Verbete Biográfico da FGV: Osvaldo Aranha escreveu:...
As medidas tomadas por Aranha para a poupança de divisas foram bem recebidas, mas o mesmo não ocorreu com a política adotada para a defesa do café. Em 1953, as geadas prejudicaram a colheita, reduzindo a safra do produto e determinando a elevação dos preços. Nessa ocasião, o governo Vargas fixou o preço do café brasileiro nos níveis mais elevados do mercado internacional, o que acentuou a tensão já existente, originada dos debates sobre o monopólio estatal do petróleo, nas relações econômicas com os EUA. No período de janeiro a outubro de 1954, a venda do café sofreu uma queda de 4,5 milhões de sacas, ou seja, cerca de 320 milhões de dólares, quantia então quase equivalente às reservas de ouro do país. A escassez de divisas levou o governo a negociar com o Federal Reserve Bank dos EUA um empréstimo de 80 milhões de dólares. Em seu livro de memórias, João Café Filho diz que, quando assumiu a presidência da República em agosto de 1954, após o suicídio de Vargas, esse empréstimo já se encontrava praticamente esgotado.
A redução nas vendas brasileiras de café ligava-se à política adotada por Aranha de forçar a alta do preço através de compras realizadas na Bolsa de Nova Iorque por firmas norte-americanas ( já que era desaconselhável a intervenção direta do governo brasileiro). Essa política foi adotada também por diversos negociantes, em especial das praças de Santos e do Rio de Janeiro, que assumiram a posição de compradores em Nova Iorque através de dois escritórios norte-americanos. Durante um certo período, os resultados foram positivos, principalmente quando da geada ocorrida no Paraná. Mas a produção mundial se recuperou rapidamente, atingindo em pouco tempo o nível de consumo. Osvaldo Aranha insistiu, no entanto, em dar continuidade às compras no exterior, não conseguindo manter o preço. Com a queda acentuada das cotações, os grupos de Santos e do Rio que vinham comprando café deixaram de fazê-lo, tendo suas posições encampadas pelo governo federal através do estado de São Paulo.
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Os parágrafos acima afirmam que Osvaldo Aranha, descendente de Carlos Magno, D. Fernando I de Leão e Castela, D. Afonso Henriques entre outros figurões feudais além de ser o chanceler da paz na Palestina, defendeu a cultura de uma planta das arábias que não dá frutos comestíveis em plena Mata Atlântica com empréstimos garantidos pelo governo, e era especulador no mercado dessa porcaria.
Isso porque também foi ministro da fazenda por muitos anos. Mas nesse período especial de 1951 à 1953 ele apenas dava conselhos ao "ministro oficial" da fazenda: Horácio Lafer.
Pra plantar somente café, empenharam mais que toda riqueza disponivel.
http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/313_16.asp