabal. E como se não fosse bom o bastante, nos livra do grotesco do argumento da causa primeira, que toma como pressuposto (sem no entanto demonstrá-lo) que as somatória das conseqüências é maior que a das causas, como se houvesse uma "causa ancestral comum universal" (uma raramente mencionada imposição da lógica evolucionista-darwinista à teologia monoteísta, como pretensa justificativa).
Quando na verdade, a maior probabilidade é que haja apenas alguma flutuação das proporções de causas para conseqüências ao longo do tempo-espaço, sem no entanto haver alguuma singularidade causal, inexplicável, reducionista e materialista ao extremo, sugerida apenas por comodismo intelectual daqueles que movidos pelas suas ideologias pessoais, preferem excluir tanto quanto for possivel do divino no universo. Que é claro, não se importam com seus problemas lógicos, muito menos com as conseqüências morais desse alegado fato.
Somadas todas relações causais, as suas respectivas conseqüências diretas, reducionisticamente previsíveis, mais os fenômenos emergentes das interrelações humanamente imprevisíveis dessas cadeias de eventos, têm-se evidenciado empiricamente a probabilidade total da existência de toda uma infinitude de seres infinitos.
Tua teoria está equivocada pelas seguintes razôes:
1)Um universo no qual existam múltiplos seres finitos seria um sistema isolado completamente unívoco e uniforme,
contrariando a experiência científica universal acerca da multiplicidade de sistemas abertos consituíntes de nosso universo e cuja existência é equívoca e múltipla.
Não se considerarmos a infinitude do sistema em questão. O infinito não tem adjacências nem nada o separando de coisa alguma, é a totalidade inesgotável da realidade, não está isolado de coisa alguma, pois não há nada além.
A uniformidade do universo não é previsível dessas premissas que eu coloquei, muito pelo contrário.
o pensador escreveu:Logo se considerarmos somente nossa dimensâo só pode existir um Ser infinito assim como,analogamente,só pode existir uma reta infinita caso duas semriretas infinitas coexistam num mesmo plano.
Um ser infinito não é unidimensional, é multidimensional, logo não há como haver isso de "somente na nossa dimensão pode existir um ser infinito". Nós não temos uma única dimensão, temos quatro, as três dimensões temporais mais a espacial.
Essas suas comparações com simples geometria estão equivocadas, primeiramente pela própria natureza da geometria, uma tentativa de aproximação do mundo real, muito útil para diversas áreas do conhecimento e aplicações diversas, mas insuficiente e inapropriada para uma análise verdadeiramente acurada da integralidade do universo como fenômeno em si.
Semi-retas infinitas, por exemplo, são todas matematicamente "infinitas" a despeito do seu tamanho no mundo real, simplesmente porque pode-se dividí-las teoricamente em infinitas frações, mas na prática, isso não ocorre; a realidade é quântica.
o pensador escreveu:2)Num sentido horizontal e retilíneo a semi reta infinita poderia coexistir com seres finitamente complexo continuamente gerados e derivados da mesma sem se identificar com eles.
Sua complexidade permaneceria infinita desde que a mesma tenha ponto de origem sem ter nenhum ponto de destino em seu comprimento retilíneo.
No entanto um Ser infinito jamais poderia coexistir com outro Ser infinito visto que isso unificaria suas identidades tornando-os efetivamente um único Ser infinito,como a soma de duas semiretas infinitas resulta numa única reta infinita.
Boa parte do que está dizendo aí incorre em erros derivados das super-simplificações que confiam demais na validade de modelos matemáticos/geométricos para explicar coisas dessa natureza.
A infinitude de seres infinitos não é anulada pela sua mera "sobreposição". Quanto é "infinito menos um"? Ainda é infinito.
Os seres infintos não apenas seqüências numéricas numa reta, que se sobrepostas, podem ser consideradas uma só. Isso leva em consideração apenas atributos meramente numéricos, artificiais, quando a realidade é muito mais complexa e não pode ser simplificada dessa maneira sem uma perda absurda de informação.
o pensador escreveu:3)Finalmente,num sentido vertical e paralelo,a inclusividade e complexidade do Ser Infinito seria relativizada e limitada pela abrangência e complexidade de outros Seres Infinitos em suas respectivas dimensôes.;de modo que todos os sistemas paralelos nâo seriam de fato infinitamente complexos e abrangentes e nem Sua existência teria probabilidade factual máxima.Assim como uma Reta Infinita no comprimento vertical excluiria a existência de Retas Infinitas paralelas,desde que Elas se limitariam reciprocamente.
Seres infinitos, não podem ser unidimensionais, a menos que esteja se falando de seres absolutamente hipotéticos, abstratos, como figuras desenhadas num papel. Seres infinitos não se restringem em "respectivas dimensões", mas ocupam a totalidade de todas as dimensões, por toda sua infinita extensão.
o pensador escreveu:Logo a coexistência de múltiplos Seres Infinitos, tanto num sentido vertical e paralelo quanto num sentido horzontal e retilíneo,seria inviável posto que tais Seres se relativizariam mutuamente e portanto nâo seriam nem infinitamente complexos e nem sua existência seria 100% provável.
Conclui-se que a certeza matemática da existência de um Ser Infinitamente complexo aliada à certeza matemática da impossibilidade de coexistência de últiplos Seres Infinitos resulta no fato de que existe somente um Ser infinitamente complexo cuja existência é 100% provável.Tua tese caiu por terra completamente.
Apenas segundo modelos extremamente simplistas e baseados puramente em matemática. É como se fizesse cálculos sobre impactos de automóveis apenas através de cinemática do colegial, falta se levar em consideração muita coisa pertinente para o mundo real.
Embora a simplificação possa ajudar em muitos casos, quando há dados desprezíveis (o que não é verdade se tratando dos Infinitos), somos obrigados a reconhecer que ela também pode induzir facilmente ao erro. Não devemos negar os erros, e nos apegarmos ideologicamente, dogmaticamente a determinados modelos levando em consideração apenas uma fração mínima da realidade que é condizente, mas devemos reavaliar, e ter coragem de levar em conta todos os dados, mesmo que não se encaixem nos modelos previamente propostos. É assim que progride o conhecimento.