==============================================
ORIGEM DA VIDA
A revista “SCIENCE” de 3 de outubro de 1980, apresenta interessante
notícia com o título “Origem da Vida: novos ingredientes sugeridos” e
com o sub-título “Após trinta anos de domínio, a tradicional receita
para os precursores químicos da vida, esta se confrontando com uma séria
alternativa”. Folha Criacionista apresenta alguns trechos daquela
notícia, de interesse para seus leitores.
A vida sobre a Terra provavelmente teve seu início, assim dizem os
livros textos, quando relâmpagos descarregaram-se através da pesada
atmosfera primordial, de metano e amônia, produzindo os primeiros
complexos químicos orgânicos. Este ponto de vista da evolução química,
dominou a pesquisa durante trinta anos, embora a maior parte dos
Geoquímicos seriamente duvidasse que a primitiva atmosfera terrestre
mantivesse muita semelhança com a versão dos livros textos. De fato a
atmosfera que produziu os primeiros blocos construtores da vida poderia
ter sido semelhante à de hoje, exceto com relação à ausência de
Oxigênio. Dentro dos últimos anos os argumentos dos geoquímicos
começaram a ser ouvidos. Em resultado, os evolucionistas químicos estão
estudando reações em misturas de gases que os geoquímicos acreditam
representar mais corretamente a atmosfera primitiva. A proposição de uma
atmosfera primitiva contendo metano e amônia teve em sua origem uma
forte “racional” física e biológica.
No início da década de 1950 Harold Urey, da Universidade de Chicago, fez
considerações teóricas a respeito de que as condições na formação da
Terra teriam determinado a composição da sua atmosfera. O sistema solar
é composto na maior parte de Hidrogênio, observou Urey. O gás
Hidrogênio, que a Terra foi capaz de reter após a sua formação, teria
mantido qualquer Carbono ou Nitrogênio gasoso nas suas formas químicas
mais reduzidas, isto é, metano (CH4) e amônia (NH3). Mas suas formas
mais oxidadas, Bióxido de Carbono (CO2), e Nitrogênio gasoso (N2), não
poderiam ter estado presentes em quantidades significativas. Somente a
dissociação da água pela radiação ultravioleta e a perda gradual daquele
Hidrogênio para o espaço teriam eventualmente oxidado a atmosfera
conforme o raciocínio de Urey. Nesse ínterim, evoluiu a idéia de que a
vida pudesse ter tido seu início perante uma atmosfera oxidante, que
destruiria quaisquer compostos pre-bióticos.
Stanley Miller, então também da Universidade de Chicago, e agora na
Universidade da Califórnia em San Diego, imediatamente demonstrou que a
vida orgânica na Terra, hoje, poderia facilmente ter surgido a partir de
uma atmosfera redutora. Ele provocou descargas elétricas através de uma
mistura rica em metano e amônia , produzindo grandes quantidades de
compostos orgânicos adequados, tais como aminoácidos.
As proposições de Miller e Urey de uma atmosfera primordial altamente
redutora, rica em Hidrogênio, provocaram numerosas novas pesquisas em
busca de um razoável caminho para o início da vida. Os evolucionistas
químicos deixaram de lado as suas frustrantes experiências com as
atmosferas de dióxido de Carbono, e conseguiram produzir a maior parte
dos aminoácidos essenciais, ligaram-nos formando polímeros e ainda
produziram nucleotídeos, os componentes fundamentais dos genes. Estudos
referentes a aminoácidos nos meteoritos mostraram que reações
semelhantes a essas que foram realizadas nos frascos de laboratório,
ocorreram naturalmente alhures no sistema solar. Radioastrônomos acharam
mesmo substâncias químicas que teriam tomado parte em tais reações, no
espaço interestelar. O processo parecia ser universal.
As evidências não impressionaram, porém, a maior parte dos geoquímicos e
cosmoquímicos. Nenhuma evidência geológica ou geoquímica obtida nos
últimos trinta anos favorece a hipótese de uma atmosfera primitiva
fortemente redutora, dizem eles. Somente o sucesso das experiências de
laboratório a recomenda “Miller e Urey foram de certa forma precipitados
(ao fazer a sua proposta)” disse Mário Baur, termodinâmico interessado
na evolução química na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
“Praticamente tudo o que sabemos a respeito da formação planetária foi
aprendido desde então. Foi um belo trabalho, interessante e persuasivo.
Nada indica que ele não deixe de estar correto ainda, pelo que tendeu a
dominar o pensamento nessa área”. Nem os evolucionistas químicos, nem os
geoquímicos tentaram compatibilizar seus pontos de vista, observam ambos
os lados.
As evidências geológicas contraditórias são bastante fortes, de certa
forma, de acordo com James Walker, da Universidade de Michigan. Rochas
de 3,8 bilhões de anos provenientes de Isua, Groenlândia, as mais velhas
conhecidas, contêm minerais carbonatados que somente poderiam ter-se
formado se o carbono atmosférico naquela época estivesse presente na
maior parte em forma de dióxido de Carbono, e não de metano.
Mesmo entre 3,8 bilhões de anos atrás e a época da formação da Terra,
cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, poderia ter sido mantida uma
atmosfera com grandes quantidades de dióxido de Carbono e de Nitrogênio,
dizem os geoquímicos. Traços de Hidrogênio podem ter estado presentes,
obrigando a atmosfera ser, no máximo, somente levemente redutora. A
atmosfera primordial de Urey, rica em Hidrogênio, ou nunca existiu ou
sobreviveu somente por um pequeno período, de acordo com a interpretação
dada por Walker a respeito do conteúdo de gases raros na atmosfera
atual. De acordo com uma teoria amplamente aceita, o Carbono, o
Nitrogênio, o Hidrogênio e o Oxigênio no oceano e na atmosfera atual
foram liberados da Terra na forma de gases vulcânicos, e não como
resíduos da nebulosa pré-solar. Os vulcões, tais como os do Havai, que
lançam magma do manto a 1300 graus centígrados, liberam gás carbônico,
água e pequenas quantidades de Hidrogênio e monóxido de Carbono, mas não
liberam metano ou amônia. Naquela temperatura o ferro oxidado no manto
permite serem formados somente traços de gases redutores.
A Terra poderia ter liberado gases altamente reduzidos logo no início de
sua história, porém somente até o seu núcleo ser formado. Até então o
ferro metálico reduzido do manto, que eventualmente formaria o núcleo,
controlaria o estado de oxidação dos gases liberados. Porém, diz Walker,
o pensamento corrente sustenta que o ferro metálico do manto
localizou-se no núcleo por ocasião da época em que a Terra se destacou
da nebulosa solar. Alguns químicos sugerem que, mesmo que a atmosfera de
metano-amônia tivesse sido formada, ela poderia ter muito curta duração
devido à instabilidade desses compostos quando expostos à luz solar.
Ninguém está negando que o raciocínio dos geoquímicos em defesa de uma
atmosfera ligeiramente redutora seja inteiramente defensável. Somente
que ele merece maior atenção dos evolucionistas químicos. Após quase
três décadas de desprezo, está-se começando a dar essa atenção. O novo
advogado de uma abordagem independente quanto à origem da vida é
Sherwood Chang, evolucionista químico do Centro de Pesquisas de Ames,
Mountain View, Califórnia. Embora não aceitando o dióxido de Carbono no
lugar de metano, Chang começou sua campanha para a séria consideração de
ambas as possibilidades. Recentemente, ele observa, os pesquisadores têm
dado consideração mais crítica aos dados. Considerando as evidências
surgidas desde então, desde que Urey em primeiro lugar argumentou com
base numa atmosfera de metano e amônia, “simplesmente não há
justificação compulsiva para o metano como a fonte de Carbono”.
Chang está entre os primeiros a destacar que esta não é uma nova idéia;
ela está somente uma vez mais sendo apresentada com bastante força. Por
exemplo, em 1966 Philip Abelson, pertencendo então ao Laboratório de
Geofísica da Carnegie Institution, de Washington, e hoje editor de
Science, discutiu com bases geofísicas e geoquímicas o ponto de vista de
Urey com relação a atmosfera residual. Em defesa de seu ponto de vista
ele gerou aminoácidos a partir de misturas de Nitrogênio gasoso,
monóxido de Carbono e Hidrogênio. Embora Abelson possa ter trabalhado
para reduzir a ênfase com relação à amônia, que ele observou ser
fotoquimicamente instável, seu trabalho de laboratório foi lembrado por
alguns como um outro exemplo das dificuldades de produzir suficientes
quantidades de compostos orgânicos na ausência de metano e amônia.
Um crescente número de pesquisadores acredita que a falta desses
componentes não necessita ser uma barreira à produção de precursores
biológicos. Em trabalho recente John Oró, da Universidade de Houston,
provocou uma descarga elétrica através de mistura de monóxido de
Carbono, Nitrogênio gasoso e água. Dentre os produtos, diz ele, estavam
aminoácidos e as duas principais purinas (adenina e guanina)encontradas
nos nucleotídeos. Tal sucesso, diz Oró, apoia a hipótese de que a
atmosfera não era nem demasiadamente redutora nem demasiadamente
oxidante, mas intermediária na sua composição.
Outro exemplo de uma abordagem às atmosferas ligeiramente redutoras é um
modelo de computação desenvolvido por Joseph Pinto do Instituto Goddard
de Estudos Espaciais, em Nova Iorque, e Randall Gladstone e Yuk Yung do
Instituto de Tecnologia da Califórnia. Em seus modelos eles supõem que a
atmosfera primitiva da Terra fosse semelhante à de hoje com exceção de
todo o seu Oxigênio. Oito décimos milésimos de uma atmosfera de
Hidrogênio, equivalente a várias vezes a quantidade de dióxido de
Carbono existente na atmosfera atual, foi suposto terem sido produzidos
a partir de emissões vulcânicas, a despeito de perdas para o espaço e
para reações fotoquímicas. Várias milhares de vezes menos monóxido de
Carbono do que Hidrogênio teria estado presente. Tais condições estão
bastante longe das misturas tradicionais das experiências de
laboratório, onde a facilidade de reação de quantidades convenientemente
elevadas de substâncias tem sido de fundamental importância. Mesmo
assim, Pinto e seus colaboradores calculam que a luz solar poderia
obrigar suficiente dióxido de Carbono e Hidrogênio a formar formaldeído,
de tal maneira que 3 milhões de toneladas dele poderiam precipitar-se
nos oceanos cada ano. Dentro de dez milhões de anos, dizem eles, o
formaldeído produzido nesta taxa estaria concentrado o suficiente para
que a luz solar o polimerizasse em moléculas mais complexas.
Baur gostaria de trabalhar completamente sem Hidrogênio. Com íons de
Ferro reduzidos como agente redutor, e a luz solar como iniciador, o
dióxido de Carbono e o Nitrogênio gasoso poderiam reagir para formar
aminoácidos, de acordo com os cálculos termodinâmicos de Baur. Quão
rápido isto poderia acontecer ele ainda não pode dizer. Acredita que
mais pesquisas seriam necessárias com relação ao Ferro como agente
redutor, para responder àquela questão.
Solicitação de mais pesquisas a respeito seria necessário em muitos
campos, porém as investigações químicas da origem da vida não têm sido
incentivadas, há muito tempo. Como observa Cyril Ponamperuma, da
Universidade de Maryland, um grande trabalho tem sido feito a respeito
da atmosfera primitiva da Terra, desde a formulação de Urey em 1952. Mas
mesmo com os dados da era espacial em mãos, não existe ainda resposta
completa. À luz desta incerteza, acrescenta Ponamperuma, os inícios
químicos possíveis da vida não podem ser arbitrariamente rechaçados
porque as condições não tenham sido altamente redutoras, as taxas de
reação lentas, ou os resultados de laboratório não tenham sido
espetaculares.
Comentário
Este artigo, de forma bastante direta, aponta para uma série de
dificuldades que as teorias da evolução química da vida têm encontrado.
Não obstante, continua sendo uma certeza a produção da primeira célula
viva a partir de um caldo primordial onde os relâmpagos não poderiam
faltar como fonte de energia externa. O artigo original apresenta uma
concepção artística da Terra “primitiva” na qual a capacidade de
imaginação demonstrada pelo pintor concorre com a dos teóricos da
evolução química da vida.
Visite nossa Home-page em http://www.questionandoasorigens.hpg.com.br
==============================================
E mais...
*O alvoroço evolucionista sobre a origem da vida*
A questão sobre “como surgiram os primeiros seres vivos” constitui um
impasse tão crítico para os evolucionistas, que eles usualmente nem
tentam tocar nesse assunto. Tentam contornar essa questão dizendo que
“as primeiras criaturas vieram à existência em conseqüência de alguns
eventos aleatórios na água”. Ficam assim num beco-sem-saída do qual não
conseguem sair. A despeito dos argumentos paleontológicos a favor da
evolução, neste assunto não existem fósseis disponíveis para serem
distorcidos e mal interpretados, como seria seu desejo, para fortalecer
suas afirmações. Desta forma, a Teoria da Evolução é definitivamente
refutada a partir de seu próprio início.
Há um ponto importante para ser levado em consideração: Se for
comprovado que qualquer passo do processo evolutivo é impossível, isto
basta para provar que toda a teoria é totalmente falsa e invalidada.
Por exemplo, com a comprovação de que é impossível a formação aleatória
das proteínas, todas as demais alegações relativas aos passos
subseqüentes da evolução também ficam refutadas. Fica sem sentido tomar
crânios de seres humanos e símios e fazer especulações a seu respeito.
A maneira pela qual os seres vivos vieram à existência a partir de
coisas inertes, foi uma questão que os evolucionistas, durante muito
tempo, nem queriam mencionar. Entretanto, essa questão, até então
constantemente evitada, cresceu até tornar-se um problema inevitável, e
tentativas foram feitas para enfrentá-lo, com uma série de estudos
realizados em fins da primeira metade do século 20.
A principal questão era: Como poderia ter surgido a primeira célula viva
na atmosfera primordial da Terra? Em outras palavras, que tipo de
explicação poderia ser dada a esse problema pelos evolucionistas?
As respostas a essas questões foram procuradas mediante experimentos.
Cientistas e pesquisadores evolucionistas efetuaram experimentos de
laboratório visando responder a essas questões, mas isso não despertou
muito interesse. O estudo mais respeitado sobre a origem da vida foi o
chamado Experimento de Miller, efetuado pelo pesquisador americano
Stanley Miller em 1953. (O experimento também é conhecido como
“Experimento de Urey-Miller”, devido à contribuição de Harold Urey, de
quem Miller foi aluno na Universidade de Chicago).
Este experimento é a única “evidência” que é usada para supostamente
comprovar a “tese da evolução molecular” introduzida para caracterizar o
primeiro passo do período evolutivo. Apesar de decorrido aproximadamente
meio século, e dos grandes desenvolvimentos tecnológicos ocorridos,
ninguém deu continuidade a esse passo. Não obstante, o Experimento de
Miller ainda é apresentado em livros didáticos como a explicação
evolucionista para a geração dos primeiros seres vivos. Cientes de que
esses estudos não os apoiam, e ao contrário, refutam sua tese, os
evolucionistas deliberadamente evitam retomar esses experimentos.
Experimentos de Miller
O propósito de Stanley Miller era efetuar uma descoberta experimental
que mostrasse que os aminoácidos, os blocos construtivos das proteínas,
poderiam ter vindo à existência “por acaso” há bilhões de anos, na Terra
inanimada.
Nesse experimento, Miller usou uma mistura de gases que supôs ter
existido na Terra primordial (mas que posteriormente mostrou-se
irrealista), composta de amônia, metano, hidrogênio, e vapor d’água.
Como esses gases não reagiriam sob condições naturais, ele introduziu um
estímulo energético para iniciar a reação entre eles. Partindo da
suposição de que, na atmosfera primordial, essa energia poderia ter
provindo de relâmpagos, ele utilizou uma fonte artificial de descarga
elétrica para supri-la.
Miller aqueceu essa mistura de gases a 100ºC durante uma semana, e
introduziu uma corrente elétrica adicional. No final da semana, Miller
analisou as substâncias químicas que se haviam formado no fundo do
recipiente e observou que haviam sido sintetizados três dos vinte
aminoácidos que constituem os componentes básicos das proteínas.
Esse experimento despertou grande euforia entre os evolucionistas, e foi
destacado como um notável sucesso. Ainda mais, em um estado eufórico
inebriante, várias publicações inseriram títulos como “Miller cria
vida”. No entanto, as moléculas que Miller conseguiu sintetizar foram
tão somente algumas moléculas “inanimadas”.
Encorajados com esse experimento, os evolucionistas imediatamente
produziram novos cenários. Apressadamente foram feitas hipóteses sobre
os estágios seguintes ao dos aminoácidos. Supostamente teriam eles se
juntado posteriormente em seqüências adequadas, por acaso, para formar
proteínas.
Algumas dessas proteínas formadas por acaso colocaram-se em estruturas
semelhantes a membranas celulares que “de alguma forma” vieram a existir
e formaram uma célula primitiva. Com o tempo, as células se uniram e
formaram organismos vivos. Entretanto, o experimento de Miller nada mais
era do que uma ficção, e mostrou-se falho em muitos aspectos no decorrer
do tempo.
O Experimento de Miller nada mais foi do que uma ficção
O experimento de Miller procurou provar que os aminoácidos poderiam
formar-se por si mesmos sob as condições da Terra primordial, porém ele
apresenta inconsistências em numerosos pontos, como as seguintes:
1. Usando um mecanismo de derivação para o resfriamento, Miller isolou
do ambiente os aminoácidos tão logo eles se tivessem formado. Não
tivesse ele assim procedido, as condições do ambiente sob as quais se
formassem os aminoácidos os teriam destruídos imediatamente.
Sem dúvida não existia essa espécie de mecanismo consciente de
isolamento, sob as condições da Terra primordial. E sem esse mecanismo,
se mesmo um só aminoácido fosse obtido, seria também destruído
imediatamente.
O químico Richard Bliss expressou essa contradição da seguinte maneira:
“De fato, sem esse mecanismo de derivação para o resfriamento, os
produtos químicos teriam sido destruídos pela fonte elétrica”.(101)
Na realidade, em seus experimentos preliminares Miller não conseguiu
formar nenhum aminoácido usando as mesmas substâncias, mas sem o
mecanismo de derivação para o resfriamento.
2. O ambiente atmosférico primordial que Miller tentou simular em seu
experimento não era realista. Na década de 1980 os cientistas
concordaram que deveriam ter existido nitrogênio e dióxido de carbono
naquele ambiente artificial, em vez de metano e amônia. Após longo
período de silêncio, o próprio Miller confessou que não era realista o
ambiente atmosférico que havia utilizado em seu experimento.
Assim, porque insistiu Miller nesses gases? A resposta é simples: sem
amônia era impossível a síntese de aminoácidos. Kevin McKean fala sobre
isso em um artigo publicado na revista Discover:
Miller e Urey simularam a antiga atmosfera terrestre com uma mistura de
metano e amônia. De acordo com eles, a Terra era verdadeiramente uma
mistura homogênea de metal, rocha e gelo. Entretanto, em estudos mais
recentes compreendeu-se que naqueles tempos a Terra tinha temperatura
bastante alta e era composta de ferro e níquel em fusão. Portanto, a
composição química da atmosfera naquela época deveria consistir, na
maior parte, de nitrogênio (N2), dióxido de carbono (CO2) e vapor d’água
(H2O), que, no entanto, não são tão adequados como metano e amônia para
a produção de moléculas orgânicas.(103)
Os cientistas americanos J. P. Ferris e C. T. Chen repetiram a
experiência de Miller com um ambiente atmosférico que continha dióxido
de carbono, hidrogênio, nitrogênio e vapor d’água, e não foram capazes
de obter sequer uma única molécula de aminoácido.104
3. Outro ponto importante que invalida o experimento de Miller é que na
atmosfera daquela época existia suficiente oxigênio na atmosfera para
destruir todos os aminoácidos que supostamente se formassem. Este fato,
não levado em conta por Miller, é revelado por traços de ferro e urânio
oxidados existentes em rochas de idade estimada em 3,5 milhões de
anos.105 Outras descobertas existem que mostram que a quantidade de
oxigênio naquela época era muito maior do que a originalmente defendida
pelos evolucionistas. Estudos também mostram que naquele tempo a
quantidade de radiação ultravioleta à qual estava exposta a Terra era 10
mil vezes maior do que a estimativa dos evolucionistas. Essa intensa
radiação ultravioleta inevitavelmente teria liberado oxigênio pela
decomposição do vapor d’água e do dióxido de carbono existentes na
atmosfera.
Bibliografias mais recentes questionam o Experimento de Miller
Hoje, o experimento de Miller é assunto inteiramente posto de lado mesmo
entre cientistas evolucionistas. No número de fevereiro de 1998 da
famosa revista evolucionista Earth, aparecem as seguintes afirmações em
um artigo intitulado “Cadinho da Vida”:
Os geólogos hoje pensam que a atmosfera primordial consistia
principalmente de dióxido de carbono e nitrogênio, gases menos reativos
que os que foram usados no experimento de 1953. Mas, mesmo que pudesse
ter existido a atmosfera suposta por Miller, como seria possível obter
moléculas simples como os aminoácidos mediante as necessárias alterações
químicas, para convertê-las então em componentes mais complexos, ou
polímeros, como as proteínas? O próprio Miller, nesse ponto do enigma,
levanta as mãos para o alto e suspira, exasperado: “É um problema! Como
produzir os polímeros? Isso não é nada fácil!”(1)
Como visto, o próprio Miller aceitou que, hoje, seu experimento não leva
a qualquer conclusão quanto à explicação para a origem da vida. O fato
de cientistas evolucionistas agarrarem-se com fervor a esse experimento
somente indica a penúria da evolução e o desespero de seus defensores.
No número de março de 1998 da revista National Geographic intitulado “O
Surgimento da Vida na Terra” foi dito o seguinte sobre esse tópico:
Muitos cientistas hoje suspeitam que a atmosfera primitiva era diferente
da que Miller supôs inicialmente. Eles acham que ela era constituída por
dióxido de carbono e nitrogênio, e não por hidrogênio, metano e amônia.
Essa é uma má notícia para os químicos, que, ao tentarem combinar o
dióxido de carbono com o nitrogênio com estímulos elétricos conseguiram
somente uma insignificante quantidade de moléculas orgânicas – o
equivalente à dissolução de uma gota de corante em uma piscina cheia de
água. Os cientistas acham difícil imaginar que a vida tenha surgido em
um caldo tão diluído.(2)
Em resumo, nem o experimento de Miller, nem outra qualquer tentativa
evolucionista pode dar resposta à questão de como a vida surgiu na
Terra. Todas as pesquisas que foram realizadas mostram que é impossível
a vida surgir por acaso, e portanto confirmam que a vida foi criada.
Esta situação refuta totalmente o experimento de Miller, no qual o
oxigênio foi completamente deixado de lado. Se tivesse sido usado
oxigênio no experimento, o metano teria se decomposto em dióxido de
carbono e água, e a amônia teria se decomposto em nitrogênio e água. Por
outro lado, em um ambiente sem oxigênio também não existiria a camada de
ozônio e portanto os aminoácidos teriam sido imediatamente destruídos
pois teriam sido expostos a intensa radiação ultravioleta sem a proteção
da camada de ozônio. Em outras palavras, com ou sem oxigênio no mundo
primordial pressuposto, o resultado teria sido um ambiente destrutivo
para os aminoácidos.
4. No término do experimento de Miller, muitos ácidos orgânicos foram
formados, com características danosas para a estrutura e as funções dos
seres vivos. Se os aminoácidos não tivessem sido isolados e tivessem
sido deixados no mesmo ambiente juntamente com as demais substâncias
químicas, teria sido inevitável a sua destruição ou transformação em
diferentes compostos, mediante reações químicas.
Além disso, um grande número de aminoácidos dextrógiros foi formado como
resultado do experimento.106 A existência desses aminoácidos refuta a
própria teoria, pois eles são incapazes de participar na composição dos
seres vivos. Concluindo, as circunstâncias em que os aminoácidos se
formaram no experimento de Miller não foram adequados à vida. Na
verdade, o meio constituiu-se de uma mistura ácida que destruía e
oxidava as moléculas úteis obtidas.
Existe uma realidade concreta para a qual apontam todos esses fatos: O
experimento de Miller não consegue comprovar que os seres vivos
formaram-se por acaso sob condições de uma Terra primordial. Todo o
experimento nada mais é do que um experimento de laboratório,
propositado e controlado para sintetizar aminoácidos. A quantidade e
tipos de gases usados no experimento foram determinados idealmente para
possibilitar a formação de aminoácidos. A quantidade de energia
introduzida no sistema não foi nem muito grande nem muito pequena, mas
foi determinada exatamente na medida necessária para provocar as
reações. O aparato foi mantido herméticamente fechado para não permitir
a entrada de quaisquer substância danosas, destrutivas, ou capazes de
impedir a formação de aminoácidos que supostamente estivessem presentes
nas condições da Terra primordial. Não foram incluídos no experimento
elementos, compostos ou minerais que estivessem eventualmente presentes
nas condições da Terra primordial e que provavelmente pudesse influir no
curso das reações. O oxigênio, que teria impedido a formação de
aminoácidos devido à oxidação, é apenas um desses elementos. E mesmo sob
condições ideais de laboratório foi impossível que os aminoácidos
produzidos se mantivessem sem serem destruídos, a não ser com a
utilização de um mecanismo de “derivação com resfriamento”.
De fato, com este experimento os próprios evolucionistas estão refutando
a evolução, pois se algo foi comprovado é que os aminoácidos só podem
ser produzidos em um ambiente de laboratório controlado, na qual todas
as condições são especificamente estabelecidas mediante intervenção
consciente. Isto é, o poder que faz surgir a vida não se deve ao acaso
inconsciente, mas sim à criação consciente.
A razão pela qual os evolucionistas não aceitam essa realidade evidente
é sua adesão cega a preconceitos que são totalmente não científicos. De
maneira bastante interessante, Harold Urey, que concebeu o experimento
juntamente com seu aluno Stanley Miller, fez a seguinte confissão sobre
o assunto:
Todos nós que estudamos a origem da vida achamos que quanto mais a
examinamos, mais sentimos ser ela muito complexa para ter evoluído de
alguma maneira. Todos cremos como artigo de fé que a vida evoluiu a
partir de matéria inanimada neste planeta. É exatamente porque a sua
complexidade é tão grande que se torna difícil para nós que isso tenha
acontecido.107
Atmosfera Primordial e Proteínas
A despeito de todas as inconsistências citadas acima, os evolucionistas
ainda referem-se ao experimento de Miller para contornar a questão sobre
como os aminoácidos formaram-se a si mesmos na atmosfera da Terra
primordial. Ainda hoje continuam a iludir as pessoas, fingindo que o
problema foi resolvido por esse experimento falacioso.
Entretanto, para explicar o segundo estágio da origem da vida, os
evolucionistas deparam-se com um problema incomparavelmente maior que o
da formação dos aminoácidos: o problema das “proteínas”, isto é, dos
blocos construtivos da vida, compostos de centenas de diferentes
aminoácidos, unindo-os entre si em uma ordem determinada.
Alegar que as proteínas formaram-se ao acaso sob condições naturais é
muito mais irrealista e irrazoável do que dizer que os aminoácidos
também formaram-se ao acaso. Nas páginas anteriores estudamos a
impossibilidade matemática da união aleatória de aminoácidos em
seqüências adequadas para a formação de proteínas, mediante cálculos de
probabilidade. Examinaremos agora a impossibilidade de proteínas serem
produzidas quimicamente sob as condições supostas para a Terra primordial.
A Síntese das Proteínas não é Possível na Água
Ao se combinarem para formar proteínas, os aminoácidos ligam-se entre si
pelos chamados “laços peptídicos”. Durante a formação de um “laço
peptídico” é eliminada uma molécula de água.
Esse fato refuta definitivamente a explicação evolucionista de que a
vida primordial originou-se na água, pois de acordo com o “Princípio de
Le Chêtelier” da química, não é possível que uma reação que libere água
(reação de condensação) aconteça em que ambiente aquoso. A realização
desse tipo de reação em um ambiente aquoso é considerada como “tendo a
menor probabilidade de ocorrer”, dentre todas as reações químicas.
Assim, os oceanos que supostamente são os locais onde se iniciou a vida,
e onde se originaram os aminoácidos, definitivamente não são locais
apropriados para que os aminoácidos formem proteínas. Por outro lado,
seria irracional para os evolucionistas mudar de idéia e alegar que a
vida se originou em terra, pois o único ambiente no qual os aminoácidos
poderiam ter sido protegidos contra a radiação ultravioleta são os mares
e oceanos. Em terra, os aminoácidos seriam destruídos pelos raios
ultravioletas. O Princípio de Le Châteleir descarta a alegação da
formação da vida no mar, o que é mais outro dilema com que se defronta a
evolução.
Outro Esforço Desesperado: O Experimento de Fox
Desafiados pelo dilema anterior, os evolucionistas passaram a inventar
cenários irrealistas para solucionar esse “problema hídrico” que sem
dúvida refutava as suas teorias. Sydney Fox foi um dos mais conhecidos
dentre eles. Fox formulou a seguinte teoria para resolver esse problema:
De acordo com ele, os primeiros aminoácidos deveriam ter sido arrastados
para algumas encostas próximas de um vulcão, imediatamente após a sua
formação no oceano primordial. A água contida na mistura que incluía os
aminoácidos presentes nessas encostas, deveria ter-se evaporado quando a
temperatura subiu acima do ponto de ebulição. Assim, os aminoácidos que
foram “desidratados” poderiam ter-se combinado para formar as proteínas.
Entretanto, essa maneira “complicada” não foi aceita por muitas pessoas,
porque os aminoácidos não poderiam suportar temperaturas tão elevadas.
As pesquisas mostraram que os aminoácidos eram destruídos imediatamente
sob temperaturas elevadas.
Porém Fox não desistiu, e combinou os aminoácidos purificados no
laboratório “sob condições muito especiais”, aquecendo-os em um ambiente
seco. Os aminoácidos combinaram-se, mas ainda não chegaram a formar
proteínas. Realmente, o que ele obteve foram alças simples e
desordenadas de aminoácidos combinadas arbitrariamente entre si, e longe
de se parecerem com qualquer proteína de seres vivos. Além disso, se Fox
tivesse mantido os aminoácidos sob uma temperatura constante, essas
mesmas alças inúteis também teriam se desintegrado.108
Outro ponto que tornou inútil o experimento foi Fox não ter usado os
produtos finais (inúteis) obtidos por Miller em seu experimento, mas sim
aminoácidos puros retirados de organismos vivos. Evidentemente, esse
experimento, que intencionava ser continuação do experimento de Miller,
tinha de partir dos resultados obtidos por Miller. Contudo, nem Fox, nem
qualquer outro pesquisador utilizou os aminoácidos inúteis produzidos
por Miller.109
O experimento de Fox não foi recebido favoravelmente nem mesmo nos
círculos evolucionistas, porque ficou claro que as cadeias de
aminoácidos não significativas (proteinóides) que ele obteve não
poderiam ser formadas sob condições naturais. Ainda mais, as proteínas,
unidades básicas da vida, ainda não haviam podido ser produzidas, e o
problema da origem das proteínas ainda permaneceu. Em um artigo
publicado na revista de divulgação científica Chemical Engineering News
em 1970, o experimento de Fox foi mencionado sob a seguinte forma:
Sydney Fox e outros pesquisadores trabalhavam para unir os aminoácidos
na forma de “proteinóides” usando técnicas de aquecimento bastante
especiais, sob condições que de fato não existiram nos estágios
primordiais da Terra. Esses proteinóides de maneira alguma se assemelham
às proteínas bastante regulares presentes ... nos seres vivos. Eles nada
mais são que linhagens irregulares e inúteis. Foi mencionado que, mesmo
que essas moléculas tivessem se formado em épocas primitivas, elas
seriam de fato destruídas.110
De fato, os proteinóides que Fox obteve eram totalmente diferentes das
proteínas reais, tanto na estrutura quanto na função. A diferença entre
as proteínas e os “proteinóides” era tão grande quanto a diferença entre
uma peça de equipamento de alta tecnologia e um amontoado de matéria
prima não processada.
Além do mais, nem sequer havia probabilidade dessas cadeias irregulares
de aminoácidos sobreviverem na atmosfera primordial. Efeitos físicos e
químicos danosos e destrutivos causados pela exposição à abundante
radiação ultravioleta, e as condições naturais instáveis, fariam com que
esses proteinóides se desintegrassem.
Devido ao Princípio de Le Châtelier, era também impossível que os
aminoácidos se combinassem sob a água, onde os raios ultravioletas não
os atingiriam. Em vista disso, perdeu o apoio dos raios ultravioletas
não os atingiriam. Em vista disso, a idéia de que os proteinóides eram a
base da vida perdeu o apoio dos cientistas.
Referências
1. Earth, “O Cadinho da Vida”, Fevereiro 1998, p. 34.
2. National Geographic, “O Surgimento da Vida na Terra”, Março 1998, p. 68.
MATÉRIA INANIMADA NÃO PODE GERAR VIDA
Muitos experimentos evolucionistas, como os de Miller e de Fox, foram
idealizados para comprovar a afirmação de que a matéria inanimada pode
organizar-se e gerar um complexo ser vivo. Esta é uma convicção
totalmente não científica: todas as observações e experimentos
comprovaram, de forma indiscutível, que a matéria não tem essa
capacidade. O famoso astrônomo e matemático inglês Sir Fred Hoyle,
observa que a matéria não pode por si mesma gerar vida, sem uma
interferência deliberada:
Se houvesse um princípio básico inerente à matéria, que de alguma forma
conduzisse os sistemas orgânicos em direção à vida, a sua existência
deveria ser facilmente demonstrada em laboratório. Poder-se-ia, por
exemplo, tomar uma piscina para representar o caldo primordial, e
despejar nela qualquer substância química de natureza não biológica que
se desejasse; bombear quaisquer gases que se desejasse, através dela ou
por cima dela; e fazer incidir sobre ela qualquer tipo de radiação que
se desejasse; deixar o experimento continuar durante um ano e então
verificar quantas das 2000 enzimas (proteínas produzidas pelas células
vivas) teriam surgido na piscina. Darei a resposta, para economizar
tempo, trabalho e gastos para realmente efetuar o experimento: Não se
encontrará absolutamente nada, exceto possivelmente uma borra de
alcatrão composta de aminoácido e outras substâncias orgânicas simples.(1)
O biólogo evolucionista Andrew Scott admite o mesmo fato:
Tome alguma matéria, aqueça-a ao agitá-la, e aguarde. Esta é a moderna
versão de Gênesis. As forças “fundamentais” da gravidade, do
eletromagnetismo, e as forças nucleares forte e fraca supostamente devem
ter feito o resto... Porém, quanto deste conto resumido está firmemente
estabelecido, e quanto resta como especulação? Na verdade, o mecanismo
de quase todos os estágios principais, desde os precursores químicos até
as primeiras células devidamente reconhecidas, são objetos ou de
controvérsias, ou de total confusão.(2)
(1) Fred Hoyle, The Intelligent Universe, New York, Holt, Rinehard &
Winston, 1983, p. 256.
(2) Andrew Scott, “Update on Genesis”, New Scientist, vol. 106, 2 mais,
1985, p. 30.
Visite nossa Home-page em http://www.questionandoasorigens.hpg.com.br



E evolucionistas assim:


