Somália

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Tribunais Islâmicos recusam força africana

Na Somália, um movimento islâmico rejeitou qualquer intervenção estrangeira para pacificar o país.

A União dos Tribunais Islâmicos, que na semana passada assumiu o controle da capital Mogadiscio, disse a uma delegação diplomática africana e àrabe que se opunha aos planos para o envio de uma força de manutenção de paz africana.

Uma milícia islâmica, leal aos tribunais, assumiu o controle da capital, no mês passado, e a delegação diplomática, espera poder persuadir os seus líderes a aceitarem o envio para a Somália, de uma força de manutenção de paz africana.

Os Tribunais Islâmicos desmentem as persistentes alegações dos membros do governo interino somali, de que estavam a ser ajudados por combatentes islâmicos estrangeiros.

Mas, o Editor Africano da BBC, David Bamford, afirma que provas em vídeo, mostram o contrário.

Segundo ele, o líder da União dos Tribunais Islâmicos, Sheikh Hasan Dahir Aweys, disse na rádio, na semana passada, que o seu movimento não tinha ligações à Al-Qaeda.

Afirmou igualmente, que não tinha o apoio de combatentes islâmicos estrangeiros e que não estava a proteger terroristas.

Apoio de Bin Laden

Mas isso não impediu que Osama Bin Laden, na sua recente mensagem por cassete, de falar intensamente, sobre os nobres esforços para a criação de um estado islâmico na Somália.

Nem mesmo, impediu a divulgação de um vídeo promocional islâmico, em àrabe, elogiando o que parece serem combatentes estrangeiros, a apoiarem os Tribunais Islâmicos, quando assumiram o controle de Mogadíscio e Jowhar, na semana passada.

O vídeo, que foi adquirido pela agência americana APTN, foi feito por uma câmara manual, no mesmo estilo de filmes anteriores, mostrando os combates no Iraque, do ponto de vista dos revoltosos.

O filme mostra os combates na Somália e o que parece ser àrabes treinados num campo na Somália.

No entanto, um importante dirigente dos Tribunais Islâmicos, Sharif Shaikh Ahmed, diz que são apenas más interpretações e informações, sempre enviadas por canais diferentes.

Segundo ele, a verdade sobre esse campo, é que ele existe, mas não existem lá estrangeiros.

Pela primeira vez, desde os combates da semana passada, uma delegação de diplomatas africanos e àrabes, está em Mogadiscio, para tentar persuadir os líderes islâmicos a aceitar uma força africana de paz.


http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/n ... ialm.shtml

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http://www.cnn.com/2006/WORLD/africa/07 ... index.html

[Desert Punk]

O que está a acontecer na Somália é parecido com o Ruanda...

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O mundo observa...

A democracia deve ser apresentada pelo exemplo e nunca por imposição, caso contrário falhará.

Os fins jamais justificarão os meios...

[Poindexter]

Depois a culpa é dos E.U.A. ...

[user f.k.a. Cabeção]

Depois a culpa é dos E.U.A. ...

Em parte, sim. Não a miséria da Somália, mas a recente tomada de poder por maometanos fanáticos é resultado da atuação americana naquele país nos anos 90.

Isso porque a Somália está em guerra civil desde a sua independência, entre vários líderes conhecidos como warlords. Estes lucravam com o conflito, pois através da lei marcial podiam controlar o commodity mais precioso do país, comida. Tanto as que vem de ajuda humanitária, quanto as produzidas no país ou importadas.

Em 1992 houve uma seca que tornou mais escassa ainda a comida, gerando fome intensa, o que ocasionou uma iniciativa da ONU, comandada pelos EUA (início governo Clinton, 1993), de tentar oferecer um suporte para a calamidade. O problema é que os soldados americanos distribuindo comida interferiram no negócio lucrativo dos warlords, que passaram a atacar as tropas da missão, num conflito que durou mais ou menos um ano, levando à exaustão as forças dos warlords.

Exatamente nesse vácuo de poder, com a retirada das tropas americanas e com a desarticulação dos warlords, foi que os islâmicos fanáticos tomaram para si o poder, instaurando um regime baseado na sharia (lei islâmica).

Parece que agora os antigos warlords formaram uma aliança "pela liberdade", com o intuito de remover os maomos do poder, e os conflitos se intensificaram. Alguns dizem que o governo americano tem amparado os aliados, mas eu duvido muito, pois mesmo que o país ocupe uma região estratégica (na extremidade do Mar Vermelho, rota de muitos petroleiros que rumam para Europa e EUA), o país não possui uma marinha ou força aérea capazes de gerar impecilhos ao tráfego comercial na região.