Pensando o Brasil
Enviado: 20 Jun 2006, 12:43
Pensando o Brasil
por José Nivaldo Cordeiro em 17 de junho de 2006
Resumo: Uma loucura coletiva do tamanho que estamos a ver só tem paralelo com a que tomou conta da Europa na primeira metade do século XX.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Quero aqui sublinhar três fatos, a meu ver maiúsculos, que são sintomas da loucura coletiva que se apossou da Nação brasileira, em especial da sua elite letrada e endinheirada. O primeiro deles é a leniência absurda com que os políticos e as instituições vêm tratando os movimentos paramitares que atuam no Brasil – MST, MLST, PCC e assemelhados – que enfrentam e anulam o poder de Estado, fazem letra morta da lei e, a cada momento, agem de forma planejada e criminosa, mais audazes, eficazes e aplaudidos do que o fizeram no momento anterior. Um grande escândalo tratado como banalidade.
O segundo fato é ver as tendências das pesquisas eleitorais, mesmo com o espetáculo deprimente da corrupção explícita, veiculado pelas televisões, pelos jornais e revistas, pelos programas de humor. É como se a maioria do eleitorado – dos brasileiros, afinal – dissesse que essas imoralidades não lhes dizem respeito, que o PT e demais partidos do Foro de São Paulo podem fazer o que bem entenderem com o Erário, financiando a sua ação subversiva, não direi nem mais contra a Ordem, porque o PT é a Ordem, mas contra os valores que norteiam a tradição ocidental: a defesa da democracia, da liberdade, da economia de mercado, dos direitos fundamentais, a começar pelo de vida, de propriedade e o de ir e vir.
É como se estivesse em curso um plebiscito sobre a bandalheira, aprovando-a por maioria qualificada dos votos da Nação. Esse é o verdadeiro significado da provável reeleição de Lula. Será o testemunho acabrunhante de que a imoralidade gotejou sobre todos nós e ninguém poderá ser inocentado das culpas pela grande tragédia que se avizinha.
O terceiro fato que quero ressaltar é o cinismo com o qual as classes superiores tratam de tudo isso, como se tudo estivesse certo, dentro do previsto e desejado, dentro da ética. Exceto a revista Veja, que se tornou um baluarte contra a ação facinorosa dos membros do poder petista, nenhum órgão de imprensa se mobilizou para alertar de forma correta a população, nem deu a devida urgência ao perigo iminente para o País que significa a reeleição de Lula. Não vi editoriais de primeira página na Folha de São Paulo, assinados por Octávio Frias Filho, como ele o fez na época do impeachment de Collor. Nem no Estadão dos Mesquita. Assim, podemos dizer que os nossos jornalões são coniventes, tornaram-se órgãos integrantes da máquina de propaganda que objetiva estabelecer, em curto espaço de tempo, um regime totalitário por aqui.
Vejam, meus amigos leitores, que está em curso um crime coletivo contra a Nação, contra a liberdade, contra as instituições que lhe dão fundamento. É uma forma de suicídio coletivo, um ato de plena loucura. As pesquisas de opinião, como na época de Hitler, mostram que o chamado “homem comum” tem o seu quinhão de culpa, o maior deles. A conivência daqueles que trocam sua liberdade pelas esmolas vindas de muitas formas, desde o emprego público multiplicado irresponsavelmente, a elevação criminosa do salário-mínimo, passando pelas muitas bolsas e vales que compram a consciência e o voto do que o grande Olavo de Carvalho chamou, com propriedade, de Imbecil Coletivo. Nem se pode mais alegar a ignorância dos miúdos, pois que a imprensa ainda continua livre e noticia cada um dos escândalos do dia, inclusive o vilipêndio do próprio Congresso Nacional, recentemente perpetrado. Nem o analfabetismo. Até porque os aparelhos de tv com programação aberta estão na maioria dos lares brasileiros. Ao menos o Jornal Nacional, da Globo, o Pravda tupiniquim, vêem.
A loucura coletiva não é privilégio dos miúdos, todavia. Hoje (11/06) lendo a coluna de Elio Gaspari na Folha, pude extrair a seguinte frase: “O PSD "cristianizou" Machado para vencer a eleição. O PSDB "cristianiza" Alckmin para perdê-la”. Como sabemos, a candidatura de Alckmin é a única esperança que temos de retardar a instalação do totalitarismo no Brasil, o verdadeiro significado da reeleição de Lula. O que Gaspari faz aqui é um trabalho de desinformação, ele que desde sempre foi um propagandista da causa revolucionária no Brasil, um dos mais perfeitos e acabados agentes gramscianos infiltrados (não é bem essa palavra, pois eles hoje controlam a direção e a redação dos meios de comunicação de massa). Alckmin pode até perder, é verdade, mas ganham o Foro de São Paulo e os associados ao poder petista, como Tasso Jereissati, Aécio Neves e a oligarquia que enriqueceu em torno do poder petista. Isso, Gaspari não fala, pois ninguém graúdo da mídia fala do Foro de São Paulo.
Uma loucura coletiva do tamanho que estamos a ver só tem paralelo com a que tomou conta da Europa na primeira metade do século XX. Deu no que deu.
Fonte:Midia Sem Mascara]
por José Nivaldo Cordeiro em 17 de junho de 2006
Resumo: Uma loucura coletiva do tamanho que estamos a ver só tem paralelo com a que tomou conta da Europa na primeira metade do século XX.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Quero aqui sublinhar três fatos, a meu ver maiúsculos, que são sintomas da loucura coletiva que se apossou da Nação brasileira, em especial da sua elite letrada e endinheirada. O primeiro deles é a leniência absurda com que os políticos e as instituições vêm tratando os movimentos paramitares que atuam no Brasil – MST, MLST, PCC e assemelhados – que enfrentam e anulam o poder de Estado, fazem letra morta da lei e, a cada momento, agem de forma planejada e criminosa, mais audazes, eficazes e aplaudidos do que o fizeram no momento anterior. Um grande escândalo tratado como banalidade.
O segundo fato é ver as tendências das pesquisas eleitorais, mesmo com o espetáculo deprimente da corrupção explícita, veiculado pelas televisões, pelos jornais e revistas, pelos programas de humor. É como se a maioria do eleitorado – dos brasileiros, afinal – dissesse que essas imoralidades não lhes dizem respeito, que o PT e demais partidos do Foro de São Paulo podem fazer o que bem entenderem com o Erário, financiando a sua ação subversiva, não direi nem mais contra a Ordem, porque o PT é a Ordem, mas contra os valores que norteiam a tradição ocidental: a defesa da democracia, da liberdade, da economia de mercado, dos direitos fundamentais, a começar pelo de vida, de propriedade e o de ir e vir.
É como se estivesse em curso um plebiscito sobre a bandalheira, aprovando-a por maioria qualificada dos votos da Nação. Esse é o verdadeiro significado da provável reeleição de Lula. Será o testemunho acabrunhante de que a imoralidade gotejou sobre todos nós e ninguém poderá ser inocentado das culpas pela grande tragédia que se avizinha.
O terceiro fato que quero ressaltar é o cinismo com o qual as classes superiores tratam de tudo isso, como se tudo estivesse certo, dentro do previsto e desejado, dentro da ética. Exceto a revista Veja, que se tornou um baluarte contra a ação facinorosa dos membros do poder petista, nenhum órgão de imprensa se mobilizou para alertar de forma correta a população, nem deu a devida urgência ao perigo iminente para o País que significa a reeleição de Lula. Não vi editoriais de primeira página na Folha de São Paulo, assinados por Octávio Frias Filho, como ele o fez na época do impeachment de Collor. Nem no Estadão dos Mesquita. Assim, podemos dizer que os nossos jornalões são coniventes, tornaram-se órgãos integrantes da máquina de propaganda que objetiva estabelecer, em curto espaço de tempo, um regime totalitário por aqui.
Vejam, meus amigos leitores, que está em curso um crime coletivo contra a Nação, contra a liberdade, contra as instituições que lhe dão fundamento. É uma forma de suicídio coletivo, um ato de plena loucura. As pesquisas de opinião, como na época de Hitler, mostram que o chamado “homem comum” tem o seu quinhão de culpa, o maior deles. A conivência daqueles que trocam sua liberdade pelas esmolas vindas de muitas formas, desde o emprego público multiplicado irresponsavelmente, a elevação criminosa do salário-mínimo, passando pelas muitas bolsas e vales que compram a consciência e o voto do que o grande Olavo de Carvalho chamou, com propriedade, de Imbecil Coletivo. Nem se pode mais alegar a ignorância dos miúdos, pois que a imprensa ainda continua livre e noticia cada um dos escândalos do dia, inclusive o vilipêndio do próprio Congresso Nacional, recentemente perpetrado. Nem o analfabetismo. Até porque os aparelhos de tv com programação aberta estão na maioria dos lares brasileiros. Ao menos o Jornal Nacional, da Globo, o Pravda tupiniquim, vêem.
A loucura coletiva não é privilégio dos miúdos, todavia. Hoje (11/06) lendo a coluna de Elio Gaspari na Folha, pude extrair a seguinte frase: “O PSD "cristianizou" Machado para vencer a eleição. O PSDB "cristianiza" Alckmin para perdê-la”. Como sabemos, a candidatura de Alckmin é a única esperança que temos de retardar a instalação do totalitarismo no Brasil, o verdadeiro significado da reeleição de Lula. O que Gaspari faz aqui é um trabalho de desinformação, ele que desde sempre foi um propagandista da causa revolucionária no Brasil, um dos mais perfeitos e acabados agentes gramscianos infiltrados (não é bem essa palavra, pois eles hoje controlam a direção e a redação dos meios de comunicação de massa). Alckmin pode até perder, é verdade, mas ganham o Foro de São Paulo e os associados ao poder petista, como Tasso Jereissati, Aécio Neves e a oligarquia que enriqueceu em torno do poder petista. Isso, Gaspari não fala, pois ninguém graúdo da mídia fala do Foro de São Paulo.
Uma loucura coletiva do tamanho que estamos a ver só tem paralelo com a que tomou conta da Europa na primeira metade do século XX. Deu no que deu.
Fonte:Midia Sem Mascara]