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Alguns Problemas de Observação, Caracterização e Descrição nos Fenômenos Espíritas
Por Acauan
Desde suas origens o Espiritismo Kardecista reivindica para si o status de ciência, cujo objeto de estudo seria os espíritos e suas interações com o mundo material. Como toda ciência tem seu fundamento na observação, caracterização e descrição de fenômenos, desenvolver estas atividades dentro do rigor do método é indispensável para que as proposições delas resultantes sejam consideradas cientificamente válidas.
Se a metodologia de observação, caracterização e descrição dos fenômenos não for adequada do ponto de vista científico, quaisquer hipóteses e teorias subseqüentes igualmente não o serão, partindo da definição de teoria científica dada por Karl Popper:
"Uma teoria científica é um modelo matemático que descreve e codifica as observações que fazemos. Assim, uma boa teoria deverá descrever uma vasta série de fenômenos com base em alguns postulados simples como também deverá ser capaz de fazer previsões claras as quais poderão ser testadas."
Uma boa observação de um fenômeno começa por identificar e isolar o que será observado. O que parece ser uma atividade banal exige uma forte dose de conhecimento, critério e crítica, uma vez que a identificação e isolamento do fenômeno é um ato arbitrário, ou seja, o observador decide quais são as fronteiras do fenômeno que vai observar.
Há o risco de que a decisão inicial do observador científico sobre o quê observar esteja contaminada por hipóteses ou mesmo teorizações precoces, que podem direcionar suas observações para os elementos que potencialmente validem seus pressupostos. A boa observação deve, portanto, ser isenta, ampla e detalhada, colhendo o máximo de dados sobre o fenômeno e sua vizinhança imediata, antes de fechar questão sobre quais são as fronteiras que separam estes dois elementos.
Um exemplo de observação científica avançada que atende a este requisito apenas parcialmente são as pesquisas em Física Quântica utilizando aceleradores de partículas. Por mais sofisticados que sejam estes equipamentos e por melhores que sejam os dados por eles obtidos, os aceleradores de partículas fornecem apenas os dados que foram projetados para fornecer. Ou seja, não temos uma isenta e ampla observação dos fenômenos quânticos, mas uma observação pré-selecionada e restrita aos limites tecnológicos do aparelho, que foram projetados para atender pressupostos teóricos sobre o que é relevante observar nos fenômenos quânticos.
Quando escolhemos as variáveis a ser observadas com base em teorizações precoces que estabelecem um direcionamento preferencial à observação, corremos o risco de cair no que a estatística chama de amostragem viciada, amostras que não representam adequadamente seu universo real, mas uma distorção produzida pela pré-seleção das amostras utilizadas.
Para que os fenômenos espíritas possam ser reconhecidos como científicos têm que passar pelo crivo da avaliação dos critérios e práticas de observação, caracterização e descrição que sustentam as teorias elaboradas para explicá-los.
Quando observamos um fenômeno gravitacional simples, como a queda de um corpo, isolamos o corpo que cai como objeto da observação. As observações de repetidas quedas registram que o corpo sempre cai em direção à Terra, numa trajetória perpendicular ao plano horizontal de referência definido por ela. Observações isoladas não indicam, a priori, que a Terra influencia o fenômeno, uma vez que a superfície do planeta não mostra qualquer alteração que possa ser causa da queda do objeto. Observando o fenômeno em diferentes condições, identificando e medindo variáveis e padrões, reunimos dados que levam à conclusão de que os corpos caem sempre com a mesma taxa de aceleração constante em uma mesma altitude e latitude terrestre, que o módulo da aceleração da queda varia conforme a altitude e latitude e corpos pesados ou leves, rarefeitos ou densos de qualquer formato, repetem as mesmas variáveis, descontado o efeito da resistência do ar.
Se as massas, tamanhos, formas e densidades dos corpos não afetam as variáveis que caracterizam suas quedas, mas as altitude e latitudes terrestres sim, chegamos à conclusão que a causa da queda dos corpos reside mais na Terra que no objeto que cai.
Ou seja, a observação e caracterização do fenômeno "queda dos corpos" leva por suas próprias medições objetivas a padrões que indicam a ação da Terra como causa do fenômeno. O próximo passo do cientista é desenvolver uma teoria que explique como se dá esta ação e codifica-la de modo que previsões possam ser feitas e testadas a partir dela.
Como sabemos que tudo isto foi detalhadamente descrito nos Philosophiae Naturalis Principia Mathematica de sir Isaac Newton, temos lá um dos mais belos roteiros de como se conduzir uma perfeita observação, caracterização e descrição de fenômenos antes de sua teorização.
Uma adequada observação, caracterização e descrição dos fenômenos espíritas deve atender a critérios semelhantes de isolamento do fenômeno, observação de seu comportamento, medição de suas variáveis sob diferentes condições e identificação de seus padrões para então, e só então, redigir a descrição do fenômeno que permita a teorização sobre ele.
Um problema inicial é que a simples denominação "fenômenos espíritas" traduz uma conclusão final sobre suas causas. No exemplo do fenômeno gravitacional, se partiu do isolamento e observação do objeto que cai para, através dos dados coletados pela observação, caracterizar e descrever o fenômeno citando a Terra como causa. Se nos propomos a observar fenômenos espíritas temos que suas causas já estão estabelecidas antes da observação, definindo assim a teorização precoce citada anteriormente. Convém que a denominação de fenômeno espírita seja dada a posteriori à observação e teorização, não a priori.
O primeiro requisito de observação de fenômenos a ser cumprido é decidir quais objetos devem ser isolados para a identificação e medição de variáveis e padrões.
Nos chamados fenômenos espíritas, mais especificamente nos chamados fenômenos mediúnicos, o objeto observado em isolamento geralmente é o chamado médium, a pessoa na qual e/ou através da qual os fenômenos se manifestam. Uma das alegadas manifestações mais freqüentes da mediunidade é a chamada psicografia, na qual o médium sob a influência dos espíritos escreveria mensagens ditadas ou inspiradas por eles.
A observação deste fenômeno se dá sobre o objeto isolado, uma pessoa escrevendo. As descrições espíritas em geral citam duas fontes de dados neste fenômeno, os conteúdos da mensagem escrita e as atividades psico-motoras do médium.
Uma descrição correta do fenômeno a partir da análise dos conteúdos de mensagens e das atividades psico-motoras do médium exige abordagens diferentes de identificação de variáveis e padrões, razão para que o fenômeno original seja desdobrado em dois.
O fenômeno psico-motor pode ter suas variáveis identificadas e medidas através dos instrumentais médicos disponíveis, que tornam possível mapear e quantificar as ocorrências neurológicas e motoras do médium, identificar padrões incomuns e abrir caminho para uma correlação entre estes padrões e seus potenciais efeitos e causas.
Voltando ao exemplo do fenômeno gravitacional da queda do corpo, vimos que a medição de suas variáveis mostrou que a massa, forma, tamanho ou densidade dos corpos não afetam as características da queda, mas a variação da altitude e latitude terrestre em que se localiza o corpo afeta diretamente o módulo da aceleração constante com que o corpo cai, logo, conclui-se que a Terra tenha influência maior sobre as causas do fenômeno do que o corpo.
A falta desta correlação direta e simples entre os padrões identificados nas medições das variáveis e as relações de causa e efeito concluídas constituem outro problema na descrição dos fenômenos espíritas. Algo do tipo "as variações dos padrões de eletroencefalograma do médium durante a psicografia demonstram a ação direta de um espírito sobre ele porque..."
Insistindo no comparativo entre a descrição do fenômeno gravitacional e a descrição dos fenômenos espíritas, quando a ciência diz que a causa da queda dos corpos reside principalmente na Terra, aponta como sujeito desta causa um objeto cuja existência não está em dúvida, uma vez que a materialidade, magnitude e principais características do planeta podem ser constatadas, aferidas e quantificadas por meios objetivos.
Mesmo que um exame dos padrões eletroencefalográficos do chamado médium, ou qualquer outra variável medida, apresentasse leituras incomuns de origem desconhecida, associar tais leitura à influência de um espírito dependeria do conhecimento das variáveis e padrões do espírito que podem interagir com os padrões do médium, da mesma forma como sabemos que a massa da Terra interage gravitacionalmente com a massa dos corpos numa razão direta.
Só que não há qualquer coisa próxima de um consenso científico sobre um conjunto de variáveis mensuráveis que defina o que é um espírito e quais são suas características. Nestes termos, não é possível, dentro da ciência, caracterizar como causa de fenômenos um objeto que não possui caracterização.
Neste ponto, é possível aventar que determinadas subpartículas atômicas consideradas pelas teorias quânticas são tão imateriais quanto os espíritos no que se refere à validação objetiva. Bem, isto estabelece um questionamento da física quântica e não um referendo do espiritismo. No mais, as teorias quânticas foram validadas por previsões confirmadas com notável acurácia, o que lhes confere credibilidade científica.
Passando à observação dos chamados fenômenos espíritas de psicografia com base no conteúdo das mensagens, temos que tal, por si só, não oferece variáveis mensuráveis objetivamente ou padrões que possam ser identificados, que não os prosaicos ligados ao ato de escrever. A caracterização do fenômeno se dá pela comparação entre os padrões identificados no conteúdo das mensagens e os padrões considerados típicos do chamado médium.
Geralmente a descrição destes fenômenos expõe esta comparação e conclui que as diferenças são melhor explicadas pela atuação dos espíritos. São freqüentes as citações a conteúdos registrados pelo chamado médium, que seriam impossíveis a ele conhecer por si só e provados verdadeiros por algum método de confirmação.
É possível medir com alguma objetividade as variáveis do conteúdo de uma mensagem, como lingüística, estilo ou dados, cujos padrões podem ser identificados para caracterização e os dados confirmados por algum tipo de investigação. O problema com estas descrições é que geralmente não informam como foram determinados objetivamente os padrões característicos do chamado médium de modo a eliminar a hipótese mais simples de ser ele, e não os espíritos, o autor dos conteúdos.
Tomemos as redações de obras literárias que reproduziriam o estilo de determinado autor falecido que são frequentemente caracterizadas e descritas como fenômenos espíritas de psicografia. Como a imitação de estilo é uma habilidade comumente demonstrada por tradutores, escritores, redatores, revisores literários ou mesmo autodidatas leigos, temos que a conclusão "os estilos são iguais, logo a obra foi ditada pelo espírito do falecido autor" não é cientificamente válida, pois uma coisa não prova a outra e há explicações muito mais simples e passíveis de verificação objetiva.
São comuns as descrições destes fenômenos informarem as evidências de o porquê seria impossível ao chamado médium reproduzir os padrões apresentados, mas tais evidências tendem a ser antes pressupostos que validações objetivas do ponto científico. O fato de alguém não possuir escolaridade formal não prova, por exemplo, que ele seja ignorante de determinados conteúdos disciplinares, assim como o fato de alguém nunca ter exercido determinada profissão não o impede de ter desenvolvido habilidades que lhes são típicas.
Concluindo, temos o problema de que as descrições dos fenômenos espíritas dão pouca margem à elaboração de previsões claras, o que dificulta a experimentação reprodutível dos fenômenos. Uma alegação freqüente dos espíritas quanto a isto é que os espíritos são indivíduos inteligentes e com vontade própria, embora incorpóreos, e como tais não estão à disposição da vontade dos pesquisadores.
Neste caso, os problemas de descrição dos fenômenos espíritas continuarão pendentes até o dia que tal disposição se manifestar metodicamente.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan, o teste da veracidade dos fenômenos mediúnicos (não da existência de espíritos) mais simples é aquele proposto pelo Viper: o médium que "adivinha" uma sequência de números sem vê-los enquanto são sorteados.
Nenhum centro espírita se dispôs a participar do desafio. Vejamos se o Vitor Moura pode contribuir.
The world's mine oyster, which I with sword will open. - William Shakespeare Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos. - William James Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato. - Luis Inácio, 20/10/2006
Flavio Costa escreveu:Acauan, o teste da veracidade dos fenômenos mediúnicos (não da existência de espíritos) mais simples é aquele proposto pelo Viper: o médium que "adivinha" uma sequência de números sem vê-los enquanto são sorteados.
Nenhum centro espírita se dispôs a participar do desafio. Vejamos se o Vitor Moura pode contribuir.
Deixa eu ver , o espirito pode dizer o que aconteceu com vc e ele quando eram jovens , mais se não disser os numeros sorteados , não é um espirito ! :emoticon5:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
videomaker escreveu: Deixa eu ver , o espirito pode dizer o que aconteceu com vc e ele quando eram jovens , mais se não disser os numeros sorteados , não é um espirito ! :emoticon5:
Esse de "quando eram jovens" pressupõe que a informação era sigilosa e apenas os dois conheciam. A pessoa pode não saber que a informação não era tão secreta assim e ficar falsamente impressionada, ou o suposto relato do espírito pode lhe influenciar e mesmo que não seja 100% verdade, a pessoa achar que é. Enfim, é uma forma de validação subjetiva, não é assim que se faz ciência.
Os números sorteados são muito superiores, pois a acurácia da informação pode ser testada na hora, não depende de verificações subjetivas, etc.
The world's mine oyster, which I with sword will open. - William Shakespeare Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos. - William James Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato. - Luis Inácio, 20/10/2006
Flavio Costa escreveu:Acauan, o teste da veracidade dos fenômenos mediúnicos (não da existência de espíritos) mais simples é aquele proposto pelo Viper: o médium que "adivinha" uma sequência de números sem vê-los enquanto são sorteados.
Nenhum centro espírita se dispôs a participar do desafio. Vejamos se o Vitor Moura pode contribuir.
Deixa eu ver , o espirito pode dizer o que aconteceu com vc e ele quando eram jovens , mais se não disser os numeros sorteados , não é um espirito ! :emoticon5:
Tem algo errado. Ou eu sou muito burro ou esse indivíduo é um completo idiota.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
videomaker escreveu: Deixa eu ver , o espirito pode dizer o que aconteceu com vc e ele quando eram jovens , mais se não disser os numeros sorteados , não é um espirito ! :emoticon5:
Esse de "quando eram jovens" pressupõe que a informação era sigilosa e apenas os dois conheciam. A pessoa pode não saber que a informação não era tão secreta assim e ficar falsamente impressionada, ou o suposto relato do espírito pode lhe influenciar e mesmo que não seja 100% verdade, a pessoa achar que é. Enfim, é uma forma de validação subjetiva, não é assim que se faz ciência.
Os números sorteados são muito superiores, pois a acurácia da informação pode ser testada na hora, não depende de verificações subjetivas, etc.
Bem ... dessa forma muitos poderão responder que a informação foi captada pela mente do médium via ...... vcs já sabem a conclusão
Bjs
Editado pela última vez por salgueiro em 01 Abr 2006, 10:41, em um total de 1 vez.
Flavio Costa escreveu:Acauan, o teste da veracidade dos fenômenos mediúnicos (não da existência de espíritos) mais simples é aquele proposto pelo Viper: o médium que "adivinha" uma sequência de números sem vê-los enquanto são sorteados.
Nenhum centro espírita se dispôs a participar do desafio. Vejamos se o Vitor Moura pode contribuir.
É um método semelhante ao do baralho Zener, usado pelos parapsicólogos. Ele permite a observação e caracterização do fenômeno a partir de variáveis mensuráveis que permitem ao pesquisador identificar padrões objetivos sob condições controladas.
Bastaria que um chamado médium apresentasse 100% de acerto em uma experimentação Zener conduzida e reproduzida por Universidades ou institutos científicos respeitados e a caracterização do fenômeno estaria estabelecida.
Mas mesmo isto não serviria como prova científica da existência do espírito, porque nada nas variáveis medidas ou padrões encontrados remete diretamente a esta idéia, que, por sinal, não é definida objetivamente por quaisquer variáveis ou padrões.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Flavio Costa escreveu:Enfim, é uma forma de validação subjetiva, não é assim que se faz ciência.
Bem ... dessa forma muitos poderão responder que a informação foi captada pela mente do médium via ...... vcs já sabem a conclusão
Sal,
É exatamente disto que este texto trata. A ordem natural das coisas em ciência é que primeiro se observa, caracteriza e descreve um fenômeno e depois, e somente depois, se teoriza sobre suas causas.
Veja o exemplo dado das leis da gravitação, no qual vemos que a observação do fenômeno forneceu dados objetivos que permitem concluir que a Terra é a principal causa da queda dos corpos. Para explicar como isto ocorre Newton desenvolveu a teoria da gravidade. Note que gravidade é um ente tão incorpóreo quanto o espírito, mas que pode ser definido por variáveis mensuráveis que seguem padrões definidos, a partir do qual é possível fazer previsões confirmáveis pela experimentação.
É isto que falta aos defensores dos fenômenos espíritas, uma correlação simples, direta e objetiva que ligue os fenômenos caracterizados com a causa proposta.
Só que, como vimos, os problemas começam na descrição e caracterização do fenômeno, o que torna muito improvável que nestas bases alguma comprovação cientificamente aceitável seja gerada.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
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Najma escreveu:Não... Basta apenas que a alegada capacidade de entrar em contato com o além esteja presente sob condições controladas...
Pela minha pouca experiência dentro de centro espírita, isso é a coisa mais fácil de se fazer desde que se tenha um médium disponível. O único problema é que tudo o que se conseguir pode ser relatado como psi. Por isso acho que os estudos tem que ser mais abrangentes, o que já vemos acontecendo mesmo de forma lenta
salgueiro escreveu: Acauan, para que o espírito seja comprovado cientificamente as frentes de estudo tem que ser muito amplas senão continuaremos nas provas pessoais
Bjs
Concordo em "genero e número igual", como disse um certo jogador de futebol.
E isso não vale somente para a questão dos espiritos, mas para tudo quanto é mito e lenda que existe.
Vou dar um exemplo: enquanto não organizarem grandes expedições, envolvendo milhares de pessoas, para fazer um "pente fino" no pólo norte, não encontraremos o abominável homem das neves.
salgueiro escreveu:Acauan, para que o espírito seja comprovado cientificamente as frentes de estudo tem que ser muito amplas senão continuaremos nas provas pessoais.
Sal,
O problema é como confirmar cientificamente algo que não tem definição científica. A primeira coisa que os espíritas precisam fazer, se querem esta confirmação, é definir de modo objetivo o que seria o espírito.
Já que os espíritas falam insistentemente em coisas como vibrações, que digam quais frequências, amplitudes e comprimentos de onda tem características espirituais. Se falam em períspirito, expliquem se este revestimento é material, energético, ondulatório. Ou tentem dar uma idéia mais clara de o que os espíritas entendem por fluido em termos científicos.
Sem isto tudo que temos são relatos, que cientificamente não querem dizer nada.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
salgueiro escreveu:Acauan, para que o espírito seja comprovado cientificamente as frentes de estudo tem que ser muito amplas senão continuaremos nas provas pessoais.
Sal,
O problema é como confirmar cientificamente algo que não tem definição científica. A primeira coisa que os espíritas precisam fazer, se querem esta confirmação, é definir de modo objetivo o que seria o espírito.
Já que os espíritas falam insistentemente em coisas como vibrações, que digam quais frequências, amplitudes e comprimentos de onda tem características espirituais. Se falam em períspirito, expliquem se este revestimento é material, energético, ondulatório. Ou tentem dar uma idéia mais clara de o que os espíritas entendem por fluido em termos científicos.
Sem isto tudo que temos são relatos, que cientificamente não querem dizer nada.
É por isso que estamos longe ainda de qualquer comprovação dentro do método científico
salgueiro escreveu:É por isso que estamos longe ainda de qualquer comprovação dentro do método científico
O mesmo se aplica a Deus: para que se possa dizer que Deus existe, é preciso primeiro definí-lo de uma forma que todos aceitem, caso contrário, uma coisa poderá ser Deus para uns mas não para outros.
Não adianta procurar por Deus se não sabemos pelo que estamos procurando. O fato de encontrarmos algo que nos satisfaça não significará que encontramos a coisa certa.
salgueiro escreveu:É por isso que estamos longe ainda de qualquer comprovação dentro do método científico
O mesmo se aplica a Deus: para que se possa dizer que Deus existe, é preciso primeiro definí-lo de uma forma que todos aceitem, caso contrário, uma coisa poderá ser Deus para uns mas não para outros. Não adianta procurar por Deus se não sabemos pelo que estamos procurando. O fato de encontrarmos algo que nos satisfaça não significará que encontramos a coisa certa.
De forma pessoal, nem o que é dito pelas religiões nem explicações científicas da formação de nosso universo me satisfazem. E também não perco o sono por isso. Simplesmente aguardo a progressão do conhecimento
salgueiro escreveu:É por isso que estamos longe ainda de qualquer comprovação dentro do método científico.
Sal,
Se o espiritismo tivesse surgido no século XX, tudo seria muito diferente. Kardec propôs uma doutrina baseada no cientificismo do século XIX, quando muita gente acreditava que a ciência era o melhor método para julgar verdades absolutas. Ao longo do século XX a maioria dos cientistas se alinharam com as proposições de Karl Popper, que estabelecem que a ciência não tem a pretensão de provar verdades absolutas. O máximo que a ciência pode pretender é formular explicações que contém em si a possibilidade de falseamento e assim podem ser testadas.
A cosmogonia espírita que mistura e reinterpreta o mito judaico da criação, a ética de redenção cristã, o karma reencarnacionista hinduísta/ budista e o evolucionismo Darwinista, não é, obviamente, falseável, logo não é científico dentro dos padrões atualmente aceitos.
O que pode ser falseado dentro desta mistura de conceitos são algumas definições isoladas do contexto geral, que possam ser associadas a fenômenos específicos. O problema é que uma vez separados do contexto espírita e convertidos em conceitos falseáveis, estas definições deixam de ser espíritas.
Ou seja, a idéia de um espiritismo científico é uma idéia possível dentro do cientificismo vitoriano, mas não dentro dos modelos Popperianos atuais.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:Ou seja, a idéia de um espiritismo científico é uma idéia possível dentro do cientificismo vitoriano, mas não dentro dos modelos Popperianos atuais.
Vitoriano? O que é isso, Acauan? Um modelo arcaico de metodologia científica?
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Agni escreveu:vitoriano é referente à época do governo da rainha Vitória, na inglaterra (século XIX).
Ok, valeu.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Acauan escreveu: ....logo não é científico dentro dos padrões atualmente aceitos.
Mudanças acontecem, jamais subestimo a engenhosidade e inteligência humana. É só uma questão de tempo
Bjs
É só uma questão de tempo.
Se olharem para a História, perceberão que ninguém mais segue a religião dos antigos egipcios. Ninguém mais segue a religião da Grécia antiga.
O Zoroastrismo está sumindo. O espiritismo já era na europa. É uma questão de tempo.
Oxalá.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”