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Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 13:59
por user f.k.a. Cabeção
Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil
por Félix Maier em 22 de abril de 2007

Resumo: Outra vez, o Brasil inteiro será bombardeado por mais uma mentira, ou seja, que grupo de angélicos frades dominicanos de São Paulo combateu a ditadura militar, quando na verdade eles queriam implantar aqui uma muito pior, copiada de Cuba.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Estréia dia 20 de abril nos cinemas brasileiros o filme Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton, vencedor dos prêmios de melhor filme e fotografia no Festival de Cinema de Brasília. O filme é baseado na obra homônima de Frei Betto, o “Vítor” ou “Ronaldo” do bando de Marighela. O enfoque do filme é o drama de Frei Tito, que teria sido torturado durante o governo dos militares e que foi banido do Brasil, em troca da vida do embaixador suíço seqüestrado, vindo a cometer suicídio na França.

Outra vez, o Brasil inteiro será bombardeado por mais uma mentira, ou seja, de que aquele grupo de angélicos frades dominicanos de São Paulo combateu a ditadura militar, quando na verdade eles queriam implantar aqui uma muito pior, copiada de Cuba.

Muitos frades dominicanos eram seguidores da “Teologia da Libertação”, doutrina induzida pelas pregações ocorridas durante a II Assembléia-Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), realizado no período de 26 de agosto a 6 de setembro de 1968, na cidade de Medelín, Colômbia, no vácuo das resoluções do Concílio Vaticano II.

Os 16 Documentos elaborados em Medelín saíram carregados de influência marxista. Sacerdotes e freiras portavam-se de forma irreverente em celebrações litúrgicas e em passeatas, pregando a violência como instrumento para alcançar a justiça social. Alinharam-se à corrente da “Teologia da Libertação”, principalmente, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara e Dom Pedro Casaldáliga, além de frades dominicanos, como Frei Beto, o então frade franciscano Leonardo Boff e padres estrangeiros, muitos dos quais foram expulsos do país por pregarem a violência. O padre Joseph Comblin, do Instituto Teológico do Recife, difundiu um documento que ocasionou indignação geral, pois, segundo alguns bispos – não “vermelhos”, obviamente -, “pregava a instalação de um verdadeiro soviete eclesiástico”. O padre “operário” Pierre Joseph Wanthier, preso quando atuava como ativista numa fábrica em São Paulo (Brasieixos), foi expulso do país. Em Recife, os padres norte-americanos Peter Grans e Dario Rupiper foram detidos por violentas críticas ao Governo e incitação da população à revolta, e regressaram a seu país depois de gestões do Cônsul dos EUA.

Atualmente, os documentos formulados pela CNBB, dominada nas últimas décadas pelo clero “progressista”, estão em total desarmonia com os ensinamentos do Papa, chegando a existir um cisma, se não oficial, efetivo na prática. Uma prova dessa cisão na Igreja pôde ser vista por ocasião da morte de D. Hélder Câmara: para lembrar o 7º dia da morte de D. Hélder, os “progressistas” e os “conservadores” foram a igrejas diferentes. A missa “oficial”, presidida por D. Eugênio Sales, realizou-se na Igreja da Sé, em Olinda; a missa dos “progressistas”, ditos seguidores de D. Hélder, realizou-se na Igreja das Fronteiras, no Recife, onde havia ocorrido o velório.

O “progressista” D. Paulo Evaristo Arns, a cada dia de Finados reza missa no Cemitério de Perus, São Paulo, local onde teriam sido localizadas ossadas de terroristas mortos pelas Forças de Segurança – outra mentira das esquerdas, pois trata-se de indigentes enterrados sem identificação. Missa para o tenente Alberto Mendes Júnior, morto a coronhadas por Carlos Lamarca, ou um Pai-nosso pela alma do soldado Mário Kozel Filho, que foi explodido pelo grupo terrorista de Lamarca, nem pensar.

Mas, vejamos a verdadeira história dos frades dominicanos que se bandearam para o grupo terrorista de Marighela.

No início de 1968, houve várias reuniões no Convento dos Dominicanos do Bairro das Perdizes, em São Paulo, liderado por Frei Osvaldo Augusto de Rezende Júnior, congregando frades para tomada de posição política que culminaria com a adesão do grupo ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) – que teve, ainda naquele ano, mudado seu nome para Ação Libertadora Nacional (ALN), organização terrorista presidida por Carlos Marighella.

Participaram das reuniões Frei Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto), Frei Fernando de Brito (Frei Timóteo Martins), Frei João Antônio Caldas Valença (Frei Maurício), Frei Tito de Alencar Ramos, Frei Luiz Ratton, Frei Magno José Vilela e Frei Francisco Pereira Araújo (Frei Chico). Frei Osvaldo, apresentando Marighela a Frei Betto, conseguiu a adesão ao AC/SP de todos os dominicanos que participaram das reuniões. Frei Betto também entrou em contato com a VPR por intermédio de Dulce de Souza Maia, nos meios teatrais, onde Frei Betto atuava como repórter da Folha da Tarde.

A primeira tarefa que os dominicanos receberam de Marighela foi fazer um levantamento de áreas ao longo da Rodovia Belém-Brasília, para implantação de uma guerrilha rural. A área de Conceição do Araguaia, onde a ordem dominicana possuía um convento, foi assinalada no mapa como área prioritária, pois teria importante apoio logístico. O levantamento sócio-econômico da região foi feito com base no Guia Quatro Rodas, da Editora Abril. Esse trabalho passou a ser compartimentado, para aumentar a segurança, e os frades passaram a utilizar codinomes: Frei Ivo, o Pedro; Frei Osvaldo, o Sérgio ou Gaspar I, nos contatos que este tinha com Marighela; Frei Magno, o Leonardo ou Gaspar, era quem mantinha contato com Joaquim Câmara Ferreira. Frei Beto, o “Vítor” ou “Ronaldo”, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento em São Paulo (o AC/SP se infiltrou na Editora Abril e no jornal Folha da Tarde, do Grupo Folha).

Na Folha da Tarde, Frei Betto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos” e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas).

O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de três advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa. Quando procurado pela polícia, em São Paulo, Frei Betto, que havia ingressado no convento dos dominicanos, em São Paulo, em 1966, foi acobertado pelo Provincial da Ordem, Frei Domingos Maia Leite, e transferido para o seminário dominicano Christo Rei, em São Leopoldo, RS. Posteriormente, Frei Betto foi preso naquele Estado, onde atuava junto com a ALN para a fuga de terroristas ao Uruguai.

Ação Libertadora Nacional

A Ação Libertadora Nacional (ALN) era um grupo terrorista, cujos fundos eram obtidos por assaltos e dinheiro recebido de Cuba. Somente a partir de 1969 o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN). O AC/SP havia sido criado em 1967 por Carlos Marighela, após este ser expulso do PCB, depois da Conferência da OLAS, em Cuba. Sua obra Minimanual do Guerrilheiro Urbano foi traduzida para vários idiomas e foi o “livro de cabeceira” dos grupos terroristas Brigadas Vermelhas, da Itália, e Baader-Meinhoff, da Alemanha (“... os ‘tiras’ e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos” - trecho do Minimanual).

A ficha policial da ALN é extensa. No dia 10 de agosto de 1968, a ALN assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada da ALN na luta armada. Nesse assalto, participou o Secretário-Geral do Governo Fernando Henrique Cardoso (depois Ministro da Justiça), Aloysio Nunes Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos. Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira e Franklin Martins (atual ministro da Comunicação Social), a ALN seqüestra o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, em 4 de setembro de 1969, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu).

Após o seqüestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tiveram seqüência rápida: no dia 1º de outubro de 1969 foi preso em São Sebastião, SP, o coordenador do setor de apoio, Paulo de Tarso; no dia 2 de novembro foram presos no Rio de Janeiro os Freis Fernando e Ivo; no dia 3 de novembro, já em São Paulo, Frei Fernando “abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os Freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo Jornal. Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighela, no dia 4 de novembro, após revelar duas senhas, pois era o responsável pela coordenação das atividades dos dominicanos com Marighela, desde a saída de Frei Osvaldo de São Paulo, em junho daquele ano. Combinado o encontro com Frei Fernando, Marighela resistiu à ordem de prisão quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais.

A morte de Marighela repercutiu no Brasil e no exterior. Em seu lugar, assumiu o comando Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”, que viajou a Cuba com Zilda Xavier para receber instruções de Fidel Castro, país em que um dos fundadores da ALN, Agonalto Pacheco, estava em choque com as autoridades locais, especialmente o comandante Manuel Piñero, acusado de desvirtuar as iniciativas do AC/SP. Câmara Ferreira foi preso no dia 23 de outubro de 1970, em São Paulo. Cardíaco, sofreu enfarte na viatura policial, vindo a falecer. Carlos Eugênio Paz, em seu livro Viagem à Luta Armada (Editora Civilização Brasileira, 1996), fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury. Essa versão é negada por Luís Mir (A Revolução Impossível, pg. 560). Em um bolso de “Toledo” foi encontrada uma carta de Frei Osvaldo Rezende, onde constavam contatos internacionais, projetos políticos e ligações com os Governos cubano e argelino. O Governo brasileiro denunciou à ONU a ingerência em seus assuntos de países que não respeitavam o direito internacional – o que não teve nenhuma conseqüência prática.

Em 7 de setembro de 1970, João Alberto Rodrigues Capiberibe (mais tarde Governador do Amapá), “militante” da ALN, foi preso junto com sua mulher Janete e sua cunhada Eliane. Em 23 de março de 1971, a ALN fez o “justiçamento” (eufemismo comunista para “assassinato”) de um “quadro”, Márcio Leite de Toledo. Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada”, afirma que foi co-autor desse “justiçamento”.

Junto com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), a ALN assassina o industrial Henning Albert Boilesen, diretor do Grupo Ultra, no dia 16 de abril de 1971 (Sebastião Camargo, da empresa Camargo Correia, era também alvo para seqüestro e “justiçamento”, mas prevaleceu a escolha de Boilesen porque era considerado “espião da CIA” e patrocinador da OBAN). Terroristas da VAR-Palmares, da ALN e do PCBR assassinam o marujo da flotilha inglesa que visita o Rio de Janeiro, David A. Cuthbert, de 19 anos, no dia 08 de janeiro de 1972. Nos panfletos, os terroristas afirmaram que a ação era em solidariedade à luta do IRA contra os ingleses.

Em 1971, a ALN divide-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (Molipo), fundado pelo chefe do serviço secreto cubano, Manuel Piñero, o “Barbarosa”, e a Tendência Leninista (TL). Piñero foi quem entregou uma célebre carta de Fidel Castro a Salvador Allende, para que este desencadeasse imediatamente a revolução comunista no Chile. José Dirceu, Chefe da Casa Civil da Presidência durante parte do primeiro governo Lula, era um dos integrantes do Molipo, assim como meu tio materno, Arno Preis, que morreu em 1972 depois de assassinar o soldado da PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira.

Em 1972, a ALN/SP assassina o gerente da firma F. Monteiro S/A, Valter Cesar Galatti, ferindo ainda o sub-gerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalino Fernandes. Ainda em 1972, terroristas da ALN/GB, do MOLIPO e da ALN/SP assassinam o investigador Mário Domingos Pazariello e o cabo da PM/SP, Sylas Bispo Feche. No mesmo ano, a ALN/GB assassina Íris do Amaral.

No dia 21 de fevereiro de 1973, a ALN formou um grupo de execução integrado por 3 terroristas, que assassinaram o proprietário do Restaurante Varela, o português Manoel Henrique de Oliveira, acusado de ter denunciado à polícia, no dia 14 de junho de 1972, a presença de 4 terroristas que almoçavam em seu Restaurante, 3 dos quais morreram logo após (na verdade, os terroristas mortos estavam sendo seguidos pelo DOI-CODI). No dia 25 de fevereiro de 1973, terroristas da ALN, da VAR-Palmares (de Dilma Rousseff, atual Chefe da Casa Civil) e do PCBR assassinaram em Copacabana o delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior. Pelo extenso “currículo” de Marighela, seus familiares receberam mais de 100 mil dólares de indenização, outorgada pela famigerada Comissão dos Desaparecidos Políticos, criada no primeiro Governo FHC, que já despendeu mais de R$ 4 bilhões a terroristas, “militantes” e familiares de. Além de Marighela, outro terrorista de destaque foi Carlos Eugênio Sarmento da Paz, que confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Jessie Jane Vieira de Souza, outra “militante” da ALN, que participou do seqüestro de um avião, foi designada diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro pelo então governador Anthony Garotinho.

Com o auxílio do Movimento Comunista Internacional (MCI) e de padres dominicanos, como Frei Betto, a ALN tinha um sistema de propaganda no exterior, a Frente Brasileira de Informações (FBI), cuja função principal era denegrir o governo dos militares.


Bibliografia consultada:

AUGUSTO, Agnaldo Del Nero. A Grande Mentira. Biblioteca do Exército Editora. Rio de Janeiro, 2001.

SOUZA, Aluísio Madruga de Moura e. Guerrilha do Araguaia – Revanchismo. Abc BSB Gráfica e Editora Ltda., Brasília, 2002.

USTRA, Carlos Alberto Brilhante. A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça. Editora Ser, Brasília, 2005 (2ª. Edição).


http://www.midiasemmascara.com.br/artig ... anguage=pt

Enviado: 22 Abr 2007, 14:25
por Samael
E ainda tem gente nesse mundo querendo justificar ideologicamente seus crimes...

Enviado: 22 Abr 2007, 14:27
por user f.k.a. Cabeção
Samael escreveu:E ainda tem gente nesse mundo querendo justificar ideologicamente seus crimes...



Pior. O filme nao justifica crimes. O filme exalta criminosos.

E agora com a "reformulacao" do site da Ancine, nao podemos ter acesso a quanto do dinheiro roubado do contribuinte foi usado para produzir essa ode aos seus piores inimigos.

Enviado: 22 Abr 2007, 14:28
por cyrix
© 2007 MidiaSemMascara.org


Pode-se parar por aqui...

Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:29
por Samael
Discordo. O filme exalta homens que lutaram por um bem maior à nação: a liberdade democrática usurpada pelos militares.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:31
por user f.k.a. Cabeção
Samael escreveu:Discordo. O filme exalta homens que lutaram por um bem maior à nação: a liberdade democrática usurpada pelos militares.


(e a reengenharia da Historia continua)

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:31
por Leonardo
Samael escreveu:(...) liberdade democrática (...)


Piada?

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:34
por user f.k.a. Cabeção
Leonardo escreveu:
Samael escreveu:(...) liberdade democrática (...)


Piada?


Espero.

Ficaria entristecido em saber que alguem com o senso critico do Samael, isso independentemente de ideologias, pode considerar alguem como Carlos Marighella um paladino da liberdade democratica.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:34
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:Discordo. O filme exalta homens que lutaram por um bem maior à nação: a liberdade democrática usurpada pelos militares.


(e a reengenharia da Historia continua)


O único que está reescrevendo algo aqui é você, se atendo a um ideário borderline que não é levado a sério por quase ninguém além dos verdadeiros interessados.

Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:35
por cyrix
Os militares fizeram terrorismo de Estado; e a organizações esquerdistas, o delas. Houve democracias na Europa Ocidental que enfrentaram terroristas de esquerda sem o AI-5 ou algum equivalente. Nossas organizações esquerdistas não queriam a volta da democracia, mas transformar o Brasil num "Cubão". É a história do "sujo falando do mal-lavado", só não decidi ainda quem é quem...

Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:36
por user f.k.a. Cabeção

Boderline dentro da nocao de que a "sanidade discursiva" no Brasil hoje e monopolio da mesma raca que buscava perpetrar a revolucao armada na decada de sessenta e setenta.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:39
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Leonardo escreveu:
Samael escreveu:(...) liberdade democrática (...)


Piada?


Espero.

Ficaria entristecido em saber que alguem com o senso critico do Samael, isso independentemente de ideologias, pode considerar alguem como Carlos Marighella um paladino da liberdade democratica.


Não era paladino de nada. Tinha os ideais dele, da mesma forma que muitos na direita também tinham os seus também. O fato é que havia uma ditadura em vigência e qualquer um que lutasse contra ela seria bem-vindo. Havia um movimento forte pró-abertura e dificilmente teríamos uma conjuntura que favorecesse a criação de uma ditadura de esquerda. Embora, eu deva admitir, ela me irritaria bem menos que uma de direita (embora, em geral, eu repudie ditaduras).

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:39
por user f.k.a. Cabeção
cyrix escreveu:Os militares fizeram terrorismo de Estado; e a organizações esquerdistas, o delas. Houve democracias na Europa Ocidental que enfrentaram terroristas de esquerda sem o AI-5 ou algum equivalente. Nossas organizações esquerdistas não queriam a volta da democracia, mas transformar o Brasil num "Cubão". É a história do "sujo falando do mal-lavado", só não decidi ainda quem é quem...



Sempre repito: a unica queixa que nao tenho contra o regime dos militares e o fato deste ter existido. Ele era necessario dentro do que se compreende por evitar um mal maior. "Anos de chumbo ou rios de sangue", como dizia Roberto Campos, talvez o brasileiro mais lucido do periodo.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:41
por Samael
cyrix escreveu:Os militares fizeram terrorismo de Estado; e a organizações esquerdistas, o delas. Houve democracias na Europa Ocidental que enfrentaram terroristas de esquerda sem o AI-5 ou algum equivalente. Nossas organizações esquerdistas não queriam a volta da democracia, mas transformar o Brasil num "Cubão". É a história do "sujo falando do mal-lavado", só não decidi ainda quem é quem...


Existia tanto uma esquerda e um centro "pelego" que apoiavam as lutas contra a ditadura e não endossavam nenhuma revolução. Dificilmente a esquerda radical teria poder pra perpetrar uma "contra-ditadura".

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:42
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Boderline dentro da nocao de que a "sanidade discursiva" no Brasil hoje e monopolio da mesma raca que buscava perpetrar a revolucao armada na decada de sessenta e setenta.


Engraçado que essa mesma "raça" só tenha chegado ao poder agora, não? Como somos esquerdistas, não? :emoticon12:

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:44
por Samael
user f.k.a. Cabeção escreveu:
cyrix escreveu:Os militares fizeram terrorismo de Estado; e a organizações esquerdistas, o delas. Houve democracias na Europa Ocidental que enfrentaram terroristas de esquerda sem o AI-5 ou algum equivalente. Nossas organizações esquerdistas não queriam a volta da democracia, mas transformar o Brasil num "Cubão". É a história do "sujo falando do mal-lavado", só não decidi ainda quem é quem...



Sempre repito: a unica queixa que nao tenho contra o regime dos militares e o fato deste ter existido. Ele era necessario dentro do que se compreende por evitar um mal maior. "Anos de chumbo ou rios de sangue", como dizia Roberto Campos, talvez o brasileiro mais lucido do periodo.


Os comunistas também dizem que as ditaduras de esquerda existem para evitar o mal maior do capitalismo. Farinha do mesmo saco: os fins justificam os meios e os únicos que apóiam essa moralidade dúbia são os ideologicamente bitolados e comprometidos com os defeitos de seus próprios regimes.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:50
por cyrix
Samael escreveu:
Existia tanto uma esquerda e um centro "pelego" que apoiavam as lutas contra a ditadura e não endossavam nenhuma revolução. Dificilmente a esquerda radical teria poder pra perpetrar uma "contra-ditadura".


Suponhamos que sim, o sonho deles era irreal. Isto não invalida o que falei.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 14:53
por Leonardo
Samael escreveu:Os comunistas também dizem que as ditaduras de esquerda existem para evitar o mal maior do capitalismo. Farinha do mesmo saco: os fins justificam os meios e os únicos que apóiam essa moralidade dúbia são os ideologicamente bitolados e comprometidos com os defeitos de seus próprios regimes.


Nas ditaduras de esquerda existia a tal "liberdade democrática"? Elas começaram, no caso de China e Cuba, por exemplo, como mais do que um punhado de homens com ideologias de extrema esquerda dispostos a levar a mesma até pela força das armas?
Abç
Leo

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:03
por cyrix
user f.k.a. Cabeção escreveu:

Sempre repito: a unica queixa que nao tenho contra o regime dos militares e o fato deste ter existido. Ele era necessario dentro do que se compreende por evitar um mal maior. "Anos de chumbo ou rios de sangue", como dizia Roberto Campos, talvez o brasileiro mais lucido do periodo.


Como já disseram: "o exército foi dormir janguista e acordou revolucionário". Uma minoria efetivamente deu o golpe e o resto ficou aguardando para ver no ia dar. Por isso acho a História uma das ciências mais difíceis e mais sujeitas abusos de toda sorte. Talvez se Jango não tivesse feito aquele discurso inflamado nas vésperas, ou fosse mais pulso firme e menos indeciso, ou se militares ainda leais não fossem receosos de atacar colegas de Academia Militar, a história poderia ter sido diferente, sem rupturas constitucionais. Mesmo com golpe, poderíamos cogitar outros "ses" como "se Castelo Branco tivesse enquadrado a linha dura (como seu chefe de gabinte Orlando Geisel sugeria em vão), talvez a ditadura durasse apenas seis anos e não 21. Se Geisel não tivesse emparedado Silvio Frota antes que este o fizesse, a ditadura poderia ter ido até os anos 90". Mas tudo isso é especulação... não existe "se" não história. Isto é um lugar comum? Sim! Nem por isso menos verdadeiro. O que Bob Fields disse é tão bobagem quanto as especulações que eu fiz.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:05
por Samael
Leonardo escreveu:
Samael escreveu:Os comunistas também dizem que as ditaduras de esquerda existem para evitar o mal maior do capitalismo. Farinha do mesmo saco: os fins justificam os meios e os únicos que apóiam essa moralidade dúbia são os ideologicamente bitolados e comprometidos com os defeitos de seus próprios regimes.


Nas ditaduras de esquerda existia a tal "liberdade democrática"? Elas começaram, no caso de China e Cuba, por exemplo, como mais do que um punhado de homens com ideologias de extrema esquerda dispostos a levar a mesma até pela força das armas?
Abç
Leo


Conjunturas diferentes levam a desfechos diferentes. E as conjunturas de Brasil, China e Cuba são COMPLETAMENTE diferentes.

A ausência de comunistas ideologicamente fortes por aqui era tão evidente que a própria ANL foi formada, inicialmente, por anarquistas. Ainda por cima disso, repare que não houve sequer UM foco de resistência comunista armada ao golpe sobre Jango. As guerrilhas foram organizadas posteriormente, idem à posterior legitimação do regime: "estamos aqui para combater o mal comunista". Sendo, que, na verdade, a ditadura nada mais foi que o imperar de um jogo de poder de uma facção militar sobre outra e sobre o governo democraticamente eleito.

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:06
por Samael
cyrix escreveu:
Samael escreveu:
Existia tanto uma esquerda e um centro "pelego" que apoiavam as lutas contra a ditadura e não endossavam nenhuma revolução. Dificilmente a esquerda radical teria poder pra perpetrar uma "contra-ditadura".


Suponhamos que sim, o sonho deles era irreal. Isto não invalida o que falei.


Não invalida mesmo, assim como o que você disse não justifica o golpe.

Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:20
por Rhyan
Vocês acham que o regime militar brasileiro foi de direita?

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:37
por Leonardo
Samael escreveu: Conjunturas diferentes levam a desfechos diferentes. E as conjunturas de Brasil, China e Cuba são COMPLETAMENTE diferentes.

A ausência de comunistas ideologicamente fortes por aqui era tão evidente que a própria ANL foi formada, inicialmente, por anarquistas. Ainda por cima disso, repare que não houve sequer UM foco de resistência comunista armada ao golpe sobre Jango. As guerrilhas foram organizadas posteriormente, idem à posterior legitimação do regime: "estamos aqui para combater o mal comunista". Sendo, que, na verdade, a ditadura nada mais foi que o imperar de um jogo de poder de uma facção militar sobre outra e sobre o governo democraticamente eleito.


Tão distantes quanto o de Cuba era da Russia, ou de Angola era dos dois. Havia tantos comunistas "ideologicamente forte" quanto no início de uma série de conflitos ideológico de vários outros países que desembocaram em ditaduras (de direita ou esquerda).
Abç
Leo

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 15:39
por Leonardo
Rhyan escreveu:Vocês acham que o regime militar brasileiro foi de direita?


Alguma outra opção de resposta? :emoticon16:
Abç
Leo

Re: Re.: Batismo de sangue: terrorismo em alta no Brasil

Enviado: 22 Abr 2007, 16:08
por Samael
Leonardo escreveu:
Samael escreveu: Conjunturas diferentes levam a desfechos diferentes. E as conjunturas de Brasil, China e Cuba são COMPLETAMENTE diferentes.

A ausência de comunistas ideologicamente fortes por aqui era tão evidente que a própria ANL foi formada, inicialmente, por anarquistas. Ainda por cima disso, repare que não houve sequer UM foco de resistência comunista armada ao golpe sobre Jango. As guerrilhas foram organizadas posteriormente, idem à posterior legitimação do regime: "estamos aqui para combater o mal comunista". Sendo, que, na verdade, a ditadura nada mais foi que o imperar de um jogo de poder de uma facção militar sobre outra e sobre o governo democraticamente eleito.


Tão distantes quanto o de Cuba era da Russia, ou de Angola era dos dois. Havia tantos comunistas "ideologicamente forte" quanto no início de uma série de conflitos ideológico de vários outros países que desembocaram em ditaduras (de direita ou esquerda).
Abç
Leo


E Cuba era extremamente diferente da Rússia. A Rússia passou por uma revolução popular que derrubou o Antigo Regime que forçadamente se mantinha no controle da nação, sendo que, os comunistas, que fizeram parte dessa mesma revolução, deram o golpe posteriormente, vendo que seriam derrotados nas urnas.

Já Cuba passou por uma revolução nacionalista, onde os revolucionários, depois de derrubar o regime anterior, fizeram uma "média patriótica" com a população, além de colocarem em prática seus ideais desenvolvimentistas, e "extenderam o chapéu". Quem depositou as moedinhas foi a URSS. E Cuba se tornou "comunista".