Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Apocalíptica escreveu:Acauan escreveu:No que isto afeta a veracidade da argumentação?
Talvez afete no plano de avaliação macro do problema. Vivenciar ou ter a experiência que é própria do gênero pode auxiliar na aproximação de uma tomada de posição frente à questões como esta.
É o mesmo que as mulheres quererem saber como o homem se sente em relação à vasectomia, ou a suportar o filho do estupro da companheira. Precisamos ouví-lo também.
O que a Fabi quis dizer, pelo menos eu entendi assim, é que a maioria dos anti-abortistas parece não conseguir levar em consideração as questões mais primárias no que toca à principal vítima, que é a mulher no caso de abuso e violência, muitas vezes cometida pelo próprio pai. Ou do que isto pode causar na estrutura familiar como um todo.
A questão de quando começa a vida é um capítulo apenas desta discussão. Tratá-lo como algo isolado, não é justo com o restante da vida existente à volta dele.
Led Zeppelin escreveu:Fabi,
Não senhora, nas primeiras semans certamente o sistema nervoso ainda não está pronto e ela tem o direito de tirar, desde que o pai concorde. Quanto ao número de suicídios subir, é melhor que o de homicídios, afinal uma pessoa tem o direito de tirar a própria vida, a mãe dessa pessoa não tem. Ou você acha que tem? Acha que a sua mãe tem direito de matar você?
Fabi escreveu:videomaker escreveu:Fabi escreveu:videomaker escreveu:
Uma pergunta aos pró aborto:
É possivel que legalizando o aborto, os casais deixem de se preocupar e aconteça um relaxamento natural, quanto ao uso de metodos anti concepcionais, deixando-os em segundo plano, pois uma solução de retirada de um feto feita com higiene e segurança seria mais uma alternativa?
Considerando ai que o uso da camisinha tira consideravelmente a sensibilidade no ato sexual, não seria um estimulo ao risco?
A sua pergunta equivale a: Vocês preferem fazer uma cirurgia do que tomar um comprimido todo dia, ou usar camisinha?![]()
Você já fez cirurgia? Sabe como dói o pós operatório, os exames, quanto custa mais caro. Legalizar o aborto não vai aumentar o número de abortos, e nem diminuir o método anti-contraceptivo.
Com o aborto legalizado a mulher tem acesso a psicólogos, e médicos, ou seja tem apoio pra tomar uma decisão, e com o suporte de médicos e psicólogos o número de abortos tende a cair.
Hummm deixa eu pensar:
Aborto clandestino = Sujo = risco de vida
Aborto legal = Limpo e seguro = risco quase nenhum
Claro o abortos vão diminuir, claro que vão.... as pessoas preferem o sujo claro....
Meu namorado é médico e quando chega alguém no hospital que tentou suicidio é recebido com total apoio médico pra que isso não aconteça de novo, a pessoa recebe apoio psiquiatrico, psicológico e etc. Sacou a diferença?
Médicos dão suporte nessa questão que envolve vida. Com o aborto seria a mesma coisa médicos não iam fazer aborto toda hora, antes eles mandariam para um psicólogo antes disso, conversaria com a pessoa, explicaria tudo, em clinica clandestina é só dizer (imagino eu) que quer tirar o bebe que eles fazem sem perguntar o motivo, agora me diz em qual dessas duas situações o aborto ocorre mais facilmente?
Led Zeppelin escreveu:Abortistas:
Para vocês existe alguma diferença que não seja de cunho infundamentalista moral entre matar um recém-nascido e abortar?
Fabi escreveu:Led Zeppelin escreveu:Fabi,
Não senhora, nas primeiras semans certamente o sistema nervoso ainda não está pronto e ela tem o direito de tirar, desde que o pai concorde. Quanto ao número de suicídios subir, é melhor que o de homicídios, afinal uma pessoa tem o direito de tirar a própria vida, a mãe dessa pessoa não tem. Ou você acha que tem? Acha que a sua mãe tem direito de matar você?
Isso se fosse legalizado, até a 10 semana o sistema nervoso não está formado, porque em clinicas clandestinas vai saber em que mês eles interrompem uma gestação. O número de suicidios é grande, não se iluda, em alguns lugares é bem maior do que o de homicidios, mas esse é número que não é divulgado pela Polícia.Pelo simples motivo de que pode incentivar o suicidio ainda mais.
Apocaliptica escreveu:videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Vocês acham que aborto é um procedimento assim tão simples e indolor?
Apocaliptica escreveu:videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Vocês acham que aborto é um procedimento assim tão simples e indolor?
Fabi escreveu:Apocaliptica escreveu:videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Vocês acham que aborto é um procedimento assim tão simples e indolor?
Quem nunca fez uma cirurgia acha isso.
Apocaliptica escreveu:Led Zeppelin escreveu:Abortistas:
Para vocês existe alguma diferença que não seja de cunho infundamentalista moral entre matar um recém-nascido e abortar?
Não entendi a pergunta. Mas é diferente fazer um aborto no início da gravidez e matar depois de nascido.
Quando se faz antes, dependendo das circunstâncias, mata-se depois ( matar é condenar à morte ou à desgraça em vida )
É isto que os abortistas querem evitar.
videomaker escreveu: Então não é mas facil dá esse suporte agora? Porque temos que facilitar o aborto pra que isso aconteça? Quem chega ate o hospital já tem essa certeza, e dando a garantia de higiene e gratuidade então... vc percebe isso moça?
Acauan escreveu:Aborto
Por Acauan
A maioria das declarações a favor ou contra o aborto são discursos que repisam convicções ideológicas, opiniões passionais e modismos intelectuais sem responder às duas questões fundamentais do problema:
1. Existe uma identidade humana no embrião e no feto, independente do tempo de gestação?
2. O feto é dotado de dignidade humana desde a concepção?
Fabi escreveu:videomaker escreveu: Então não é mas facil dá esse suporte agora? Porque temos que facilitar o aborto pra que isso aconteça? Quem chega ate o hospital já tem essa certeza, e dando a garantia de higiene e gratuidade então... vc percebe isso moça?
Ninguém está falando em facilitar o aborto, mas que quem quiser fazer que faça isso em hospital, os médicos podem evitar um aborto só conversando com a mulher e explicando tudo, e psicólogos também.
Médicos são bem chatos, quando não precisa fazer cirurgia eles não fazem, quando não precisa de remédio eles não dão. E cirurgias são doloridas sabe? Ninguém quer fazer cirurgia toda hora só porque é de graça e limpo.
Video escreveu:NÃO Sal! claro que não! Se é seguro, quem não faria, agora vai fazer Sal! A segurança garante esse pensamento!
Ou a falta de higiene não fez muita gente voltar atraz?
Acauan escreveu:o anátema escreveu:Acauan escreveu:O fato é que aquilo que nos faz humanos, seja lá o que for, não está presente no espermatozóide, uma célula que se lha dada todas as condições ambientais para que se desenvolva, por si só nunca resultará em outra coisa.
Para que um espermatozóide resulte em ovo, embrião e feto são necessários uma segunda célula e todo um processo de combinação.
Eu acho válida a comparação com o óvulo, que morre cotidianamente em menor quantidade, e é, por volume e composição, mais similar ao zigoto.
O óvulo é uma célula haplóide, o que por si só já estabelece diferença suficiente com relação ao feto.
o anátema escreveu:Acauan escreveu:O ovo, embrião ou feto, pelo contrário, não depende de outros elementos e combinações externos a ele próprio para se tornar um ser humano completo, precisando apenas que as condições ambientais para seu desenvolvimento sejam fornecidas.
E isso o define como ser humano "porque sim". É simplesmente ácido-nucléico-centrismo.
O fato de depender de outros elementos e combinações externas, poderia se argumentar, não faz do óvulo em nada menos humano, menos digno.
O zigoto também recebe elementos e combinações externas, apenas não mais de classe genética. Bebês recém nascidos também recebem, o que garanre o resto de seu desenvolvimento saudável, e as pessoas adultas também recebem para poderem continuar a viver.
O estágio pré-fecundação da vida humana é apenas um momento mais oportuno de se interromper o desenvolvimento de um ser humano (ou mais), não algo que não tem nada a ver com a história.
Esta abordagem define, explicitamente, que o aborto é uma questão apenas de oportunismo.
Não foi colocado na argumentação acima qualquer evidência contrária à proposta de que o feto concebido se tornará um ser humano pleno, bastando para isto que fatores externos não o impeçam.
O aborto é mais oportunidade perdida de não ter iniciado o processo de gravidez do que "oportunismo". Eu realmente NÃO contesto que o zigoto poderá se tornar um ser humano pleno, mas também é incontestável que o estado imediatamente anterior, o óvulo, igualmente poderia, bastando que fatores externos não impedissem, que a natureza seguisse seu curso sem intervenções ou anomalias.
A afirmação de que o óvulo não é em nada menos digno que o embrião esbarra no fato de que o feto já possui em seu material genético as instruções biológicas que definirão o indivíduo humano futuro, ao contrário do gameta.
Isto faz sim do óvulo menos digno, pois ele por si só não pode ser associado a um indivíduo humano antes da fecundação. Em outras palavras, o óvulo pode ser, o feto É, sendo que SER é condição sine qua non para identificação da dignidade.
A argumentação de diploidia não se sustenta. Simplesmente não é, a diploidia simplesmente, mas a diploidia na situação fenotípica específica do zigoto e em diante.
Pois a diploidia é completamente irrelevante para a proteção da vida da célula quando se tem a mesma diploidia do zigoto, mas em situações diferentes, como: diploidia em outras espécies, partenogênese, células somáticas, morte cerebral, aborto espontâeno, aberrações cromossômicas, irmãos gêmeos univitelinos - os últimos, cuja vida é igualmente defensável, não podendo um morrer só por ter o mesmo genótipo do outro, como se fosse só uma morte de um monte de células somáticas, mas preservando o indivíduo genéticamente decorrente do genótipo. Etc. Eles são considerados indivíduos distintos devido ao seu fenótipo, a serem organismos distintos.
Resumindo:
+ diploidia - diploidia = 0 diploidia
"Corta-se" então a diploidia da argumentação, e o que se tem é apenas um artifício para defender o zigoto de qualquer jeito. Como, fora a diploidia, é praticamente indistinguível do óvulo, tasca-se lá de qualquer jeito a diploidia como último recurso, mesmo que não se sustente como algo realmente relevante diante de um exame mais cuidadoso
A haploidia do óvulo é apenas um estágio natural. O óvulo não possui todos os genes que virá a ter, assim como o zigoto, que apesar de já ter a constituição genética mais definida (mas não definitiva), não tem ainda todas as características fenotípicas que constituiem um bebê ou indivíduo adulto.
São as particularidades desses estágios naturais. Se você pode defender que o zigoto é digno apesar de não ter o fenótipo desenvolvido, pode-se igualmente defender que o óvulo é digno apesar de não ter metade do genótipo ainda. Já tem, no entanto o seu genótipo individualizado, num nível de acordo com o normal para o seu estado de desenvolvimento natural.
A individualidade genética também, nem de longe, é condição sine qua non para a proteção à vida humana, como já mencionei anteriormente. Gêmeos ilustram o caso. As pessoas são defendidas geralmente por serem simplesmente pessoas, com uma margem de variabilidade genética ampla, suficiente para caracterização como sendo da espécie humana, e não por individualidade, pureza de linhagem, por ausência de mutações, etc.
Para todos os efeitos éticos, seria irrelevante então se um óvulo será fecundado por esse ou por aquele espermatozóide; em qualquer instância, ele sará uma pessoa da mesma forma. E ele já é humano (se está numa mulher humana), já é individualizado, e o critério da diploidia é só uma delimitação arbitrária como qualquer outra diferença entre dois estágios posteriores do desenvolvimento, não melhor do a pessoa não ser considerada como tal apenas depois de escolher a profissão que irá seguir, ou dos pais darem um nome, ou do óvulo ser considerado já como pessoa apenas a partir das preliminares do sexo.o anátema escreveu:Acauan escreveu:A concepção materialista de que qualquer identidade humana só pode ser reconhecida no feto a partir da formação e do funcionamento do sistema nervoso central possui uma contradição evidente, pois se fundamenta em um misticismo sobre o que seria identidade humana.
Se a identidade humana é um fato material, definida pela estrutura biológica do feto, todos os elementos materiais para a formação do sistema nervoso central já estão presentes no próprio feto, na forma de codificação genética.
Quando se defende que o feto só passa a ter identidade humana após a formação do sistema nervoso central, entendemos esta identidade humana como algo imaterial que passa a incorporar o feto a partir de certo ponto do processo de formação do sistema nervoso.
Bem, a fecundação também é vista por muitos pró-vida como a entrada da alma no corpo.
Mas de qualquer forma, não tem nada a ver com qualquer coisa imaterial que entrasse no corpo. Por exemplo, um computador. Você só tem um computador mesmo com todos seus componentes, e só "acreditamos" que o computador seja um computador quando todos seus componentes estão montados corretamente e eles estão funcioanando. As peças de computador desmontadas não são um computador, nem o manual de instruções sozinho, que ensina a montar.
Não tem nada de imaterial na montagem do computador e em estar ligado. Se há um momento chave em que o técnico coloca o processador e em seguida o liga, isso não teve nada de imaterial. É a mesma coisa com o desenvolvimento embriológico.
Não é a mesma coisa de modo algum.
Podemos montar e desmontar um computador quantas vezes quisermos. Se seguirmos os procedimentos certos e usarmos peças não defeituosas ele funcionará perfeitamente.
Também se montarmos dois computadores de projeto idêntico com peças idênticas eles serão máquinas idênticas.
Desmonte um ser humano, em qualquer fase de seu desenvolvimento e ele morrerá.
Nenhuma tecnologia conhecida poderá fazer com que o reagrupamento correto de seus componentes o fará voltar a vida.
Do mesmo modo, mesmo que fosse possível agrupar órgãos humanos idênticos, mesmo assim teríamos indivíduos com semelhanças e diferenças, como ocorre com os gêmeos univitelinos.
Não somos computadores.
Não somos máquinas.
E nossa dignidade humana reside justamente nos desdobramentos deste fato.
A comparação com o computador é apenas no sentido de que o momentos específicos do desenvolvimento são materiais, tão materiais quanto a fecundação, e que a montagem, em certo estágio, material, pode ser considerada completa. Uma vez ligado daí por diante, você não pode arrancar várias das peças sem "desligar" ou ferrar com o computador de alguma forma. Antes da montagem do computador, você pode tanto não montá-lo, quanto interromper a montagem, que não estaria acarretando em danos ao computador, apenas não estaria montando-o. Não é como se ele existisse platônicamente apenas por existir o manual de montagem. Não quis sugerir que se pudesse montar e desmontar pessoas como se quisesse nem nada do tipo.o anátema escreveu:Acauan escreveu:Os únicos elementos materiais recebidos pelo feto ao longo de todo seu desenvolvimento são, em sentido amplo, nutrientes vindos da mãe. Propor que a materialidade da condição humana vem de fora do feto implica em defender que o conceito de humanidade pode ser definido como um fluxo de proteínas, o que é obviamente absurdo.
Bem, não é exatamente um "fluxo" de proteínas mas um estado mais geral cuja descrição meramente molecular não é possível, por isso há a embriologia.
É extremamente irônico que a condição humana como sendo um estado de organização protéica seja visto como "absurdo" (e lembrando que nem é bem esse o caso, mas uma organização num nível maior), enquanto é perfeitamente razoável que a mesma condição possa ser dada por um estado de organização (bem inferior, diga-se de passagem) de outra classe de moléculas.
Destaquei o "sentido amplo" em que usei os termos empregados justamente para resumir a complexidade dos processos biológicos envolvidos.
No mais não há ironias na proposição colocada.
Em momento algum foi feito qualquer julgamento sobre a condição humana ser ou não um estado de organização protéica, mas evidenciado o fato irrefutável de que ou a condição material que define o feto como ser humano está presente no próprio ou necessita de alguma elemento material recebido de fora.
Não há como fugir a esta questão sem admitir três possibilidades: que a materialidade da condição humana do feto lhe é imanente, que esta materialidade lhe é provida por um elemento externo, cabendo então definir qual seria ou que não há influência de um elemento material na definição da humanidade do feto.
É impossível, logicamente, fugir a estas três possibilidades.
Ah sim. Bem, poderia se dizer simplesmente que não é um elemento externo, ainda que seja parcialmente, mas também não é atemporal, apesar potencialmente determinado.o anátema escreveu:Acauan escreveu:Pode-se afirmar que a materialidade da condição humana não está no fluxo de materiais que formam o feto, mas no processo de formação, cuja identidade é estabelecida por um determinado estágio em que determinados componentes estão formados ou funcionando.
Ora, se a identidade humana está no processo de formação de seus componentes constitutivos é lógico concluir que o processo precede e determina estes componentes, não o contrário.
Pode-se defender que não é um processo, mas um estado, aliado aos processos vitais comuns à todas as células vivas também.
Aí pode-se considerar certos tipos de células diversas, ou tecidos apesar de vivos, como indignos de proteção à "vida humana"; pode-se considerar que pessoas, cujos órgãos em grande parte estão vivos, na verdade estão "mortas", se por exemplo, lhes faltar o cérebro, e etc.
E o que é um processo senão uma seqüência de estados que obedecem a uma ordem estabelecida que precede e define estes estados e não o contrário?
A condição humana de um indivíduo normal só se define porque a somatória de seus estados identifica um processo cujos produtos são a consciência individual, a capacidade de expressar esta consciência individual e a capacidade de se fazer compreendido por outras individualidades que manifestam processo semelhante.
Biologicamente falando não há nada em nossa estrutura de células que não possa ser encontrada com diferenças mínimas em um sapo, mas é simplesmente absurdo considerar que por conta de os estados celulares dos homens e dos sapos serem semelhantes, a dignidade imanente de ambos também deva ser.
E é por razões similares que eu argumento que apenas uma organização fenotípica maior, tipicamente humana, é mais digna de vida do qeu um sapo ou uma micróbio.
Ou até que mesmo outras formas de vida, em um estado de organização fenotípica já mais desenvolvido, são mais dignos do que a vida de células ou organizações menores humanas. Acho por exemplo, mutíssimo pior matar um cachorro do que matar embriões humanos. Porque os embriões são só umas porcariazinhas dumas células, já o cachorro é bem mais organizado, completo, ainda que não humano.o anátema escreveu:Acauan escreveu:Se o processo precede e determina os estágios de formação, então é o processo e não os estágios que deveriam definir materialmente a condição humana, sendo que todo este processo já está materialmente contido no código genético do feto.
Isso é mais ou menso como dizer que um prédio é uma planta ou uma construção. Não importa que o processo preceda o estado, e que a planta precede o processo, que a tinta da caneta do arquiteto precede a planta, etc. Olha-se lá e se diz se tem prédio ou não. Se tem, tem, se não, não tem.
Mesmo o exemplo dado sendo um caso óbvio de falsa analogia, dado que um prédio não é vivo e não tem dignidade imanente, as questões discutidas aqui, ainda assim podemos utilizá-lo.
Um feto está lá, tanto quanto um prédio inacabado está lá.
Algum arquiteto, engenheiro ou dono de construtora em sua sã consciência diria "este prédio não está acabado, logo não há problema algum em derrubá-lo"?
Obviamente não, pois mesmo um prédio inacabado possui identidade suficiente como prédio para que sua demolição só se justifique em casos extremos, em que o prosseguimento da construção implicasse em algum risco incontornável.
No caso do feto, há o fato diferencial e decisivo que suas "plantas" lhe são intrínsecas.
Enquanto o prédio depende de plantas externas e construtores externos para se formar, o feto possui em sua codificação genética todos os dados para sua própria construção, bastando a ele que lhe sejam fornecidos os materiais necessários.
Mostre um prédio com tais capacidades e considerarei sua comparação válida.
Bem, acho que o ponto todo é que não vejo esse diferencial da "planta intrínseca" como realmente decisivo, o que considero decisivo é o estado da construção. Além do que, pode-se sempre moldar a analogia para as coisas ficarem mais parecidas umas com as outras... onde talvez se perdesse mais tempo numa análise da analogia e tentar ver mais onde as duas coisas comparadas não batem do que em tentar ver o ponto exato da analogia e desprezar o que não bate...
Talvez o ideal seja um pequeno exercício hipotético: imaginar se desenvolvimento dos indivíduos fosse principalmente determinado organismo da gestante, em vez dessa ter fornecido apenas metade da planta e todo material de construção. O genótipo do zigoto seria totalmente passivo, servindo apenas de referência por um processo realizado totalmente a partir de corpos ativos dentro do corpo da mãe, possuidores do genótipo dela. Talvez o genótipo sendo inclusive determinado em última hora, depois do desenvolvimento estar praticamente completo, e ao acaso: o organismo materno escolheria de um estoque de espermatozóides um complemento genético, que então começaria a se instalar no feto como um vírus. Apesar disso, o feto era funcional, como orgasnismo, apenas tinha processos celulares "padronizados", sem variáveis genéticas individuais.
Mudaria alguma coisa? Poderia se abortar tanto o zigoto quanto um bebê de 9 meses?o anátema escreveu:Acauan escreveu:Se em condições normais todo o processo de formação do feto já está previamente definido em seu material genético, então os estágios do processo representam apenas o mesmo processo ao longo do tempo.
São, pois, condições determinadas e não condições determinantes.
Sob condições normais, as espécies tem previamente geneticamente determinado o impulso sexual, mesmo antes da maturação sexual. Sob condições normais, isso leva à fecundação dos óvulos pelos espermatozóides. Isso não pode ser excluído do processo. O estado de fecundação do óvulo é então algo determinado, e não determinante.
Sua comparação é inválida pelo fato de igualar uma condição extremamente genérica com uma comparação extremamente específica.
Impulso sexual implica em que qualquer óvulo poderá ou não ser fecundado por qualquer espermatozóide gerando qualquer indivíduo potencial.
Uma vez que um determinado óvulo foi fecundado por um determinado espermatozóide definiu-se um indivíduo real, que em sendo um indivíduo humano possui o direito de reivindicar para si a dignidade que lhe é devida através daqueles que a reconhecem e falam em seu nome.
O que importa a especificidade genética do zigoto, se qualquer combinação entre gametas humanos resultará em um ser humano? Quer dizer que se pode matar as pessoas, contanto que não se saiba quem elas são, ou contanto que sejam mutantes, ou que não tenham os genes que consideramos ideais para seres humanos de verdade? Se a recombinação e a fecundação tem seus graus de aleatoriedade, diversos outros proecssos celulares pós-fecundação também são; movimentos brownianos e etc. Isso dá variabilidade fenotípica independente da genotípica, e em todos os casos, produz seres normais.o anátema escreveu:Acauan escreveu:Se o estágio de formação do feto é condição determinada pelo feto, não pode ser uma condição determinante do feto, logo é irracional afirmar que tal fator possa ser usado para se definir se o feto possui ou não identidade humana.
Se o estágio gamético dos veículos dos genes é condição determinada pelos genes, não pode ser uma condição determinante dos genes, logo é irracional afirmar que tal fator possa ser usado para se definir se os gametas possuem ou não identidade humana.
Se repassar as postagens feitas verá que quem propôs que os estágios ou estados definem alguma coisa nesta discussão foi você.
Mas você propõe que o estado gamético ou de haploidia define que os humanos não tem direito à vida.
O código genético não define um estado e sim uma seqüência ordenada de estados, ou seja, um processo.
Não há modo de se adotar o código genético como identificador da condição humana sem considerar que os estados produzidos por ele são coadjuvantes e não protagonistas desta determinação.
videomaker escreveu:Fabi escreveu:videomaker escreveu: Então não é mas facil dá esse suporte agora? Porque temos que facilitar o aborto pra que isso aconteça? Quem chega ate o hospital já tem essa certeza, e dando a garantia de higiene e gratuidade então... vc percebe isso moça?
Ninguém está falando em facilitar o aborto, mas que quem quiser fazer que faça isso em hospital, os médicos podem evitar um aborto só conversando com a mulher e explicando tudo, e psicólogos também.
Médicos são bem chatos, quando não precisa fazer cirurgia eles não fazem, quando não precisa de remédio eles não dão. E cirurgias são doloridas sabe? Ninguém quer fazer cirurgia toda hora só porque é de graça e limpo.
E dar segurança e higiene não é facilitar não moça? caramba menina dificil tu heimmmm.
Cirurgias são doloridas sim, mas doe mas ter que manter uma criança vc não acha? logo vale á pena ir pra faca....
Led Zeppelin escreveu:Apocaliptica escreveu:Led Zeppelin escreveu:Abortistas:
Para vocês existe alguma diferença que não seja de cunho infundamentalista moral entre matar um recém-nascido e abortar?
Não entendi a pergunta. Mas é diferente fazer um aborto no início da gravidez e matar depois de nascido.
Quando se faz antes, dependendo das circunstâncias, mata-se depois ( matar é condenar à morte ou à desgraça em vida )
É isto que os abortistas querem evitar.
No início da gravidez eu concordo, se o sistema nervoso central não estiver pronto ainda o feto é só um pedaço de carne.
salgueiro escreveu:Video escreveu:NÃO Sal! claro que não! Se é seguro, quem não faria, agora vai fazer Sal! A segurança garante esse pensamento!
Ou a falta de higiene não fez muita gente voltar atraz?
Video, não existe procedimento médico seguro, minha cunhada que o diga, há dois anos com o cérebro lesionado por um procedimento médico
Dentro de um hospital o torna somente menos perigoso
Bjs
videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:videomaker escreveu:Apocaliptica escreveu:Alguns aqui têm a tendência de ver o aborto como contraceptivo ou é impressão minha?
Claro que legalizado ele vai virar alternativa! Talvez pra poucos, ,mas que vai, isso vai! não me sobra duvida.
Vocês acham que aborto é um procedimento assim tão simples e indolor?
O que doi mas, a cirurgia ou um filho indesejado pro resto da vida? só estou dizendo isso para sustentar que valeria á pena o aborto seguro!
Led Zeppelin escreveu:Abortistas:
Para vocês existe alguma diferença que não seja de cunho infundamentalista moral entre matar um recém-nascido e abortar?
Fabi escreveu:videomaker escreveu:Fabi escreveu:videomaker escreveu: Então não é mas facil dá esse suporte agora? Porque temos que facilitar o aborto pra que isso aconteça? Quem chega ate o hospital já tem essa certeza, e dando a garantia de higiene e gratuidade então... vc percebe isso moça?
Ninguém está falando em facilitar o aborto, mas que quem quiser fazer que faça isso em hospital, os médicos podem evitar um aborto só conversando com a mulher e explicando tudo, e psicólogos também.
Médicos são bem chatos, quando não precisa fazer cirurgia eles não fazem, quando não precisa de remédio eles não dão. E cirurgias são doloridas sabe? Ninguém quer fazer cirurgia toda hora só porque é de graça e limpo.
E dar segurança e higiene não é facilitar não moça? caramba menina dificil tu heimmmm.
Cirurgias são doloridas sim, mas doe mas ter que manter uma criança vc não acha? logo vale á pena ir pra faca....
E você acha que os médicos iam fazer isso a torto e direito? Tem meninas de 12 anos grávida do pai ou do tio, ou de primos, pra quem não conhece a realidade é fácil dizer "não com higiene vão fazer mais" mas em clinicas de aborto clandestino não tem regras, não tem psicólogos, não tem médicos de verdade, quem quer fazer vai lá e pronto, agora com médicos cirurgiões credenciados ao conselho que fizeram 6 anos de medicina + 2 anos de especialização que conhecem a vida humana e tem experiencia em hospitais, você acha que esses médicos fariam um aborto por motivo nenhum sem encaminhar pra psicologos e etc?