Acauan escreveu:Fato que não lhe dá, em hipótese alguma, o direito de assumir o papel de porta-voz de um "todos" dos quais você por conta própria se nomeou representante.
Não assumi papel de porta-voz algum. Simplesmente coloquei o fato que o que "x", "y" e "z" fazem, no final, interferem no alfabeto inteiro. Eu sou "a" e você é "b", estamos todos incluídos no abecedário. Isso é portar alguma voz?
Você insiste em comparações falaciosas entre situações que nada têm em comum.
A mega empresa faz o papel do país. O voto do analfabeto está influenciando uma questão pública e de extrema importância para toda a nação.
Já no caso dos analfabetos, independente das opiniões em contrário, eles tem tanto direito de expressar sua decisão eleitoral quanto qualquer outro cidadão, uma vez que os alfabetizados não são mais donos do país no sentido da cidadania do que eles.
Uma criança é menos dona de cidadania que um adulto? Não, né? No entanto os direitos de ambos são diferentes, não é?
Goste você ou não, os analfabetos são tão sócios do estado brasileiro enquanto cidadãos quanto você.
Criança também.
Além disto, você fala em coisa como consciência, responsabilidade e limite, arrogando para si a competência de julgar quem possui e quem não possui tais qualificativos, imputando-se de novo de uma autoridade que concedeu a si próprio e que só é reconhecida por você mesmo.
Eu só julgo quando estou na urna eletrônica.
Eu estaria arrogando se estivesse dando direito a uma criança votar?
Assim como ser pobre não quer dizer obrigatoriamente que se é ignorante, ser analfabeto não quer dizer obrigatoriamente que se é incapaz de exercer seus direitos políticos.
Votar deve ser direito somente a quem se preparou conscientemente e não se deixou enganar por o que ouviram no horário eleitoral, por exemplo. Nos dias de hoje, analfabeto só consegue ir pra frente na vida sendo jogador de futebol. Os casos em que analfabetos são progressistas, sim, são inexpressivos. Citaram que Carlos Magno era analfabeto. Certo, os casos em que analfabetos contribuem de verdade para a sociedade são raros. Ainda mais nos dias de hoje em que quem não tem um ensino fundamental não consegue nem ser lixeiro!
Esta é uma conclusão que você apresenta como definitiva, sem colocar uma única evidência objetiva que a justifique ou pior, apresentando a situação política atual como tal evidência, sendo que esta situação é produto do voto do universo total de eleitores dos quais os analfabetos são estatisticamente minoria incapaz de definir os resultados.
Minoria incapaz de definir resultado? Mostre os dados.
É perigoso mudar a sociedade a partir de decisões arbitrárias sobre quem tem ou quem não tem consciência.
Você pode se achar mais consciente do que outras pessoas, o que não quer dizer que esta opinião seja verdadeira.
É, uma criança não tem consciência pra votar. Acho que tou errado.
Lastimável é verificar que a única prova de que sua opinião seja um fato apresentada por você até agora é sua declaração obstinada de que é assim que você diz que é.
Olhe para a situação deste país.
Como se sua afirmação tivesse o poder divino de tornar verdade aquilo que você decreta que seja.
É, o fato do nosso país estar no fundo do poço é simplesmente porque eu quero, porque é uma opinião minha.
No mais, alegar que os analfabetos não devem ter direito ao voto por serem incapazes de tomar suas próprias decisões políticas equivale a defender a proposta de que sejam removidos os direitos de todos os grupos que demonstrem alguma incapacidade perante o exercício deles
Quem não está capacitado para decidir o futuro da nação deve antes se preparar. Colocar o futuro de um país inteiro nas mãos de quem foi comprado por uma esmola, por exemplo, é ruim.
Por fim, se temos os analfabetos como incapazes de tomar suas próprias decisões sobre qual proposta de governo merece seu voto, porque não aperfeiçoarmos ainda mais a sociedade privando-os de todos os demais direitos
Desde que não estejam prejudicando o resto do mundo, os analfabetos devem ter suas próprias escolhas sobre as coisas que dizem respeito unicamente a eles mesmo como escolher o que beber: coca-cola ou fanta.