Uma Realidade construída de sinais.
Enviado: 19 Fev 2006, 11:56
A MATRIZ DE SINAIS.
Conjeturando sobre hipotéticas personagens/entidades de um possível mundo virtual existente em algum super computador, e em como esse mundo é apresentado aos nossos sentidos de tal modo que a nossa consciência possa entendê-lo, diversas idéias me ocorreram e viajei legal.
A estrutura real desse mundo, tal qual ela é formada dentro do computador, é complexa demais como um todo, embora suas partes fundamentais sejam bem simples e compostas de unidades que só podem assumir um estado de cada vez dentre dois possíveis, e são chamadas de bits, sendo que o bit é a unidade mais simples de informação e podemos conceituar da maneira que quisermos os seus dois estados: ligado-desligado, aberto-fechado, cheio-vazio, zero-um, etc.
Imaginei então que um dia, quem sabe em um futuro próximo, as entidades virtuais possam ser capazes de uma real inteligência artificial tão complexa quanto a nossa mente, com uma capacidade de “pensar” sobre si mesmas e sobre a relação que tem com o “mundo” que as suporta, o universo virtual em que vivem com todas as leis e regras inerentes à ele.
Pensei também o quanto esse mundo virtual pode ser semelhante ao nosso próprio mundo. Ora, as entidades existiriam apenas como sinais organizados em uma estrutura feita das tais unidades fundamentais que só fazem ligar ou desligar, manipulando uma corrente elétrica com tempos e velocidades variadas, então suponho que esses “seres” não seriam capazes de perceber a realidade apenas analisando suas próprias observações simples. Ou seja: a forma como suas consciências sentem o mundo, não é capaz de lhes mostrar como ele é de fato, um mundo onde tudo é composto de incontáveis unidades básicas que geram informações em forma de sinais que constroem uma espécie de ilusão para que a mente (também compostas desses sinais) possa sentir como uma realidade emergente.
Será que o nosso próprio mundo não pode ser composto de forma análoga?
Será que tudo, as coisas, as mentes e as leis que governam nosso mundo não seriam feitos dessa mesma forma?
Nossa realidade poderia ser realmente tão somente sinais a trafegar numa incomensurável rede de estruturas construídas com elementos que apenas “piscam”, on/off, gerando sinais que percebemos da forma como sentimos. Elementos tão simples, mas reunidos numa quantidade enorme, agindo e interagindo em conjunto criando um mundo complexo.
Ora, isso me parece bem plausível, porque tudo aquilo que sentimos e percebemos, no final das contas são apenas sinais elétricos que percorrem nossa estrutura nervosa sendo decodificados como sensações variadas. Se pertencêssemos à um sistema semelhante a um processador computacional muito complexo, acho que não seriamos capazes de perceber a realidade, a não ser por encadeamento lógico ou conjeturas mentais feitas a partir de observações cada vez mais precisas daquilo que conhecemos como o nosso mundo, mergulhando cada vez mais nas micros dimensões. Ou seja, nos aproximando cada vez mais da realidade pura e afastando da ilusão mental macro.
Perceberíamos então que coisas estranhas à visão macro acontecem no mundo micro quase real, isso deriva do fato de que a capacidade observacional grosseira que compreende o mundo geral (ilusão), não se presta para observar o mundo refinado (real), da forma como ele é, uma estrutura de unidades básicas de informação; ora, a própria capacidade observacional, para uma dada maneira simples de se perceber o mundo ilusório, é composta por uma determinada quantidade mínima de unidades fundamentais e ao se tentar querer observar cada vez mais internamente, em direção às partes únicas reais, vai-se perdendo a coerência da ilusão, pois se é necessário refinar o elemento observador também.
Isso quer dizer que, unidades básicas isoladas não são capazes de perceberem a si mesmas ou a seus semelhantes, pois são as estruturas mais simples possíveis, com propriedades mais simples também. Evidentemente quando unidas formando um sistema complexo coeso, passam a ter um sentido coletivo clássico de onde emergem as novas propriedades igualmente complexas.
Esse sistema parece se repetir em variadas maneiras no mundo que percebemos, esse padrão surge na forma como, por exemplo, um ser vivo se constitue. Onde células individuais compõem um organismo maior coletivo, mas que se percebe como uno, individual.
Quero dizer que, olhando para apenas uma célula, perdemos a coerência do conjunto e não enxergamos um ser humano, essa é a teoria das “propriedades emergentes” se não me engano e ela parece se estender a tudo.
Devido então a certas “estranhezas” que ocorrem tanto quanto mais entramos no mundo micro (aproximando da realidade), suponho que uma explicação plausível seria uma em que nós (e nosso mundo) fossemos tal qual entidades existentes formadas de sinais compostos em uma espécie de matriz, onde, unidades fundamentais com suas propriedades mais básicas produzem uma ilusão coletiva que emerge dessa realidade individual.
Num sistema como esse, as possibilidades seriam inimagináveis, onde quaisquer formas de “mundos” com suas personagens, leis ou regras, poderiam “existir”, pois afinal, tudo e todos seriam apenas sinais trafegando entre as unidades de uma matriz complexa.
Resta-nos imaginar como seria feita cada uma das unidades básicas.
Bem, isso já é outra viajada.
Conjeturando sobre hipotéticas personagens/entidades de um possível mundo virtual existente em algum super computador, e em como esse mundo é apresentado aos nossos sentidos de tal modo que a nossa consciência possa entendê-lo, diversas idéias me ocorreram e viajei legal.
A estrutura real desse mundo, tal qual ela é formada dentro do computador, é complexa demais como um todo, embora suas partes fundamentais sejam bem simples e compostas de unidades que só podem assumir um estado de cada vez dentre dois possíveis, e são chamadas de bits, sendo que o bit é a unidade mais simples de informação e podemos conceituar da maneira que quisermos os seus dois estados: ligado-desligado, aberto-fechado, cheio-vazio, zero-um, etc.
Imaginei então que um dia, quem sabe em um futuro próximo, as entidades virtuais possam ser capazes de uma real inteligência artificial tão complexa quanto a nossa mente, com uma capacidade de “pensar” sobre si mesmas e sobre a relação que tem com o “mundo” que as suporta, o universo virtual em que vivem com todas as leis e regras inerentes à ele.
Pensei também o quanto esse mundo virtual pode ser semelhante ao nosso próprio mundo. Ora, as entidades existiriam apenas como sinais organizados em uma estrutura feita das tais unidades fundamentais que só fazem ligar ou desligar, manipulando uma corrente elétrica com tempos e velocidades variadas, então suponho que esses “seres” não seriam capazes de perceber a realidade apenas analisando suas próprias observações simples. Ou seja: a forma como suas consciências sentem o mundo, não é capaz de lhes mostrar como ele é de fato, um mundo onde tudo é composto de incontáveis unidades básicas que geram informações em forma de sinais que constroem uma espécie de ilusão para que a mente (também compostas desses sinais) possa sentir como uma realidade emergente.
Será que o nosso próprio mundo não pode ser composto de forma análoga?
Será que tudo, as coisas, as mentes e as leis que governam nosso mundo não seriam feitos dessa mesma forma?
Nossa realidade poderia ser realmente tão somente sinais a trafegar numa incomensurável rede de estruturas construídas com elementos que apenas “piscam”, on/off, gerando sinais que percebemos da forma como sentimos. Elementos tão simples, mas reunidos numa quantidade enorme, agindo e interagindo em conjunto criando um mundo complexo.
Ora, isso me parece bem plausível, porque tudo aquilo que sentimos e percebemos, no final das contas são apenas sinais elétricos que percorrem nossa estrutura nervosa sendo decodificados como sensações variadas. Se pertencêssemos à um sistema semelhante a um processador computacional muito complexo, acho que não seriamos capazes de perceber a realidade, a não ser por encadeamento lógico ou conjeturas mentais feitas a partir de observações cada vez mais precisas daquilo que conhecemos como o nosso mundo, mergulhando cada vez mais nas micros dimensões. Ou seja, nos aproximando cada vez mais da realidade pura e afastando da ilusão mental macro.
Perceberíamos então que coisas estranhas à visão macro acontecem no mundo micro quase real, isso deriva do fato de que a capacidade observacional grosseira que compreende o mundo geral (ilusão), não se presta para observar o mundo refinado (real), da forma como ele é, uma estrutura de unidades básicas de informação; ora, a própria capacidade observacional, para uma dada maneira simples de se perceber o mundo ilusório, é composta por uma determinada quantidade mínima de unidades fundamentais e ao se tentar querer observar cada vez mais internamente, em direção às partes únicas reais, vai-se perdendo a coerência da ilusão, pois se é necessário refinar o elemento observador também.
Isso quer dizer que, unidades básicas isoladas não são capazes de perceberem a si mesmas ou a seus semelhantes, pois são as estruturas mais simples possíveis, com propriedades mais simples também. Evidentemente quando unidas formando um sistema complexo coeso, passam a ter um sentido coletivo clássico de onde emergem as novas propriedades igualmente complexas.
Esse sistema parece se repetir em variadas maneiras no mundo que percebemos, esse padrão surge na forma como, por exemplo, um ser vivo se constitue. Onde células individuais compõem um organismo maior coletivo, mas que se percebe como uno, individual.
Quero dizer que, olhando para apenas uma célula, perdemos a coerência do conjunto e não enxergamos um ser humano, essa é a teoria das “propriedades emergentes” se não me engano e ela parece se estender a tudo.
Devido então a certas “estranhezas” que ocorrem tanto quanto mais entramos no mundo micro (aproximando da realidade), suponho que uma explicação plausível seria uma em que nós (e nosso mundo) fossemos tal qual entidades existentes formadas de sinais compostos em uma espécie de matriz, onde, unidades fundamentais com suas propriedades mais básicas produzem uma ilusão coletiva que emerge dessa realidade individual.
Num sistema como esse, as possibilidades seriam inimagináveis, onde quaisquer formas de “mundos” com suas personagens, leis ou regras, poderiam “existir”, pois afinal, tudo e todos seriam apenas sinais trafegando entre as unidades de uma matriz complexa.
Resta-nos imaginar como seria feita cada uma das unidades básicas.
Bem, isso já é outra viajada.