kuragarii escreveu:apenas uma pequena parte do site q a najma postou, q ja faz cair por terra aquelas merdas q são publicadas no site da SCB.![]()
Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Segundo estudiosos, ele foi baseado em 8 mapas de Ptolomeu, um mapa árabe da Índia e sudeste asiático e 4 mapas portugueses, e de um suposto mapa capturado por seu tio, usado por Colombo. Desenhos de animais ilustram o trabalho e as legendas e anotações em turco.
A existência da Antártica
Piri Reis não foi nem o primeiro nem o único cartógrafo a colocar a Antártica nos seus mapas. A existência de uma grande massa de terra na parte austral do globo terrestre já fazia parte do sistema filosófico dos gregos. Segundo eles, serviria para equilibrar o mundo, contrabalançando a enorme porção de terras já conhecidas na época (Ásia, África e Europa), todas no hemisfério norte. O grande geógrafo grego, Claudio Ptolomeu (séc II dC) criou as bases da cartografia que foram usadas até o final da idade média e parte da Renascença. Esta terra ainda não conhecida freqüentava os mapas e a imaginação dos cartógrafos com bastante regularidade.
Em 1508, por exemplo, Francesco Roseli publicou seu mapa-mundi, segundo o estilo ptolomaico, e lá no círculo antártico faz menção a uma terra ainda incógnita.
Um mapa editado na Idade Média (Nordenskiöld, 1483 -Brescia), baseado no trabalho de Ambrosius Macrobios (395-423 dC) onde Nota-se que este mapa era comum durante toda a Idade Média, e que colocava a existência de uma terra coberta de gelo na parte austral do mundo qse como uma certeza.
-Elevação do nível do mar
Outros mapas da época (o de Lopo Homem e Jorge Reinel (1519) e os usados por Américo Vespúcio(1523)) apresentam a ilha de Cuba ligada ao continente e uma ligação por terra da América do Sul com uma porção de terrra mais ao sul. Estes mapas tiveram como fontes informações de navegadores portugueses e espanhóis, além de se basearem no mapa de Cristovão Colombo. Colombo pensava que Cuba fazia parte do continente, noção que foi passada a outros cartógrafos e navegantes.
Piri Reis, em anotações, tanto no próprio mapa como no seu livro, diz que uma das suas fontes foi o mapa de Colombo, o que explica a "diferença do nível do mar".
- Projeção esférica
Outra alegação, que Piri Reis usou um inédito sistema de projeção esférica, também não corresponde a exata verdade, pois durante a Idade Média, já se conheciam outros mapas que usavam tal método. Exemplifico com o mapa-mundi de Virga (Albertino Virga,1411/1415) que distribuía harmoniosamente os três continentes conhecidos ao redor do mar Morto, que é o ponto central deste mapa.
O uso do compasso e das bússolas como instrumentos náuticos, comuns desde o fim do séc XII , junto com o desenvolvimento do astrolábio, foram decisivos para a criação das cartas náuticas, que conseguiram um grande grau de perfeição já no séc. XIV. No final desse século os cartógrafos já tinham conhecimento de latitude e longitude, além de terem idéia dos círculos polares.
O mapa de Piri Reis não foi feito como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais para facilitar a localização. O método utilizado é mais antigo, aperfeiçoado por Dulcert Portolano, que utilizava uma série de círculos com linhas se irradiando a partir deles. Os mapas feitos com esse método são, por isso, denominados de mapas "portolanos". Seu objetivo era guiar os navegadores de porto a porto, ao contrário da concepção moderna que é a de localizar uma posição.
Note-se que cada capitão de navio levava consigo um cartógrafo, cujo trabalho era para "consumo interno", ou seja, para orientação do capitão e não como trabalho em prol do conhecimento geográfico do mundo. Por isso cada mapa era praticamente personalizado.
Outro exemplo de mapa portolano e que apresenta as mesmas deformações no continente americano que o mapa de Piri Reis é o feito em 1502/1505, pelo genovês Nicolo Caverini.
A exatidão do mapa
Assim como houve enganos quanto a penínsulas não existentes, algumas ilhas fictícias foram acrescentadas ao mapa. Isso era algo comum aos mapas da época. Há diferenças de latitudes, tanto nos hemisférios sul e norte da América. O rio Amazonas é colocado duas vezes, uma com a foz e outra sem.
Além do mais, o continente Antártico não está representado com a famosa perfeição, tanto em localização (está uns 10° defasado, na altura da costa uruguaia) como em contorno, com ou sem a capa de gelo.
-Antártida sem a capa de gelo.
Quando se alega que para se cartografar o continente antártico sem a capa de gelo que hoje a recobre devemos nos reportar a uns 6 mil anos no passado, me deparo com uma enorme incoerência.
Se a Terra está em processo de aquecimento, como nesta época poderia a Antártica estar sem a capa de gelo que a recobre?
Sabemos que a última glaciação ocorreu há 40 mil anos atrás e que a de-glaciação começou a cerca de 12 mil anos. Este fato até é apontado como a causa dos oceanos terem subido e feito desaparecer as ligações por terra da Antártida e da Ilha de Cuba, lembram?
Mas se a de-glaciação começou há 12/10 mil anos, o correto não é supor que que antes disso a capa de gelo sobre a Antártica seria muito mais espessa e maior do que é hoje? E que ela inclusive devia avançar até o continente sul-americano, portanto se hoje a ligação de terra não existe, naquela época seria invisível da mesma forma por estar sob gelo?
Ou seja, se houver um reporte ao tempo em que esta porção de terra estava livre da capa de gelo, devemos ir a mais de 40 mil anos no passado.
-Fontes antigas
Piri Reis, no seu livro Kitabi Bahriyre, diz que se utilizou diversas fontes, entre elas mapas antigos que remontavam ao tempo de Alexandre, o Grande (séc II aC). Porém, a parte que sobrou do mapa está coberta de anotações que indicam de onde cada pedaço ali mapeado foi baseado e nada aí indica esta antiga fonte.
A parte referente a América tem como referências apenas Cristóvão Colombo e navegadores portugueses (há inclusive uma frase que parece falar em como Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil).
A terra austral (Antártica) tem as seguintes indicações:
IX - E neste país parece que há monstros de cabelos brancos nessa forma, e também bois de seis chifres. Os infiéis portugueses escreveram em seus mapas ...
X - Este país é um desperdício. Tudo está em ruínas e diz-se que grandes cobras podem ser encontradas aqui. Por esta razão, os infiéis portugueses não desembarcaram naquelas praias e diz-se também que é muito quente.
Conclusão
Baseando-se apenas no que está no mapa, nada há que esteja incongruente com os conhecimentos do início do século XVI. E nada nele indica que foi utilizada uma tecnologia de mapeamento desconhecida na época. Não há necessidade de foto de satélites para explicá-lo.
Muitas das conclusões foram exageradas e não suportam uma análise mais apurada, tal como a estória do continente livre do gelo numa época em que ela era ainda maior do que hoje. E a exatidão do mapa, então?!!
A suposição que o conhecimento de locais mais distantes só seria possível para povos com conhecimentos tecnológicos mais avançados também não corresponde à verdade. Tanto que há sinais de que os vikings e fenícios estiveram no continente americano muito antes dos espanhóis e portugueses descobrirem o Novo Mundo. Inclusive, atualmente, se aventa a possibilidade de que Colombo já estivera por estas bandas muito tempo antes da expedição oficial de 1492.
A possibilidade de povos em um passado mais remoto terem feito o mesmo não pode ser descartada. E sem necessidade de mais do que conhecemos da antiga arte de navegar. Para os que duvidam da possibilidade, convém lembrar que Thor Heyerdahl atravessou o Atlântico numa canoa de papiro baseada em desenhos egípcios e Tim Severin atravessou-o numa canoa de peles de boi conforme os monges da Irlanda devem ter feito.
Portanto, há uma grande possibilidade de se ter feito muito barulho sobre algo mal estudado. Não há evidência de que as fontes antigas e desconhecidas tenham sido utilizadas nesta porção do mapa.
Creio que o grande valor deste mapa está no fato de ser a mais antiga referência que se tem dos mapas que Colombo deve ter feito. E também por ter tido tanta fontes portuguesas e espanholas, pois mapas náuticos eram considerados como segredos de Estado por estes. Nada mais!
É sempre a mesma coisa em todos os fóruns ateistas que participo...
Fulano falou,ciclano já refutou,Beltrano ja mostrou que não serve porque (aí segue qualquer argumento ateísta) e refutado está.Depois seguem um catatau de postagens contendo: é criacionistas são burros mesmo esses desonestos ignorantes,e um monte de postagens uns concordando com outros e bla bla bla de sempre,mas nada,nada absolutamente sólido.


