rapha... escreveu:Erro crasso meu ter colocado Kaufman junto com diretores. Gondry e Jonze são ótimos "novos" diretores, prefiro Gondry a Jonze, achei seu Brilho Eterno... um filme fantástico, Adaptação, de Jonze, eu achei só bom e Quero ser... é uma piração total! Não vi o Confissões..., mas dizem que o Sam Rockwell está ótimo nele!
E, falando em Clooney, já ouviu falar (ou já viu) dos filmes dos irmão Coen? Acho eles o melhor da comédia hollywoodiana, entre seus filmes estão Fargo (tragicomédia maravilhosa), E aí, meu irmão, cadê você? (com Clooney) e o perfeito O Grande Lebowski.
"Confissões" é o filme mais linear já feito com um roteiro do Kauffman, provavelmente pelo fato de ser baseado em um livro realmente adaptável (piada interna), e já quase tão viajante quanto o próprio Kaufman inventaria... e por estar na mão do Clooney. É um bom, ótimo, filme, mas não tem o mesmo "feel" kaufmaniano dos outros. Mesmo assim, acredite - você vai ver uma cena bizarra quando Hutger Hauer disser "Danke".
O Rockwell realmente arrebenta, mas desde que o vi em "A Espera de um Milagre", eu já o considerava um dos atores mais promissores das últimas gerações.
Dos Coen, eu tenho "Arizona nunca mais", que é Hilário, gosto de Fargo, mas não acho dos melhores. O Grande Lebowski é um dos filmes mais engraçados que já vi na vida - a narrativa do cowboy é de matar, e a cena do porto-riquenho fazendo strike ou o maluco que é viciado em vietnan jogando as cinzas no mar...

rapha... escreveu:Eu não gosto muito de assistir filmes em salas de cinema, o último filme que "assisti" numa foi Senhor dos Anéis: As Duas Torres, e, devido ao grau etílico (me empurraram para a sala após uma bebedeira, veja se pode!), só peguei o final, quando a torre é invadida (?) e tem uma bela pancadaria, o povo gritava tanto que acabei acordando (!), gente sem educação.
Mas, enfim, logo que chegar Manderley no DVD, estarei de prontidão a locar.
É gosto. Eu, pessoalmente, adoro cinema.
rapha... escreveu:Aliás, tu já viu o clássico do movimento Dogma 95, o filme Idioterne? Infelizmente eu ainda não, mas, reza a lenda de quê o filme Dogville seja a quebra de todos os desígnios iniciados pelo movimento. Ao que me parece, realmente o é, cenários totalmente artificiais, trilha artificial, câmera controlada por aparelhos mecânicos, e o nome do diretor estampado bem em frente ao título do filme, em letras garrafais, um diretor desconhecido, até então, são provas bem claras.
O Pablo Villaça do "Cinema em Cena" comenta que Von Triers recuperou fôlego quando abandonou certos - com o perdão do trocadilho - dogmas auto impostos. Eu não conhecia o movimento - não conheço, aliás, apenas ouvi falar - antes de ver Dogville, então não posso comparar. O único outro trabalho dele que eu vi é "Dançando no Escuro", com Bjork e David Morse (um ator que na minha opinião merecia mais reconhecimento do que tem), e ele é razoável, mas não chega aos pés do trabalho mais famoso.
Meu único medo com Manderlay é que Dogville é tão bom, que eu acho que o diretor pode apenas piorar dali para frente. Um estigma semelhante ao de Tarantino - outro dos bons de Hollywood mas quente demais para ser considerado 'indy" - depois de pulp fiction: ser sempre uma sombra de si mesmo num ápice que chegou rápido de mais. Espero que eles me provem errado e consigam mais trabalhos da mesma genialidade, mas duvido (e olha que eu amo cães de aluguel e kill bill).
Não estou familiarizado com o cinema japonês - aqui em Vitória é difícil conseguir coisas de fora do circuito convencional. Europeus, no máximo. Cinema alternativo, nem pensar. Tem uma locadora que salve (é mais antiga, e o dono é mais cinéfilo que comerciante), mas mesmo assim, às vezes a gente não acha o que procura...