Sei que este tema é muito batido, mas estou a ler um livro de Dan Dennett sobre o assunto "A liberdade evolui" e ele apresenta uma forma diferente de ver a coisa. Ainda nao posso dizer muito, mas Dennett é um puro Ateu materialista e diz no primeiro capítulo que o verdadeiro livre arbítrio nao só existe como até evolui. E também diz que a discussao filosófica típica do livre arbitrio, centrada no determinismo e numa certa ideia de causalidade, é uma falsa questao que só serve para distrair. E para ele determinismo nao implica inevitabilidade. Pelo que li até agora ele faz troça da velha discuçao e deseja provar que o livre arbitrio genuino existe.
Sei que ele faz algo parecido com a consciencia e o sentido. Apesar do seu materialismo, para ele a consciencia (a mente) é verdadeira consciencia. E o sentido, é verdadeiro sentido.
E a Argentina nao Joga nada, mas lá passou. Mas vai ser trucidada pela Alemanha.
Livre Arbítrio
Re.: Livre Arbítrio
Quero ler esse livro. Passe nesse tópico se possível:
http://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=4305&start=0
http://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=4305&start=0
Re.: Livre Arbítrio
O melhor é ler mesmo. É impossível de sintetizar a opiniao dele.
As negaçoes de Dennett:
Determinismo nao implica inevitabilidade... o que quer dizer que a velha definiçao de que conhecendo as leis e um certo estado do universo ao pormenor apenas permite um único futuro possivel... é Falsa (Dennett é assim, muito assertivo no que diz... nao fica em meias medidas).
Indeterminismo nao abre caminho ao livre arbítrio.
E há uma terceira negaçao que já nao me lembro (e nao tenho o livro comigo agora).
O Livre gira em torno destas negaçoes de Dennett e pretende provar (destroçando a perspectiva convencional) que o verdadeiro livre arbitrio existe num mundo determinista (com umas gotas de indeterminismo) e material. Há escolhas, a moral nao é uma ilusao... logo a responsabilidade também nao é ilusória. Dennett chega a sugerir que os iludidos nao sao aqueles que acreditam o livre arbitrio, mas os outros.
Muito Bom o livro. E é interessante como Dennett pensa que uma visao puramente materialista nao destroi as coisas que mais apreciamos: Livre arbitrio, consciencia (nao somos Zombies) e sentido.
As negaçoes de Dennett:
Determinismo nao implica inevitabilidade... o que quer dizer que a velha definiçao de que conhecendo as leis e um certo estado do universo ao pormenor apenas permite um único futuro possivel... é Falsa (Dennett é assim, muito assertivo no que diz... nao fica em meias medidas).
Indeterminismo nao abre caminho ao livre arbítrio.
E há uma terceira negaçao que já nao me lembro (e nao tenho o livro comigo agora).
O Livre gira em torno destas negaçoes de Dennett e pretende provar (destroçando a perspectiva convencional) que o verdadeiro livre arbitrio existe num mundo determinista (com umas gotas de indeterminismo) e material. Há escolhas, a moral nao é uma ilusao... logo a responsabilidade também nao é ilusória. Dennett chega a sugerir que os iludidos nao sao aqueles que acreditam o livre arbitrio, mas os outros.
Muito Bom o livro. E é interessante como Dennett pensa que uma visao puramente materialista nao destroi as coisas que mais apreciamos: Livre arbitrio, consciencia (nao somos Zombies) e sentido.
Re.: Livre Arbítrio
A propósito... já passei no tópico que referes... 
Re.: Livre Arbítrio
Como ele cita Nietzsche nesse livro, na questão do sentido? No anterior parece que ele alude 'a idéia de evolução convergente como o "Eterno Retorno".
Re.: Livre Arbítrio
Ainda vou na Página 50. Empanquei na sua explicaçao de universos de Voxels (o mesmo que pixels mas com mais uma dimensao)... e estou em exames. A leitura será lenta...
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o pensador
- Mensagens: 5581
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:05
Eu sempre defendi que determinismo antecipado nâo implica em ausência de genuína liberdade.
Uma analogia eficaz é que um engenheiro mecânico projeta o automóvel e as funçôes de seus sistemas,de modo que saiba efetivamente prever muitos acontecimentos relacionados ao automóvel em questâo;mas entretanto o automóvel nâo é um sistema isolado,ele intergae com outros sistemas numa malha complexa de interatividade e influência.
O automóvel em si necessita de uma estrada como meio de locomoçâo,que tem suas próprias configuraçôes e funçôes,e interage com outros automóveis,de modo que a interseççâo destes sistemas tem sua própria configuraçâo derivada da fusâo dos mesmos num mesmo campo de açâo.
Desta forma é impossível prever com exatidâo se haverá um acidente,por exemplo,enquanto é plenamente possível prever em quanto tempo o automóvel ficará sem gasolina e óleo,caso nâo abasteça.Em síntese,a trajetória de um sistema pode ser perfeitamente determinística mas a interaçâo entre sistemas sempre carrega em si um grau de indeterminismo.
Por isto creio que num universo de interaçâo entre sistemas existe livre arbítrio,ou imprevisibilidade.
Uma analogia eficaz é que um engenheiro mecânico projeta o automóvel e as funçôes de seus sistemas,de modo que saiba efetivamente prever muitos acontecimentos relacionados ao automóvel em questâo;mas entretanto o automóvel nâo é um sistema isolado,ele intergae com outros sistemas numa malha complexa de interatividade e influência.
O automóvel em si necessita de uma estrada como meio de locomoçâo,que tem suas próprias configuraçôes e funçôes,e interage com outros automóveis,de modo que a interseççâo destes sistemas tem sua própria configuraçâo derivada da fusâo dos mesmos num mesmo campo de açâo.
Desta forma é impossível prever com exatidâo se haverá um acidente,por exemplo,enquanto é plenamente possível prever em quanto tempo o automóvel ficará sem gasolina e óleo,caso nâo abasteça.Em síntese,a trajetória de um sistema pode ser perfeitamente determinística mas a interaçâo entre sistemas sempre carrega em si um grau de indeterminismo.
Por isto creio que num universo de interaçâo entre sistemas existe livre arbítrio,ou imprevisibilidade.