lamb escreveu:Perderam o fio da meada aqui, mas vou dar minha opinião:
Stalin foi um grande assassino, isso é fato. Sim, o comunismo não prega isso! Mas na prática nunca houve um regime comunista em que sangue não foi derramado. No entando, segundo Marx os ploretários deveriam alcançar o poder com uma grande revolução, armada se fosse o caso. O problema é que existem diversas contradições em ideologias pacifistas e humanitárias. Robespierre era defensor ferrenho contra a pena de morte, e deu no que deu.
Existem pessoas más em qualquer lugar. Tanto na igreja, nos movimentos de cunho esquerdista, como em qualquer lugar. A Inquisição foi um movimento iniciado para expugar os hereges infiltrados que corroiam a Igreja. Os acusados passavam por um longo processo de julgamento que podia durar anos. Porém a inquisição fugiu um pouco ao controle e começou a ser usada como pretexto para diversos crimes cometidos por membros do clero. Mas é interessante ressaltar que a Inquisição espanhola (a mais dura), em décadas, matou menos que a revolução francesa.
Resumindo - me perdoem as digressões -, concordo que mesmo que uma ideologia ou religião não sejam explicitamente a favor de diversos atos criminosos ou imorais, sempre haverão aqueles que usarão seu nome como uma trincheira, para que possam cometer seus atos isentos de culpa.
Concordo em grande medida com o seu “resumindo”. Sobre Marx defender Revolução mesmo ele admitia que em regimes mais democráticos e avançados, as conquistas socialistas poderiam ser alcançadas sem uma revolução armada através de reformas.
As tendências de esquerda são variadas. A esquerda democrática, nunca concordou com essas idéias como "Ditadura do proletariado", e quando chegou ao poder pela via democrática, os países não são considerados comunistas ou socialistas. Portugal teve pelo menos 2 presidentes socialistas, e esse é apenas um exemplo.
Pessoalmente considero o autoritarismo, e concentração de poder, os maiores facilitadores, para atos de grande violência.
PS: A Inquisição condenou a morte animais, como porcos, e cavalos, que acreditavam estavam possuídos pelo demônio. Os julgamentos nem sempre eram tão demorados, e muitas mulheres foram queimadas sob acusação de bruxaria. A própria forma que o julgamento se arquitetava era injusto, pois não se baseava em preceitos legais, e sim religiosos, as evidencias, e a forma que se lidava com testemunhos, não era confiável. Por exemplo um vizinho chateado acusava um adversário que ele não gostava de bruxaria, ou heresia, e era esse que tinha que provar que era inocente. Não havia o "Inocente até que se prove o contrario".
Para não dizer que considero um absurdo completo, a idéia de crimes de heresia, que ferem completamente a liberdade de pensamento. O próprio enquadramento da Inquisição era equivocado para dizer o mínimo.