o pensador escreveu:Aí é que está minha discordância.Eu penso que todos os enunciados lógicos incorporam definiçôes relacionadas já deduzidas previamente.A premissa mais simples e menos composta representa a classe mais especificada de qualquer silogismo e portanto deve se basear na apreensâo de dados empíricos,de modo que tal premissa nunca pode ser construída somente a partir de princípios lógicos apriori.Por exemplo,se todo A é B e todo B é C logo tanto o elemento A quanto o B encontram evidências comprobatórias em outros elementos gráficos(A em C e B em A) mas o elemento C nâo funda sua veracidade somente na Lógica formal e sim somente em relaçâo à experiência empírica.
Não. A lógica não faz nenhuma menção a ciência empírica, os enunciados lógicos podem ser puramente abstratos, como os enunciados matemáticos.
Conceitos como o de grupo não precisam ser testados empíricamente para se verificar que as relações deduzidas entre seus elementos a partir dos axiomas de grupo são válidas.
E não faz sentido ficar tentando deduzir os axiomas de grupo, pois estes são objetos matemáticos definidos daquela maneira, se os axiomas fossem outros, teríamos outros objetos, dos quais se deduziriam outras propriedades que não interessariam ao escopo da teoria dos grupos.
E não é só o conceito de grupo não. Todos os conceitos e objetos matemáticos definidos de forma abstrata, ou seja, axiomática, não tem validação empírica alguma, apenas lógica.
Somar uma laranja a outra e verificar que perfazem duas não consiste em prova alguma, é apenas a reaplicação do axioma de inductibilidade que gera os números naturais, e nesse contexto, faz tanto sentido usar laranjas como usar chrumbles-krumbles, não importando o que é isso ou se isso existe, desde que estejamos enumerando coisas dentro do conjunto dos números naturais.
Você está forçando o teste empírico como figura imprescindível para validação de silogismos, quando este nem mesmo é necessário ou suficiente. O conceito de validação empírica é até questionável, haja vista que a corrente de filosofia da ciência mais aceita hoje é a do falseamento popperiano, onde o trabalho do cientista se resume (estou generalizando) a assumir certas hipóteses e bolar experimentos que venham a falseá-las, ou seja, a mostrar que são falsas, e não que são verdadeiras, pois experimentos assim são impossíveis.
o pensador escreveu:Concordo.No entanto,em minha opiniâo,esta relaçâo nâo deve ter como referencial o número de eventos esperados e sim o
número de eventos possíveis.Logo quanto maior for a razâo entre o número de eventos possíveis(que é fixo e imutável dentro do espaço amostral) e o número de eventos esperados(que é condicional e relativo dentro do espaço amostral) menor é a probabilidade,porque se requer uma repetiçâo aleatória do número de eventos esperados pelo número fixo e inalterável de eventos possíveis.
Nesse caso, segundo o que eu entendi, você está apenas elevando a fração a potência de -1, ou seja, trocando o numerador pelo denominador.
Não vou dizer que isso está errado, pois trata-se de uma nova definição de um objeto, que não pode mais ser chamado de probabilidade, mas sim de probabilidade invertida. A imagem dessa nova função probabilidade passa a ser o conjunto fechado em 1 e aberto em infinito.
E nessa definição a sua resposta continua errada. Você achou 70%, ou 70/100 (que por sinal é impossível, já que a imagem da função não abrange números menores do que 1), quando sua resposta deveria ser 30.
E não fique você achando que encontrará definições melhores para objetos matemáticos, pois se sua definição encerrar as mesmas propriedades, o seu objeto sera isomórfico ao já existente, ou seja, poderá ser traçada uma correspondência biunívoca entre as propriedades de um e de outro, e caso você encontre propriedades diferentes, você estará definindo outro tipo de objeto.
Um exemplo é a integral de Riemann-Stiejels, que não é aplicável em funções cujo conjunto dos pontos de descontinuidade tem medida não-nula, e a integral de Lebesgue, que usando uma nova definição abrange os mesmos resultados que Riemann no domínio dessa integral, além de trazer outros novos.
A sua definição não traz nada de novo, portanto, esqueça.
o pensador escreveu:Entendo.Mas perceba que esta é a descriçâo acerca das condiçôes possíveis e nâo das condiçôes esperadas.Faltou representar o fator 'condiçôes esperadas' na equaçâo senâo restará somente o fator ' condiçôes possíveis' e portanto nâo será possível o cálculo da razâo probabilística entre os dois termos.
Quero dizer que a razâo entre as condiçôes possíveis(10) e as condiçôes esperadas(7) é 7/10,enquanto que no raciocínio empregado por vc só enxergo a descriçâo das condiçôes possíveis para cada espaço e nâo uma razâo entre dois fatores.
Pensador, leia o que eu escrevi. Eu disse que a relação que gera a probabilidade discreta é a razão entre os eventos esperados sobre eventos possíveis.
E seus números estão errados. Os eventos possíveis são 10! (10*9*8*7*6*5*4*3*2*1 = 3628800 ), todas as maneiras de se organizar 10 objetos diferentes. O número de eventos esperados é 4! ( 4*3*2*1 = 24 ) vezes 7! (7*6*5*4*3*2*1 = 5040). A razão (eventos esperados)/(eventos possíveis) é exatamente 1/30, se você fizer essa conta.
Talvez você não esteja compreendendo o enunciado. O enunciado está dizendo o seguinte:
- Temos uma estante com dez livros diferentes, sendo 7 deles de biologia e 3 de outra matéria. Calcule todas as configurações possíveis desses livros na estante, e a seguir calcule todas as configurações onde os livros de biologia ficam juntos. Calcule a razão entre as duas.
o pensador escreveu:Entendo o que diz Cabeçâo.Mas como disse anteriormente,só enxergo um cálculo monofatorial(se me permite a expressâo) e nâo um cálculo polifatorial pois só se calcula a probabilidade das condiçôes possíveis e nâo uma relaçâo entre as condiçôes possíveis e as condiçôes esperadas.Em suma,se meu raciocínio está correto,a razân entre dois termos é um cálculo fracional que se representa por intermédio do cálculo divisório e nâo do cálculo de multiplicaçâo.
Não existe isso de polifatorial, monofatorial. Só existe a partir do momento que se inventa, e eu não vi ninguém definindo essas coisas.
Fatorial é uma função em números naturais, isto é, leva números inteiros positivos em números inteiros positivos, usando a seguinte lei recursiva:
f(0) = 1
f(n)= n * f(n-1)
Ou seja, a função leva um número x no produto de x por f(x-1). Isso é uma definição recursiva, pois depende de f(x-1), mas uma vez que conheçamos a condição inicial, ou seja, f(0)=1, temos a função perfeitamente definida para todos os naturais.
Isso é a definição conhecida de fatorial, e não de polifatorial ou monofatorial, essas coisas você as inventou.
O cálculo da probabilidade discreta é uma razão sim, mas uma razão entre a cardinalidade (isto é, número de elementos) de dois conjuntos finitos: espaço amostral e eventos esperados.
Então, o cálculo do espaço amostral e dos eventos esperados deve ser realizado ANTES de se operar a razão entre eles. E esse cálculo envolve multiplicações e somas.