Deus não tem nada a ver com isso

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o pensador
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por o pensador »

Tranca-Ruas escreveu:
Cris escreveu:Carlus, só um pouquinho, a bíblia está recheada de passagens bem claras de que Deus mandava destruir cidades inteiras, matando homens, mulheres e crianças inclusive, e ninguém era poupado. Não tem nada de metárfora nisto e a história está cheia de exemplos assim. Os efeitos devastores ao qual você está dizendo sobre o homem estar separado de Deus, é nada mais do que a demonstração clara de que Deus não tinha nada, nada mesmo de piedoso, em se tratando de suas ordens. E quando estas não eram cumpridas com toda certeza quem não cumpria era punido, eis aí exemplos clássicos como Abraão que não entrou na terra prometida e o Rei Davi que teve a família desgraçada e foi perseguido pelos do seu próprio sangue. E uma pergunta, você já leu a bíblia, assim com vontade mesmo, para estudar e aprender?


Só uma observação.

A suposta ordem divina de massacres descrita na narrativa bíblica serve para justificar historicamente por parte daqueles que o praticaram ou seus descendentes esta atitude tomada contra populações inteiras (o massacre é justificado pelo fato de que os hebreus são protegidos de Jeová e os mocinhos da narrativa, enquanto os amalequitas e outros são povos adoradores de outros deuses são os seus iníquos inimigos).

Sobre a realidade da ocorrência destes fatos descritos nos textos judaicos, são grandes as chances de terem ocorrido por ordem dos líderes hebreus, sendo que passaram à narrativa bíblica como fatos ordenados pelo deus dos hebreus parta justificar o fato e legitimar a conquista de territórios de outros povos como vontade divina.

Portanto, de fato os massacres devem ter ocorrido, por motivos políticos, como guerras de conquistas de territórios e que foram inseridos nos textos religiosos como uma justificativa histórica em que se denota a guarda do povo hebreu por sua divindade nacional.


A justificativa apresentada por vc pode perfeitamente ter conotaçâo espiritual e religiosa,uma analogia que remete seu significado à esfera da religiosidade e espiritualidade.Vc assume apriori que a narrraçâo tem significado literal quando nâo há dados reais que respaldem esta assunçâo.

o pensador
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Flavio Costa escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
Flavio Costa escreveu:Da mesma forma, quando o Mar Vermelho se fechou sobre os egípcios, Deus estava intervindo, como sempre, ao lado do bem. O povo hebreu é o bem e o egípcio é o mal. Assim como George Bush é do bem e Bin Laden é do mal, quem não entende isso é porque não viu desenho animado quando era criança...



Como os G.I. Joe X Organização Cobra. :emoticon16:

Você captou o espírito da coisa. :emoticon16:

É pensador, o pessoal não gostou muito da sua "regra hermenêutica fundamental" não. Aliás, tá cheio de pastor por aí que pelo visto não a conhece. E porque você não aproveitou e usou essa regra quando estávamos discutindo sobre a ursa que o Senhor enviou para despedaçar as crianças que estavam caçoando de seu profeta?


Pois é Flávio,talvez seja um bom negócio eu criar uma escola teológica para ensinar meus princípios inovadores :emoticon16: .

Falando sério,nâo me apropriei desta regra antes porque ainda nâo havia obtido o discernimento a respeito.Agora sou menos literalista.

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por o pensador »

Samael escreveu:
Sim, eu entendo, apesar de discordar da sua lógica, Carlus. O que eu não compreendo é como a coisa pode ter sido tão mais, digamos, explícita, no Antigo Testamento do que o é hoje. Além disso, ao menos nessa passagem, eu não consegui observar nenhum "efeito natural" ao afastamento do bem...se interpretada literalmente, houve sim foi uma punição vingativa de deus contra os sodomitas...

Você há de convir, o mal deveria chegar-lhes naturalmente...

Além disso, a interpretação literal desta passagem implica diretamente em outro paradigma: como é que deus pode exigir a não prática do mal se ele mesmo aplica o mal sobre aqueles que se desviam do bem?


Sama,as coisas nâo sâo mais explícitas no Antigo Testamento do que hoje,só nâo escriturizadas e sacralizadas.Elas estâo massivamente percorrendo os noticiários e jornais do mundo inteiro.A violência atual é um sinal inefável de afastamento espiritual e o homem tem a praticado em níveis alarmantes.

As passagens narradas na terceira pessoa sâo narraçôes, geralmente hipérboles ou eufemismos;já que a mentalidade da época era sobretudo religiosa e espiritual,os acontecimentos terrestres tinham significado divino e serviam perfeitamente para simbolizar o divino.

E Deus nâo aplica o mal sobre os que se desviam do Bem;é uma açâo imediata e mecânica baseada na lei ontológica de causa e efeito:Deus é o fundamento do ser e da felicidade,por isso caso seres livres decidam espontâneamente romper com Deus eles sentirâo os efeitos degenerantes do seu afastamento voluntário.

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Aranha
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Aranha »

o pensador escreveu:Falando sério,nâo me apropriei desta regra antes porque ainda nâo havia obtido o discernimento a respeito.Agora sou menos literalista.


- Que bom!!!! - Então deixou de acreditar na literalidade do Gênesis e aceitou a teoria da evolução !??!!?!! :emoticon20:

Abraços,
Editado pela última vez por Aranha em 05 Jan 2006, 08:17, em um total de 1 vez.
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:
Tranca Ruas: Onde está a metáfora? No fato do massacre ou no elemento volitivo divino em ordenar o massacre?

Dos dois modos não se justifica a barbárie contra mulheres, velhos, crianças e seus rebanhos.


Tranca, o genocídio em si é uma descriçâo analógica da terrível situaçâo dos ímpios que se afastam de Deus.E os efeitos desta separaçâo voluntária sâo involuntários e mecanizados.


Se isso serve para ajustar os fatos às suas crenças, vá em frente.

Ah, mas o fogo e enxofre nos céus e a enxurrada de rãs devem ser interpretadas literalmente, não?

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Flavio Costa
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Flavio Costa »

o pensador escreveu:Falando sério,nâo me apropriei desta regra antes porque ainda nâo havia obtido o discernimento a respeito.Agora sou menos literalista.

Depois você diz que não acredita em evolução. :emoticon1:
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Abmael escreveu:
o pensador escreveu:Falando sério,nâo me apropriei desta regra antes porque ainda nâo havia obtido o discernimento a respeito.Agora sou menos literalista.


- Que bom!!!! - Então deixou de acreditar na literalidade do Gênesis e aceitou a teoria da evolução !??!!?!! :emoticon20:

Abraços,


Isso é segredo :emoticon16:

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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o pensador escreveu:Tranca Ruas :
Qual é, pensador?

A destruição de Sodoma e Gomorra e o Dilúvio são claramente mitos, criações metafóricas, mas a passagem de Amaleque, onde uma população foi totalmente dizimada é claramente baseada em algum fato real ocorrido durante alguma guerra por território.


Só porque na segunda narraçâo nâo houve eventos fantásticos e miraculosos?Mitos nâo se baseiam unicamente em eventos de natureza sobrenatural,mas em análises hiperbólicas acerca de eventos passados,ou simplesmente sâo como eufemismos que empregavam elementos culturais familiares àquela determinada civilizaçâo para representar o mundo espiritual de sua religiâo.

Você está mais inclinado a pensar que o fogo e enxofre dos céus da passagem de Sodoma e Gomorra e a chuva torrencial do Dilúvio realmente são fatos verossímeis e foram um resultado mecânico da iniquidade humana baseada em uma relação de causa e efeito enquanto parece duvidar da possibilidade do povo hebreu ter praticado genocídio em alguma época de sua história.


O relato acerca da destruiçâo de Sodoma e Gomorra tem as mesmas características mitológicas básicas do relato acerca do "massacre" dos amalequitas e cananeus.Logo nâo há razâo para crer que ocorreu de fato.

Em relaçâo ao Dilúvio,ele é fato porque é corroborado por evidências geológicas de peso.

Quando a narração favorece a doutrina religiosa ou a imagem de deus, ela é fato. Quando a narração as desfavorece, ela é metafórica. Bah.
[/b]


Nâo.A avaliaçâo está fundamentada em princípios científicos da paleografia,arqueologia e outras ciências históricas.



Suponho que você seja mestre faixa preta terceiro dan em paleografia, arqueologia e outras ciências históricas, holísticas e ocultas, para poder afirmar sem sombra de dúvida essas coisas aí.

Fatos fantásticos na bíblia: mitos, com quase toda a certeza.

Descrição de fatos narrativos, como guerras e outros que façam parte da normalidade: há enormes chances de terem ocorrido, em maior ou menor proporção em relação à narrativa.

Usar um genocídio como metáfora? Faz-me rir. Ótima didática esta a de deus, não?

Isso que você disse, querendo impor uma argumentação cheia de voltas e engates sobre fatos que podem sujar a barra do deus de Israel, lembra um pouco as justificativas dos defensores da não ocorrência do holocausto.

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:
Tranca Ruas: Onde está a metáfora? No fato do massacre ou no elemento volitivo divino em ordenar o massacre?

Dos dois modos não se justifica a barbárie contra mulheres, velhos, crianças e seus rebanhos.


Tranca, o genocídio em si é uma descriçâo analógica da terrível situaçâo dos ímpios que se afastam de Deus.E os efeitos desta separaçâo voluntária sâo involuntários e mecanizados.


Se isso serve para ajustar os fatos às suas crenças, vá em frente.

Ah, mas o fogo e enxofre nos céus e a enxurrada de rãs devem ser interpretadas literalmente, não?


Penso que estou ajustando minhas crenças aos fatos.E por que a chuva de fogo e enxofre e a praga das râs nâo deveriam ser interpretadas simbolicamente?Nâo vejo nenhum motivo contra.. :emoticon5:

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Aranha
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Aranha »

o pensador escreveu:Penso que estou ajustando minhas crenças aos fatos.E por que a chuva de fogo e enxofre e a praga das râs nâo deveriam ser interpretadas simbolicamente?Nâo vejo nenhum motivo contra.. :emoticon5:


- Ou os fatos às crenças, tanto faz... :emoticon12: :emoticon12:
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o pensador
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Tranca Ruas:
Suponho que você seja mestre faixa preta terceiro dan em paleografia, arqueologia e outras ciências históricas, holísticas e ocultas, para poder afirmar sem sombra de dúvida essas coisas aí.


Só entendo o básico,o que já é mais que suficiente para afirmar o que proponho.

Fatos fantásticos na bíblia: mitos, com quase toda a certeza.


Ou mitos ou verdadeiros milagres.


Descrição de fatos narrativos, como guerras e outros que façam parte da normalidade: há enormes chances de terem ocorrido, em maior ou menor proporção em relação à narrativa.


Descriçâo de fatos narrativos coo guerras geralmente sâo literais,mas descriçôes realizadas na terceira pessoa(singular ou plural) usualmente sâo mitos hiperbólicos e figurativos.


Usar um genocídio como metáfora? Faz-me rir. Ótima didática esta a de deus, não?


Muito eficiente para um povo extremamente familiarizado com as tormentas da guerra.

Isso que você disse, querendo impor uma argumentação cheia de voltas e engates sobre fatos que podem sujar a barra do deus de Israel, lembra um pouco as justificativas dos defensores da não ocorrência do holocausto.


E porque?Nâo vejo ligaçâo alguma..

o pensador
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Abmael escreveu:
o pensador escreveu:Penso que estou ajustando minhas crenças aos fatos.E por que a chuva de fogo e enxofre e a praga das râs nâo deveriam ser interpretadas simbolicamente?Nâo vejo nenhum motivo contra.. :emoticon5:


- Ou os fatos às crenças, tanto faz... :emoticon12: :emoticon12:


Eu nâo sou dialético :emoticon9: .O Sama é que entende de raciocínio circular :emoticon12: .

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Tranca
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
Cris escreveu:Carlus, só um pouquinho, a bíblia está recheada de passagens bem claras de que Deus mandava destruir cidades inteiras, matando homens, mulheres e crianças inclusive, e ninguém era poupado. Não tem nada de metárfora nisto e a história está cheia de exemplos assim. Os efeitos devastores ao qual você está dizendo sobre o homem estar separado de Deus, é nada mais do que a demonstração clara de que Deus não tinha nada, nada mesmo de piedoso, em se tratando de suas ordens. E quando estas não eram cumpridas com toda certeza quem não cumpria era punido, eis aí exemplos clássicos como Abraão que não entrou na terra prometida e o Rei Davi que teve a família desgraçada e foi perseguido pelos do seu próprio sangue. E uma pergunta, você já leu a bíblia, assim com vontade mesmo, para estudar e aprender?


Só uma observação.

A suposta ordem divina de massacres descrita na narrativa bíblica serve para justificar historicamente por parte daqueles que o praticaram ou seus descendentes esta atitude tomada contra populações inteiras (o massacre é justificado pelo fato de que os hebreus são protegidos de Jeová e os mocinhos da narrativa, enquanto os amalequitas e outros são povos adoradores de outros deuses são os seus iníquos inimigos).

Sobre a realidade da ocorrência destes fatos descritos nos textos judaicos, são grandes as chances de terem ocorrido por ordem dos líderes hebreus, sendo que passaram à narrativa bíblica como fatos ordenados pelo deus dos hebreus para justificar o fato e legitimar a conquista de territórios de outros povos como vontade divina.

Portanto, de fato os massacres devem ter ocorrido, por motivos políticos, como guerras de conquistas de territórios e que foram inseridos nos textos religiosos como uma justificativa histórica em que se denota a guarda do povo hebreu por sua divindade nacional.


A justificativa apresentada por vc pode perfeitamente ter conotaçâo espiritual e religiosa,uma analogia que remete seu significado à esfera da religiosidade e espiritualidade.Vc assume apriori que a narrraçâo tem significado literal quando nâo há dados reais que respaldem esta assunçâo.



Ah, claro. O fogo e o enxofre do céus podem não ser interpretados metaforicamente, mas uma narrativa constituída em um dos textos onde se narra os conflitos entre os hebreus e os povos vizinhos - fatos estes infinitamente mais próximos à realidade do que as passagens ora cotejadas - devem ser entendidos como metáforas, parábolas, pois é a única forma de livrar o de deus da reta.

O que eu disse acima é o seguinte: na produção dos textos onde se narra a passagem do massacre de Amaleque (o que pode ter ocorrido anos após o desencadear dos fatos), os hebreus podem ter justificado o genocídio (se ele ocorreu da forma narrada ou de um modo próximo) como tendo sido ordenado por sua divindade nacional.

Isso tira dos descendentes dos hebreus a carga de ter praticado uma matança indiscriminada que não poupou nem crianças de peito.

Sem falar que é mais bonito dizer que deus mandou matar todo mundo, pois seus espíritos estavam possuídos pela iniquidade ou algo parecido.

Exlico: os conflitos por territórios eram comuns em todo o período dito "bíblico", sendo que passsagens 'históricas foram narradas nos textos que hoje compõem a bíblia, com maior ou menor rigor e imbuídas de maior ou menor carga de dramatização ou inserção de fatos miraculosos.

E complementando, nas narrativas bíblicas são evidentes a atribuição das vitórias e conquistas do povo hebreu à sua divindade nacional e suas derrotas à sua falta para com tal divindade. Mais ainda, a fim de justificar fatos injustificáveis à luz da moral (que pouco a pouco deve ter sido burilada e assimilada pela consciência nacional), quando da produção dos textos, ou tempos depois, deve ter sido muito fácil inserir na narrativa a ordem de matança indiscriminada por parte de deus, que supostamente paira acima da moral humana, para fins de cobrir uma mancha na consciência de um povo.

Isto é uma interpretação à luz da razão.

Portanto, conta outra, "ô pensador"!


PS - qualquer historiador encontra indícios de veracidade histórica em passagens bíblicas que narram guerras e conflitos territoriais. Quando encontradas provas, a forma como se deram os fatos é que dependem de interpretação e análise, de modo a se aproximar do que realmente ocorreu.

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:
Tranca Ruas: Onde está a metáfora? No fato do massacre ou no elemento volitivo divino em ordenar o massacre?

Dos dois modos não se justifica a barbárie contra mulheres, velhos, crianças e seus rebanhos.


Tranca, o genocídio em si é uma descriçâo analógica da terrível situaçâo dos ímpios que se afastam de Deus.E os efeitos desta separaçâo voluntária sâo involuntários e mecanizados.


Se isso serve para ajustar os fatos às suas crenças, vá em frente.

Ah, mas o fogo e enxofre nos céus e a enxurrada de rãs devem ser interpretadas literalmente, não?


Penso que estou ajustando minhas crenças aos fatos.E por que a chuva de fogo e enxofre e a praga das râs nâo deveriam ser interpretadas simbolicamente?Nâo vejo nenhum motivo contra.. :emoticon5:


Acabou de confessar que não tem compromisso algum com a razão ou a verdade histórica. Tenta somente justificar sua crença.

O próximo!

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por o pensador »

Tranca Ruas:
Ah, claro. O fogo e o enxofre do céus podem não ser interpretados metaforicamente, mas uma narrativa constituída em um dos textos onde se narra os conflitos entre os hebreus e os povos vizinhos - fatos estes infinitamente mais próximos à realidade do que as passagens ora cotejadas - devem ser entendidos como metáforas, parábolas, pois é a única forma de livrar o de deus da reta.


Eu nâo disse isso.Na verdade o fogo e enxofre dos céus pode ser interpretado como uma analogia da intervençâo divina em favor daqueles que se arrependem de seus pecados.

O que eu disse acima é o seguinte: na produção dos textos onde se narra a passagem do massacre de Amaleque (o que pode ter ocorrido anos após o desencadear dos fatos), os hebreus podem ter justificado o genocídio (se ele ocorreu da forma narrada ou de um modo próximo) como tendo sido ordenado por sua divindade nacional.

Isso tira dos descendentes dos hebreus a carga de ter praticado uma matança indiscriminada que não poupou nem crianças de peito.

Sem falar que é mais bonito dizer que deus mandou matar todo mundo, pois seus espíritos estavam possuídos pela iniquidade ou algo parecido.


Bonita teoria.Contudo estórias narradas por terceiros nâo remetem à eventos literiais mas à representaçôes metafóricas.

Exlico: os conflitos por territórios eram comuns em todo o período dito "bíblico", sendo que passsagens 'históricas foram narradas nos textos que hoje compõem a bíblia, com maior ou menor rigor e imbuídas de maior ou menor carga de dramatização ou inserção de fatos miraculosos.

E complementando, nas narrativas bíblicas são evidentes a atribuição das vitórias e conquistas do povo hebreu à sua divindade nacional e suas derrotas à sua falta para com tal divindade. Mais ainda, a fim de justificar fatos injustificáveis à luz da moral (que pouco a pouco deve ter sido burilada e assimilada pela consciência nacional), quando da produção dos textos, ou tempos depois, deve ter sido muito fácil inserir na narrativa a ordem de matança indiscriminada por parte de deus, que supostamente paira acima da moral humana, para fins de cobrir uma mancha na consciência de um povo.

Isto é uma interpretação à luz da razão.

Portanto, conta outra, "ô pensador"!


Concordo com tudo isso.No entanto vc nâo refutou minha proposiçâo de que histórias narradas na primeira pessoa tem significado literal enquanto que eventos narrados na terceira pessoa tem significado figurado.

PS - qualquer historiador encontra indícios de veracidade histórica em passagens bíblicas que narram guerras e conflitos territoriais. Quando encontradas provas, a forma como se deram os fatos é que dependem de interpretação e análise, de modo a se aproximar do que realmente ocorreu.


Nâo estou negando a existência de conflitos territoriais,apenas estabelecendo um critério por intermédio do qual possamos distinguir batalhas reais de eufemismos.

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Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:Descriçâo de fatos narrativos coo guerras geralmente sâo literais,mas descriçôes realizadas na terceira pessoa(singular ou plural) usualmente sâo mitos hiperbólicos e figurativos.


Estes artifícios argumentativos, se livrarem o de Jeová/Javé/JHVH da reta, melhor ainda! :emoticon12:
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:
Tranca Ruas: Onde está a metáfora? No fato do massacre ou no elemento volitivo divino em ordenar o massacre?

Dos dois modos não se justifica a barbárie contra mulheres, velhos, crianças e seus rebanhos.


Tranca, o genocídio em si é uma descriçâo analógica da terrível situaçâo dos ímpios que se afastam de Deus.E os efeitos desta separaçâo voluntária sâo involuntários e mecanizados.


Se isso serve para ajustar os fatos às suas crenças, vá em frente.

Ah, mas o fogo e enxofre nos céus e a enxurrada de rãs devem ser interpretadas literalmente, não?


Penso que estou ajustando minhas crenças aos fatos.E por que a chuva de fogo e enxofre e a praga das râs nâo deveriam ser interpretadas simbolicamente?Nâo vejo nenhum motivo contra.. :emoticon5:


Acabou de confessar que não tem compromisso algum com a razão ou a verdade histórica. Tenta somente justificar sua crença.

O próximo!


Dââ...Ajustar as crenças aos fatos é reconhecer que os fatos se adequam às crenças enquanto ajustar os fatos às crenças é tentar converter em fato o hipotético.Pelo eu menos entendo assim.

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Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:Contudo estórias narradas por terceiros nâo remetem à eventos literiais mas à representaçôes metafóricas.


A história aqui foi narrada por gerações de descendentes do povo que participou destes conflitos. Em maior ou menor grau, remetem a fatos ocorridos. A inserção do divino justifica fatos cabulosos.

E quanto à beleza da teoria, nem chega perto do mundo fantástico que você cria para justificar o injustificável e convencer-se de que nunca estará errado.[/b]
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:Descriçâo de fatos narrativos coo guerras geralmente sâo literais,mas descriçôes realizadas na terceira pessoa(singular ou plural) usualmente sâo mitos hiperbólicos e figurativos.


Estes artifícios argumentativos, se livrarem o de Jeová/Javé/JHVH da reta, melhor ainda! :emoticon12:


Se os discípulos de Baal tivessem empregado os mesmos recursos literários para interpretar narraçôes sanguinolentas de genocídio eles estariam corretos em defender o caráter nâo literal destes escritos :emoticon17: .

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

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Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:Contudo estórias narradas por terceiros nâo remetem à eventos literiais mas à representaçôes metafóricas.


A história aqui foi narrada por gerações de descendentes do povo que participou destes conflitos. Em maior ou menor grau, remetem a fatos ocorridos. A inserção do divino justifica fatos cabulosos.

E quanto à beleza da teoria, nem chega perto do mundo fantástico que você cria para justificar o injustificável e convencer-se de que nunca estará errado.[/b]


Nâo.A cultura do antigo Oriente Médio costumava mesmo a descrever eventos em linguagem figurada em todas narraçôes sob o perspectiva de um observador situado fora do curso dos eventos.
Editado pela última vez por o pensador em 05 Jan 2006, 09:08, em um total de 1 vez.

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Samael
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Samael »

o pensador escreveu:
Samael escreveu:
Sim, eu entendo, apesar de discordar da sua lógica, Carlus. O que eu não compreendo é como a coisa pode ter sido tão mais, digamos, explícita, no Antigo Testamento do que o é hoje. Além disso, ao menos nessa passagem, eu não consegui observar nenhum "efeito natural" ao afastamento do bem...se interpretada literalmente, houve sim foi uma punição vingativa de deus contra os sodomitas...

Você há de convir, o mal deveria chegar-lhes naturalmente...

Além disso, a interpretação literal desta passagem implica diretamente em outro paradigma: como é que deus pode exigir a não prática do mal se ele mesmo aplica o mal sobre aqueles que se desviam do bem?


Sama,as coisas nâo sâo mais explícitas no Antigo Testamento do que hoje,só nâo escriturizadas e sacralizadas.Elas estâo massivamente percorrendo os noticiários e jornais do mundo inteiro.A violência atual é um sinal inefável de afastamento espiritual e o homem tem a praticado em níveis alarmantes.

As passagens narradas na terceira pessoa sâo narraçôes, geralmente hipérboles ou eufemismos;já que a mentalidade da época era sobretudo religiosa e espiritual,os acontecimentos terrestres tinham significado divino e serviam perfeitamente para simbolizar o divino.

E Deus nâo aplica o mal sobre os que se desviam do Bem;é uma açâo imediata e mecânica baseada na lei ontológica de causa e efeito:Deus é o fundamento do ser e da felicidade,por isso caso seres livres decidam espontâneamente romper com Deus eles sentirâo os efeitos degenerantes do seu afastamento voluntário.


Carlus, sinceramente, por que é que os massacres do deus judaico-cristão podem ser interpretados de maneira metafórica e o genêsis em si, por exemplo, a criação, não o pode?

Qual é o parâmetro para isto?

Para mim, ou interpretamos a bíblia inteira como uma metáfora, fazendo uso da religião como um simbolismo, baluarte da valor moral que deve ser discutido e trabalhado ou a tomamos em sentido literal e observamos a construção das crenças espirituais de povos antigos e seus respectivos remendos.

Tentar justificar tal passagem sob uma ótica metafórica, outra sob um literalismo, enquanto outra, como é frequente no novo testamento, sob os dois aspectos (os espíritas fazem isto com freqüência), na minha opinião, é tentar justificar uma ideologia desvirtuando fatos. E acho isso desonestidade com você mesmo, com seu próprio intelecto.

No fim das contas, você, de toda forma, parece ser um dos poucos cristãos a aceitar essa visão metafórica. Fui falar com uma família de amigos convertidos ao neo-pentecostalismo ontem, e eles afirmaram que tais passagens eram sim a mais pura verdade e que deus (sic) punia diretamente aqueles que praticam o mal.

Além disso, essa estória de punição natural para aqueles que praticam o mal fica um tanto inviável quando se pensa, por exemplo, no Apocalipse, onde fica claro que os seres serão JULGADOS pro deus e, caso não tenham sido bons cristãos, JOGADOS no inferno.

Abraço.

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Tranca
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Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:Concordo com tudo isso.No entanto vc nâo refutou minha proposiçâo de que histórias narradas na primeira pessoa tem significado literal enquanto que eventos narrados na terceira pessoa tem significado figurado.


E isso é algo absoluto e imutável?

Aprenda interpretação histórica, estude um pouco de historiografia. Depois atreva-se a querer impor isso que disse como regra para toda história narrada em terceira pessoa.

Em muitas passagens da bíblia, o que está em terceira pessoa somente está assim porquê demorou muito tempo para se passar da narrativa oral para a escrita, de modo que os descendentes dos protagonistas são quem escreveram os fatos narrados, já adaptados às crenças do povo hebreu.

E o que digo é que diversas passagens, como a de Amaleque, induzem à análise de que se tratam de um fato ocorrido, com maior ou menor proporção de veracidade.

Portanto, o seu argumento não é absoluto. Se quer utilizá-lo para justificar sua crença, esteja à vontade. Se até teorias físicas e matemáticas você modifica para ajustar aos resultados que você acha mais palatáveis ao que você crê, não é a análise histórica que vai escapar ilesa de suas garras.
Palavras de um visionário:

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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Aranha »

Samael escreveu:Além disso, essa estória de punição natural para aqueles que praticam o mal fica um tanto inviável quando se pensa, por exemplo, no Apocalipse, onde fica claro que os seres serão JULGADOS pro deus e, caso não tenham sido bons cristãos, JOGADOS no inferno.

Abraço.


- Taí uma verdade incontestável por mais cruel q tenha sido o deus do antigo testamento, o do novo testamento é ainda pior, ele não se contenta com a morte, ele promove uma eternidade de tormentos para quem não aceitá-lo, diante disso os massacres de ameleque e outros são brinquedinho de criança... :emoticon12:
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por o pensador »

Samael:
Carlus, sinceramente, por que é que os massacres do deus judaico-cristão podem ser interpretados de maneira metafórica e o genêsis em si, por exemplo, a criação, não o pode?

Qual é o parâmetro para isto?


Porque metáforas e analogias sempre remetem em última instância à um evento factual e real.Os massacres remetem à causalidade intrinseca à Lei metafísica do Ser e a descriçâo metódica da criaçâo remete ao fato bruto da criaçâo.

Para mim, ou interpretamos a bíblia inteira como uma metáfora, fazendo uso da religião como um simbolismo, baluarte da valor moral que deve ser discutido e trabalhado ou a tomamos em sentido literal e observamos a construção das crenças espirituais de povos antigos e seus respectivos remendos.

Tentar justificar tal passagem sob uma ótica metafórica, outra sob um literalismo, enquanto outra, como é frequente no novo testamento, sob os dois aspectos (os espíritas fazem isto com freqüência), na minha opinião, é tentar justificar uma ideologia desvirtuando fatos. E acho isso desonestidade com você mesmo, com seu próprio intelecto.


Samael,tua análise peca por nâo considerar o princípio hermenêutico por mim mencionado acima.


No fim das contas, você, de toda forma, parece ser um dos poucos cristãos a aceitar essa visão metafórica. Fui falar com uma família de amigos convertidos ao neo-pentecostalismo ontem, e eles afirmaram que tais passagens eram sim a mais pura verdade e que deus (sic) punia diretamente aqueles que praticam o mal.


Crentes neopentecostais geralmente tem baixo nível educacional e nem mesmo tem nível acadêmico.Pessoas de classes cósio-financeiras menos privilegiadas tendem a formar o contingnte de adeptos do neopentecostalismo.Isso significa que muitos nâo tem formaçâo teológica.

Além disso, essa estória de punição natural para aqueles que praticam o mal fica um tanto inviável quando se pensa, por exemplo, no Apocalipse, onde fica claro que os seres serão JULGADOS pro deus e, caso não tenham sido bons cristãos, JOGADOS no inferno.


O que também pode ser interpretado simbolicamente.

Abraço.



Abc.

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Tranca
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Re: Re.: Deus não tem nada a ver com isso

Mensagem por Tranca »

o pensador escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
o pensador escreveu:Descriçâo de fatos narrativos coo guerras geralmente sâo literais,mas descriçôes realizadas na terceira pessoa(singular ou plural) usualmente sâo mitos hiperbólicos e figurativos.


Estes artifícios argumentativos, se livrarem o de Jeová/Javé/JHVH da reta, melhor ainda! :emoticon12:


Se os discípulos de Baal tivessem empregado os mesmos recursos literários para interpretar narraçôes sanguinolentas de genocídio eles estariam corretos em defender o caráter nâo literal destes escritos :emoticon17: .


E o que o cu tem com as calças, nesse ponto?


o pensador escreveu:Dââ...Ajustar as crenças aos fatos é reconhecer que os fatos se adequam às crenças enquanto ajustar os fatos às crenças é tentar converter em fato o hipotético.Pelo eu menos entendo assim.



Taí, ajuste os fatos às suas crenças como quiser. Se o faz feliz. Mais da metade do mundo vive bem assim.
Editado pela última vez por Tranca em 05 Jan 2006, 09:30, em um total de 1 vez.

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