O Fim da economia
- Enfant Terrible
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O Fim da economia
Acham que o capitalismo existirá para sempre? Um capitalista maluco poderia dizer que sim. Também no tempo em que se trocava galinhas por ovelhas, poderia haver malucos que achavam que a economia seria sempre baseada em troca de bens.
Eu acho que o capitalismo é apenas uma fase (e o futuro não será o comunismo). O dinheiro também é uma fase. A economia também é uma fase. O capitalismo já está a tratar de destruir o dinheiro. Kawika Daguin, da sociedade Americana de Banqueiros diz que em breve o dinheiro será todo virtual, porque o numerário é muito dispendioso. Para um banco, ter notas e moedas armazenadas é um passivo de curto prazo. Além do mais, contar, movimentar e proteger numerário representa 4% do valor de todas as transações. São bilhões e bilhões de prejuizo que a economia atual absorve porque é um prejuizo esperado como resultado do que a economia é. Por causa disto, e a evolução dos bits, o dinheiro físico tem os dias contados. A médio prazo será totalmente transformado em dinheiro virtual.
Ora, da virtualiodade do dinheiro para o seu completo desaparecimento, quantos passos se terão de dar? Não sei. Mas o fim do dinheiro será o fim da economia (não estão a ver o regresso da troca de bens e do dinheiro físico). Penso que isto acontecerá inevitavelmente. O aumento da potência e correspondente miniaturização dos computadores (com abaixamento brutal do seu preço) criará a chamada informática invisível é Onipresente. Computadores invisíveis com a potência de super-computadores (ou muito mais... com a possibilidade da inteligência artificial), poderão dirigir todo o tipo de fábricas automáticas e estar em comunocação com os inumeros computadores pessoais de cada um. Essa comunicação permitirá que cada um tenha o que quiser, quando quiser. O nosso Freezer, por exemplo, poderá comunicar com um mercado automática para encomendar comida. E esse mercado comunicará, por seu lado, com produtores primários automáticos que colherão produtos fresquinhos da horta ou da vaca leiteira.
Enfim, depois de um certo limiar será tudo tão barato, automátizado e autoreparador que mais vale estipular que tudo é gratuito. Penso que isto vai acontecer. A ironia é que vai ser o espírito predatório (e autofágico?) do capitalismo a dar origem a isto. Nessa altura, podemos fazer como os animais selvagens, que não precisam de passar um cheque para comer...
Eu acho que o capitalismo é apenas uma fase (e o futuro não será o comunismo). O dinheiro também é uma fase. A economia também é uma fase. O capitalismo já está a tratar de destruir o dinheiro. Kawika Daguin, da sociedade Americana de Banqueiros diz que em breve o dinheiro será todo virtual, porque o numerário é muito dispendioso. Para um banco, ter notas e moedas armazenadas é um passivo de curto prazo. Além do mais, contar, movimentar e proteger numerário representa 4% do valor de todas as transações. São bilhões e bilhões de prejuizo que a economia atual absorve porque é um prejuizo esperado como resultado do que a economia é. Por causa disto, e a evolução dos bits, o dinheiro físico tem os dias contados. A médio prazo será totalmente transformado em dinheiro virtual.
Ora, da virtualiodade do dinheiro para o seu completo desaparecimento, quantos passos se terão de dar? Não sei. Mas o fim do dinheiro será o fim da economia (não estão a ver o regresso da troca de bens e do dinheiro físico). Penso que isto acontecerá inevitavelmente. O aumento da potência e correspondente miniaturização dos computadores (com abaixamento brutal do seu preço) criará a chamada informática invisível é Onipresente. Computadores invisíveis com a potência de super-computadores (ou muito mais... com a possibilidade da inteligência artificial), poderão dirigir todo o tipo de fábricas automáticas e estar em comunocação com os inumeros computadores pessoais de cada um. Essa comunicação permitirá que cada um tenha o que quiser, quando quiser. O nosso Freezer, por exemplo, poderá comunicar com um mercado automática para encomendar comida. E esse mercado comunicará, por seu lado, com produtores primários automáticos que colherão produtos fresquinhos da horta ou da vaca leiteira.
Enfim, depois de um certo limiar será tudo tão barato, automátizado e autoreparador que mais vale estipular que tudo é gratuito. Penso que isto vai acontecer. A ironia é que vai ser o espírito predatório (e autofágico?) do capitalismo a dar origem a isto. Nessa altura, podemos fazer como os animais selvagens, que não precisam de passar um cheque para comer...
Editado pela última vez por Enfant Terrible em 18 Fev 2006, 13:41, em um total de 1 vez.
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Enfant Terrible escreveu:Penso que a economia sempre será uma praga... porque a economia é um bolo que sempre será distruido de forma desigual.
Nâo necessariamente.É possível a igualdade.A peça chave para a igualdade de distribuiçâo de renda´se resume em duas palavras:Justiça Social e Fraternidade Humanitária.
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Re.: O Fim da economia
Não quero igualdade. A igualdade nivela por baixo. O que é preciso é gratuidade...
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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Não quero igualdade. A igualdade nivela por baixo. O que é preciso é gratuidade...
E que regra determina a igualdade em nivelamente precário?Nosso mundo é vastíssimo em riquezas naturais que podem suprir os humanos em alto nível de desenvolvimento.
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Re.: O Fim da economia

Editado pela última vez por Liquid Snake em 18 Fev 2006, 13:59, em um total de 1 vez.

"O Brasil me parece ser o único País do mundo onde ser de esquerda ainda dá uma conotação de prestígio." (Roberto Campos, 1993)
"How do you tell a Communist? Well, it's someone who reads Marx and Lenin. And how do you tell an anti-Communist? It's someone who understands Marx and Lenin." - Ronald Reagan
No Brasil, os notáveis o são pela estupidez.
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Re: Re.: O Fim da economia
Liquid Snake escreveu:
Que argumentaçâo bacana hein...?
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Re.: O Fim da economia
Essa história da fraternidade é muito bonita. Mas para mim não resulta. No meio de pombos, basta aparecer um falcão para estragar tudo. A minha ideia é de um futuro que resulta da implosão do capitalismo. Vai implodir porque as coisas serão absurdamente automatizadas, eficientes e baratas. Nesse absurdo (que é ótimo), haver economia será um estorvo. Nada de ideias coletivistas...portantos.
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Re.: O Fim da economia
O Liquid Snake é um dos malucos que haja que o capitalismo durará para sempre. Pensei nele ao escrever essa frase... 

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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Essa história da fraternidade é muito bonita. Mas para mim não resulta. No meio de pombos, basta aparecer um falcão para estragar tudo. A minha ideia é de um futuro que resulta da implosão do capitalismo. Vai implodir porque as coisas serão absurdamente automatizadas, eficientes e baratas. Nesse absurdo (que é ótimo), haver economia será um estorvo. Nada de ideias coletivistas...portantos.
Se o Capitalismo implodir o Comunismo retorna com toda força.Se tudo será mais eficiente e automatizado,daqui a pouco todos venderâo fiado e farâo tudo por conta própria.OP resultado ou é a anarquia geral ou um Comunismo Latente.
Re.: O Fim da economia
Tentar prever o futuro é besteira, Miguelito. Trabalhe com tendências. É sempre mais efetivo.
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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:O Liquid Snake é um dos malucos que haja que o capitalismo durará para sempre. Pensei nele ao escrever essa frase...
O Ls é fâ dos telletubies

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Re: Re.: O Fim da economia
Samael escreveu:Tentar prever o futuro é besteira, Miguelito. Trabalhe com tendências. É sempre mais efetivo.
Estou a pensar no que será um mundo onde haverá IA, nanotecnologia, exploração de recursos fora da Terra, e em que a produção será totalmente automatizada. Estou a pensar na tendência para haver cada vez mais tempo de lazer, etc...
Mas pode não acontecer, óbvio. Mas acho que não acontecerá se nos autodestruirmos antes...
Mas sou otimista...
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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Samael escreveu:Tentar prever o futuro é besteira, Miguelito. Trabalhe com tendências. É sempre mais efetivo.
Estou a pensar no que será um mundo onde haverá IA, nanotecnologia, exploração de recursos fora da Terra, e em que a produção será totalmente automatizada. Estou a pensar na tendência para haver cada vez mais tempo de lazer, etc...
Mas pode não acontecer, óbvio. Mas acho que não acontecerá se nos autodestruirmos antes...
Mas sou otimista...
Na minha opiniâo este é um vislumbre de um mundo bem próximo do ideal;Alta qualidade de vida para todos sem distinçâo e preconceito algum.
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Re: Re.: O Fim da economia
o pensador escreveu:Enfant Terrible escreveu:Essa história da fraternidade é muito bonita. Mas para mim não resulta. No meio de pombos, basta aparecer um falcão para estragar tudo. A minha ideia é de um futuro que resulta da implosão do capitalismo. Vai implodir porque as coisas serão absurdamente automatizadas, eficientes e baratas. Nesse absurdo (que é ótimo), haver economia será um estorvo. Nada de ideias coletivistas...portantos.
Se o Capitalismo implodir o Comunismo retorna com toda força.Se tudo será mais eficiente e automatizado,daqui a pouco todos venderâo fiado e farâo tudo por conta própria.OP resultado ou é a anarquia geral ou um Comunismo Latente.
Comunismo e Capitalismo, Bah. São formas diferentes de organizar a economia. Mas se não houver economia, não haverá lugar para capitalismo ou comunismos...
Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Samael escreveu:Tentar prever o futuro é besteira, Miguelito. Trabalhe com tendências. É sempre mais efetivo.
Estou a pensar no que será um mundo onde haverá IA, nanotecnologia, exploração de recursos fora da Terra, e em que a produção será totalmente automatizada. Estou a pensar na tendência para haver cada vez mais tempo de lazer, etc...
Mas pode não acontecer, óbvio. Mas acho que não acontecerá se nos autodestruirmos antes...
Mas sou otimista...
E talvez um mundo sem "fetichismo da mercadoria", quem sabe? Há algo pior que você fazer algo em troca de um salário e não por você mesmo ou pela necessidade sua e dos seus.
Utopias, utopias...
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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:o pensador escreveu:Enfant Terrible escreveu:Essa história da fraternidade é muito bonita. Mas para mim não resulta. No meio de pombos, basta aparecer um falcão para estragar tudo. A minha ideia é de um futuro que resulta da implosão do capitalismo. Vai implodir porque as coisas serão absurdamente automatizadas, eficientes e baratas. Nesse absurdo (que é ótimo), haver economia será um estorvo. Nada de ideias coletivistas...portantos.
Se o Capitalismo implodir o Comunismo retorna com toda força.Se tudo será mais eficiente e automatizado,daqui a pouco todos venderâo fiado e farâo tudo por conta própria.OP resultado ou é a anarquia geral ou um Comunismo Latente.
Comunismo e Capitalismo, Bah. São formas diferentes de organizar a economia. Mas se não houver economia, não haverá lugar para capitalismo ou comunismos...
Comunismo nâo está necessariamente entrelaçado à economia.Um Comunismo humanamente idôneo e preocupado nâo precisa de comércio.
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Re.: O Fim da economia
Não percebi Sama.
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Re.: O Fim da economia
Só queria dizer que decidi escrever este tópico porque fui inspirado pelo tópico do Liquid Snake sobre a cura capitalista. 

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Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Só queria dizer que decidi escrever este tópico porque fui inspirado pelo tópico do Liquid Snake sobre a cura capitalista.
É uma excelente contraparte

Re: Re.: O Fim da economia
Enfant Terrible escreveu:Não percebi Sama.
Miguel, o que se chama "alienação do trabalhador" ou "fetichismo da mercadoria" é algo bem fácil dese compreender. Imagine:
Qual é a diferença entre uma refeição feita pela sua mãe ou pelo cozinheiro de um restaurante? A comida da sua mãe não é uma mercadoria. Ela vai ser feita da melhor maneira possível, de maneira que te faça menos mal possível, visto que ela vai se dirigir a você e a ela mesma. Ou seja, nesse caso, a refeição não foi alienada de sua criadora.
Imagine agora a refeição de um cozinheiro. Ela vai se dirigir a uma pessoa que ele não conhece. Obviamente, ele vai fazer a refeição de modo a valorizar seu restaurante ou a não fazer nenhum mal direto a quem for consumir. Mas, como quem não consome é ele, ou seja, ele está alienado ao destino do produto, o que o impediria de fzer um produto com algum produto de menor qualidade mas que não inferisse no sabor? Ou, caso a comida caísse no chão e não sujasse muito, o que o impediria de recolocá-la no prato?
Um exemplo clássico, e comum aqui no Rio, é o do brometo de potássio no pão. É um produto que, utilizado em grandes quantidades, causa câncer. Mas, simultaneamente, é um produto que faz o pão crescer. Foi utilizado indiscriminadamente até o Estado intervir, afinal, o destino do pão não é o organismo daquele que o produz mesmo...
Existem outras idéias interessantes referentes a essa alienação, mas isto que eu exemplifiquei é o efeito mais gritante.
Captou a alienação a qual eu me refiro, Miguelito?