
As cores indicam as regiões mais "quentes" ( vermelho ) e frias ( azuis ). As barras indicam a polarização da direção da radiação primitiva. Esta é a imagem dos eventos que tomaram parte nos primeiros trilionésimos de segundo do universo.

Diagrama da evolução do Universo. As novas observações coincidem com as predições do modelo inflacionário.
Sonda da Nasa flagra instante imediato após Big Bang
O Big Bang, segundo os cientistas, foi a grande explosão de um ponto que acumulava toda a energia do universo, há 13,7 bilhões de anos, e deu origem às estrelas, planetas e demais corpos. Observando enormes distâncias, a sonda conseguiu ver com detalhes inéditos esses primeiros instantes do cosmo.
"Relatamos hoje as medidas mais precisas já feitas sobre o nosso universo quando na primeira infância", disse Charles Benett, principal pesquisador da sonda WMAP - sigla em inglês para Sonda de Anisotropia de Microondas de Wilkinson -, da Nasa.
"Temos novas evidências de que o universo de repente cresceu de um tamanho submicroscópico para um astronômico, em menos de um piscar de olhos", disse o cientista em entrevista coletiva por telefone. "Esta tremenda inflação do universo aconteceu em muito menos de um trilionésimo de segundo."
A missão WMAP detectou uma luz criada no começo do universo e que viaja há 13 bilhões de anos.
Vista na forma de tênues microondas, essa luz primitiva ajudou os astrônomos a perceberem pequenas variações naquilo que Bennett descreveu como "um assustador mar vazio de nada".
Na imagem flagrada pela WMAP, o universo-bebê tem forma oval plana, com pontos frios retratados em azul e verde e os pontos quentes e vermelho e amarelo. As linhas brancas mostram a polarização - a direção da luz mais antiga.
As observações da sonda mostram, nos termos mais básicos, o conteúdo do universo. Apenas 4 % é de matéria comum, 22 % é da chamada matéria negra - que não é constituída por átomos, não emite nem absorve luz e só é detectável por sua gravidade -, e 74 % é uma misteriosa energia negra, que, segundo os cientistas, ainda provoca a expansão do universo.
"A energia negra está provocando mais um jorro de crescimento atualmente", disse Bennett. "Felizmente, é mais branda do que há 13,7 bilhões de anos."
fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... 02,00.html
Complemento resumido do texto original do site oficial da WMAP:
A nova forma detectada, ou sinal polarizado, do "brilho" residual após a explosão é o mais fraco sinal já detectado, menos de um centésimo da temperatura conseguida 3 anos atrás.
"Este é um novo território", disse o físico Lyman Page da Universidade de Princeton, um membro da equipe WMAP. "Nós estamos quantificando o cosmos em um caminho diferente que nos abre uma nova janela para o entendimento dos primeiros instantes do universo".
Comparando o brilho da radiação residual das caracteristicas mais amplas para as mais compactas (algo como comparar a altura das ondas a curta distância com as de longa distância em um lago ) isto nos ajuda a compreender a história do universo infante. Uma antiga predição era que o brilho deveria ser o mesmo em todas as direções. Por outro lado, as mais simples versões da inflação predizem que o brilho relativo decairia quanto menores se tornassem as escalas das caracteristicas observadas. Os novos dados da WMAP apoiam a predição da inflação.
Os novos resultados são consistentes com os modelos de nosso universo surgindo de microscópicas flutuações quânticas.
fonte: http://map.gsfc.nasa.gov/m_or/PressRelease_03_06.html
Mais em:
http://map.gsfc.nasa.gov/m_mm.html
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