"Petitio principii": Hume e Kant
Enviado: 15 Jun 2006, 12:35
Esse texto foi colocado em discussão em outro fórum, e estou trazendo para cá, para debater com os estudantes de filosofia:
O tipo de raciocínio utilizado por Hume e Kant cai num erro chamado "petição de princípio".
Kant fundamenta sua gnosiologia na teoria do númeno, mas com o abandono da "primeira causalidade" (a dos sentidos) ao mundo dos númenos inacessíveis, Kant não pode fundamentar qualquer coisa sem incorrer em petição de princípio. Leis universais do pensamento são válidas para quem entende que se pode concluir do que se vê para o que as coisas realmente são. Mas Kant, fechado em si pela sua própria teoria do númeno inacessível, não pode sustentá-las, sem cair em contradição.
A inteligibilidade fundamenta-se no princípio da causalidade, uma vez que são os objetos que nos causam impressões e nos possibilitam o conhecimento através dos sentidos. Se essa primeira causalidade não existe, torna-se impossível imaginar qualquer objeto. Isso se prova pelo simples fato de que é impossível imaginar qualquer coisa fundamentalmente diferente das que temos visto. Um cego, por exemplo, não tem a idéia das cores. Aqui resulta também a petição de princípio a que também está sujeita a filosofia empirista de David Hume, posto que ela tende a negar a existência da causalidade como um princípio universal, mas toma por base essa primeira causalidade (dos sentidos), pela defesa do empirismo.
Hal
O tipo de raciocínio utilizado por Hume e Kant cai num erro chamado "petição de princípio".
Kant fundamenta sua gnosiologia na teoria do númeno, mas com o abandono da "primeira causalidade" (a dos sentidos) ao mundo dos númenos inacessíveis, Kant não pode fundamentar qualquer coisa sem incorrer em petição de princípio. Leis universais do pensamento são válidas para quem entende que se pode concluir do que se vê para o que as coisas realmente são. Mas Kant, fechado em si pela sua própria teoria do númeno inacessível, não pode sustentá-las, sem cair em contradição.
A inteligibilidade fundamenta-se no princípio da causalidade, uma vez que são os objetos que nos causam impressões e nos possibilitam o conhecimento através dos sentidos. Se essa primeira causalidade não existe, torna-se impossível imaginar qualquer objeto. Isso se prova pelo simples fato de que é impossível imaginar qualquer coisa fundamentalmente diferente das que temos visto. Um cego, por exemplo, não tem a idéia das cores. Aqui resulta também a petição de princípio a que também está sujeita a filosofia empirista de David Hume, posto que ela tende a negar a existência da causalidade como um princípio universal, mas toma por base essa primeira causalidade (dos sentidos), pela defesa do empirismo.
Hal
