Até que a evolução os separe
- Aurelio Moraes
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Até que a evolução os separe
Troca constante de parceiro, formação de haréns, monogamia social e escapadas extraconjugais: homens e bichos usam as mesmas estratégias sexuais
Até que a evolução os separe
[por Débora Yuri e Roberto de Oliveira]
A discussão é caquética, de tão antiga, mas nunca sai completamente de cartaz e, volta e meia, encontra alguma razão para ressurgir com força: humanos são geneticamente talhados para a monogamia ou ela é uma imposição cultural/religiosa que tenta domesticar nossa suposta tendência biológica à promiscuidade? Que cada lado afie seus argumentos.
A bola da vez para ressuscitar o velho debate é o comportamento sexual adotado por (olha só a que ponto chegamos) pingüins antárticos, espécie enfocada no documentário francês “A Marcha dos Pingüins”, que estreou na última sexta.
Hit nas bilheterias do mundo inteiro, o filme acompanha uma colônia de pingüins-imperadores que marcham mais de 1.000 km pela gelada Antártida. Ao chegar ao local de procriação, procuram um parceiro, muitas vezes o mesmo do ano anterior, entre milhares de outros, por uma espécie de senha sonora. Religiosos e políticos conservadores americanos ficaram encantados com a suposta fidelidade das aves, consideradas um “exemplo ideal de monogamia” para os humanos.
É a mania de usar lentes antropomórficas para enxergar o mundo não-racional, atribuindo a ele características e, principalmente, valores humanos. Para que isso funcione, elegem-se alguns comportamentos “positivos” e omitem-se os “negativos” (leia na pág. 7). Nessa engrenagem, o diferencial humano por definição –a racionalidade– pode servir aos dois lados.
“Seres humanos não nasceram para ser adeptos da fidelidade, e a biologia mostra isso claramente”, afirmou à Revista o americano David Barash, 59, professor de psicologia da Universidade de Washington e autor de “The Myth of Monogamy: Fidelity and Infidelity in Animals and People” (O Mito da Monogamia: Fidelidade e Infidelidade entre Animais e Pessoas). A razão, segundo a biologia evolutiva: a busca por variação de parceiros está ligada à preservação da espécie.
Já a terapeuta Peggy Vaughan, 70, considerada pela imprensa dos EUA uma “especialista em casos extraconjugais”, vem na contramão. “É irrelevante saber se nascemos ou não com predisposição à infidelidade”, disse ela. “Diferentemente de animais não racionais, nós fazemos escolhas. Se fosse simplesmente uma questão de ‘fazer o que nascemos para fazer’, não existiria a decepção e a desonestidade, tão freqüentes”, observa ela, autora do best-seller “The Monogamy Myth: A Personal Handbook for Recovering from Affairs” (O Mito da Monogamia: Um Guia Pessoal para se Recuperar de Traições).
Decepção e desonestidade certamente são conceitos desconhecidos para os pingüins, mas não para a autora, que começou a pesquisar a infidelidade após ser traída pelo então marido. E é bem aí, no capítulo da variedade de sentimentos humanos, inexistentes em outras espécies, que mora a complexidade.
Exemplo ferrenhamente monogâmico: “O ser humano nasce, cresce e casa para gerar uma família, e deve cuidar dela até o final da vida”, resume o comerciante Francisco Marcondes dos Santos, 86, que “nunca, nem em pensamento”, traiu a mulher, em 62 anos de união.
Casado com a dona-de-casa Maria Aparecida Junqueira dos Santos, 84, os dois formam um tipo de casal que caiu em extinção: só namoraram um com o outro e se casaram virgens, ela aos 18, ele aos 20. “Claro que, depois de um certo tempo, a gente vai ficando velho e vira quase irmão. O respeito e a tolerância mantêm a fidelidade viva”, ressalva ela.
Um monogâmico sem dogma: “Meus pais são separados, não tenho religião nem me julgo conservadora, mas acho que, se você se sente completo com alguém, não há espaço para infidelidade”, diz a empresária de eventos Marina Renault, 28, uma loira de 1,76 m e 52 kg acostumada a ser cantada em bares e festas, que não vê um homem bonito ou interessante como uma tentação.
“É uma questão de escolha. Mas não dá para generalizar e dizer que o ser humano é, por essência, poligâmico”, diz ela, que se casa em abril com o hoteleiro Paulo Ribeiro de Barros, 31, após três anos e meio de namoro.
Outro, poligâmico moderado: “Você pode sentir tesão por alguém, transar com ele e nem por isso amá-lo. Assim como é possível amar uma pessoa e transar com outra, sem que isso destrua sua relação, desde que haja sinceridade”, acredita a editora de imagens Mônica Britto de Oliveira, 34, casada há 11 anos com o administrador de empresas Márcio Pitta, 37.
O casal carioca, que diz não ver nenhuma relação entre amor e fidelidade, vive um casamento “aberto e honesto” –ou seja, com espaços para outros relacionamentos de ambos os lados. “Traição seria se eu escondesse algo dela ou armasse uma transa às escondidas. A tendência à infidelidade é natural entre animais, incluindo os humanos”, defende Márcio. “É hipócrita ocultar isso, mas a maioria se esconde por trás de valores morais impostos pela sociedade. A base da monogamia é um raciocínio de manipulação, domínio e hipocrisia”, acha ele.
Por fim, um infiel inveterado: “Se os homens já são propensos à infidelidade, imagine então quando dois seres dessa categoria estão juntos?”, brinca o sindicalista Antônio Carlos da Silva, 50, abertamente infiel em duas frentes: como hétero, no passado, e como gay, atualmente. Há três anos, ele vive com o técnico de segurança Nelson Matias Pereira, 39.
“Fui infiel nos meus quatro casamentos héteros. Não transo mais com mulheres, mas não vou ser hipócrita e dizer que não faço sexo com outros homens”, diz. “Já tive dois casamentos, de oito anos cada, em que mantinha uma relação de mentiras, acreditava que seriam eternos. Descobri que posso ser feliz num relacionamento aberto”, conta seu namorado, Nelson.
Fogo da variação Para comprovar que a graça da humanidade está na diversidade e que qualquer generalização pode sair pela culatra, um dos mais ferrenhos críticos da monogamia no Brasil é o psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa, 85, mesma faixa etária do casal Santos.
“A tese da tendência natural à infidelidade existe, e os modelos animais são claros. Entre humanos, existem o sexo como reprodução e o sexo como prazer. O primeiro tem a ver com casamento e filhos; o segundo segue a linha ‘quanto mais gente, melhor’”, diz ele, que contabiliza três casamentos e muitas namoradas.
A humanidade seria mais feliz sem a obrigação moral da monogamia, acredita o psicoterapeuta. “E não adianta nada trair e esconder: um dos casos mais típicos de homem que procura terapia é a culpa. Ele evita a traição por anos, aí cede, mas não aproveita nem um amor nem o outro...”
Com a experiência de 60 anos com psicoterapia, Gaiarsa também embarca, porém, na alternativa dos relacionamentos abertos (“É dificílimo dar certo”, diz) e defende a galinhagem temporária, com data marcada para terminar, conduta de muitos homens e mulheres entre os 20 e muitos e os 30 e poucos anos. “É um pensamento menos ridículo que o resto. Meu conselho: experimente vários, escolha o menos ruim e eduque-o para você. O fogo da variação tende a acabar entre 30 e 35 anos.”
Mesmo que a tendência à infidelidade seja natural, isso não quer dizer que não se possa resistir a ela, ressalvam profissionais. Para isso, existem os fatores culturais. “Como descendentes dos animais, os humanos não nasceram para a fidelidade, mas estão inseridos numa determinada cultura que dita as regras de normalidade, acrescida da religião, que propaga os valores morais”, afirma a psicóloga e terapeuta de casais Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP.
Só que dá trabalho: “Muita gente se mantém fiel, mas geralmente tem de dar duro para fazer isso!”, diz o americano David Barash. “Parte da idéia de ‘realmente amar alguém’ pode envolver negar suas próprias inclinações naturais à variedade sexual.”
Até por isso, há quem aposte no fim da idéia de monogamia como é vista atualmente. “Na sociedade ocidental, a monogamia é cultivada, mas acredito que daqui a 20, 30 anos, a família do modo como está não se sustentará mais. Você vê cada vez mais relacionamentos efêmeros, separações. A instituição família está desgastada, e a monogamia entra nesse bolo. Os casais não estão mais tolerando isso”, diz Magdalena, que pinta o futuro assim: os casais viverão em casas separadas; os filhos dividirão seu tempo entre os dois lares; não se dará tanta importância à fidelidade.
A “nova mulher” também tem peso decisivo nesse processo de ruptura, já que é independente financeiramente e não fica mais obrigada a manter um casamento insatisfatório. Uma minoria, diz ela, vai na contramão: são jovens, de ambos os sexos, que desejam casar de papel passado. “Eles acreditam que esse é um tipo de compromisso mais sério e mais difícil de ser desfeito. Já começa que os pais gastam uma fortuna para fazer aquelas festas homéricas...” De qualquer forma, analisa, a monogamia não será mais um padrão de normalidade.
Homem = animal Segundo César Ades, 63, especialista em comportamento animal e professor da USP, todos os animais, incluindo o ser humano, se enquadram em quatro tipos de estratégia sexual, que podem ser acumulados ou alternados, em fases: 1. procura constante por mais de um/a macho/fêmea (praticada pelos chamados “galinhas” ou “pegadores”); 2. formação de haréns (em sociedades poligâmicas); 3. monogamia social (a dos adeptos da fidelidade); 4. episódios esporádicos de cópula fora do relacionamento (as popularíssimas “escorregadas” extraconjugais).
Mas humanos têm uma peculiaridade, diz ele. “Na verdade, o mais importante é diferenciar os relacionamentos a curto prazo (CP) e a longo prazo (LP). Nós fomos feitos para relacionamentos a LP, não necessariamente baseados em fidelidade, que estão ligados à permanência contínua da espécie. A estratégia do CP implica variedade de parceiros, sentir prazer.”
O professor exemplifica: para o CP, elas querem caras bonitos, bons de cama, divertidos e interessantes, mas, pensando no LP –o casamento–, escolherão aquele mais confiável, sensível, responsável e capaz de cuidar bem da família. Você é/está CP ou LP?
"A fidelidade não é natural nos seres humanos, mas muitas coisas não são naturais e vale a pena fazê-las. Tocar violino, por exemplo, requer muita prática, treinamento, habilidade e talento, mas é possível e até desejável tocá-lo. Não confunda o que é natural com o que vale a pena."
David Barash, 59, professor de psicologia da Universidade de Washington (EUA)
"Ser fiel não tem nada a ver com amar. Há gente que ama o parceiro e é fiel, mas também existem os que amam e não são. Achar que "se ele/ela me ama, não vai me trair" é um mito. Honestamente, nem relacionamentos de longa duração monogâmicos nem casamentos abertos são fáceis ou mais freqüentes."
Peggy Vaughan, 70, escritora americana que pesquisa a infidelidade há 25 anos
Nem só de amor se faz um ninho
por Claudio Angelo
Os conservadores religiosos americanos que vêm usando “A Marcha dos Pingüins” para fazer campanha em prol da família e da monogamia deveriam realmente pensar duas vezes: afinal, pingüins-imperadores trocam de cônjuge todo ano e fêmeas que perderam seu filhote não hesitam em tentar seqüestrar bebês de outras. Definitivamente, não parecem um exemplo de virtude.
Talvez um modelo mais adequado sejam os chimpanzés, parentes mais próximos do ser humano. Será? Vejamos: fêmeas de chimpanzé no cio copulam com até cinco machos em uma única rodada. No período fértil, passam virtualmente o dia inteiro transando, com quem aparecer. Não há maneira de dizer quem é o pai.
Outro primo-irmão dos humanos, o bonobo (uma espécie de chimpanzé), extrapola: além da promiscuidade ainda maior, as fêmeas, mesmo fora do período fértil, têm relações sexuais entre si –um ato sugestivamente batizado de “hoka-hoka” pelos africanos. O objetivo é formar alianças entre fêmeas e impedir a dominação dos machos na sociedade. O cola-velcro funciona: os bonobos são a única espécie de grande primata na qual a violência masculina não tem vez.
Nem mesmo algumas espécies monogâmicas de ave, que já foram consideradas exemplo de fidelidade, escaparam ao escrutínio. Testes de DNA mostraram que muitas fêmeas se aproveitavam da ausência dos machos no ninho para copular com outros machos –aumentando assim suas chances de produzir descendentes viáveis.
Lição do dia: os animais não estão nem aí para a virtude. Seu único objetivo é passar seus genes adiante, e para isso utilizam todas as ferramentas e estratégias de que a evolução lhes dotou. Usá-los como modelo para tecer juízos morais sobre comportamentos humanos é uma parvoíce, dessas que só poderiam vir mesmo da direita fundamentalista e cientificamente analfabeta.
Ao fazer isso, incorre-se naquilo que os cientistas chamam de “falácia naturalista”, ou seja, achar que o que é natural é inerentemente bom. Mas a ficha corrida “natural” dos próprios seres humanos também não ajuda muito, como veremos.
Infinito enquanto dure O Homo sapiens é um caso raro entre mamíferos de animal que forma um par estável. Os sociobiólogos e psicólogos evolutivos costumam de fato comparar nossa espécie às aves marinhas (como os pingüins), nesse sentido.
No caso humano, há uma excelente razão evolutiva para que isso aconteça. Ela está ligada ao desenvolvimento do cérebro. Diferentemente de um bebê chimpanzé, o bebê humano tem uma infância ampliada, período necessário para que ele amadureça o cérebro e desenvolva as habilidades cognitivas que ajudam o H. sapiens a manter sua dieta de carnívoro social sem ter garras nem presas. Bebês humanos não conseguem procurar comida sozinhos.
A formação de par, em oposição à promiscuidade dos chimpanzés, está relacionada ao grau de investimento de ambos os pais humanos na criação do filhote. Um chimpanzé macho dificilmente vai perder tempo cuidando de um filhote, portanto, tanto faz se ele é o pai. Pais humanos dedicam uma energia enorme à criação do bebê. Portanto, é bom que eles estejam certos de que o filho é mesmo deles –daí o casal.
E o que as mulheres ganham com isso? Há várias hipóteses, que vão de maior chance de sobrevivência da cria (entre os índios achés, do Paraguai, um estudo de 1995 mostrou que a taxa de mortalidade de crianças em famílias sem pai era 50% maior) até a troca da certeza da paternidade por comida ou proteção de coerção sexual.
A própria constituição física da espécie indica algum grau de monogamia: há pouco dimorfismo sexual, por exemplo. Homens e mulheres medem e pesam praticamente a mesma coisa. Machos de primatas promíscuos têm caninos enormes e são muito maiores que as fêmeas, o que faz sentido quando se precisa disputar acesso a elas com outros machos.
Aliás, fêmeas humanas são “desenhadas” para estar receptivas ao sexo o tempo todo, diferentemente das fêmeas de chimpanzé, que só ficam atraentes no cio. Também se debate a razão, mas uma teoria do antropólogo Richard Wrangham, da Universidade Harvard (EUA), sustenta que o design feminino humano (que inclui seios proeminentes e ovulação sem sinais externos) teria surgido há 1,8 milhão de anos, época em que a espécie teria aprendido a cozinhar e armazenar comida. O sexo seria, portanto, uma espécie de seguro contra roubo: a mulher fica com um homem por perto para proteger seus estoques de alimento de ladrões.
Mesmo assim, tudo indica que algum grau de poliginia (um homem, várias mulheres) seja mais regra do que exceção em sociedades humanas: de 849 estudadas, 83% apresentam poliginia. E homens de status mais alto tendem a ter mais esposas. Isso vale para caçadores-coletores de Botswana. E para os almofadinhas da Academia Militar de West Point, EUA, flagrados por antropólogos cometendo “poliginia serial”, ou seja, casando e se separando.
O comportamento “natural” da espécie humana, no entanto, não deve ser usado como álibi para quem quiser pular a cerca. Fazer isso seria incorrer na mesma falácia naturalista e aliar-se a tipos como Bento 16 e os neoconservadores americanos. Credo.
Claudio Angelo é editor de Ciência da Folha.
http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf1501200603.htm
Até que a evolução os separe
[por Débora Yuri e Roberto de Oliveira]
A discussão é caquética, de tão antiga, mas nunca sai completamente de cartaz e, volta e meia, encontra alguma razão para ressurgir com força: humanos são geneticamente talhados para a monogamia ou ela é uma imposição cultural/religiosa que tenta domesticar nossa suposta tendência biológica à promiscuidade? Que cada lado afie seus argumentos.
A bola da vez para ressuscitar o velho debate é o comportamento sexual adotado por (olha só a que ponto chegamos) pingüins antárticos, espécie enfocada no documentário francês “A Marcha dos Pingüins”, que estreou na última sexta.
Hit nas bilheterias do mundo inteiro, o filme acompanha uma colônia de pingüins-imperadores que marcham mais de 1.000 km pela gelada Antártida. Ao chegar ao local de procriação, procuram um parceiro, muitas vezes o mesmo do ano anterior, entre milhares de outros, por uma espécie de senha sonora. Religiosos e políticos conservadores americanos ficaram encantados com a suposta fidelidade das aves, consideradas um “exemplo ideal de monogamia” para os humanos.
É a mania de usar lentes antropomórficas para enxergar o mundo não-racional, atribuindo a ele características e, principalmente, valores humanos. Para que isso funcione, elegem-se alguns comportamentos “positivos” e omitem-se os “negativos” (leia na pág. 7). Nessa engrenagem, o diferencial humano por definição –a racionalidade– pode servir aos dois lados.
“Seres humanos não nasceram para ser adeptos da fidelidade, e a biologia mostra isso claramente”, afirmou à Revista o americano David Barash, 59, professor de psicologia da Universidade de Washington e autor de “The Myth of Monogamy: Fidelity and Infidelity in Animals and People” (O Mito da Monogamia: Fidelidade e Infidelidade entre Animais e Pessoas). A razão, segundo a biologia evolutiva: a busca por variação de parceiros está ligada à preservação da espécie.
Já a terapeuta Peggy Vaughan, 70, considerada pela imprensa dos EUA uma “especialista em casos extraconjugais”, vem na contramão. “É irrelevante saber se nascemos ou não com predisposição à infidelidade”, disse ela. “Diferentemente de animais não racionais, nós fazemos escolhas. Se fosse simplesmente uma questão de ‘fazer o que nascemos para fazer’, não existiria a decepção e a desonestidade, tão freqüentes”, observa ela, autora do best-seller “The Monogamy Myth: A Personal Handbook for Recovering from Affairs” (O Mito da Monogamia: Um Guia Pessoal para se Recuperar de Traições).
Decepção e desonestidade certamente são conceitos desconhecidos para os pingüins, mas não para a autora, que começou a pesquisar a infidelidade após ser traída pelo então marido. E é bem aí, no capítulo da variedade de sentimentos humanos, inexistentes em outras espécies, que mora a complexidade.
Exemplo ferrenhamente monogâmico: “O ser humano nasce, cresce e casa para gerar uma família, e deve cuidar dela até o final da vida”, resume o comerciante Francisco Marcondes dos Santos, 86, que “nunca, nem em pensamento”, traiu a mulher, em 62 anos de união.
Casado com a dona-de-casa Maria Aparecida Junqueira dos Santos, 84, os dois formam um tipo de casal que caiu em extinção: só namoraram um com o outro e se casaram virgens, ela aos 18, ele aos 20. “Claro que, depois de um certo tempo, a gente vai ficando velho e vira quase irmão. O respeito e a tolerância mantêm a fidelidade viva”, ressalva ela.
Um monogâmico sem dogma: “Meus pais são separados, não tenho religião nem me julgo conservadora, mas acho que, se você se sente completo com alguém, não há espaço para infidelidade”, diz a empresária de eventos Marina Renault, 28, uma loira de 1,76 m e 52 kg acostumada a ser cantada em bares e festas, que não vê um homem bonito ou interessante como uma tentação.
“É uma questão de escolha. Mas não dá para generalizar e dizer que o ser humano é, por essência, poligâmico”, diz ela, que se casa em abril com o hoteleiro Paulo Ribeiro de Barros, 31, após três anos e meio de namoro.
Outro, poligâmico moderado: “Você pode sentir tesão por alguém, transar com ele e nem por isso amá-lo. Assim como é possível amar uma pessoa e transar com outra, sem que isso destrua sua relação, desde que haja sinceridade”, acredita a editora de imagens Mônica Britto de Oliveira, 34, casada há 11 anos com o administrador de empresas Márcio Pitta, 37.
O casal carioca, que diz não ver nenhuma relação entre amor e fidelidade, vive um casamento “aberto e honesto” –ou seja, com espaços para outros relacionamentos de ambos os lados. “Traição seria se eu escondesse algo dela ou armasse uma transa às escondidas. A tendência à infidelidade é natural entre animais, incluindo os humanos”, defende Márcio. “É hipócrita ocultar isso, mas a maioria se esconde por trás de valores morais impostos pela sociedade. A base da monogamia é um raciocínio de manipulação, domínio e hipocrisia”, acha ele.
Por fim, um infiel inveterado: “Se os homens já são propensos à infidelidade, imagine então quando dois seres dessa categoria estão juntos?”, brinca o sindicalista Antônio Carlos da Silva, 50, abertamente infiel em duas frentes: como hétero, no passado, e como gay, atualmente. Há três anos, ele vive com o técnico de segurança Nelson Matias Pereira, 39.
“Fui infiel nos meus quatro casamentos héteros. Não transo mais com mulheres, mas não vou ser hipócrita e dizer que não faço sexo com outros homens”, diz. “Já tive dois casamentos, de oito anos cada, em que mantinha uma relação de mentiras, acreditava que seriam eternos. Descobri que posso ser feliz num relacionamento aberto”, conta seu namorado, Nelson.
Fogo da variação Para comprovar que a graça da humanidade está na diversidade e que qualquer generalização pode sair pela culatra, um dos mais ferrenhos críticos da monogamia no Brasil é o psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa, 85, mesma faixa etária do casal Santos.
“A tese da tendência natural à infidelidade existe, e os modelos animais são claros. Entre humanos, existem o sexo como reprodução e o sexo como prazer. O primeiro tem a ver com casamento e filhos; o segundo segue a linha ‘quanto mais gente, melhor’”, diz ele, que contabiliza três casamentos e muitas namoradas.
A humanidade seria mais feliz sem a obrigação moral da monogamia, acredita o psicoterapeuta. “E não adianta nada trair e esconder: um dos casos mais típicos de homem que procura terapia é a culpa. Ele evita a traição por anos, aí cede, mas não aproveita nem um amor nem o outro...”
Com a experiência de 60 anos com psicoterapia, Gaiarsa também embarca, porém, na alternativa dos relacionamentos abertos (“É dificílimo dar certo”, diz) e defende a galinhagem temporária, com data marcada para terminar, conduta de muitos homens e mulheres entre os 20 e muitos e os 30 e poucos anos. “É um pensamento menos ridículo que o resto. Meu conselho: experimente vários, escolha o menos ruim e eduque-o para você. O fogo da variação tende a acabar entre 30 e 35 anos.”
Mesmo que a tendência à infidelidade seja natural, isso não quer dizer que não se possa resistir a ela, ressalvam profissionais. Para isso, existem os fatores culturais. “Como descendentes dos animais, os humanos não nasceram para a fidelidade, mas estão inseridos numa determinada cultura que dita as regras de normalidade, acrescida da religião, que propaga os valores morais”, afirma a psicóloga e terapeuta de casais Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP.
Só que dá trabalho: “Muita gente se mantém fiel, mas geralmente tem de dar duro para fazer isso!”, diz o americano David Barash. “Parte da idéia de ‘realmente amar alguém’ pode envolver negar suas próprias inclinações naturais à variedade sexual.”
Até por isso, há quem aposte no fim da idéia de monogamia como é vista atualmente. “Na sociedade ocidental, a monogamia é cultivada, mas acredito que daqui a 20, 30 anos, a família do modo como está não se sustentará mais. Você vê cada vez mais relacionamentos efêmeros, separações. A instituição família está desgastada, e a monogamia entra nesse bolo. Os casais não estão mais tolerando isso”, diz Magdalena, que pinta o futuro assim: os casais viverão em casas separadas; os filhos dividirão seu tempo entre os dois lares; não se dará tanta importância à fidelidade.
A “nova mulher” também tem peso decisivo nesse processo de ruptura, já que é independente financeiramente e não fica mais obrigada a manter um casamento insatisfatório. Uma minoria, diz ela, vai na contramão: são jovens, de ambos os sexos, que desejam casar de papel passado. “Eles acreditam que esse é um tipo de compromisso mais sério e mais difícil de ser desfeito. Já começa que os pais gastam uma fortuna para fazer aquelas festas homéricas...” De qualquer forma, analisa, a monogamia não será mais um padrão de normalidade.
Homem = animal Segundo César Ades, 63, especialista em comportamento animal e professor da USP, todos os animais, incluindo o ser humano, se enquadram em quatro tipos de estratégia sexual, que podem ser acumulados ou alternados, em fases: 1. procura constante por mais de um/a macho/fêmea (praticada pelos chamados “galinhas” ou “pegadores”); 2. formação de haréns (em sociedades poligâmicas); 3. monogamia social (a dos adeptos da fidelidade); 4. episódios esporádicos de cópula fora do relacionamento (as popularíssimas “escorregadas” extraconjugais).
Mas humanos têm uma peculiaridade, diz ele. “Na verdade, o mais importante é diferenciar os relacionamentos a curto prazo (CP) e a longo prazo (LP). Nós fomos feitos para relacionamentos a LP, não necessariamente baseados em fidelidade, que estão ligados à permanência contínua da espécie. A estratégia do CP implica variedade de parceiros, sentir prazer.”
O professor exemplifica: para o CP, elas querem caras bonitos, bons de cama, divertidos e interessantes, mas, pensando no LP –o casamento–, escolherão aquele mais confiável, sensível, responsável e capaz de cuidar bem da família. Você é/está CP ou LP?
"A fidelidade não é natural nos seres humanos, mas muitas coisas não são naturais e vale a pena fazê-las. Tocar violino, por exemplo, requer muita prática, treinamento, habilidade e talento, mas é possível e até desejável tocá-lo. Não confunda o que é natural com o que vale a pena."
David Barash, 59, professor de psicologia da Universidade de Washington (EUA)
"Ser fiel não tem nada a ver com amar. Há gente que ama o parceiro e é fiel, mas também existem os que amam e não são. Achar que "se ele/ela me ama, não vai me trair" é um mito. Honestamente, nem relacionamentos de longa duração monogâmicos nem casamentos abertos são fáceis ou mais freqüentes."
Peggy Vaughan, 70, escritora americana que pesquisa a infidelidade há 25 anos
Nem só de amor se faz um ninho
por Claudio Angelo
Os conservadores religiosos americanos que vêm usando “A Marcha dos Pingüins” para fazer campanha em prol da família e da monogamia deveriam realmente pensar duas vezes: afinal, pingüins-imperadores trocam de cônjuge todo ano e fêmeas que perderam seu filhote não hesitam em tentar seqüestrar bebês de outras. Definitivamente, não parecem um exemplo de virtude.
Talvez um modelo mais adequado sejam os chimpanzés, parentes mais próximos do ser humano. Será? Vejamos: fêmeas de chimpanzé no cio copulam com até cinco machos em uma única rodada. No período fértil, passam virtualmente o dia inteiro transando, com quem aparecer. Não há maneira de dizer quem é o pai.
Outro primo-irmão dos humanos, o bonobo (uma espécie de chimpanzé), extrapola: além da promiscuidade ainda maior, as fêmeas, mesmo fora do período fértil, têm relações sexuais entre si –um ato sugestivamente batizado de “hoka-hoka” pelos africanos. O objetivo é formar alianças entre fêmeas e impedir a dominação dos machos na sociedade. O cola-velcro funciona: os bonobos são a única espécie de grande primata na qual a violência masculina não tem vez.
Nem mesmo algumas espécies monogâmicas de ave, que já foram consideradas exemplo de fidelidade, escaparam ao escrutínio. Testes de DNA mostraram que muitas fêmeas se aproveitavam da ausência dos machos no ninho para copular com outros machos –aumentando assim suas chances de produzir descendentes viáveis.
Lição do dia: os animais não estão nem aí para a virtude. Seu único objetivo é passar seus genes adiante, e para isso utilizam todas as ferramentas e estratégias de que a evolução lhes dotou. Usá-los como modelo para tecer juízos morais sobre comportamentos humanos é uma parvoíce, dessas que só poderiam vir mesmo da direita fundamentalista e cientificamente analfabeta.
Ao fazer isso, incorre-se naquilo que os cientistas chamam de “falácia naturalista”, ou seja, achar que o que é natural é inerentemente bom. Mas a ficha corrida “natural” dos próprios seres humanos também não ajuda muito, como veremos.
Infinito enquanto dure O Homo sapiens é um caso raro entre mamíferos de animal que forma um par estável. Os sociobiólogos e psicólogos evolutivos costumam de fato comparar nossa espécie às aves marinhas (como os pingüins), nesse sentido.
No caso humano, há uma excelente razão evolutiva para que isso aconteça. Ela está ligada ao desenvolvimento do cérebro. Diferentemente de um bebê chimpanzé, o bebê humano tem uma infância ampliada, período necessário para que ele amadureça o cérebro e desenvolva as habilidades cognitivas que ajudam o H. sapiens a manter sua dieta de carnívoro social sem ter garras nem presas. Bebês humanos não conseguem procurar comida sozinhos.
A formação de par, em oposição à promiscuidade dos chimpanzés, está relacionada ao grau de investimento de ambos os pais humanos na criação do filhote. Um chimpanzé macho dificilmente vai perder tempo cuidando de um filhote, portanto, tanto faz se ele é o pai. Pais humanos dedicam uma energia enorme à criação do bebê. Portanto, é bom que eles estejam certos de que o filho é mesmo deles –daí o casal.
E o que as mulheres ganham com isso? Há várias hipóteses, que vão de maior chance de sobrevivência da cria (entre os índios achés, do Paraguai, um estudo de 1995 mostrou que a taxa de mortalidade de crianças em famílias sem pai era 50% maior) até a troca da certeza da paternidade por comida ou proteção de coerção sexual.
A própria constituição física da espécie indica algum grau de monogamia: há pouco dimorfismo sexual, por exemplo. Homens e mulheres medem e pesam praticamente a mesma coisa. Machos de primatas promíscuos têm caninos enormes e são muito maiores que as fêmeas, o que faz sentido quando se precisa disputar acesso a elas com outros machos.
Aliás, fêmeas humanas são “desenhadas” para estar receptivas ao sexo o tempo todo, diferentemente das fêmeas de chimpanzé, que só ficam atraentes no cio. Também se debate a razão, mas uma teoria do antropólogo Richard Wrangham, da Universidade Harvard (EUA), sustenta que o design feminino humano (que inclui seios proeminentes e ovulação sem sinais externos) teria surgido há 1,8 milhão de anos, época em que a espécie teria aprendido a cozinhar e armazenar comida. O sexo seria, portanto, uma espécie de seguro contra roubo: a mulher fica com um homem por perto para proteger seus estoques de alimento de ladrões.
Mesmo assim, tudo indica que algum grau de poliginia (um homem, várias mulheres) seja mais regra do que exceção em sociedades humanas: de 849 estudadas, 83% apresentam poliginia. E homens de status mais alto tendem a ter mais esposas. Isso vale para caçadores-coletores de Botswana. E para os almofadinhas da Academia Militar de West Point, EUA, flagrados por antropólogos cometendo “poliginia serial”, ou seja, casando e se separando.
O comportamento “natural” da espécie humana, no entanto, não deve ser usado como álibi para quem quiser pular a cerca. Fazer isso seria incorrer na mesma falácia naturalista e aliar-se a tipos como Bento 16 e os neoconservadores americanos. Credo.
Claudio Angelo é editor de Ciência da Folha.
http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf1501200603.htm
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Re.: Até que a evolução os separe
TINHA QUE SER DA FOLHA DE SÃO PAULO, MESMO!
Então a pressão que era para as pessoas se tornarem gays agora é para que elas sejam traiam seus companheiros... a questão é saber se agora a pressão é para que os traídos sejam gays ou se as pessoas com quem se deve trair o parceiro devem ser gays, ou se ambas as coisas...
VIVA O JORNAL "O ESTADO DE SÃO PAULO"!!!!
Então a pressão que era para as pessoas se tornarem gays agora é para que elas sejam traiam seus companheiros... a questão é saber se agora a pressão é para que os traídos sejam gays ou se as pessoas com quem se deve trair o parceiro devem ser gays, ou se ambas as coisas...
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Editado pela última vez por Poindexter em 16 Jan 2006, 13:39, em um total de 3 vezes.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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- Poindexter
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Re.: Até que a evolução os separe
Cocada mole de maracujá
Receita enviada por
INGREDIENTES
Equipe Maracujá
3 xícaras (chá) de açúcar
1 1/2 xícara (chá) de Suco de Maracujá
2 gemas
3 cravos-da-Índia
3 1/2 xícaras (chá) de coco ralado
MODO DE PREPADO
Leve ao fogo o açúcar, o suco de maracujá e 1 xícara (chá) de água. Ferva até o ponto de fio (cerca de 15 minutos). Deixe amornar e junte as gemas, os cravos e o coco. Volte ao fogo, mexendo por 10 minutos. Deixe esfriar e coloque em compoteira.[/size]

Receita enviada por
INGREDIENTES
Equipe Maracujá
3 xícaras (chá) de açúcar
1 1/2 xícara (chá) de Suco de Maracujá
2 gemas
3 cravos-da-Índia
3 1/2 xícaras (chá) de coco ralado
MODO DE PREPADO
Leve ao fogo o açúcar, o suco de maracujá e 1 xícara (chá) de água. Ferva até o ponto de fio (cerca de 15 minutos). Deixe amornar e junte as gemas, os cravos e o coco. Volte ao fogo, mexendo por 10 minutos. Deixe esfriar e coloque em compoteira.[/size]

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- Aurelio Moraes
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Ad hominem, homofóbico, preconceituoso, ignorante e DECLIVE ESCORREGADIO.
Suas falácias são muito idiotas, estúpidas e preconceituosas.
O texto não está incentivando ninguém a se tornar gay, não seja idiota. Leia os argumentos da biologia. Você parece um estúpido fanático religioso, PD.
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O texto não está incentivando ninguém a se tornar gay, não seja idiota. Leia os argumentos da biologia. Você parece um estúpido fanático religioso, PD.
- Poindexter
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Mr.Hammond escreveu:Ad hominem, homofóbico, preconceituoso, ignorante e DECLIVE ESCORREGADIO.
Suas falácias são muito idiotas, estúpidas e preconceituosas.
O texto não está incentivando ninguém a se tornar gay, não seja idiota. Leia os argumentos da biologia. Você parece um estúpido fanático religioso, PD.
Várias vezes li cadernos "ilustrada" da Folha de S. Paulo que só faltavam pedir para que os leitores se tornassem gays. Desta forma, não me surpreendo ao ver tal jornal estampando manchetes sugerindo que evoluída é a separação, e não o respeito à Família! Nesta matéria, "evolução" biológica pode ser confundida com "evolução" no sentido de ficar melhor, e o título faz clara sugestão a que os casais se separem, indo portanto além do mero tecnicismo dos mecanismos reprodutivos estudados em Biologia.
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- Aurelio Moraes
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Re.: Até que a evolução os separe
Prove que a intenção deles é querer que as pessoas se tornem gays. Você não pode entrar na mente deles para afirmar que a intenção é esta ou aquela. A matéria apresentou evidências científicas de que a fidelidade é um valor criado pelos humanos, sem ligação com a evolução. Pode espernear a vontade quanto a isto.
- Poindexter
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Mr.Hammond escreveu:Prove que a intenção deles é querer que as pessoas se tornem gays. Você não pode entrar na mente deles para afirmar que a intenção é esta ou aquela. A matéria apresentou evidências científicas de que a fidelidade é um valor criado pelos humanos, sem ligação com a evolução. Pode espernear a vontade quanto a isto.
Há formas e formas de se apresentar resultados científicos. A da Folha se assemelha a convocar as pessoas a se tornarem gays e a traírem seus parceiros.
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Re.: Até que a evolução os separe
Poindexter...paranóia e delírio psicótico podem tratadas com psicologia, tá?
- Poindexter
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Mr.Hammond escreveu:Poindexter...paranóia e delírio psicótico podem tratadas com psicologia, tá?
Necessidade de ver os outros sendo gays e traindo seus parceiros também...
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Re.: Até que a evolução os separe
Ser gay tudo bem, mas ficar tentando fazer os outros se tornarem gays é bem diferente...
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Poindexter escreveu:Ser gay tudo bem, mas ficar tentando fazer os outros se tornarem gays é bem diferente...
Isso incluiria ter atitudes em público como essa da foto abaixo?


“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Poindexter escreveu:Mr.Hammond escreveu:Poindexter...paranóia e delírio psicótico podem tratadas com psicologia, tá?
Necessidade de ver os outros sendo gays e traindo seus parceiros também...
Você é quem está afirmando sem provas que esta era a intenção da reportagem.
E só para constar, homossexualismo não é algo que possa ser tratado pela psicologia pois não é doença psicossomática.
Agora eu entendo porque se encheram de você no clube cético...
- Poindexter
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Mr.Hammond escreveu: E só para constar, homossexualismo não é algo que possa ser tratado pela psicologia pois não é doença psicossomática.
Agora eu entendo porque se encheram de você no clube cético...
Onde eu disse que homossexualismo é doença?
Agora eu entendo porque te baniam dos fóruns (além de ser flooder, é lógico), e porque você acabou fechando o teu fórum dissidente por falta de movimento, transformando-o em depósito de arquivos.
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- user f.k.a. Cabeção
- Moderador
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Concordo com o Poindexter.
Por mais que haja base científica no artigo, esta não impede que o a forma do artigo sugira e endosse determinados comportamentos que sirvam de base para a implantação do relativismo moral, atacando as intituições familiares e implantando idéias marxistas através do Politicamente Correto, uma das linhas de frente da repressão e do patrulhamento ideológico.
E o Poindexter não foi homofóbico em nenhum ponto de suas colocações. O fato de alguém reclamar da panfletagem ostensiva da "causa gay" (que anda de mãos dadas com a "causa esquerdista") não o torna um homofóbico assim como quem não gosta da panfletagem comunista não é nazista.
Engraçado, os sodomitas e seus simpatizantes reclamam da repressão usando da repressão. Que interessante...
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: Re.: Até que a evolução os separe
Poindexter escreveu:TINHA QUE SER DA FOLHA DE SÃO PAULO, MESMO!
Então a pressão que era para as pessoas se tornarem gays agora é para que elas sejam traiam seus companheiros... a questão é saber se agora a pressão é para que os traídos sejam gays ou se as pessoas com quem se deve trair o parceiro devem ser gays, ou se ambas as coisas...
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E o Jornal "O Estado de São Paulo" não induz as pessoas a serem gays e a preserva a harmonia familiar?
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Concordo com o Poindexter.
Por mais que haja base científica no artigo, esta não impede que o a forma do artigo sugira e endosse determinados comportamentos que sirvam de base para a implantação do relativismo moral, atacando as intituições familiares e implantando idéias marxistas através do Politicamente Correto, uma das linhas de frente da repressão e do patrulhamento ideológico.
E o Poindexter não foi homofóbico em nenhum ponto de suas colocações. O fato de alguém reclamar da panfletagem ostensiva da "causa gay" (que anda de mãos dadas com a "causa esquerdista") não o torna um homofóbico assim como quem não gosta da panfletagem comunista não é nazista.
Engraçado, os sodomitas e seus simpatizantes reclamam da repressão usando da repressão. Que interessante...
Implantar o relativismo moral não é necessário, pois a moral, até onde eu veja, é relativa.
E eu não vejo muitas diferenças entre a postura ideológica da Folha e a sua postura ideológica, sinceramente. Você conseguiu achar um suposto "patrulhamento ideológico marxista" em meia dúzia de jornalistas que não sabem nem o que é a sua denominada "causa esquerdista".
Procurar em cada canto qualquer base mínima para legitimar o seu inimigo imaginário está cansando, Vitor...
- Aurelio Moraes
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Re.: Até que a evolução os separe
Isso que o Vitor tá usando para escrever estas coisas é algo legalizado?
- Ateu Tímido
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- Registrado em: 17 Out 2005, 00:04
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Poindexter escreveu:TINHA QUE SER DA FOLHA DE SÃO PAULO, MESMO!
Então a pressão que era para as pessoas se tornarem gays agora é para que elas sejam traiam seus companheiros... a questão é saber se agora a pressão é para que os traídos sejam gays ou se as pessoas com quem se deve trair o parceiro devem ser gays, ou se ambas as coisas...
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Se eu fosse postar uma música em "homenagem" a esse post, seria "ideologia" do Cazuza...
Tudo isso aí é a própria!
Re.: Até que a evolução os separe
Cruiz... pra que tanto estardalhaço?
Só dando pitaco: A matéria da folha é mesmo tendenciosa, ponto. Não tem essa de ficar levantando o estandarte da "liberdade" para trair só porque traição é genética. É muito simples: quem está apaixonado e só enxerga a pessoa que ama não trai... Já a fidelidade conjugal imposta pela moral calcada nos "bons costumes" está para o celibato dos padres: quem quer casar de acordo com os ritos e dogmas da Santa Madre que aposte numa vida de fidelidade recheada de muita oração em conjunto, encontro de casais, truco na casa dos irmãos em cristo, OU apenas se case com a única certeza de estar apaixonado E ver a paixão morrendo em alguns anos cedendo lugar a uma possível amizade morna e/ou confortante, OU uma raiva rancorosa recheada de hipocrisia e escapadas "na moita".
E... que mania é essa de atribuir tudo de ruim à esquerda?
"Tudo de ruim" vem da hipocrisia calcada na crença em uma moral absoluta a ser imposta e obedecida sem questionamento. Isso de idealizar uma sociedade forjada na estrutura familiar "temente a deus" tem que ser reformulado enquanto escândalos envolvendo gente da direita ultra-conservadora não devem passar despercebidos.
E, por falar nisso, "curva de rio" sempre acumula tranqueira, seja na margem direita ou na esquerda...
Tentemos nadar mais para o centro...
Só dando pitaco: A matéria da folha é mesmo tendenciosa, ponto. Não tem essa de ficar levantando o estandarte da "liberdade" para trair só porque traição é genética. É muito simples: quem está apaixonado e só enxerga a pessoa que ama não trai... Já a fidelidade conjugal imposta pela moral calcada nos "bons costumes" está para o celibato dos padres: quem quer casar de acordo com os ritos e dogmas da Santa Madre que aposte numa vida de fidelidade recheada de muita oração em conjunto, encontro de casais, truco na casa dos irmãos em cristo, OU apenas se case com a única certeza de estar apaixonado E ver a paixão morrendo em alguns anos cedendo lugar a uma possível amizade morna e/ou confortante, OU uma raiva rancorosa recheada de hipocrisia e escapadas "na moita".
E... que mania é essa de atribuir tudo de ruim à esquerda?

E, por falar nisso, "curva de rio" sempre acumula tranqueira, seja na margem direita ou na esquerda...

- Res Cogitans
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- Registrado em: 24 Out 2005, 21:55
- Localização: Hell de Janeiro
Re.: Até que a evolução os separe
A matéria foi patrocinada por uma casa de swing.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
-
- Mensagens: 4326
- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
“Na sociedade ocidental, a monogamia é cultivada, mas acredito que daqui a 20, 30 anos, a família do modo como está não se sustentará mais. Você vê cada vez mais relacionamentos efêmeros, separações. A instituição família está desgastada, e a monogamia entra nesse bolo. Os casais não estão mais tolerando isso”, diz Magdalena
Essa daí deve ser frustrada.
Mesmo que a tendência à infidelidade seja natural, isso não quer dizer que não se possa resistir a ela, ressalvam profissionais. Para isso, existem os fatores culturais. “Como descendentes dos animais, os humanos não nasceram para a fidelidade, mas estão inseridos numa determinada cultura que dita as regras de normalidade, acrescida da religião, que propaga os valores morais”, afirma a psicóloga e terapeuta de casais Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP.
Usando o relativismo moral para justificar a safadeza.
Visite minha página http://filomatia.net. Tratando de lógica, filosofia, matemática etc.
Visite o Wikilivros. Aprenda mais sobre Lógica.
Assista meu canal do youtube. Veja meu currículo lattes.
Visite o Wikilivros. Aprenda mais sobre Lógica.
Assista meu canal do youtube. Veja meu currículo lattes.
Re: Re.: Até que a evolução os separe
Ateu Tímido escreveu:Poindexter escreveu:TINHA QUE SER DA FOLHA DE SÃO PAULO, MESMO!
Então a pressão que era para as pessoas se tornarem gays agora é para que elas sejam traiam seus companheiros... a questão é saber se agora a pressão é para que os traídos sejam gays ou se as pessoas com quem se deve trair o parceiro devem ser gays, ou se ambas as coisas...
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Se eu fosse postar uma música em "homenagem" a esse post, seria "ideologia" do Cazuza...
Tudo isso aí é a própria!
Mesmo com a sua analogia, você foi um pouco mais direto do que eu!
Re: Re.: Até que a evolução os separe
Res Cogitans escreveu:A matéria foi patrocinada por uma casa de swing.
Só pode...
- Res Cogitans
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Re: Re.: Até que a evolução os separe
Najma escreveu:Só dando pitaco: A matéria da folha é mesmo tendenciosa, ponto.
A parte do Cláudio nem tanto.
Não tem essa de ficar levantando o estandarte da "liberdade" para trair só porque traição é genética.
é importante diferenciar falácia naturalista com uma tentativa de adequar predisposições biológicas aos costumes de uma sociedade.
1º Caso
Homens tem tendência natural a X.
Na sociedade S1 fazer x é mal visto moralmente.
2º Caso
Homens tem tendência natural a X.
Na sociedade S2 fazer x é bem visto moralmente.
3º Caso
Homens tem tendência natural a X.
Na sociedade S3 fazer x é considerado indiferente moralmente.
É claro que dependendo da natureza de X*, uma sociedade pode ter indivíduos mais ou menos satisfeitos.
*No exemplo de X ser matar, a sociedade S2 e S3 não seriam lugares muito bons para se viver.
Isto é diferente de dizer:
Homens tem tendência natural a X.
Então a sociedade deve adotar X como costume.
É muito simples: quem está apaixonado e só enxerga a pessoa que ama não trai...
Concordo. O estado de paixão, segundo estudos recentes é como a fome ou a sede.
Já a fidelidade conjugal imposta pela moral calcada nos "bons costumes" está para o celibato dos padres: quem quer casar de acordo com os ritos e dogmas da Santa Madre que aposte numa vida de fidelidade recheada de muita oração em conjunto, encontro de casais, truco na casa dos irmãos em cristo, OU apenas se case com a única certeza de estar apaixonado E ver a paixão morrendo em alguns anos cedendo lugar a uma possível amizade morna e/ou confortante, OU uma raiva rancorosa recheada de hipocrisia e escapadas "na moita".
é uma descrição razoável do que acontece na real.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
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