Evo Morales vence na Bolívia

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Claudio Loredo
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Mensagem por Claudio Loredo »

*** TRIcolor *** escreveu:O Brasil tem que imitar é a Coréia do Sul, que partiu de uma posição muito inferior à nossa nos anos 60 e já nos ultrapassou em muito. E também o Chile, a Irlanda, Espanha, Portugal, Inglaterra...

Enfim, os bons exemplos. Imitar Venezuela e Bolívia só nos levará para o buraco.


Quem foi que disse, que eu disse que temos que imitar Venezuela e Bolivia? O que estou propondo é uma cooperação enconômica com estes países, semelhante a que é feita na União Européia que visa a se tornar uma união política no futuro.

Por serem nossos vizinhos e terem uma cultura e uma história semelhantes a nossa, a cooperação com esses países é mais fácil do que com outros. É simples o que estou propondo, o fortalecimeto desses países através da União entre eles.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Saudações Cláudio:

A União Européia demorou 42 anos para sair do estágio de Área de Livre Comércio (1950) até chegar no estágio de União Monetária e econômica (1992). O Mercosul que tem pouco mais de 10 anos ainda possui imperfeições e ainda é uma União Aduaneira incompleta. Os defeitos existem como por exemplo as cotas que você citou, mas somente com a negociação e o dialógo esses defeitos serão corrigidos.



A verdade é que não temos 42 anos para enfiar na cabeça desses politicos que o populismo e discursos demagogicos não resolvem nada.
Além disso, os principais defeitos que deveriam ser resolvidos são:

_ Gastos públicos elevadíssimos.
_ Carga tributária elevadíssima.

E ai? Quem irá convencer o Evo Moralez e Lula da Silva que o problema maior são eles mesmos?
Que tal pedir para o Nestor parar de chorar, baixar os impostos e permitir que a Industria Argentina tente competir com a Brastemp, Consul, e outros fabricantes de geladeiras e fogões?

Se ele baixar os impostos vai faltar dinheiro para o governo jogar fora.
Que tal pedir para o Lula mais os governadores de cada estado diminuirem os impostos sobre os vinhos, calçados, e todos os setores que estão se mandando para a China ou outros paises mais competitivos?

Pô! Mas ai vai faltar grana para pagar o funcionalismo público, roubalheira em geral e projetos assistencialistas.

Olha: Somente um Messias (melhor: 500 Messias para ocupar cada cadeira do congresso) terá peito para enfrentar todos os problemas (as causas) de cara e realizar reformas profundas no nosso pais. Quando falo em problemas não me refiro a nordestino passando fome. Isso é consequencia e não causa.


O mundo inteiro está se dividindo em blocos econômicos. A Europa fez isto para se proteger da força da economia americana, os países do leste asiático também formaram seu bloco. A América do Norte tem o seu e os países do pacífico também. Para seguir esta tendência mundia e fortalecer suas economias a AL também deve formar um bloco econômico. Erros irão acontecer até chegarmos a União Política, mas precisamos caminhar na direção em que o mundo está caminhando.



O mundo não está se dividindo em blocos. O mundo está se unindo em um único bloco!
Não conheço uma única empresa que deseja exportar somente para um determinado pais (ou bloco). Muito menos importar materia prima somente de um pais ou bloco!

Não conheço um único consumidor INFORMADO que prefere comprar um produto mais caro e de qualidade inferior só porque ele é do bloco X ou Y.

Outra coisa: Se o objetivo dos blocos econômicos (como o europeu) é se "proteger dos EUA" (????????) por quê raios o Canadá e o México tornaram-se parceiros comerciais dos EUA?


Se a Venezuela ainda ocupa a posição 75 do IDH é devido a herança maldita que Hugo Chaves recebeu dos governos anteriores e que não se corrige em poucos anos de governo, ainda mais com tentativas de golpe apoiadas pelos EUA, mas mesmo com toda a barulhda que a oposição golpista tem feito, Hugo Chaves continua obtendo o apoio da vasta maioria da população devido aos seus programas sociais e defesa dos interesses do país.



Populismo e discurso anti-EUA. É isso que mantém Hugo Kiko no governo.

Se os programas sociais da Venezuela fossem tão bons, já teriam saído dessa posição. lembre-se que a Venezuela é exportadora de petróleo. Para onde vai o dinheiro? Os EUA estão dando um calote ou a oposição golpista está roubando tudo?

De qualquer forma, 2006 será um bom ano para analisar a Venezuela. Hugo Kiko hoje é um Rei. Tem o poder absoluto em suas mãos. Não há mais oposição. Vamos aguardar.

Levando em conta que os EUA impõe barreiras e subsídios contra a entrada de nossos produtos agrícolas, o coméricio com este país não é tão essencial assim para o Brasil. A América Latina como um todo e não apenas a Argentina pode substituir as vendas que fazemos para os EUA. Além disso, temos um mercado interno a ser explorado. Temos também o comércio com África, Ásia e Europa que podem ser incrementados. Ainda mais se negociarmos em bloco e não isoladamente.



Se os produtos agricolas não entram lá, outros produtos estão entrando!
E só não entramos mais no mercado americano porque não somos competitivos. Isso vale também para o Mercado Europeu ou qualquer outro.

Os empresários não precisam que o governo brasileiro indique onde eles devem vender. Pode estar certo que só não exportamos mais por culpa dos próprios caras que você acha que irão resolver algo.

Quanto menos eles se meterem, melhor.


Ao agir desta forma, buscando novos parceiros comerciais e políticos, o Brasil colabora para a construção de um mundo multipolar e portanto mais pacífico.



Os clientes já existem. Mas não somos competitivos! Por isso, eles não comprar de nós e preferem outros fornecedores.

Não precisamos mandar o Lula sair negociando com ninguém. Que os governos tratem de diminuir impostos e, principalmente, CUMPRIR CONTRATOS! Só isso!


Quando eu digo que não é tão lucrativo, digo que é lucrativo mas existem opções melhores para o Brasil. A abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, mundo afora, tem mostrado isto e tem dado um impulso as nossas exportações como nunca houve.



Se há opções melhores, poderia me dizer por quê raios os empresários ainda não encontraram?

O Brasil não precisa que o mundo abra mercado algum. O Brasil precisa é ser COMPETITIVO. E só isso!

Errado. A superioridade americana em relação ao Brasil é muito maior do que a superioridade do Brasil em relação a AL. Além disso, os paises da AL são muito diferentes entre si, temos por exemplo Chile, Uruguai, Venezuela e Argentina cujo PIB per capita é semelhante ao nosso. Há também países miseráveis, mas podemos dizer que de uma forma geral a soma econômica dos países da América espanhola é similar a economia brasileira. Esses países devem trabalhar em conjunto para superarem suas diferenças econômicas.



Para você ter uma idéia, a Petrobras corresponde com praticamente 20% de toda a riqueza gerada na Bolivia.

Praticamente todos os automóveis desses paises são fabricados aqui (alguma coisa é argentino). Todos os eletrodomésticos são feitos aqui (alguma coisa argentina).

Somos os "vilões" para os comunistóides babões da america latina.

PS; O Chile está rindo da nossa cara e não liga a mínima para o lixo chamado Merco-cotas.
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"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Aurelio Moraes
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Aurelio Moraes »

Não temos nada que ficar fazendo favor pra republiqueta sem-vergonha, populista, com ranço ditatorial e produtora de drogas, como Bolívia e Venezuela. São países miseráveis, sem cacife para comprar nossa produção como os gigantes europeus e os EUA. Cláudio, você está praticamente a 3 páginas propondo comércio unilateral, falando para não darmos importância a quem tem dinheiro para investir no Brasil e comprar nossos produtos. Cláudio, na boa cara, desiste. Ninguém com bom senso vai comprar essas idéias de priorizarmos comércio com países falidos, quebrados e populistas.

E recomendo que você se informe melhor sobre a Venezuela. Venezuela amiga das FARC, populista, que aumentou escandalosamente a pobreza com Hugo Chavez. Venezuela sem oposição e sem liberdade de imprensa, muito amiga da maldita Cuba, que também não tem oposição.

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Claudio Loredo
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Claudio Loredo »

Mr.Hammond escreveu:
Foi submetido a um referendo em 2004 onde os venezuelanos, por larga maioria, decidiram pela sua permanência no poder e neste mês seu partido obteve 80% das cadeiras do legislativo.


Referendo questionado por observadores internacionais, diga-se de passagem. Aliás, com votação no melhor estilo Saddam Hussein. Qualquer votação com mais de 80% de votos para um dos lados é suspeita.

Alta abstenção nas eleições parlamentares na Venezuela põe em dúvida a legitimidade dos resultados


Cerca de 75% dos eleitores venezuelanos não comparecerem às urnas na votação de domingo, que foi boicotada por vários partidos de oposição alegando favorecimento de candidatos governistas.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... uacg.shtml


As últimas eleições parlamentares na Venezuela foram acompanhadas por muitos observadores internacionais que a aprovaram com louvor. A abstenção nas eleições legislativas foi alta porque lá na Venezuela o voto é facultativo e já era a terceira eleição que se realizava no país em pouco mais de um ano. A pessoa tem que ter muita disposição para votar assim. A maioria (75% dos eleitores) não votou porque já sabia que o partido de Hugo Chaves ia ganhar de lavada da oposição. A chuva que caiu durante todo o dia da votação ajudou bastante para a alta abstenção. Se o voto fosse facultativo no Brasil, situação igual iria acontecer.

A economia venezuela segue crescendo. Cresceu 8% em 2004 e deve crescer 8% também em 2005. É claro que ainda existem problemas, a economia do país ainda é muito dependente do petróleo e o governo Chaves realmente tem gerado um grande déficit fiscal no país, mas esses problemas serão superados com o avanço da democracia neste país.

Segundo a Agência Carta Maior em 2004:
“As reservas internacionais do país chegavam a 25 bilhões de dólares em maio deste ano, superiores aos 14 bilhões de um ano atrás. Foram vendidos 79 mil carros nesse período, enquanto que o “risco país” baixava para 600 pontos. As taxas de juros baixaram de 30%, há um ano, para 11,51%. Os índices da bolsa de valores subiram de 8 mil pontos em janeiro de 2003 para 24 mil em maio deste ano. O desemprego diminuiu para 15,6%, a inflação baixou para 1,3% e o investimento estrangeiro cresceu em 72% no primeiro quadrimestre de 2004.”

Em 2005 o país continuou crescendo com os mesmos índices de 2004. Conforme pode ser visto neste documento feito por uma revista venezuelana: http://www.analitica.com/media/5194920.pdf

Quanto as denuncias de perseguição a jornalista eu desconheço, mas vou pesquisar para saber se elas realmente aconteceram. Até onde tenho visto, Hugo Chaves tem sido um democrata. Ele arranjou muitos inimigos ao impedir a remessa de lucros das empresas de Petróleo para o exterior. Esses inimigos é que estão fazendo muito barulho.

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O ENCOSTO
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por O ENCOSTO »

Claudio Loredo escreveu:
Mr.Hammond escreveu:
Foi submetido a um referendo em 2004 onde os venezuelanos, por larga maioria, decidiram pela sua permanência no poder e neste mês seu partido obteve 80% das cadeiras do legislativo.


Referendo questionado por observadores internacionais, diga-se de passagem. Aliás, com votação no melhor estilo Saddam Hussein. Qualquer votação com mais de 80% de votos para um dos lados é suspeita.

Alta abstenção nas eleições parlamentares na Venezuela põe em dúvida a legitimidade dos resultados


Cerca de 75% dos eleitores venezuelanos não comparecerem às urnas na votação de domingo, que foi boicotada por vários partidos de oposição alegando favorecimento de candidatos governistas.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... uacg.shtml


As últimas eleições parlamentares na Venezuela foram acompanhadas por muitos observadores internacionais que a aprovaram com louvor. A abstenção nas eleições legislativas foi alta porque lá na Venezuela o voto é facultativo e já era a terceira eleição que se realizava no país em pouco mais de um ano. A pessoa tem que ter muita disposição para votar assim. A maioria (75% dos eleitores) não votou porque já sabia que o partido de Hugo Chaves ia ganhar de lavada da oposição. A chuva que caiu durante todo o dia da votação ajudou bastante para a alta abstenção. Se o voto fosse facultativo no Brasil, situação igual iria acontecer.

A economia venezuela segue crescendo. Cresceu 8% em 2004 e deve crescer 8% também em 2005. É claro que ainda existem problemas, a economia do país ainda é muito dependente do petróleo e o governo Chaves realmente tem gerado um grande déficit fiscal no país, mas esses problemas serão superados com o avanço da democracia neste país.

Segundo a Agência Carta Maior em 2004:
“As reservas internacionais do país chegavam a 25 bilhões de dólares em maio deste ano, superiores aos 14 bilhões de um ano atrás. Foram vendidos 79 mil carros nesse período, enquanto que o “risco país” baixava para 600 pontos. As taxas de juros baixaram de 30%, há um ano, para 11,51%. Os índices da bolsa de valores subiram de 8 mil pontos em janeiro de 2003 para 24 mil em maio deste ano. O desemprego diminuiu para 15,6%, a inflação baixou para 1,3% e o investimento estrangeiro cresceu em 72% no primeiro quadrimestre de 2004.”

Em 2005 o país continuou crescendo com os mesmos índices de 2004. Conforme pode ser visto neste documento feito por uma revista venezuelana: http://www.analitica.com/media/5194920.pdf

Quanto as denuncias de perseguição a jornalista eu desconheço, mas vou pesquisar para saber se elas realmente aconteceram. Até onde tenho visto, Hugo Chaves tem sido um democrata. Ele arranjou muitos inimigos ao impedir a remessa de lucros das empresas de Petróleo para o exterior. Esses inimigos é que estão fazendo muito barulho.


Hugo Kiko foi eleito pelo povo. FATO.

Os eleitores da Venezuela tradicionalmente não comparecem nas eleições. FATO.

Não questionamos isso.

Outra coisa: A Venezuela cresceu 8%, 9%, 10% em relação a quê???

É isso que precisa ser visto. A economia argentina cresceu 100000000% em relação à merda que se encontravam durante o calote.

E a Venezuela anda crescendo em relação aos anos em que o pais quase entrou em guerra civil.
Editado pela última vez por O ENCOSTO em 20 Dez 2005, 15:55, em um total de 1 vez.
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Ben Carson
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Mensagem por Ben Carson »

Claudio Loredo escreveu:
*** TRIcolor *** escreveu:O Brasil tem que imitar é a Coréia do Sul, que partiu de uma posição muito inferior à nossa nos anos 60 e já nos ultrapassou em muito. E também o Chile, a Irlanda, Espanha, Portugal, Inglaterra...

Enfim, os bons exemplos. Imitar Venezuela e Bolívia só nos levará para o buraco.


Quem foi que disse, que eu disse que temos que imitar Venezuela e Bolivia? O que estou propondo é uma cooperação enconômica com estes países, semelhante a que é feita na União Européia que visa a se tornar uma união política no futuro.

Por serem nossos vizinhos e terem uma cultura e uma história semelhantes a nossa, a cooperação com esses países é mais fácil do que com outros. É simples o que estou propondo, o fortalecimeto desses países através da União entre eles.

Até concordo que a cooperação com nossos vizinhos é teoricamente mais fácil. Na prática eu não sei.

Mas o ponto é: no que uma coisa impede a outra? A diplomacia brasileira atual parece pensar que são coisas que se opõem. Nada a ver! Temos que firmar acordos comerciais com o mundo inteiro. Abrir mercados em todo o planeta. Mercosul, Pacto Andino, países africanos, nenhum desses blocos, e nem mesmo o conjunto deles, substituem o mercado dos países desenvolvidos. Precisamos, e não podemos abdicar disso, vender e comprar do Nafta, da União Européia, do Japão, da Rússia, de todo lugar. O Brasil deve, sim, se abrir para os seus vizinhos. Mas não à custa de ignorar os mercados mais ricos.

E, se for o caso de ter que estabelecer prioridades, situação quase certa num mundo em que os recursos são sempre escassos diante das necessidades, o mais inteligente é priorizar os mercados que nos trazem maior retorno.



Quanto à integração física da América do Sul, esse é um assunto de grande importância e potencial, e que tem sido historicamente ignorado. (O primeiro presidente que se preocupou com isso, pelo que me lembro, foi o Fernando Henrique.) Há um atraso histórico nessa área.



Quanto à admissão da Venezuela no Mercosul, a idéia é ótima, em tese. Desde antes do presidente Lacalle (do Paraguai) lançar a idéia do Mercosul que eu sonho com um mercado comum sul-americano, liderado pelo Brasil. No entanto, no atual momento isso não é possível, juridicamente falando. (Embora a entrada da Venezuela tenha sido aprovada pelo Mercosul, ignorando a lei.) A "cláusula democrática" estabelece que apenas democracias podem fazer parte do Mercosul, e que se um dia algum país já integrante abandonar a democracia, esse país será automaticamente excluído do bloco. Essa cláusula já garantiu o fracasso de uma tentativa de golpe de estado no Paraguai. Não seria nada conveniente enfraquecer essa cláusula, fazendo vistas grossas para a situação da Venezuela.
Todo mundo ri...

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Ben Carson
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Ben Carson »

Cláudio, é verdade que a Venezuela cresceu 8%, que é um número respeitável. No entanto, é preciso considerar o fato de que a Venezuela é o quinto maior exportador de petróleo do mundo, e que o preço do barril subiu de 10 para 50 dólares nos últimos anos. Ora, isso faz toda a diferença!

A Venezuela estar crescendo não significa que esteja se tornando menos desigual. O exemplo brasileiro é eloqüente para demonstrar que crescimento não implica necessariamente desenvolvimento. Durante décadas crescemos a índices recordistas, ao mesmo tempo em que a concentração de renda crescia como nunca. A Venezuela da atualidade tem crescido, mas a pobreza também.
Todo mundo ri...

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Claudio Loredo
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Claudio Loredo »

Poindexter escreveu:
Claudio Loredo escreveu:Aurelio, lute contra o lado direito, ele está te dominando. :emoticon12:


Too late, Cláudio! I can feel the Right Side of the Force flowing inside him...


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Aurelio Moraes
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Mensagem por Aurelio Moraes »

Falando um pouco da Bolívia.

PERFIL

Fechamento de minas tornou Morales cocaleiro

DA REDAÇÃO

Primeiro presidente indígena da Bolívia, Evo Morales Ayma, 46, nasceu em uma família de camponeses aimarás na cidade mineira de Orinoca, departamento de Oruro.
Foi pastor de ovelhas e lhamas durante a infância, quando abandonou os estudos. Na década de 80, o fechamento das minas locais força a família Morales a migrar para a região do Chapare, em Cochabamba, onde inicia o cultivo da folha de coca.
Antes de consagrar-se como líder do movimento cocaleiro, Morales ganhou a vida como pedreiro, padeiro, trompetista e diretor técnico de um time de futebol.
Mas foi na década de 90, como chefe do sindicato dos plantadores de coca, que Morales começou sua carreira política, liderando um movimento de resistência ao plano de erradicação forçada do cultivo impulsionada pelo governo de Hugo Banzer (1997-2001) sob pressão dos EUA.
O movimento deu-lhe projeção nacional. Em 1997, foi eleito deputado para o Congresso boliviano graças ao voto dos cocaleiros.
Em 2002, porém, Morales foi expulso do Congresso sob acusação de terrorismo relacionada a protestos liderados por ele, nos anos 90, em que cocaleiros e forças de segurança foram mortos.
Em reação, Morales lançou-se como candidato à Presidência da Bolívia pela primeira vez naquele ano, chegando ao segundo lugar, atrás de Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-03). Seu partido, o Movimento ao Socialismo, tornou-se, então, a segunda maior bancada no Congresso, ultrapassando os principais partidos tradicionais.
No ano seguinte, em meio a um novo ciclo de violência no Chapare e à forte repressão ao movimento cocaleiro, Morales lidera os protestos populares que culminam na queda de Sánchez de Lozada. Cerca de dois anos depois, um outro presidente, Carlos Mesa, é derrubado por protestos populares nos quais Morales teve grande ascendência.
Tendo como reduto o Chapare, região cuja produção de cocaína cresceu ao lado do aumento da influência política do movimento cocaleiro, Morales foi muitas vezes acusado de ter vínculos com o narcotráfico. À acusação, nunca provada por seus adversários, Morales responde que vem da coca, e não da cocaína, o financiamento de sua atividade política.
Autodenominando-se "o pesadelo" de Washington, Morales não esconde sua admiração pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez, e pelo ditador cubano, Fidel Castro.
Morales tem um discurso de inclusão da maioria indígena sempre marginalizada dos círculos de poder no país. "Sou o candidato daqueles rejeitados pela história, o candidato dos mais desdenhados e discriminados", disse após votar no último domingo.
Homem de hábitos simples, Morales mora em uma casa com piso de cimento e escassa mobília, segundo a imprensa boliviana. Solteiro, tem uma filha.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2012200509.htm


Para PF, tráfico de pasta de coca deve aumentar

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O coordenador de Operações Especiais de Fronteiras da Polícia Federal, delegado Mauro Sposito, afirmou ontem que a eleição do líder cocaleiro Evo Morales na Bolívia traz preocupação no combate ao tráfico de drogas.
O delegado afirma que, com o crescimento do plantio de coca, pode aumentar a entrada no Brasil da pasta de coca (derivada das folhas da planta), o principal componente do crack. "O grande problema para nós é que a pasta de coca [o crack] produzida na Bolívia tem como cliente os brasileiros, o que não ocorre nos países desenvolvidos, nos quais os usuários utilizam o cloridrato [a cocaína mais pura]", disse o delegado.
Para a Polícia Federal, quando Morales afirma que considera um entorpecente o cloridrato de cocaína -e não a folha de coca-, abre brechas para a aumento em grande escala dos plantios. "O plantio de coca deverá crescer assustadoramente dentro da Bolívia, e o excesso da produção será transformado em pasta", disse.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2012200506.htm

Para analistas, o eleito terá dificuldades para lidar com governadores, com o Congresso e com movimentos sociais

Morales deve ter vários focos de tensão

DO ENVIADO À BOLÍVIA

Apesar da vitória com um percentual histórico, a capacidade de governar do presidente eleito Evo Morales dependerá, segundo analistas bolivianos ouvidos pela Folha, do bom relacionamento com três focos potenciais de tensão: o Congresso, os governadores -pela primeira vez escolhidos pelo voto direto- e a "rua". Mas divergem sobre qual dessas frentes representará o maior desafio para o governo do MAS (Movimento ao Socialismo).
"As eleições de ontem representaram um mandato muito claro em favor das mudanças na Bolívia e também pela procura de uma governabilidade. Mas a governabilidade se complicou muito nos últimos anos", afirma Gonzalo Chávez, da Universidade Católica de La Paz.
"Pode-se falar de uma governabilidade de três níveis: o que depende do Congresso, onde Morales e o MAS conseguiram uma situação muito confortável; o novo poder local dentro de um processo de maior autonomia regional; e os movimentos sociais, já que é impensável governar a Bolívia sem um bom relacionamento com eles", explica Chávez.
Puxado pela votação de Morales, o MAS obteve um resultado expressivo nas duas Casas: Morales conquistou 75 dos 127 deputados e 13 dos 30 senadores.
Para Chávez, será nos departamentos que Morales enfrentará mais problemas devido ao mau desempenho. "Ele elegeu dois governadores, mas, nas regiões mais importantes da Bolívia -Tarija, onde estão 83% das reservas de gás natural, Santa Cruz, Cochabamba e La Paz-, ele não conseguiu eleger seus candidatos."
Já o ex-ministro da Fazenda Juan Cariaga vê no Congresso a principal fonte de instabilidade para Morales. "Ele disse que vai mudar o modelo político, social e econômico. Isso não é tão fácil."
Cariaga também criticou o tom duro do primeiro discurso de Morales após a vitória. "As declarações foram muito duras contra alguns elementos da sociedade, como a Corte Nacional Eleitoral e os meios de comunicação. Ele deveria ter tido uma posição mais ampla, mais magnânima, dizendo que a partir de agora é o presidente de todos os bolivianos, e não apenas dos movimentos que o apóiam", disse.
Para o analista Carlos Toranzo, a vitória de Morales "é um acontecimento revolucionário num país acostumado a fazer revoluções", mas sua governabilidade será difícil tanto no Congresso quanto nos departamentos.
"Sua vitória lhe dá muita legitimidade, maioria parlamentar. Mas a sua maioria não é muito grande, nem no Senado nem na Câmara. Por isso, Morales, ainda tem de negociar com a oposição", diz Toranzo. "Morales deve ter também uma relação de diálogo com regiões que não o apóiam. A governabilidade não é apenas parlamentar, mas se dará por meio de pactos regionais. Morales tem de entender Santa Cruz, mas Santa Cruz também deve entender o que aconteceu no país", diz.

Perigo à esquerda
Toranzo também vê o sério risco de Morales entrar em choque com as "esquerdas radicais" que ora o apóiam. "Na Bolívia, muitos setores sociais acreditam que a revolução chegou, o que significa uma inflação de expectativas para um governo que não pode dar tudo. É um perigo que as esquerdas radicais debilitem o governo. Na nossa história, muitos governos de esquerda caíram pelo excesso de esquerda, e Morales terá de ser cauteloso com esse excesso."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2012200504.htm

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Aurelio Moraes
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Mensagem por Aurelio Moraes »

Até onde tenho visto, Hugo Chaves tem sido um democrata.


Pára de ser ingênuo Cláudio. Você está ERRADO com essa visão embasbacada e romântica desse ditador fdp.


" Se é nociva a incapacidade de alguns estados para conter e punir as agressões à imprensa, pior ainda é a situação quando os abusos e agressões a jornalistas e meios de comunicação vêm diretamente dos governos, como ocorreu em Chiapas, México, com os ataques do governador contra o jornal Cuarto Poder, e como já sistematicamente ocorre em Cuba com Castro, na Venezuela com Chávez ou no Haiti com Aristide e a Família Lavalás.
Cuba continua sendo o país com menos liberdade de expressão do continente, como reafirmam os fatos dos últimos quarenta anos durante os quais não cessaram nem por um instante a perseguição e as agressões aos jornalistas independentes. Um exemplo disso foi o que ocorreu, em agosto desse ano, com o jornalista Angel Pablo Polanco Torrejón, diretor da agência independente de notícias Noticuba, preso durante cinco dias e alvo de tortura psicológica, apesar de ser doente e portador de glaucoma. No Haiti, a falta de garantias e a impunidade assolam todo o território, sem sinais de melhoria, e o governo apóia a aprovação pelo Congresso de um código de ética que servirá sem dúvida de plataforma para impor novas limitações e restrições à imprensa. A Venezuela nos apresenta um quadro, conhecido por todos, no qual os meios de comunicação e os jornalistas são agredidos em ações promovidas pelo governo, o que coloca em risco o direito das pessoas de serem livremente informadas."

http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm



VENEZUELA


O exercício da liberdade de expressão está exposto a uma série de riscos que não se limitam a simples ameaças, veladas ou não, a violações que comprometem sua vigência, mas a sérias medidas e ameaças por exercê-lo. Os governantes afirmam que a imprensa, o rádio e a televisão mentem quando falam de restrição desse direito porque informam e opinam sem censura prévia, mas jamais se referem ao modo como o fazem e ao quanto se expõem.

O estado de direito está seriamente ameaçado. Para exercer a função de jornalista ou editor, é necessário revestir-se de coragem já que, freqüentemente, é imprescindível utilizar um colete à prova de balas, máscaras contra gás e a devida proteção contra roubo e destruição dos equipamentos de trabalho, inclusive automóveis.

O presidente Hugo Chávez não cansa de proferir através de seus constantes discursos - muitos deles transmitidos em cadeia por rádio e televisão - agressões de todo tipo e repetidas afirmações contra meios e comunicadores, os quais chama de "lixo". Uma missão conjunta da SIP em setembro determinou a inexistência de liberdade de imprensa e destacou a impunidade que protege e sustenta as agressões contra jornalistas e meios.

Diante dessa situação, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos teve de ratificar e prorrogar as medidas cautelares ditadas a favor de jornalistas e meios no início do ano, decisões que não foram respeitadas pelo governo, o que vai contra os princípios constitucionais, leis e acordos internacionais assinados pelo país.

Merecem atenção especial os decretos oficiais que criam áreas de segurança indiscriminada em áreas próximas a instalações militares, localizadas ou não em cidades. Essa medida, além de restringir o direito à propriedade e submetê-lo ao capricho do Executivo, limita a livre circulação, o direito de manifestação e de informar, violando normas constitucionais.

Um aspecto relevante e grave é o projeto de Lei Orgânica de Participação Cidadã, distribuído e em circulação entre deputados, que deverá ser apresentado para discussão na Assembléia Nacional e no qual, de maneira subreptícia, incluiu-se um artigo para restringir, enfraquecer ou eliminar a liberdade de expressão através de um Conselho Nacional de Vigilância dos Meios de Comunicação Social, sob o Ministério de Comunicações. Esse Conselho, integrado por organizações vizinhas, supervisionaria constantemente os meios de comunicação e lhes aplicaria sanções recomendadas por uma comissão de cidadãos, de estilo nitidamente marxista-comunista, a qual teria poderes para impor altas multas e decretar o fechamento de qualquer meio de comunicação que, segundo esses "tribunais populares", infringisse suas supostas normas e diretrizes.
Entre outros incidentes sérios, registraram-se os seguintes:

Em 11 de abril, foi assassinado o jornalista Jorge Tortoza, fotógrafo do jornal 2001, durante as manifestações políticas que desencadearam a saída temporária do presidente Chávez do governo. O crime continua sem punição.
Os jornalistas trabalham sob constantes ameaças físicas e emocionais. Até a data, são 51 os funcionários de meios agredidos: 12 feridos, 22 ameaçados, seis apedrejados, cinco assaltados, quatro baleados. Um carro foi incendiado, granadas e bombas incendiárias foram lançadas e dois equipamentos foram perdidos em plena cobertura de eventos. Prédios de meios também foram danificados.

Em 16 de outubro, grupos apoiados pelo governo atacaram e destruíram um tribunal no estado de Lara pouco depois de o tribunal ter concordado em ouvir um recurso em favor do jornalista José Ángel Ocanto, que foi processado por difamação e injúria pelo Chefe de Segurança do Estado.
Em 19 de outubro, em Caracas, um explosivo foi lançado contra o escritório da Unión Radio.


http://www.sipiapa.org/portugues/pulica ... 2_peru.cfm



O Governo venezuelano é protagonista de sistemática censura à política editorial dos veículos de comunicação. Além de instituir instrumentos legais de limitação da liberdade de imprensa, na Venezuela é usual o empastelamento de jornais cuja opinião contraria o coronel, bem como a perseguição a jornalistas por meio de atentados. A Sociedade Interamericana de Imprensa, a Federación Internacional de Periodistas e o Human Rights Watch são algumas das organizações que, de forma corrente, denunciam os desmandos chavistas contra o direito à informação.

Demóstenes Torres é procurador de Justiça, senador (PFL-GO) e escreve de Nova York onde participa da 60ª Assembléia Geral das Nações Unidas como observador do Senado.

demostenes.torres@senador.gov.br





http://noblat1.estadao.com.br/noblat/vi ... acao=12444


FELAP denuncia assassinatos de jornalistas latinoamericanos

A Federación Latinoamericana de Periodistas (FELAP) denunciou, em recente comunicação do Secretário Executivo da Comissão Investigadora de Atentados a Jornalistas da FELAP, Ernesto Carmona, o assassinato de 16 jornalistas nos primeiros nove meses deste ano. Quatro jornalistas foram executados no México (Roberto Javier Vargas Mora, Francisco Javier Ortiz Franco, Francisco Arratia Saldierna, Leodegario Aguilar Lucas), três no Brasil (Samuel Romã, José Carlos Araújo, Jorge Lourenço dos Santos), dois na Colômbia (Oscar Alberto Polanco Herrera, Martín La Rotta Duarte), dois no Peru (Antonio de la Torre Echeandía, Alberto Rivera Fernández) e um na Nicarágua (Carlos Guadamuz Portillo), Haiti (Ricardo Ortega), Venezuela (Mauro Marcano), República Dominicana (Juan Andújar ) e Guatemala (Miguel Ángel Morales). Na maioria dos casos se trata de jornalistas que investigavam excessos do poder local, vínculos políticos e econômicos do narcotráfico e corrupção estatal.

Sete vítimas trabalhavam em rádios de províncias, quatro em jornais e revistas locais, dois em televisão, um era dirigente sindical e outro era correspondente de um jornal da capital e comentarista de uma rádio local. O único que não pertencia à região é o repórter Ricardo Ortega, enviado especial de uma emissora de televisão espanhola, assassinado no Haiti.

Em 2003, vinte jornalistas foram mortos na América Latina e Caribe. Segundo a FELAP, mais de cinqüenta assassinatos de jornalistas estão impunes desde 1995.


http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=188

Acorda, Claudio. Deixe de ser ingênuo.Acorda. É isso o que a tua maldita Venezuela faz. Censura nojenta e perseguição à jornalistas.

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Poindexter
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Mensagem por Poindexter »

Resumindo: Cláudio Loredo é a "velhinha de Taubaté" da Venezuela.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

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Aurelio Moraes
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Aurelio Moraes »

Que nada, é a velha surda.
Imagem

A gente explica, explica e continua sem entender nada.

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O ENCOSTO
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por O ENCOSTO »

O Claudião tá mais para Velhinha de taubaté mesmo... :emoticon13:
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Claudio Loredo
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Claudio Loredo »


Por estas notícias que estou lendo na mídia brasileira, dá para ter uma noção sobre o novo presidente boliviano. Algumas notícias são boas, outras nem tanto como as referentes a Petrobras.

Morales quer que Petrobras devolva refinarias à Bolívia
http://www.portalpopular.org.br/mundo20 ... via-44.htm

Pressão pela eleição direta
http://www.brasildefato.com.br/americal ... leicao.php

Diário da Bolívia 1
Por Emir Sader
http://agenciacartamaior.uol.com.br/age ... eportagens

Diário da Bolívia 2
Por Emir Sader
http://agenciacartamaior.uol.com.br/age ... eportagens

Diário da Bolívia 3
Por Emir Sader
http://agenciacartamaior.uol.com.br/age ... eportagens

Uma história aberta
Por Emir Sader
http://agenciacartamaior.uol.com.br/age ... eportagens

Ex-ministro nega versão oficial sobre mísseis entregues aos EUA
http://www.portalpopular.org.br/mundo20 ... via-43.htm

Instável, Bolívia tenta estruturar poder
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0573.shtml

3,6 milhões de bolivianos escolherão o novo presidente
http://www.adital.org.br/site/noticia.a ... &cod=20487

Um indígena à Presidência
http://www.acaopopularsocialista.org.br ... as/544.htm

Bolivianos residentes no Chile não puderam votar
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0675.shtml

Candidatos menores disputam a Presidência
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0605.shtml

Congresso pode definir novo presidente
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0604.shtml

Morales afirma que nacionalizará gás e acabará com cocaína na Bolívia
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 0664.shtml

Morales afirma que contratos com Petrobras na Bolívia precisam ser revisados
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 4003.shtml

Vitórias da centro-esquerda deram novo colorido à América Latina, mas os resultados práticos continuam limitados
http://www.cartacapital.com.br/index.ph ... d_secao=36

Hoje,18 de Dezembro, na Bolívia: O povo tem a palavra
http://resistir.info/bolivia/domich_15dez05.html



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Acauan
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Re: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Acauan »

Mr.Hammond escreveu:Imagem


Ideologias a parte, como diz o Tulio:

INDIANS RULES!!!
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
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Claudio Loredo
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Claudio Loredo »


Saindo da Bolívia e indo para Venezuela.

A Venezuela é uma democracia. Tanto é que em pouco mais de um ano houve três eleições lá. Uma municipal, outra legislativa (a última) e um referendo para decidir se o povo queria ou não que Chaves continuasse no poder. Chaves ganhou em todas esses eleições.

É claro que Chaves não é uma unanimidade na Venezuela. Há venezuelanos descontentes com seu governo, mas estes preferem ficar sentados em seus sofás reclamando do governo e do povo, não se dispondo nem ao menos a ir votar.

O povo venezuelano se uniu para impedir que o golpe que tentaram dar contra o governo de Chaves tivesse sucesso. Graças ao apoio popular ele não foi deposto em 2002.

Esse mesmo povo usa a internet para apoiar um governo que tem se voltado para os interesses do país. Segue abaixo um site, feitos por cidadãos venezuelanos, com videos contando a recente história do país.

http://www.venezuelaenvideos.com


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Acauan
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Acauan »

Claudio Loredo escreveu:A Venezuela é uma democracia. Tanto é que em pouco mais de um ano houve três eleições lá. Uma municipal, outra legislativa (a última) e um referendo para decidir se o povo queria ou não que Chaves continuasse no poder. Chaves ganhou em todas esses eleições.


Claudio,

Não bastam eleições para definir uma democracia.
É preciso que as instituições democráticas sejam fortes.

A tal "democracia direta" criada pelos frequentes plebiscitos e referendos convocados por Chavez visam apenas enfraquecer os poderes legislativo e judiciário.

Isto não é democracia.
É o velho populismo latino-americano que já vimos tantas e tantas vezes e parece que não aprendemos nunca.

Tristes trópicos.
Nós, Índios.

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Leo
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Mensagem por Leo »

Bem, eu não sou ingenuo o bastante para acreditar de Evo Morales não esteja envolvido com o narcotráfico, porém, a erradicação da plantação de coca resultará em desempregos em massa. E isso, sem dúvida nenhuma, é um puta problema.

Quanto ao "roubo" dos depósitos de petróleo e gás da Petrobras...

"Os direitos à propriedade no poço acabaram. Isso está acabado. Precisamos de sócios e não de proprietário", disse Morales em uma entrevista Cochabamba.

"Se quisermos iniciar a questão de exploração ou prospecção, precisamos de tecnologia. Vamos pagar por esses serviços dessas transnacionais, mas fundamentalmente nosso governo estará focado em como industrializar seus recursos naturais", acrescentou."
Fonte:BBC

Os depósitos se encontram no território boliviano, logo, não se trata de um roubo, trata-se de uma mudança num acordo feito no governo anterior. Apenas buscam um meio para se portegerem e se inserirem nesse meio globalizado. Ele não seria ingenuo o bastante de expropriar as reservas para deixa-las abandonadas. Burrice seria permitir que empresas transnacionais explorassem os seus recursos minerais sem deixar nenhum benefício para o país.
Editado pela última vez por Leo em 20 Dez 2005, 20:50, em um total de 1 vez.

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Claudio Loredo
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Mensagem por Claudio Loredo »

*** TRIcolor *** escreveu:Até concordo que a cooperação com nossos vizinhos é teoricamente mais fácil. Na prática eu não sei.

Mas o ponto é: no que uma coisa impede a outra? A diplomacia brasileira atual parece pensar que são coisas que se opõem. Nada a ver! Temos que firmar acordos comerciais com o mundo inteiro. Abrir mercados em todo o planeta. Mercosul, Pacto Andino, países africanos, nenhum desses blocos, e nem mesmo o conjunto deles, substituem o mercado dos países desenvolvidos. Precisamos, e não podemos abdicar disso, vender e comprar do Nafta, da União Européia, do Japão, da Rússia, de todo lugar. O Brasil deve, sim, se abrir para os seus vizinhos. Mas não à custa de ignorar os mercados mais ricos.


Concordo com tudo o que você falou acima. O fortalecimento do Mercosul não significa deixar de comercializar com o resto do mundo. Muito pelo contrário, significa se inserir no mundo globalizado com muito mais força.

Quando países vizinhos cooperam entre si, eles fortalecem suas economias. Daí, necessitamos ter uma legislação trabalhista comum com nossos vizinhos para que possa haver livre movimentação de mão-de-obra entre os países. Precisamos ter uma legislação comercial e tributária comum para que possa haver livre movimentação comercial entre os países. Precisamos ter uma legislação financeira/monetária comum para que possa haver livre circulação de capitais. Tudo isto é integração econômica. O fato do Brasil se estruturar para se integrar com seus vizinhos facilita sua integração com o restante do mundo.

Imagina o seguinte, a América Latina sendo um só mercado comum e a prosperidade que isto dará uma vez que cada profissional poderá trabalhar em toda AL, cada empresa poderá se instalar e vender facilmente em toda AL, cada investidor poderá investir em toda AL sabendo que os países obedecem regras comuns. A coordenação econômica dará também mais estabilidade a região.



*** TRIcolor *** escreveu:E, se for o caso de ter que estabelecer prioridades, situação quase certa num mundo em que os recursos são sempre escassos diante das necessidades, o mais inteligente é priorizar os mercados que nos trazem maior retorno.


O Mercado Latino americano pode nos trazer mais retorno se deixarmos de ser um país voltado para o comércio com as grandes potências como temos feito desde 1500. Tanto é que a população brasileira está toda concentrada no litoral e as fronteiras do Brasil com o restante da AL são praticamente despovoadas.

Precisamos integrar nossa economia com a dos nossos vizinhos. Abrir estradas, ferrovias, hidrovias que nos integrem a esses países, que escoem nossa produção para eles e até para além do Oceano Pacífico. Se assim agirmos, certamente teremos retorno.


*** TRIcolor *** escreveu:


Quanto à integração física da América do Sul, esse é um assunto de grande importância e potencial, e que tem sido historicamente ignorado. (O primeiro presidente que se preocupou com isso, pelo que me lembro, foi o Fernando Henrique.) Há um atraso histórico nessa área.

Quanto à admissão da Venezuela no Mercosul, a idéia é ótima, em tese. Desde antes do presidente Lacalle (do Paraguai) lançar a idéia do Mercosul que eu sonho com um mercado comum sul-americano, liderado pelo Brasil. No entanto, no atual momento isso não é possível, juridicamente falando. (Embora a entrada da Venezuela tenha sido aprovada pelo Mercosul, ignorando a lei.) A "cláusula democrática" estabelece que apenas democracias podem fazer parte do Mercosul, e que se um dia algum país já integrante abandonar a democracia, esse país será automaticamente excluído do bloco. Essa cláusula já garantiu o fracasso de uma tentativa de golpe de estado no Paraguai. Não seria nada conveniente enfraquecer essa cláusula, fazendo vistas grossas para a situação da Venezuela.


Veja que a partir do momento que o Mercosul trás retorno para os países que dele participam, outros países irão querer entrar no Bloco, mas para entrarem terão que cumprir exigências nos campos políticos e econômicos. Tudo isto força os países da região a se adequarem as exigências do livre comércio que o mundo atual força os países a seguirem.


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Liquid Snake
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Liquid Snake »

Mr.Hammond escreveu:Parem tudo .Eu estou concordando com o Poindexter e com o Encosto no mesmo tópico. Acho que devo procurar um médico.


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Venha para o lado negro da força, meu filho.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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"O Brasil me parece ser o único País do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio." (Roberto Campos, 1993)

"How do you tell a Communist? Well, it's someone who reads Marx and Lenin. And how do you tell an anti-Communist? It's someone who understands Marx and Lenin." - Ronald Reagan

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Liquid Snake
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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Liquid Snake »

A velha ignorância dos brasileirinhos persiste... Pensam que democracia se resume ao sistema eleitoral.
Imagem

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Poindexter
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Mensagem por Poindexter »

[center]Good!!![/center]

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Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Everything is proceeding as I have foreseen...
Editado pela última vez por user f.k.a. Cabeção em 20 Dez 2005, 20:56, em um total de 1 vez.
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Liquid Snake
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Liquid Snake »

Poindexter escreveu:[center]Good!!!!!![/center]

[center]Imagem[/center]

[center]I can feel the Right Side of the Force flowing inside you, Mr. Hammond![/center]


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Poindexter
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Re: Re.: Evo Morales vence na Bolívia

Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Everything is proceding as I have foreseen...


:emoticon45:
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