Página 1 de 4

Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde forç

Enviado: 02 Jul 2007, 13:50
por Anna
Com todo o respeito às sensibilidades das pessoas religiosas, a idéia de que o homem foi criado à imagem de Deus pode, com toda certeza, ser descartada

Cornelia Dean - The New York Times

Em 1950, em uma carta aos bispos, o papa Pio 12 abordou a questão da evolução. "A Igreja Católica Romana não faz necessariamente objeções ao estudo da evolução, contanto que este diga respeito aos atributos físicos", escreveu o papa na encíclica Humani Generis. Mas ele acrescentou: "A fé católica nos obriga a afirmar que as almas são imediatamente criadas por Deus".

O papa João Paulo 2° afirmou praticamente a mesma coisa em 1996, em uma mensagem à Academia Pontifícia de Ciências, um grupo de assessoria do Vaticano. Embora tenha observado que nos anos anteriores a evolução se tornou "mais do que uma hipótese", ele acrescentou que a idéia de a mente emergir de um mero fenômeno físico era "incompatível com a verdade sobre o homem".

Mas à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais.

O resultado talvez seja o desafio mais poderoso à visão de mundo resumida por Descartes, o filósofo do século 17 que dividiu as criaturas do mundo entre a humanidade e o resto. Conforme os biólogos vão apresentando evidências de que os animais são capazes de exibir emoção e padrões de cognição que outrora se acreditava serem estritamente humanos, o enunciado de Descartes, "Penso, logo existo", perde a sua força.

Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.

A idéia de que as mentes humanas são o produto da evolução é "um fato incontestável", afirma o periódico "Nature" na edição deste mês, em um editorial a respeito das novas descobertas sobre a base física do pensamento moral. Um cabeçalho no editorial vai direto ao assunto: "Com todo o respeito às sensibilidades das pessoas religiosas, a idéia de que o homem foi criado à imagem de Deus pode, com toda certeza, ser descartada".

Ou, conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele.

Para pessoas como o biólogo evolucionário Richard Dawkins, falar sobre alma é parte do discurso da fé religiosa, que ele compara a uma doença. E entre os psicólogos evolucionários, a fé religiosa não passa de um artefato evolucionário, uma predileção que evoluiu porque as crenças compartilhadas aumentam a solidariedade grupal e outras características que contribuem para a sobrevivência e a reprodução.

Não obstante, a idéia de uma alma divinamente inspirada não será descartada. Para citar apenas um exemplo, quando perguntaram aos dez candidatos presidenciais republicanos em um debate no mês passado se algum deles não acreditava na evolução, três ergueram a mão. Um deles, o senador Sam Brownback, do Estado do Kansas, explicou mais tarde em um artigo na página editorial deste jornal que não rejeita toda a teoria evolucionária. Mas ele acrescentou: "O homem não foi um acidente, e ele reflete uma imagem e um semblante únicos na ordem criada".

Esse é o ponto central da questão, segundo Nancey Murphy, filósofa do Seminário Teológico Fuller, que escreveu profusamente a respeito de ciência, religião e alma. Os desafios à unicidade da humanidade na criação são tão alarmantes quando a afirmação copernicana de que a Terra não é o centro do Universo, escreve ela no seu livro "Bodies and Souls of Spirited Bodies?" ("Corpos e Almas de Corpos Animados?"), publicado em 2006 pela Editora Cambridge. Murphy argumenta que assim como Copérnico derrubou a Terra do seu pedestal celeste, as novas descobertas feitas em pesquisas sobre a cognição retiraram os seres humanos da sua "localização estratégica" na criação.

Outro teólogo que escreveu bastante sobre o assunto, John F. Haught, da Universidade Georgetown, disse em uma entrevista: "Para muitos norte-americanos a única maneira de preservar a descontinuidade implícita na idéia de alma, de uma alma distinta, é negar a evolução, e vejo isso como algo infeliz".

Não existe nenhum desafio científico verossímil à teoria da evolução como uma explicação para a diversidade e a complexidade da vida na Terra.

Para Murphy e Haught, porém, as pessoas cometem um erro quando assumem que os humanos só podem ser dotados de uma alma se as demais criaturas não possuírem alma.

"A biologia evolucionária demonstra que a transição do animal para o humano é muito gradual para que faça sentido a idéia de que os humanos possuem almas e os animais não", escreveu Murphy, que é pastora da igreja Church of the Brethen (Igreja da Irmandade). "Todas as capacidades humanas atribuídas antigamente à mente ou à alma estão sendo agora estudadas com sucesso como processos cerebrais - ou, mais acuradamente, eu deveria dizer, como processos envolvendo o cérebro, o resto do sistema nervoso e outros sistemas corporais, todos interagindo com o mundo sócio-cultural. Portanto, trata-se de um raciocínio 'falho' querer distinguir os seres humanos do restante da criação".

Ela e Haught citam as idéias de Thomas de Aquino, o filósofo e teólogo do século 13 que, segundo Haught, "falou da existência de uma alma vegetal e de uma alma animal, assim como da alma humana". Haught, que falou perante a União Americana de Liberdades Civis ao contestar com sucesso os ensinamentos da teoria do design inteligente, uma prima ideológica do criacionismo, nas aulas de ciência de Dover, no Estado da Pensilvânia, afirma: "Da forma como vejo a questão, em vez de eliminar a idéia de alma a fim de fazer com que os humanos se encaixem mais harmoniosamente no restante da natureza, seria mais razoável reconhecer que existe algo de análogo à alma em todos os seres vivos".

Mas isso significa, digamos, que o Australopithecus afarensis, o proto-humano famosamente exemplificado pelo esqueleto fossilizado conhecido como Lucy, tinha uma alma? Haught faz uma pausa e, a seguir, diz: "Creio que sim. Acho que todos os nossos ancestrais hominídeos tinham, de alguma forma, uma alma, mas isso não exclui a possibilidade de que, à medida que a evolução continua, o formato da alma possa variar, assim como ocorre de um indivíduo para outro".




Voltolini


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Prof. Dr. J. C. VOLTOLINI
Grupo de Estudos em Ecologia de Mamiferos (ECOMAM)
Universidade de Taubate - Departamento de Biologia
Taubate, SP. 12030-010. E-Mail: jcvoltol@...
Website do ECOMAM: http://jcvoltol.sites.uol.com.br/
Fotos de Cursos: http://jcvoltol.fotoblog.uol.com.br/
Amostra de um Curso de Campo de Ecologia: http://trabiju.blogspot.com/
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8137155809735635
Fotos Artísticas: http://voltolini.fotos.net.br/texturas
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


"Siamo tutti angeli con un'ala e possiamo volare soltanto se ciabbracciamo"

Re: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 14:48
por Shanaista
Anna escreveu:"um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos... é basicamente uma superstição"

pra quem acredita que espirito existe, tolice é dizer coisas assim, mas se espírito existe... do ele é feito? :emoticon5:

Anna escreveu:Os desafios à unicidade da humanidade na criação são tão alarmantes quando a afirmação copernicana de que a Terra não é o centro do Universo, escreve ela no seu livro "Bodies and Souls of Spirited Bodies?" ("Corpos e Almas de Corpos Animados?"), publicado em 2006 pela Editora Cambridge. Murphy argumenta que assim como Copérnico derrubou a Terra do seu pedestal celeste, as novas descobertas feitas em pesquisas sobre a cognição retiraram os seres humanos da sua "localização estratégica" na criação.

aristarco de samos já tinha afirmado isso 1000 anos antes de copernico!

Anna escreveu:"Da forma como vejo a questão, em vez de eliminar a idéia de alma a fim de fazer com que os humanos se encaixem mais harmoniosamente no restante da natureza, seria mais razoável reconhecer que existe algo de análogo à alma em todos os seres vivos".

edward burnett tyler's rule...

:emoticon257:

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 15:43
por Apocaliptica
O que é alma?
O que é mente?
O que é espírito?
Como eles se interrelacionam?

E a discussão permanece...vale a pena?

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 19:12
por Sorrelfa
Quando será que o ser humano desistirá dessa ideia patética de uma alma (algo incompreensivel) que seja independente do corpo ?

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 19:34
por francioalmeida
O que é o Gasparzinho?

Um fantasma camarada :emoticon13:

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 19:36
por Apocaliptica
:emoticon22:

Enviado: 02 Jul 2007, 20:30
por zencem


A prova da existência da alma está na irracionalidade humana.

Só o animal instintivo e o homem racional não têm alma.

O homem irracional tem alma.

A alma é o mais alto gráu da loucura.

Como poderiamos nós, com a inteligência que temos, capazes de elaborar leis para orientar nosso comportamento, ter criado uma sociedade caótica, como esta, sem ter alma?

Riam! ...Ou chorem, se quiserem!





Re: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 20:32
por videomaker
Penso! logo desisto!
Não exergar que somos alem disso.... ô tristeza!

Enviado: 02 Jul 2007, 22:51
por Shanaista
mas somos alem disso segundo qual doutrina... a religiosa ou a filosofica? :emoticon5:

consegue-se falar sobre espiritos, almas e outras coisas sobrenaturais... sem esbarrar na metafisica de aristoteles? :emoticon5:

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 23:01
por Ilovefoxes
Ah, Shanaista, sabe, as coisas neste mundo morrem e se fragmentam, nada mais comum que a pessoa querer "proteger" tudo que ela gosta declarando que se trata de uma essência que está em dimensões intocáveis e inabaláveis...
Porque fora disso, um "somos mais que isso" não explica muita coisa, em termos científicos.

Re: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 23:12
por Apocaliptica
videomaker escreveu: Penso! logo desisto!
Não exergar que somos alem disso.... ô tristeza!


Gostaria de ser algo mais que isto, só por vontade de ser coisas diferentes, sabe? Nascer e morrer sendo uma coisa só é mesmo um tédio...existir em outro contexto...é como ser viciado em esportes radicais...variações do corpo sobre o mesma tema....

Mas isto é só vontade. E também se formos imaginar todas as possibilidades do que poderíamos ser, em outras dimensões, sob outras formas de atuação metafísicas...seria uma enormidade de facetas, com tantos conceitos, é um infinito mesmo...
Como é uma questão apenas imaginativa ( o que é natural do ser humano, imaginar, divagar, brincar de viver papéis, Terra do Nunca, Fantástica Fábrica de Chocolates, João e o Pé de Feijão, Alice e seu País de Maravilhas, O Pequeno Príncipe...), é melhor sermos mais centrados e tentar viver com o que temos, encarar a vida como ela se apresenta, nascendo, vivendo e morrendo. O Pensamento Mágico é aceitável até o final da primeira infância. Depois disto, é fuga da realidade e necessita tratamento.
:emoticon19: :emoticon19: :emoticon19:

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 02 Jul 2007, 23:48
por Ilovefoxes
Agora que falou, eu gostaria que no pós-morte eu fosse o Superman ou o dono da fantástica fábrica de chocolate, tem espaço para isso na metafísica?

Re: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 03 Jul 2007, 00:13
por betossantana
Anna escreveu:Ela e Haught citam as idéias de Thomas de Aquino, o filósofo e teólogo do século 13 que, segundo Haught, "falou da existência de uma alma vegetal e de uma alma animal, assim como da alma humana".


A-haaaaaaaaaaaaaaaaa! Foi DAQUI que Kardec COPIOU isso então!!!

Re: Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" p

Enviado: 03 Jul 2007, 00:20
por Apocaliptica
Ilovefoxes escreveu:Agora que falou, eu gostaria que no pós-morte eu fosse o Superman ou o dono da fantástica fábrica de chocolate, tem espaço para isso na metafísica?


Na metafísica tem lugar para tudo! Basta imaginar e desejar. Só não pode achar que é mais que um delírio...senão vai querer chegar antes da hora...já pensou...atalhar o caminho?
:emoticon1:

Enviado: 03 Jul 2007, 09:16
por w ! g
Hans Moravec (ateu) acha que a mente é uma máquina virtual a operar no cérebro(da mesma forma que o windows é um computador virtual friedly user a operar no hardware). Em principio, ele diz nao ser impossivel existir uma ordem das coisas nas quais a mente humana, após a morte, possa sobreviver nouto hardware...

Enviado: 03 Jul 2007, 09:58
por Benetton


Os estudiosos e renomados Doutores Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, U.K. são Médicos respeitados mundialmente e analisam a possibilidade da consciência existir fora do corpo.

Não há inclinações religiosas envolvidas. E é até bom que seja assim, pois dessa forma, demonstram imparcialidade quanto aos seus métodos, os quais mostram-se isentos de ideologias que pudessem influenciar e direcionar as investigações. Eles simples e indiretamente colaboram com a premissa da sobrevivência após a morte.

Nem Fenwick nem os outros cientistas envolvidos nesse tipo de pesquisa postulam a vida após a morte propriamente dita. Eles falam apenas de consciência após a morte. Mesmo assim, as implicações são enormes. Se as experiências próximas da morte e fora do corpo não vêm do cérebro, então, em que se baseia a consciência ?

"Existem duas maneiras de se ver o universo, o modelo aceito atualmente diz que tudo é matéria", diz Fenwick. Em outras palavras, tudo o que a ciência considera "real" possui uma forma física que pode ser percebida por nossos sentidos. Mas este modelo, que os filósofos chamam de "materialismo radical", não pode explicar a existência da consciência, que não possui uma essência física. Então, como faremos para explicá-la ? "Um pequeno fato inexplicado acontece, e então surge a consciência", diz Fenwick a respeito do atual paradigma. No entanto, outra teoria propõe que a constituição básica do universo não seja a matéria, mas a própria consciência.


Já havia comentado esse assunto várias vezes aqui, com base no Post de origem. Se quiserem dar uma olhada :


MEDICINA EUROPÉIA E A PRESENÇA DE ESPÍRITOS EM NOSSO MEIO !
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=2199



Enviado: 03 Jul 2007, 10:36
por O ENCOSTO
Benetton escreveu:
Os estudiosos e renomados Doutores Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, U.K. são Médicos respeitados mundialmente e analisam a possibilidade da consciência existir fora do corpo.

Não há inclinações religiosas envolvidas. E é até bom que seja assim, pois dessa forma, demonstram imparcialidade quanto aos seus métodos, os quais mostram-se isentos de ideologias que pudessem influenciar e direcionar as investigações. Eles simples e indiretamente colaboram com a premissa da sobrevivência após a morte.

Nem Fenwick nem os outros cientistas envolvidos nesse tipo de pesquisa postulam a vida após a morte propriamente dita. Eles falam apenas de consciência após a morte. Mesmo assim, as implicações são enormes. Se as experiências próximas da morte e fora do corpo não vêm do cérebro, então, em que se baseia a consciência ?

"Existem duas maneiras de se ver o universo, o modelo aceito atualmente diz que tudo é matéria", diz Fenwick. Em outras palavras, tudo o que a ciência considera "real" possui uma forma física que pode ser percebida por nossos sentidos. Mas este modelo, que os filósofos chamam de "materialismo radical", não pode explicar a existência da consciência, que não possui uma essência física. Então, como faremos para explicá-la ? "Um pequeno fato inexplicado acontece, e então surge a consciência", diz Fenwick a respeito do atual paradigma. No entanto, outra teoria propõe que a constituição básica do universo não seja a matéria, mas a própria consciência.


Já havia comentado esse assunto várias vezes aqui, com base no Post de origem. Se quiserem dar uma olhada :


MEDICINA EUROPÉIA E A PRESENÇA DE ESPÍRITOS EM NOSSO MEIO !
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=2199





"...conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele."

Enviado: 03 Jul 2007, 11:13
por Benetton
O ENCOSTO escreveu:
Benetton escreveu:
Os estudiosos e renomados Doutores Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, U.K. são Médicos respeitados mundialmente e analisam a possibilidade da consciência existir fora do corpo.

Não há inclinações religiosas envolvidas. E é até bom que seja assim, pois dessa forma, demonstram imparcialidade quanto aos seus métodos, os quais mostram-se isentos de ideologias que pudessem influenciar e direcionar as investigações. Eles simples e indiretamente colaboram com a premissa da sobrevivência após a morte.

Nem Fenwick nem os outros cientistas envolvidos nesse tipo de pesquisa postulam a vida após a morte propriamente dita. Eles falam apenas de consciência após a morte. Mesmo assim, as implicações são enormes. Se as experiências próximas da morte e fora do corpo não vêm do cérebro, então, em que se baseia a consciência ?

"Existem duas maneiras de se ver o universo, o modelo aceito atualmente diz que tudo é matéria", diz Fenwick. Em outras palavras, tudo o que a ciência considera "real" possui uma forma física que pode ser percebida por nossos sentidos. Mas este modelo, que os filósofos chamam de "materialismo radical", não pode explicar a existência da consciência, que não possui uma essência física. Então, como faremos para explicá-la ? "Um pequeno fato inexplicado acontece, e então surge a consciência", diz Fenwick a respeito do atual paradigma. No entanto, outra teoria propõe que a constituição básica do universo não seja a matéria, mas a própria consciência.


Já havia comentado esse assunto várias vezes aqui, com base no Post de origem. Se quiserem dar uma olhada :


MEDICINA EUROPÉIA E A PRESENÇA DE ESPÍRITOS EM NOSSO MEIO !
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=2199





"...conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele."

Sim, mas com base em que?

Pelo menos, os Médicos Ingleses Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, respaldam suas alegações em pesquisas de campo e associações a conceitos neurológicos cientificamente aceitos.

A pesquisa, apresentada a cientistas no Instituto de Tecnologia da Califórnia ( Caltech ) faz ressurgir o debate sobre se há vida após a morte e se existe aquilo que chamamos de alma humana. De acordo com o que é aceito pela Medicina, estas lembranças não deveriam ser possíveis, devido à ausência de atividade cerebral. No passado, outros estudos como este foram ridicularizados pela comunidade científica. Mesmo alguns especialistas que queriam acreditar acabaram se rendendo ao ceticismo, não por argumentos científicos que pudessem refutar tais experiências, mas por simples pressão social e religiosa do meio em que viveram.


Enviado: 03 Jul 2007, 11:42
por manoelmac
w ! g escreveu:Hans Moravec (ateu) acha que a mente é uma máquina virtual a operar no cérebro(da mesma forma que o windows é um computador virtual friedly user a operar no hardware). Em principio, ele diz nao ser impossivel existir uma ordem das coisas nas quais a mente humana, após a morte, possa sobreviver nouto hardware...


Seria ótimo fazer um backup do cérebro e ser transportado prum mundo virtual. AHUhuaahu! Seria um paraíso palpável.

Já pensou, você gerar um modelo 3d do jeito que você quiser? O boitatá encarnado pode ficar a cara da Sandra Bulock!!! :emoticon12: :emoticon12:

Re: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 03 Jul 2007, 11:42
por videomaker
Mas isto é só vontade.


Será mesmo? leia o que o Benneton escreveu! especule mais sobre o assunto! achismos defitivamente não cabe mais nessa discussão!

Enviado: 03 Jul 2007, 12:44
por O ENCOSTO
Benetton escreveu:Sim, mas com base em que?



"...à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais."

"...a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma..."


Pelo menos, os Médicos Ingleses Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, respaldam suas alegações em pesquisas de campo e associações a conceitos neurológicos cientificamente aceitos.



Não sei se este é o metodo mais correto. Se a alma existe, sua existencia deve ser falseavel, coisa que até hoje ninguém mostrou.

Oque é apresentado são justamente estas pesquisas de campo. Pode funcionar muito bem para outras coisas, como pesquisas de comportamento humano, tendencias, etc.

[/quote]

Re: Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" p

Enviado: 03 Jul 2007, 12:50
por w ! g
Usuário deletado escreveu:O Sr. Incógnita não gostou do tópico, postem mais tópicos assim. :emoticon16:


Esse tem a mania que é um grande intelectual... :emoticon16:

Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 03 Jul 2007, 12:54
por w ! g
A alma existe... é o programa que corre no cérebro. Se a realidade for bondosa... depois da morte temos outro meio para que o programa possa correr. Não é impossível. Aliás, os antigos Judeus não acreditavam na imortalidade da alma... e há cristão que dizem que a morte é o fim... mas depois Deus dá um jeito e ressuscita o corpo e o programa (alma)... :emoticon13:

Enviado: 03 Jul 2007, 13:01
por Benetton


O ENCOSTO escreveu:
Benetton escreveu:Sim, mas com base em que?



"...à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais."

"...a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma..."


Em termos de evidências, Eu não tenho dúvidas. Ou seja, a reflexão moral "pode" ser resultado de atributos físicos. Tanto que essa conclusão é tida como "evidência" e não como prova, conforme o próprio relato de Cornelia Dean.





O ENCOSTO escreveu:
Benetton escreveu:Pelo menos, os Médicos Ingleses Sam Parnia, pesquisador da Universidade de Southampton e o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, respaldam suas alegações em pesquisas de campo e associações a conceitos neurológicos cientificamente aceitos.



Não sei se este é o metodo mais correto. Se a alma existe, sua existencia deve ser falseavel, coisa que até hoje ninguém mostrou.

Oque é apresentado são justamente estas pesquisas de campo. Pode funcionar muito bem para outras coisas, como pesquisas de comportamento humano, tendencias, etc.


O que é falseável é a própria experiência de Parnia e Fenwick. E é isto a que me refiro. Os médicos não estão querendo provar a existência da alma e sim a sobrevivência da consciência. Existem diferenças conceituais, ideológicas, até filosóficas acerca dos termos sob análise.

Até hoje não houve críticas niveladas ao ponto de abaterem os postulados defendidos por San Parnia e sua Equipe, formada por neurocirurgiões e outros especialistas.

Aberta essa suposição, ( ela é falseável, portanto científica ) e enquanto não se refutá-la concretamente, existirá então a possibilidade de admitir, mesmo que tênue, a hipótese da sobrevivência.



Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde

Enviado: 03 Jul 2007, 14:23
por Joe
Texto interessante, com bases e evidências.