Leonardo escreveu:Antes de prosseguir, quero que você dê munição ao inimigo . Por favor, se possível, indique os trechos das obras nas quais suas observações abaixo estão apoiadas.
Em relação ao trecho que você cotou, a primeira parte, que fala da “flutuação da não-realidade”, como eu disse, é pura especulação. São apenas idéias que de certa forma, eu vejo alguma plausibilidade, quando faço um paralelo com a Interpretação de Copenhagen da Função de Onda e da “existência prévia do quantum”
Quanto à segunda parte, da “energia zero” e da “potencialidade”, é somente mais especulação, partindo-se exatamente do ponto que colei na resposta anterior, de que a energia total do Universo seria zero.
Leonardo escreveu: Essa idéia me agrada muito, principalmente porque parece coerente e vem ao encontro de algumas coisas que são “consagradas” pela cabala. Mas ai é outro papo.
He he, tinha certeza de que você iria gostar dessa parte!
Leonardo escreveu: Minha preocupação é que ela me parece ainda muito dependente de uma pré-estrutura do espaço tempo. Não vejo isso como uma falha ou até uma necessidade humana para aplicar uma causalidade, mas sim uma limitação – mesmo que momentânea – de se obter uma junção do espaço-tempo com a matéria e energia, algo como a gravidade quântica em Loop com a teoria M em uma TST.
O melhor de dois mundos. Hoje, já há físicos trabalhando em uma possível união do melhor das duas teorias, mas não sei maiores detalhes. Se de um lado a Supercordas é dependente de fundo, ou seja, muito embora ela unifique as 4 forças em um único cenário naturalmente, ela tem uma dificuldade incrível, em uma aproximação, recair na Relatividade Geral, coisa que a Gravitação Quântica por Loops não tem, uma vez que, tendo partido da RG, ela é independente de fundo, exatamente como a teoria de Einstein que lhe deu origem; contudo, ela é uma teoria Quântica Geométrica da Gravidade, sendo que as demais forças são tratadas de maneira totalmente diferente. De fato, se crê que o estudo das duas possa levar a novos avanços.
Leonardo escreveu:Em relação a existência ser somente precipitada pela interação com o observador, por ser fã do princípio antrópico não tenho qualquer dificuldade para abraçar este contexto. A realidade objetiva é algo que poria meus conceitos em cheque.
Os Mecanismos de Decoerência de Gell-Mann e Hartle destituíram o ser humano dessa primazia, contudo, como falei, mesmo nesse cenário, os Grupos de Histórias em Potencial dependem, para se concretizar de, no mínimo, tais mecanismos e as possíveis escolhas vão, continuamente, podando os ramos não aproveitados”.
Leonardo escreveu:O que acho realmente intrigante é a energia negativa. Está se associando um “vetor” à energia? Nesta concepção há então um gradiente e um divergente ao qual se arbitra um sentido positivo e, em conseqüência, outro negativo (de forma análoga a forças, velocidades e outras grandezas vetoriais)? Há um campo?
Isso está diretamente relacionado à certos Estados Quânticos e a Energia do Ponto Zero e sua flutuação, conforme o Princípio da Incerteza de Heisemberg. Veja, também, algo sobre o Mar de Dirac.
Seguem alguns links didáticos (o primeiro é o mais rigoroso). No segundo, você notará algumas diferenças em relação à minha compilação, como por exemplo, neste trecho:
Para um físico quântico, o vazio é sempre alguma coisa. Trata-se de uma situação onde não há espaço e nem matéria, apenas energia de alta freqüência.
Como vemos, hoje se especula muito de que o Big Bang foi somente uma fase, e não propriamente um começo, mas enquanto não tivermos uma verdadeira Teoria Unificada, ficaremos sem respostas.
Abç!
http://www4.prossiga.br/Lopes/prodcien/particulaselementares/particulas3.html
http://www.ntl.matrix.com.br/extrabr/cosmo.htm
http://www.ift.unesp.br/users/matsas/ch.pdf