Minuteman escreveu:Seu argumento sobre as "milhões" de mortes que foram causadas pela evangelização não só é infeliz como também traz problemas gravíssimos aos ateus. Lembre-se que os regimes ateístas no século XX mataram mais pessoas do que a soma de todas as teocracias de todos os tempos, e os regimes ateístas de hoje como a China ou a Coréia do Norte são uma desgraça em termos de direitos humanos.
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E não confunda regimes que, por acaso, se declaram ateus, com regimes que mataram em nome do ateísmo, explicitamente.
Os regimes religiosos mataram em nome de seus deuses. Não há como fugir disto.
Lênin não matou ninguém por causa de religião. Ele apenas separou a Igreja do Estado. Depois dele, veio um louco, Stálin, que saiu matando por várias razões que não tinham nada a ver com ateísmo.
A China matou milhões em nome de suas idiotices ideológicas e hoje se arrepende disto, embora continue comunista.
A Coréia é uma ditadura familiar. Não matam porque são ateus e sim porque são criminosos.
Antes que você fale de Hitler, também não era ateu.
Minuteman escreveu:Você defende que as religiões devem ser combatidas porque elas oferecem perigo dado o seu histórico, de acordo com seu pensamento reducionista que desvia a culpa de onde ela sempre esteve (interesses políticos e econômicos onde a religião é apenas um meio para atingir um fim - poder - e não um fim em si mesma) devemos então muito mais ainda combater o ateísmo porque a desgraça que se abateu sobre as pessoas que viveram em regimes com essa crença foi enorme.
Repito: os regimes supostamente ateus queriam apenas eliminar um poder paralelo ao seu. E um dos seus argumentos era válido: a religião é alienante. O problema deles é que, após "libertar" o povo, o aprisionaram de novo numa nova ditadura.
Quando se mata em nome de Deus, é muito diferente.
E a religião serve para legitimar as ditaduras: se "Deus" quer assim, quem se atreve a contestar?
Minuteman escreveu:Se, de acordo com sua perspectiva reducionista, combater as religiões pode ser uma questão de auto-defesa justifica-se então que o combate ao ateísmo é muito mais urgente já que ao longo da história os regimes com essa visão de mundo foram muito mais danosos.
Falácia sem provas.
Minuteman escreveu:Mesmo que esses regimes não tenham feito essas atrocidades "em nome" do ateísmo também os regimes da idade média o fizeram "em nome" do Cristianismo, porém uma leitura dos fundamentos Cristãos mostrará que o Cristianismo em si não tem nada a ver com o que foi feito, já o ateísmo (como macrovisão) pode não ter muito a ver mas certamente pode justificar tais atrocidades.
As teocracias usam a Bíblia, o Alcorão ou seja lá qual for o livro sagrado para justificar suas matanças. Talvez o tal livro não diga para matar, mas esta é a interpretação que lhe dão.
Qual o "livro sagrado" dos ateus que manda matar os religiosos?
E, finalmente, lembro que muitas das atrocidades cometidas em nome da religião foram cometidas pelas próprias vítimas, ao se enclausurarem por toda a vida em conventos, às vezes até com voto de pobreza e silêncio, ou penitências auto-impostas, ou restrições e proibições "porque Deus não gosta". Ou horas e horas de suas vidas perdidas trancadas em templos, rezando para o vazio, em cerimônias que em nada se diferenciam dos rituais de tribos selvagens que dizem "Uga buga uga uga" para um ídolo de pedra.
Ou vidas estragadas por sentimentos de culpa e pelo medo do inferno por causa de "crimes" como "pensamentos impuros" ou coisa assim.
Você acha normal pais que matam os filhos "porque estavam possuídos pelo demônio"?
Ou espíritas que querem que psicografia seja aceita nos tribunais?
Ou criacionistas que querem que o criacionismo seja ensinado às crianças como verdade?
Ou crentes que acham que espíritas e umbandistas devem ser mortos?
Qualquer coisa que "desliga" a lógica e a razão é perigosa e deve ser combatida. Um pouquinho de religião pode ser inofensivo, mas abrir a porta para a irracionalidade é perigoso.