Anna escreveu:Márcio escreveu:Wallace escreveu:Acauan escreveu:Wallace escreveu:Mas é isso que estou falando, você está analisando filosoficamente o caso, e o cara falou sobre uma hipótese cientifica. Considerando uma hipótese cientifica, seguindo a metodologia cientifica, ela jamais poderia ser um axioma.
Não é isso?
Não, porque a ciência é lógica e, portanto, também parte de axiomas para chegar a uma conclusão.
Um exemplo.
Pode-se assumir como premissa a hipótese de que Deus exista e a partir desta premissa formular outras hipóteses passíveis de teste empírico, mas não é possível testar empiricamente Deus, por definição, já que o método científico se baseia na medição de fenômenos e, portanto, não pode medir fenômenos infinitos, apenas presumir que estes o sejam.
Bom... aqui está repondida minha pergunta... Estava partindo do princípio que o colega teria suposto a observalção empirica de de Deus.

Proponho que se algo existe, ainda que supostamente infinito (como um deus), poderia ser observado/medido em partes, caso contrário, se não interagisse de forma alguma com nosso meio (segundo a crença ele agiu e age), seria pelo menos irrelevante e para todos os efeitos considerado inexistente ou nulo.
Não abordo questões de ordem moral ou conceitos tais como perfeito/imperfeito, ordem/desordem visto que dependem de nossas interpretações.
Um deus absolutamente bondoso, significaria um ser limitado em suas ações, visto que não poderia praticar atos ditos maléficos, para um deus de TODAS as coisas e atos isso seria uma contradição. Assim como um deus absolutamente mal.
Penso num mecanismo qualquer que poderia ter originado o universo à partir dele mesmo, por alguma intenção.
O deus da filosofia religiosa é um fantasma autocontraditório, talvez porque lhe tenham imaginado atributos morais humanos, o que o tornaria limitado nas ações.
O próprio universo parece ter atributos que mais se aproximam daquilo que imagino como um deus.
...
Podemos medir e testar variáveis contínuas, gradientes contínuos, mas precisamos de um modelo que capte o efeito ao longo desse gradiente e/ou o próprio gradiente. Não seria necessário medir todos os atributos do que se deseja testar, mas escolher alguns e colher amostras deste efeito em algum tipo de escala ou parâmetro e por fim testá-las. O problema de medir Deus está em que seus atributos não podem ser medidos, nem coletados, em linhas gerais este é o motivo pelo qual o tema é assunto metafísico e não científico. Portanto Deus jamais foi captado por nenhum tipo de medida, e portanto sua existência não pode jamais ser atestada, como medir e testar científicamente algo que nunca foi detectado? Ciência é a construção de hipóteses frente ao desconhecido por meio de testes, se algo não pode ser testado, não é levado em consideração nem faz parte de seu escopo.
É bastante confortável atribuir ao universo, e tudo aquilo que nele pode ser medido, avaliado e testado cinetificamente, à figura metafísica de Deus, mas, ainda que a amplitude e magnitude do universo desperte um sentimento "divinal" em muito de nós, o universo não é o Deus descrito pelas religiões.
O deus descrito pelas religiões, talvez só exista nas cabeças de quem crê, é algo que foi ''montado'' mentalmente ao longo dos séculos, sem evidências concretas.
Eu estava apenas aventando SE na hipótese do universo ter surgido por alguma causa, o algo ou sistema que o tenha causado, poderia ser passível de medição, sendo seus atributos lógicos e coerentes e não um apanhado de coisas que julgamos que poderia ter à princípio, ou atributos contraditórios entre si.
Um deus com ações físicas, propriedades físicas, grandezas físicas, gradientes, que poderiam ser coletados e extrapolados em modelos.
Prá encurtar, poderia se cogitar que aquilo que queremos denominar de deus talvez seja o próprio universo, ou tudo aquilo que existe concretamente, afinal a base fundamental que constroe tudo, parece ser indestrutível, eterna, como se fossem elementos que se configuram de variadas formas entre sí, gerando as infinitas possibilidades de conexão e construção das coisas universais, ou dos muitos universos possíveis.
Certamente não é o deus das religiões, mas seria o deus possível, ou o que mais se encaixaria nas definições mais lógicas.
Se quer saber, isso tudo parece ser uma discussão irrelevante, se o universo é deus, deus é o universo, deixemos a palavra ''deus'' para os metafísicos e fiquemos com o universo apenas.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!