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No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:07
por Alter-ego
No funk com Jesus

Bailes gospel em que se tocam
todos os ritmos viram mania entre
evangélicos no Rio e em São Paulo


ImagemKelly Krenty: sensação do momento veio da Baixada Fluminense

BIG BROTHER JESUS
(MC F. Reis)

Cuidado, meu irmão
Pra não ir pro paredão do diabo
Cuidado pra não ser eliminado
Da casa de Deus
Por causa do pecado



Saem as "egüinhas" e "cachorras" dos bailes funk, entram citações bíblicas e loas à virgindade. Nos bailes gospel não tem bebida alcoólica nem cigarro, tem Kelly Krenty (na foto) no papel de Kelly Key e, como é do estilo, muitos versos simples. "Tirei o piercing da barriga / Me livrei da minissaia / Eu encontrei Jesus / E não vivo mais na farra", entoa a moça, de 21 anos. Embalada pelo mais barulhento batidão funk, Krenty (sobrenome artístico de Kelly Regina Flores Rodrigues) faz a juventude evangélica pular nas festas em que se apresenta na Baixada Fluminense. A cantora é a mais nova sensação de bailes que vêm conquistando cada vez mais adeptos entre jovens e adolescentes que seguem os passos de Jesus em ritmo de funk, pagode, rap, forró, soul music, samba e outros estilos musicais até pouco tempo atrás execrados no meio evangélico. Os eventos maiores chegam a reunir 5.000 pessoas numa única noite. O fenômeno, que se alastrou pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, com bailes realizados semanalmente nos próprios templos ou em clubes alugados pelas igrejas, já chegou também a outras capitais, como Brasília, Salvador, Vitória e Belo Horizonte.

O ambiente lembra uma boate como outra qualquer: globo espelhado, canhões de luz, estroboscópio, fumaça e, no caso dos eventos mais produzidos, chuva de bolas coloridas. Tem até lounge, como no templo-boate da Igreja Celular Internacional, seita pentecostal que arrendou um clube em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para celebrar cultos e realizar, a cada dois meses, seu baile evangélico. O visual dos freqüentadores também é o mesmo de qualquer tribo urbana juvenil: rapazes tatuados, com brinco, boné e roupas largas, moças de calça justa (mas não muito) e maquiadas (idem). Também fazem sucesso adereços como pulseiras e cordões fosforescentes, muito usados em bailes funk. Mas a semelhança pára aí. O código de conduta é rígido e, se alguém sai da linha, é repreendido por seguranças ou pelos próprios artistas. "No funk, se a pessoa não tomar cuidado, dá um rebolado mais ousado e se insinua para alguém. A gente está na pista para corrigir isso", diz Kelly Krenty. A recém-convertida Natalin França da Silva, 26 anos, que há dois meses trocou as pistas dos bailes funk na Favela da Rocinha e em boates da Zona Sul do Rio pela noite evangélica, não reclama das restrições. "É até melhor não ter bebida alcoólica, porque no dia seguinte você acorda bem", afirma. Difícil é fazer com que todos sigam à risca as regras do baile. "Tem de respeitar, Jesus está vendo", diz o estudante Demétrio Dworak, com um sorriso maroto.

O que fez os evangélicos incorporar estilos musicais que sempre foram condenados por eles, como o funk (geralmente associado à violência do tráfico de drogas nas favelas) e o forró (ritmo do bate-coxa por excelência), foi o interesse em um segmento que as religiões têm dificuldade de conquistar: os jovens. "As igrejas tentam falar uma linguagem antenada com a visão de mundo da garotada", afirma a antropóloga Márcia Leitão Pinheiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que passou mais de dois anos freqüentando bailes gospel para escrever uma tese de doutorado sobre o tema. Na condição de religião que mais cresce no país (seus seguidores passaram de 9% da população, em 1991, para 15,4%, em 2000, pelo censo do IBGE), as igrejas evangélicas perceberam que têm de se manter em sintonia com uma fatia expressiva de seu rebanho – jovens e adolescentes totalizam 4,8 milhões de fiéis pelo Brasil, segundo dados do Censo 2000 sobre a população de 15 a 24 anos de idade.

A noitada gospel começou a ganhar força há pouco mais de dois anos, quando a equipe de eventos Gospel Night, ligada à igreja Projeto Vida Nova, do subúrbio do Rio, lançou um CD com cânticos evangélicos remixados com batida funk. "Nossa primeira tentativa de promover uma festa nesse estilo, em 1998, não deu muito certo. Só apareceram quatro pessoas, e mesmo assim porque fomos chamá-las na rua. Mas, depois do CD, o negócio tomou outra proporção", conta o DJ Marcelo Araújo, um dos pioneiros da noite gospel. Hoje, são pelo menos dez festas por fim de semana só no eixo Rio–São Paulo, sem contar as que ocorrem esporadicamente em outras capitais. As festas não chegam a gerar cifras muito expressivas, já que o ingresso barato e o veto às bebidas alcoólicas não contribuem para o movimento do caixa, mas começam a fomentar uma série de atividades entre os fiéis, como programas em rádio e TV e até sites especializados em divulgar a badalação noturna evangélica.

Além disso, o fenômeno vem conquistando espaço na indústria fonográfica evangélica, até então hostil aos novos ritmos. Uma das grandes gravadoras desse segmento, a Gospel Records, possui em seu cast artistas de rap, sertanejo e samba gospel. E um de seus campeões de venda é justamente um dos mais badalados artistas da night gospel, o rapper DJ Alpiste, que chegou a vender 100.000 cópias de um dos CDs lançados. "O mercado fonográfico gospel melhorou muito de dois anos para cá", comemora o DJ. Os artistas que ainda não conseguem traduzir em vendas o sucesso que fazem nas pistas de dança dizem não se importar, pois para eles o mais importante é levar adiante a palavra do Senhor. Diz Kelly Krenty: "O fundamental para mim é saber que eu sempre terei sucesso com o Pai".

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Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:15
por Mr. Crowley
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

PQP! quando eu penso que esses comédias já inventaram de tudo pra atrair otários, eles vem e me lançam uma dessas! :emoticon22:

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:21
por kuragarii
sou mais o RAP do Jesus Negão hein! hauhauhuah :emoticon12:
Jesus Negão
Presidiária do Caramuru, a fronteira final...
Diário de bordo, data estrelar 3 4 do 3 do 2 do 1
Pavilhão 9, quadrante treze, esquina com Avenida das Alamedas,
467, fundos, falar com dona Ivete após às 16.
Os mano audaciosamente indo aonde nenhuma Adriana jamais
Esteves

Aí fei, aqui é o Primo Preto falando véi, vocalista dos Números
Racionais MC ao quadrado. Sobrevivente do Massacre de Itapuã,
nêgo.
Segundo os estudos realizados nas faculdades
universitárias de Massaxussestis:

A cada 39% dos nêgo que nascem nessa cidade são pretos.
4% dos 7% dos nêgo que estudam nas faculdade são preto.
A cada 2 crianças que nascem nêga, uma morre preta.
80% dos nêgo preto morrem queimado nêgo.

Conheci um cara que se chama Jesus
Por expor suas idéias, enforcaram-no na cruz
Jesus Negão
Jesus Negão, sangue bão...

Segundo os dados da Ceagesp de Santa Catarina:
7% dos brancos divididos por 7% dos nego dá 7 pretos.
4 vezes 15 preto dá vinte nego.
30% dos preto que morrem na sociedade são verde.
12% da sociedade inteira branca é nega.
50% dos pai preto com mãe nega dá filho preto.
25% da sociedade é preta.
75% da sociedade também é preta.
Tudo é preto.
Nêgo é preto.
Corinthiano, maloqueiro e sofredor, mano!

Jesus é um grande cara e bate um bolão
Só não veio hoje porque tá pregadão
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!), sangue bão...

Ae mano, Jesus é o senhor – Ae mano Jesus é o senhor!
Não, não mano, Jesus é o senhor – não Jesus é o senhor e ta falado
Não, Jesus é o senhor – Não, ta ligado, eu li a bíblia e Jesus é o senhor!
Não, Jesus é o senhor – NÃO JESUS É O SENHOR CARALHO!
É o senhor mano – Ta bom, sou eu mas não conta pra ninguém, valeu mano.

Segundo o Indifolha-se:
o melhor disco dos Beatles é o Álbum Branco
e o pior disco do Metallica é o álbum preto.
Nos Estados Unidos da América a cada 10 nêgo
5 jogam num time e 5 jogam no outro.
De todos os nêgo entrevistados, 50% acha que é preto,
50% acha que é nego e os outros 45% mandaram
eu tomar no cu e roubaram minha carteira.
É pau é preto é o fim do caminho, mano.

Eu sou primo preto, amigo dos preto, nêgo e soberano!
Jesus é mano véio, cabelo Brack Power
Bola de três dedo, conhece o Beckenbauer
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!), sangue bão... (Obrigado, muito obrigado moço, muito obrigado viu moço)

Edson Arantes do Nascimento, João do Pulo, Zezé Motta, Jorge
Lafon, Tia Anastácia, Grande Othello (Obrigado), Lady Zu, Tony Tornado,
nego-ciação, só nêgo são (muito obrigado viu moço), Oswaldo Montenegro, Fernanda Montenegro, Walter Negrão, Marcelo Negrão, Darth Vader, Sivuca, Hermeto Pascoal, Diamante Negro, Sharon Stone (gostosa), fuscão
preto, caixa-preta, buraco negro, quadro-negro, Malcom 10, Martin
Luther King, Dom King, Larry King, King Kong, kung fu, pato
fudeu, ó os homê aí, mano!

Jesus Negão

Sangue bão!(muito obrigado viu moço!)

Enviado: 14 Dez 2005, 11:23
por Claudio Loredo

Cada vez mais as igreja evangélicas se superam no ridículo. Isto é um bom sinal. Sinal de que eles tem que apelar para não verem seu rebanho diminuir. Apelam para discoteca de cristo, funk de cristo, bar de cristo etc. Armadilhas de consumo.

A imbecilização que eles promovem é terrível. Ao invés de imbecilizarem os jovens, deveriam ensinar os jovens a terem pensamento crítico. Mas ensinar a questionar não dá dinheiro. O que dá dinheiro é ensinar a acreditar cegamente.

O pior é que essa nojeira começou com a Igreja Univer$al. As outras denominações só fazem imitar o que está dando dinheiro.

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:24
por Tranca
Eu não agüento mais essa porra de proselitismo ingnóbil evangélico!

Me dá nojo!



No meu local de trabalho, uma pessoa foi contratada recentemente... ela também é evangélica, assim como outra pessoa que trabalha aqui. Aliás, está aqui pelo fato de que é da mesma igreja que a outra pessoa.

Ouvir música gospel enquanto trabalha, vá lá, trabalhamos à portas fechadas e eu também escuto música enquanto trabalho.

Ler a bíblia quando o tempo está vago. Ok mesmo, se a pessoa tiver interesse. Eu leio outras coisas além do que se refere ao trabalho e mesmo freqüento o RV quando tenho tempo disponível entre um afazer e outro.

Mas... parar os outros no meio do expediente para falar da bíblia, da necessidade de mudança interior, etc... dando exemplos cabais do pior proselitismo acéfalo e munido de apelos emocionais o mais torpes possíveis. Isso não! É demais para a cabeça desse exu aqui.

A pessoa em questão fez isso uma boa parte da manhã com o coitado do estagiário que deve estar até agora limpando os ouvidos de tantas asneiras que ouviu.

Se fosse comigo, a conversa (aliás, crente não conversa, prega) duraria o tempo exato dela começar e eu em seguida interrompê-la com educação para conscientizá-la de que a religião dela não significa nada para mim. Ponto.

"Quosque tandem abutere, crentalhada, patientia nostra?"

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:29
por Tranca
Certo Dawkins quando disse que religião é o vírus da mente.

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:33
por Fernando Silva
Trecho de funk da Tati Quebra Barraco (que não tem nada de light)

"Me chama de gatinha que eu faço miau
Me chama de cachorra que eu faço au-au
Se tem Jesus no coração, demorô!"

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 11:48
por Tranca
Háháháháháháháháháháhá!

Esse é o nível dos auto-intitulados "sal da terra e luz do mundo".

DISGUSTING!


FUNK DE CRISTO

Enviado: 14 Dez 2005, 12:03
por Fábio luiz martucci
ISSO É UMA PIADA, NÃO É?????????????????????

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 12:24
por kaire
Pior e que não!!...

Li a reportagem, apesar da pregação braba e das musicas de qualidade extremamente duvidosas, pelo menos a materia esta bem feita... isso na veja já é um grande avanço... :emoticon12:

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 14:05
por Poindexter
Seja bem-vindo, kaire!

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 14 Dez 2005, 14:06
por Poindexter
Lembrem-se sempre do que eu digo: não há limites para a imbecilidade humana!

Re.: No funk com Jesus

Enviado: 16 Dez 2005, 07:11
por First Knight
Afinal, essa é a diferença entre a inteligência e a imbecilidade!
Sabemos que a inteligência tem limites.