A pergunta que não quer calar
A pergunta que não quer calar
Porque o Governo Libanês apontou com a possibilidade de colocar o exército a postos para resistir a uma invasão por terra, por parte de Israel, mas nunca colocou o exército a postos para desarticular o grupo terrorista Hezbollah, que opera com bases em seu próprio país, levando terror à toda região?
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: A pergunta que não quer calar
Passarinho que come pedra sabe o cú que tem.
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Re.: A pergunta que não quer calar
e porque você acha que eles devem deixar Israel invadir?
um erro não justifica outro. Não é porque existem grupos terroristas em território libanês que isso dá direito a Israel de invadir, bombardear e massacrar libanêses...
um erro não justifica outro. Não é porque existem grupos terroristas em território libanês que isso dá direito a Israel de invadir, bombardear e massacrar libanêses...

Re.: A pergunta que não quer calar
Porque é um direito constituicional de qualquer nação repelir de uma invasão estrangeira, oras.
Re.: A pergunta que não quer calar
Quando é que Israel respeita a resolução da ONU que diz que deve devolver todos os territórios conquistados em 1967?
Precisamente territórios libaneses e sírios estão ainda ocupados.
Precisamente territórios libaneses e sírios estão ainda ocupados.
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


E fazem questão de colocar mais lenha na fogueira.
The New York Times
22/07/2006
EUA apressam entrega de bombas para israelenses
David S. Clud e Helene Cooper*
em Washington
O governo Bush está apressando a entrega de bombas guiadas de precisão para Israel, que pediu urgência na última semana depois de iniciar sua campanha aérea contra alvos da Hezbollah no Líbano, disseram autoridades americanas na sexta-feira (21/7).
A decisão de enviar armas rapidamente para Israel foi feita com relativamente pouco debate dentro do governo Bush, disseram as autoridades.
A revelação ameaça irritar governos árabes e outros por dar a impressão que os EUA estão ativamente ajudando a campanha de bombardeios israelenses, de uma forma que poderia ser comparada aos esforços do Irã para armar e suprir a Hezbollah.
As munições que os EUA estão enviando a Israel fazem parte de um pacote de vendas de milhões de dólares, aprovado no ano passado, que permite que Israel faça suas encomendas na medida do necessário, disseram as autoridades. Mas o pedido de Israel para entrega rápida das bombas guiadas por laser e satélite foi descrito por alguns oficiais como incomum e uma indicação de que o país tinha uma longa lista de alvos no Líbano ainda para atacar.
A secretária de Estado Condoleezza Rice disse na sexta-feira que irá para Israel no domingo, para o início de uma rodada de diplomacia do Oriente Médio. O plano original era incluir uma parada no Cairo, Egito, mas a secretária não anunciou escalas em capitais árabes.
Em vez disso, a reunião de enviados árabes e europeus que seria no Cairo ocorrerá na Itália, disseram autoridades ocidentais. Os governos árabes inicialmente criticaram a Hezbollah por incitar a guerra com Israel no Líbano, mas há um descontentamento crescente nos países árabes com o número de mortes civis no Líbano. Assim, os governos árabes temem hospedar Rice antes de um pacote de cessar-fogo.
Uma reunião em capital árabe antes de uma solução diplomática, "identificaria os árabes como parceiros primários dos EUA neste projeto, em uma época em que a Hezbollah está acusando os líderes árabes de dar cobertura à operação militar israelense", disse Martin S. Indyk, ex-embaixador americano em Israel.
A decisão de ficar longe dos países árabes por enquanto é uma estratégia diplomática bem diferente da usada por governos anteriores em suas mediações no Oriente Médio. "Não tenho interesse no uso da diplomacia para que o Líbano e Israel voltem à situação anterior", disse Rice na sexta-feira. "Poderia ter entrado em um avião e começado a viajar de um lado para o outro, e a meta não ficaria clara."
Antes de Rice se dirigir para Israel no domingo, ela vai se encontrar com o presidente Bush na Casa Branca para discussões sobre a crise do Oriente Médio com dois enviados sauditas, Saud Al-Faisal, ministro de relações exteriores, e príncipe Bandar bin Sultan, secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional.
O novo carregamento de armas para Israel não foi anunciado publicamente, e os funcionários que descreveram a decisão de apressar o carregamento de munições para Israel só aceitaram discutir o assunto depois de receberem garantias de anonimato. Os funcionários eram de duas agências do governo, e um descreveu o carregamento como apenas um exemplo de uma ampla gama de armamentos que os EUA há muito fornecem para Israel.
Uma autoridade americana disse que o carregamento não deve ser comparado ao "fornecimento de emergência" aos armazéns vazios israelenses, durante a guerra árabe-israelense de 1973, quando transportes aéreos militares americanos ajudaram Israel a se recuperar de vitórias iniciais árabes.
David Siegel, porta-voz da embaixada israelense em Washington, disse:
"Estamos usando munições guiadas de precisão para neutralizar a capacidade militares da Hezbollah e para minimizar os danos aos civis. Como regra, entretanto, não comentamos as aquisições de defesa de Israel."
A necessidade de munições de precisão deve-se em parte à estratégia de Israel no Líbano, que inclui destruir abrigos subterrâneos reforçados onde líderes da Hezbollah teriam se refugiado, além de armazéns de mísseis e outros alvos que seriam difíceis de atingir sem bombas guiadas a laser ou por satélite.
Oficiais americanos recusaram-se a descrever em detalhes o tamanho e o conteúdo do carregamento para Israel e não disseram se as munições estavam sendo enviadas por avião ou outros meios. Mas o pacote de venda de armas aprovado no ano passado permite a Israel comprar dos EUA até 100 GBU-28, que são bombas guiadas a laser de 2.200 kg, com a intenção de destruir bunkers de concreto. O pacote também fornece munições guiadas por satélite.
O anúncio em 2005 que Israel tinha recebido autorização para comprar as armas "destruidoras de abrigos" descreveu a GBU-28 como "uma arma especial desenvolvida para penetrar em centros de comandos reforçados localizados profundamente no subsolo". O documento acrescentava: "A Força Aérea Israelense usará essas GBU-28 em aviões F-15."
Autoridades americanas disseram que, depois de aprovada a compra de armas, cabe à nação compradora estabelecer um cronograma de entrega. Mas uma autoridade americana disse que normalmente as entregas não são feitas com poucos dias após o pedido. Houve uma exceção porque Israel é um aliado próximo enfrentando hostilidades, disse.
Apesar de Israel ter algumas bombas de precisão em seus estoques quando a campanha do Líbano começou, os Israelenses talvez não tenham recebido todas as armas que tinham direito sob a venda de 2005. Israel disse que as forças aéreas tinham lançado 23 toneladas de explosivos apenas na noite de quarta-feira em Beirute, em um esforço de destruir o que acreditavam ser um abrigo usado por altas autoridades da Hezbollah.
Uma alta autoridade israelense disse na sexta-feira que os ataques até agora cortaram a força militar da Hezbollah ao meio, mas que a campanha poderá continuar por duas semanas ou mais. "Vamos manter a campanha aérea pesada", disse ele. "Não há limite de tempo. Vamos terminar quando alcançarmos nossos objetivos."
O governo Bush anunciou na quinta-feira uma venda de equipamentos militares para a Arábia Saudita, no valor de mais de US$ 6 bilhões (em torno de R$ 13 bilhões). Talvez a medida quisesse defletir a inevitável revolta dos governos árabes com a decisão de fornecer munições a Israel caso o esforço se tornasse público.
Na sexta-feira, membros do governo Bush descreveram os planos de estratégia diplomática que Rice seguirá. Em Roma, os EUA vão tentar fechar um pacote que oferecerá incentivos ao Líbano, sob a condição de implementação da resolução da ONU que pede o desarmamento da Hezbollah.
Diplomatas também vão tentar esclarecer os detalhes em torno da criação de uma eventual força de paz internacional e quais países contribuiriam para tanto. Alemanha e Rússia indicaram que estariam dispostas a contribuir com forças; Rice disse que os EUA provavelmente não.
Um cessar-fogo estaria implícito no eventual pacote diplomático. Mas uma alta autoridade americana disse que ainda não estava claro se, sob tal plano, seria exigido da Hezbollah que se retirasse do Sul do Líbano e se comprometesse a um cessar-fogo ou se os diplomatas americanos contarão com o bombardeio contínuo de Israel para tornar irrelevante a aquiescência da Hezbollah.
Daniel Ayalon, embaixador de Israel em Washington, disse que Israel não descartaria uma força internacional para policiar as fronteiras do Líbano e Síria e patrulhar o Sul do Líbano, onde a Hezbollah tem um reduto. Mas ele disse que Israel estava determinado a primeiro destruir os centros de controle e comando e depósitos de armas da Hezbollah.
*Thom Shanker contribuiu para este artigo
The New York Times
22/07/2006
EUA apressam entrega de bombas para israelenses
David S. Clud e Helene Cooper*
em Washington
O governo Bush está apressando a entrega de bombas guiadas de precisão para Israel, que pediu urgência na última semana depois de iniciar sua campanha aérea contra alvos da Hezbollah no Líbano, disseram autoridades americanas na sexta-feira (21/7).
A decisão de enviar armas rapidamente para Israel foi feita com relativamente pouco debate dentro do governo Bush, disseram as autoridades.
A revelação ameaça irritar governos árabes e outros por dar a impressão que os EUA estão ativamente ajudando a campanha de bombardeios israelenses, de uma forma que poderia ser comparada aos esforços do Irã para armar e suprir a Hezbollah.
As munições que os EUA estão enviando a Israel fazem parte de um pacote de vendas de milhões de dólares, aprovado no ano passado, que permite que Israel faça suas encomendas na medida do necessário, disseram as autoridades. Mas o pedido de Israel para entrega rápida das bombas guiadas por laser e satélite foi descrito por alguns oficiais como incomum e uma indicação de que o país tinha uma longa lista de alvos no Líbano ainda para atacar.
A secretária de Estado Condoleezza Rice disse na sexta-feira que irá para Israel no domingo, para o início de uma rodada de diplomacia do Oriente Médio. O plano original era incluir uma parada no Cairo, Egito, mas a secretária não anunciou escalas em capitais árabes.
Em vez disso, a reunião de enviados árabes e europeus que seria no Cairo ocorrerá na Itália, disseram autoridades ocidentais. Os governos árabes inicialmente criticaram a Hezbollah por incitar a guerra com Israel no Líbano, mas há um descontentamento crescente nos países árabes com o número de mortes civis no Líbano. Assim, os governos árabes temem hospedar Rice antes de um pacote de cessar-fogo.
Uma reunião em capital árabe antes de uma solução diplomática, "identificaria os árabes como parceiros primários dos EUA neste projeto, em uma época em que a Hezbollah está acusando os líderes árabes de dar cobertura à operação militar israelense", disse Martin S. Indyk, ex-embaixador americano em Israel.
A decisão de ficar longe dos países árabes por enquanto é uma estratégia diplomática bem diferente da usada por governos anteriores em suas mediações no Oriente Médio. "Não tenho interesse no uso da diplomacia para que o Líbano e Israel voltem à situação anterior", disse Rice na sexta-feira. "Poderia ter entrado em um avião e começado a viajar de um lado para o outro, e a meta não ficaria clara."
Antes de Rice se dirigir para Israel no domingo, ela vai se encontrar com o presidente Bush na Casa Branca para discussões sobre a crise do Oriente Médio com dois enviados sauditas, Saud Al-Faisal, ministro de relações exteriores, e príncipe Bandar bin Sultan, secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional.
O novo carregamento de armas para Israel não foi anunciado publicamente, e os funcionários que descreveram a decisão de apressar o carregamento de munições para Israel só aceitaram discutir o assunto depois de receberem garantias de anonimato. Os funcionários eram de duas agências do governo, e um descreveu o carregamento como apenas um exemplo de uma ampla gama de armamentos que os EUA há muito fornecem para Israel.
Uma autoridade americana disse que o carregamento não deve ser comparado ao "fornecimento de emergência" aos armazéns vazios israelenses, durante a guerra árabe-israelense de 1973, quando transportes aéreos militares americanos ajudaram Israel a se recuperar de vitórias iniciais árabes.
David Siegel, porta-voz da embaixada israelense em Washington, disse:
"Estamos usando munições guiadas de precisão para neutralizar a capacidade militares da Hezbollah e para minimizar os danos aos civis. Como regra, entretanto, não comentamos as aquisições de defesa de Israel."
A necessidade de munições de precisão deve-se em parte à estratégia de Israel no Líbano, que inclui destruir abrigos subterrâneos reforçados onde líderes da Hezbollah teriam se refugiado, além de armazéns de mísseis e outros alvos que seriam difíceis de atingir sem bombas guiadas a laser ou por satélite.
Oficiais americanos recusaram-se a descrever em detalhes o tamanho e o conteúdo do carregamento para Israel e não disseram se as munições estavam sendo enviadas por avião ou outros meios. Mas o pacote de venda de armas aprovado no ano passado permite a Israel comprar dos EUA até 100 GBU-28, que são bombas guiadas a laser de 2.200 kg, com a intenção de destruir bunkers de concreto. O pacote também fornece munições guiadas por satélite.
O anúncio em 2005 que Israel tinha recebido autorização para comprar as armas "destruidoras de abrigos" descreveu a GBU-28 como "uma arma especial desenvolvida para penetrar em centros de comandos reforçados localizados profundamente no subsolo". O documento acrescentava: "A Força Aérea Israelense usará essas GBU-28 em aviões F-15."
Autoridades americanas disseram que, depois de aprovada a compra de armas, cabe à nação compradora estabelecer um cronograma de entrega. Mas uma autoridade americana disse que normalmente as entregas não são feitas com poucos dias após o pedido. Houve uma exceção porque Israel é um aliado próximo enfrentando hostilidades, disse.
Apesar de Israel ter algumas bombas de precisão em seus estoques quando a campanha do Líbano começou, os Israelenses talvez não tenham recebido todas as armas que tinham direito sob a venda de 2005. Israel disse que as forças aéreas tinham lançado 23 toneladas de explosivos apenas na noite de quarta-feira em Beirute, em um esforço de destruir o que acreditavam ser um abrigo usado por altas autoridades da Hezbollah.
Uma alta autoridade israelense disse na sexta-feira que os ataques até agora cortaram a força militar da Hezbollah ao meio, mas que a campanha poderá continuar por duas semanas ou mais. "Vamos manter a campanha aérea pesada", disse ele. "Não há limite de tempo. Vamos terminar quando alcançarmos nossos objetivos."
O governo Bush anunciou na quinta-feira uma venda de equipamentos militares para a Arábia Saudita, no valor de mais de US$ 6 bilhões (em torno de R$ 13 bilhões). Talvez a medida quisesse defletir a inevitável revolta dos governos árabes com a decisão de fornecer munições a Israel caso o esforço se tornasse público.
Na sexta-feira, membros do governo Bush descreveram os planos de estratégia diplomática que Rice seguirá. Em Roma, os EUA vão tentar fechar um pacote que oferecerá incentivos ao Líbano, sob a condição de implementação da resolução da ONU que pede o desarmamento da Hezbollah.
Diplomatas também vão tentar esclarecer os detalhes em torno da criação de uma eventual força de paz internacional e quais países contribuiriam para tanto. Alemanha e Rússia indicaram que estariam dispostas a contribuir com forças; Rice disse que os EUA provavelmente não.
Um cessar-fogo estaria implícito no eventual pacote diplomático. Mas uma alta autoridade americana disse que ainda não estava claro se, sob tal plano, seria exigido da Hezbollah que se retirasse do Sul do Líbano e se comprometesse a um cessar-fogo ou se os diplomatas americanos contarão com o bombardeio contínuo de Israel para tornar irrelevante a aquiescência da Hezbollah.
Daniel Ayalon, embaixador de Israel em Washington, disse que Israel não descartaria uma força internacional para policiar as fronteiras do Líbano e Síria e patrulhar o Sul do Líbano, onde a Hezbollah tem um reduto. Mas ele disse que Israel estava determinado a primeiro destruir os centros de controle e comando e depósitos de armas da Hezbollah.
*Thom Shanker contribuiu para este artigo
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: A pergunta que não quer calar
Ao menos já não dizem fazerem guerras com arsenal adquirido no mercado negro...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Re.: A pergunta que não quer calar
Bem... quem vai á guerra dá e leva. A verdade é que Israel responde porque prefere a acção á diplomacia. E a diplomacia naquela zona nunca resultou porque há demasiados Pistoleros á solta. Por isso acho normal tudo aquilo. Há 40 anos que é assim. Acho que tudo o que acontece naquela zona é ação e reação pura. Já se perdeu o sentido das proporções há muito tempo... Dos 2 lados...
Re: Re.: A pergunta que não quer calar
Cisco escreveu:Bem... quem vai á guerra dá e leva. A verdade é que Israel responde porque prefere a acção á diplomacia. E a diplomacia naquela zona nunca resultou porque há demasiados Pistoleros á solta. Por isso acho normal tudo aquilo. Há 40 anos que é assim.
Se quer guerra que vá...
Entre logo, e não fique bombardeando as populações civis...
Caso contrário, não comece aquilo que não está disposto a terminar...
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Re.: A pergunta que não quer calar
Pug, já não há sentido das proporções (é tudo uma grande merda sem lógica). O Hezbolhah sabe que Israel vai Bombardear populações civis porque o Hezbolah está no meio dessas populações... e mesmo assim fazem as suas bases no meio dos civis. E fazem-no porque não têm outra hipótese... em termos estratégicos. É o triunfo dos Porcos... sendo que os 2 lados (os que Bombardeiam e os que usam escudos humanos) são Porcos. Hezbolah... Hamas, etc... têm imensas culpas pela não existência de um estado Palestino. Não acho que Porcos podem resolver aquela porcaria. Só podem chafurdar na merda como têm feito até agora...
Re.: A pergunta que não quer calar
Escatologia... 

Re.: A pergunta que não quer calar
Israel tem todo direito de se prevenir contra uma invasão, mas nada justifica mortes de civis.
O que mais parece, é que a tal "prevenção", é uma desculpa para se matar muçulmanos.
E é claro que todo mundo se faz de surdo, cego e até mudo: São apenas muçulmanos morrendo mesmo.
Aposto que se fossem norte-americanos sendo IGUALMENTE bombardeados a indignação seria infinitamente maior.
E depois ninguém entende porque as pessoas la daquela região crescem com ódio...
O que mais parece, é que a tal "prevenção", é uma desculpa para se matar muçulmanos.
E é claro que todo mundo se faz de surdo, cego e até mudo: São apenas muçulmanos morrendo mesmo.
Aposto que se fossem norte-americanos sendo IGUALMENTE bombardeados a indignação seria infinitamente maior.
E depois ninguém entende porque as pessoas la daquela região crescem com ódio...
"Uau! O Brasil é grande"
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Re: Re.: A pergunta que não quer calar
Cisco escreveu:Pug, já não há sentido das proporções (é tudo uma grande merda sem lógica). O Hezbolhah sabe que Israel vai Bombardear populações civis porque o Hezbolah está no meio dessas populações... e mesmo assim fazem as suas bases no meio dos civis. E fazem-no porque não têm outra hipótese... em termos estratégicos. É o triunfo dos Porcos... sendo que os 2 lados (os que Bombardeiam e os que usam escudos humanos) são Porcos. Hezbolah... Hamas, etc... têm imensas culpas pela não existência de um estado Palestino. Não acho que Porcos podem resolver aquela porcaria. Só podem chafurdar na merda como têm feito até agora...
Já eu culpo o mundo inteiro

O mundo podia ter decidido o que deseja naquele lugar, sabendo que metade dos problemas mundiais acabariam, impressionante como se estão lixando...
Fala-se de uma força da ONU e Israel admite a possibilidade, mas só depois...serei o único a ter-se perguntado e então na Palestina?
De que estão á espera, metam lá porcaria de uma força estrangeira que seria considerada menos hostil e desarme as milicias...
Porcos, parece-me bem aplicado naqueles tristes...
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Re.: A pergunta que não quer calar
[...]
Quando um soldado trouxe ao rei sua espada, Salomão disse: - Cortem a criança viva pelo meio e dêem metade para cada mulher.
Quando um soldado trouxe ao rei sua espada, Salomão disse: - Cortem a criança viva pelo meio e dêem metade para cada mulher.
Re: Re.: A pergunta que não quer calar
Pug escreveu:Cisco escreveu:Pug, já não há sentido das proporções (é tudo uma grande merda sem lógica). O Hezbolhah sabe que Israel vai Bombardear populações civis porque o Hezbolah está no meio dessas populações... e mesmo assim fazem as suas bases no meio dos civis. E fazem-no porque não têm outra hipótese... em termos estratégicos. É o triunfo dos Porcos... sendo que os 2 lados (os que Bombardeiam e os que usam escudos humanos) são Porcos. Hezbolah... Hamas, etc... têm imensas culpas pela não existência de um estado Palestino. Não acho que Porcos podem resolver aquela porcaria. Só podem chafurdar na merda como têm feito até agora...
Já eu culpo o mundo inteiro![]()
O mundo podia ter decidido o que deseja naquele lugar, sabendo que metade dos problemas mundiais acabariam, impressionante como se estão lixando...
Fala-se de uma força da ONU e Israel admite a possibilidade, mas só depois...serei o único a ter-se perguntado e então na Palestina?
De que estão á espera, metam lá porcaria de uma força estrangeira que seria considerada menos hostil e desarme as milicias...
Porcos, parece-me bem aplicado naqueles tristes...
Para incluir o resto do mundo... falta meter o petróleo na Equaçao. E sabe-se que existe uma guerra surda entre xiitas e sunitas que também impede que o problema se resolva. Temos o Irao xiita e o seu Petróleo (que é muito importante para a India). E os Russos tem fortes investimentos no Irao também... Temos a Aurábia Saudita (amiga dos Americanos) que odeia o Hezbolah... Temos a Al-Qaeda Sunita que faz propaganda como ninguém. Enfim, aquilo é uma confusao dos diabos. Mas quando o petróleo acabar, metade da equaçao ficará resolvida automáticamente...
- Luis Dantas
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Re: A pergunta que não quer calar
Alter-ego escreveu:Porque o Governo Libanês apontou com a possibilidade de colocar o exército a postos para resistir a uma invasão por terra, por parte de Israel, mas nunca colocou o exército a postos para desarticular o grupo terrorista Hezbollah, que opera com bases em seu próprio país, levando terror à toda região?
A resposta é muito simples: porque Israel é visto, com relativa propriedade, como sendo o "invasor estrangeiro" - e a sua inclinação a atingir alvos civis não ajuda em nada na construção de boa vontade.
Por contraste, o Hezbollah e outros são, ao menos segundo eles próprios, simpatizantes da população do Líbano e com certeza tem muito mais simpatizantes nesse país do que os militares israelenses. Por que o governo do Líbano iria querer descobrir os limites exatos da obediência e tolerância de seu próprio exército e população, correndo o risco de criar uma conturbação interna séria? Mais tentador é simplesmente ir levando.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
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Re.: A pergunta que não quer calar
O problema Dantas... é que logo após a formaçao do Estado de Israel... Israel foi Invadido por países muçulmanos. E como a Filosofia deles (Arabes e Judeus) é "o olho por olho dente por dente"... aquilo está assim.
E Depois existe o argumento de que há uma resoluçao da ONU que obriga ao desmantelamento do Hezbolah. Israel está a atacar com esse pretexto. Há um movimento ilegal (hezbolah, que ataca constantemente Israel) num país soberano (libano) que nada fez para se livrar do hezbolah. Portanto... se o Libano nada faz... Israel, que é atacado por um movimento a coberto de num estado soberano, faz...
E Depois existe o argumento de que há uma resoluçao da ONU que obriga ao desmantelamento do Hezbolah. Israel está a atacar com esse pretexto. Há um movimento ilegal (hezbolah, que ataca constantemente Israel) num país soberano (libano) que nada fez para se livrar do hezbolah. Portanto... se o Libano nada faz... Israel, que é atacado por um movimento a coberto de num estado soberano, faz...
Re.: A pergunta que não quer calar
Cada um usa a resolução que lhe dá jeito
Uma diz que o hezbolhah deve desarmar.
Outra que Israel deve retirar-se de todos os territórios ocupados.
Existem para todos os gostos.
E assim decorrerá até que todos sejam cegos e desdentados...

Uma diz que o hezbolhah deve desarmar.
Outra que Israel deve retirar-se de todos os territórios ocupados.
Existem para todos os gostos.
E assim decorrerá até que todos sejam cegos e desdentados...
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Re.: A pergunta que não quer calar
Como dizia o Ghandi...
Aquilo é complexo. É quase impossível para mim tomar partido. Tomo partido pelos inocentes que apanham (Judeus e Árabes). E os políticos dos 2 lados sao os Porcos...

Aquilo é complexo. É quase impossível para mim tomar partido. Tomo partido pelos inocentes que apanham (Judeus e Árabes). E os políticos dos 2 lados sao os Porcos...
- Luis Dantas
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Re: Re.: A pergunta que não quer calar
Cisco escreveu:O problema Dantas... é que logo após a formaçao do Estado de Israel... Israel foi Invadido por países muçulmanos.
De fato. Foi uma questão de horas apenas. E não foi de forma alguma uma surpresa para Israel, que por sinal ganhou muito território na guerra que começou então.
Não acho que se deve tratar Israel como vítima. As autoridades israelenses nunca foram mansas ovelhas, e tem mostrado enorme calculismo e oportunismo. Tenho certeza de que poderiam ter encontrado maneiras menos destrutivas de defender sua população e sua identidade cultural se realmente quisessem.
E como a Filosofia deles (Arabes e Judeus) é "o olho por olho dente por dente"... aquilo está assim.
Quem me dera fosse assim. Historicamente os dois lados parecem mais inclinados a arrancar a cabeça do outro para vingar o olho e o orgulho perdidos. Quanto mais força um dos lados mostra, mais fanática e extremada é a reação oposta.
E Depois existe o argumento de que há uma resoluçao da ONU que obriga ao desmantelamento do Hezbolah. Israel está a atacar com esse pretexto. Há um movimento ilegal (hezbolah, que ataca constantemente Israel) num país soberano (libano) que nada fez para se livrar do hezbolah. Portanto... se o Libano nada faz... Israel, que é atacado por um movimento a coberto de num estado soberano, faz...
A lei é criada por motivos políticos, mas não tem poder de mudar o direito moral a esse ponto. Não me interessa quem é ou não soberano; atacar alvos civis, mesmo que indiretamente, apenas para garantir ou aumentar prestígio político é um ato abominável. Que a população israelense aceite passivamente esse estado de coisas é uma enorme vergonha para eles. Que o governo sírio, iraniano ou libanês não se dediquem a conter o Hezbollah é igualmente uma enorme vergonha para eles... mas pelo menos esses governos, por mais hipócritas ou oportunistas que possam ser, não estão no momento tentando chamar extermínio de civis de legítima ação militar como Israel faz.
A propósito, permita-me recomendar um artigo sobre a situação atual no Oriente Médio. Quem o recomendou foi um judeu americano, Mark Evanier, em seu blog.
http://www.slate.com/id/2146050/
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Muito bom artigo Luis.
Já disse no forum que o bom em Ronald Reagan consistia numa visão correcta da diplomacia.
Administração Bush com a politica de não comunicar tem tido rendido em zero...
Bill Clinton foi outro presidente que usou da diplomacia com resultados aceitáveis. Sobe a sua presidência deram-se passos até então impensáveis...com a sua saída trataram de os destruir...
Administração George Bush um flagelo que o mundo se lembrará por muitos anos...
Já disse no forum que o bom em Ronald Reagan consistia numa visão correcta da diplomacia.
Administração Bush com a politica de não comunicar tem tido rendido em zero...
Bill Clinton foi outro presidente que usou da diplomacia com resultados aceitáveis. Sobe a sua presidência deram-se passos até então impensáveis...com a sua saída trataram de os destruir...
Administração George Bush um flagelo que o mundo se lembrará por muitos anos...
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- Fernando Silva
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Re.: A pergunta que não quer calar
Um artigo sobre como Israel deveria aproveitar a oportunidade para exterminar o Hezbollah, de preferência evitando matar inocentes:
O que acontecerá daqui por diante?
Martin Kramer
A arrogância do Hezbollah criou uma oportunidade para Israel. Desde a retirada israelense do Líbano, o grupo se regozijou na ilusão de que derrotara Israel. Ele começou a se vender como a única força disposta e capaz de enfrentar o país. O Hezbollah perdeu o respeito pelo poder israelense e começou a pintar Israel como incapaz de sustentar um conflito prolongado. O xeque Nasrallah permitiu que um culto à personalidade se desenvolvesse a seu redor e cada vez mais parece que os altos escalões do Hezbollah começaram a acreditar em sua própria propaganda. Duvido que esperassem que a reação israelense fosse tão rápida, extensa e destrutiva como tem sido.
O Hezbollah cometeu um erro de cálculo estratégico e não percebeu as mudanças estratégicas mais amplas. O tema regional mais importante hoje é a questão nuclear iraniana, não o Hamas ou a questão palestina. Se o Hezbollah tivesse entendido isso, teria se agachado até que o Irã precisasse dele numa megacrise com os EUA. Nesse ponto, suas ameaças a Israel teriam sido somadas à capacidade bélica do Irã e talvez os EUA pensassem duas vezes.
De qualquer modo, é interesse de Israel e dos EUA lidar com a ameaça agora, e não depois, no meio de uma crise mais perigosa sobre os planos nucleares do Irã. Por isso uma guerra agora para debilitar o Hezbollah é um interesse compartilhado dos EUA e de Israel, o que significa que Israel pode fazer a guerra sem muitos constrangimentos. O Hezbollah se acha agora gastando todos os seus meios militares que deveriam servir a um propósito maior do que libertar alguns prisioneiros libaneses ou marcar pontos de propaganda. Em suma, o Hezbollah errou na mão, e Israel está aproveitando o erro.
Pôr fim à crise obviamente não é um fim em si mesmo. O objetivo deve ser reduzir o Hezbollah a um fator irrisório nos cálculos maiores. Levará alguns anos para reverter os anos de negligência, e o Hezbollah não deixará que o halo sobre sua cabeça seja destruído sem luta. Mas Israel tem permissão dos EUA para fazer as coisas a seu ritmo agora, e seria uma tolice não usá-la. De qualquer modo, Israel não tem escolha. O islamismo preencheu o espaço antes ocupado pelo nacionalismo árabe no tempo de Nasser: uma ideologia de rejeição, resistência e falsa promessa de um Oriente Médio sem Israel. A retirada de Israel do Líbano e de Gaza - qualquer que sejam seus méritos - só alimentou este islamismo com um folclore de sacrifício e vitória. Os islamistas têm uma narrativa e acham que o mundo se conforma a ela.
Este é o objetivo aqui também e vários eventos podem ameaçar esse cenário. Não é tanto o que o Hezbollah poderia fazer, mas os erros que Israel poderia cometer. Os problemas principais mais óbvios são demasiados “danos colaterais” ou a reocupação de parte do Líbano. Qualquer um deles poderia minar a legitimidade de Israel, o apoio americano e deixar os israelenses isolados. Uma vez que este é um governo novo liderado por um premier novo, é impossível predizer se eles saberão como lidar com as reviravoltas inesperadas inevitáveis numa guerra.
MARTIN KRAMER é pesquisador do Instituto para Políticas de Oriente Médio de Washington
O que acontecerá daqui por diante?
Martin Kramer
A arrogância do Hezbollah criou uma oportunidade para Israel. Desde a retirada israelense do Líbano, o grupo se regozijou na ilusão de que derrotara Israel. Ele começou a se vender como a única força disposta e capaz de enfrentar o país. O Hezbollah perdeu o respeito pelo poder israelense e começou a pintar Israel como incapaz de sustentar um conflito prolongado. O xeque Nasrallah permitiu que um culto à personalidade se desenvolvesse a seu redor e cada vez mais parece que os altos escalões do Hezbollah começaram a acreditar em sua própria propaganda. Duvido que esperassem que a reação israelense fosse tão rápida, extensa e destrutiva como tem sido.
O Hezbollah cometeu um erro de cálculo estratégico e não percebeu as mudanças estratégicas mais amplas. O tema regional mais importante hoje é a questão nuclear iraniana, não o Hamas ou a questão palestina. Se o Hezbollah tivesse entendido isso, teria se agachado até que o Irã precisasse dele numa megacrise com os EUA. Nesse ponto, suas ameaças a Israel teriam sido somadas à capacidade bélica do Irã e talvez os EUA pensassem duas vezes.
De qualquer modo, é interesse de Israel e dos EUA lidar com a ameaça agora, e não depois, no meio de uma crise mais perigosa sobre os planos nucleares do Irã. Por isso uma guerra agora para debilitar o Hezbollah é um interesse compartilhado dos EUA e de Israel, o que significa que Israel pode fazer a guerra sem muitos constrangimentos. O Hezbollah se acha agora gastando todos os seus meios militares que deveriam servir a um propósito maior do que libertar alguns prisioneiros libaneses ou marcar pontos de propaganda. Em suma, o Hezbollah errou na mão, e Israel está aproveitando o erro.
Pôr fim à crise obviamente não é um fim em si mesmo. O objetivo deve ser reduzir o Hezbollah a um fator irrisório nos cálculos maiores. Levará alguns anos para reverter os anos de negligência, e o Hezbollah não deixará que o halo sobre sua cabeça seja destruído sem luta. Mas Israel tem permissão dos EUA para fazer as coisas a seu ritmo agora, e seria uma tolice não usá-la. De qualquer modo, Israel não tem escolha. O islamismo preencheu o espaço antes ocupado pelo nacionalismo árabe no tempo de Nasser: uma ideologia de rejeição, resistência e falsa promessa de um Oriente Médio sem Israel. A retirada de Israel do Líbano e de Gaza - qualquer que sejam seus méritos - só alimentou este islamismo com um folclore de sacrifício e vitória. Os islamistas têm uma narrativa e acham que o mundo se conforma a ela.
Este é o objetivo aqui também e vários eventos podem ameaçar esse cenário. Não é tanto o que o Hezbollah poderia fazer, mas os erros que Israel poderia cometer. Os problemas principais mais óbvios são demasiados “danos colaterais” ou a reocupação de parte do Líbano. Qualquer um deles poderia minar a legitimidade de Israel, o apoio americano e deixar os israelenses isolados. Uma vez que este é um governo novo liderado por um premier novo, é impossível predizer se eles saberão como lidar com as reviravoltas inesperadas inevitáveis numa guerra.
MARTIN KRAMER é pesquisador do Instituto para Políticas de Oriente Médio de Washington
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Re.: A pergunta que não quer calar
Um artigo onde se sugere que o mundo se una para acabar com o conflito:
Rio, 23 de julho de 2006 "O Globo"
As forças da desordem
Thomas Friedman
TEL AVIV. Uma pequena notícia no “Jerusalem Post” outro dia chamou minha atenção. Dizia que a companhia telefônica israelense, Bezeq, estava instalando conexões de alta velocidade em abrigos antibombas para que israelenses possam surfar na web enquanto esperam por ataques do Hezbollah.
Vi a história de duas formas. Uma, como símbolo da capacidade israelense de se adaptar a qualquer tipo de guerra. Outra, como uma expressão inconsciente do que as pessoas começam a sentir: esta não é uma guerra comum, e provavelmente não terminará logo. Num momento em que a maioria dos Estados árabes se reconciliou com Israel e sua disputa agora é sobre onde as fronteiras deveriam estar, a milícia xiita do Hezbollah, apoiada pelo Irã, armada com 12 mil foguetes, diz que fronteiras são irrelevantes.
Por isso vejo amigos apoiando totalmente as ações do seu governo. Ao mesmo tempo, encontro um sentimento de ansiedade de que Israel está encarando no Hezbollah um inimigo que está determinado a transformar este conflito numa guerra religiosa - a partir de uma guerra sobre território - e deseja fazê-lo de uma forma que ameaça não apenas Israel mas os fundamentos da estabilidade global.
O Hezbollah construiu um Estado dentro de um Estado no Líbano, e insistiu em lançar seu próprio ataque contra Israel que expôs todo o Líbano à retaliação. Violou a fronteira internacional sacramentada pela ONU.
Não é apenas outra guerra árabe-israelense. É sobre alguns dos mais básicos fundamentos da ordem internacional - fronteiras e soberania.
O Líbano não foi capaz de produzir uma coerência interna para controlar o Hezbollah. O único modo de essa guerra chegar a alguma conclusão estável é se O Mundo da Ordem - e eu não falo apenas em “Ocidente”, mas em países como Rússia, China, Índia, Egito, Jordânia e Arábia Saudita - unir-se numa força internacional que possa escoltar o Exército libanês à fronteira com Israel e permanecer à mão para protegê-lo contra o Hezbollah.
Não falo de uma força de paz da ONU. Mas de uma força internacional como a que libertou o Kosovo.
Nada faria as forças da desordem retrocederem no Líbano mais do que O Mundo da Ordem ajudando a estender o poder do governo democraticamente eleito do país a suas fronteiras com Israel.
Infelizmente, em parte devido ao ressentimento e ciúme de China, Rússia e Europa em relação aos EUA, e em parte devido à tola abordagem de Bush que disse que o poder unilateral da América era mais importante do que uma ação legítima de um consenso global, as forças globais da ordem hoje não estão completamente unidas.
É hora de O Mundo da Ordem agir. Esta não é a luta de Israel sozinho - e se alguém quer realmente ver uma resposta “desproporcional” israelense é só deixar Israel lutando sozinho.
As forças da desordem - Hezbollah, al-Qaeda, Irã - são uma tsunami política que faz necessária uma frente unida para derrotá-la. E essa frente necessita ser liderada pelos líderes americanos que compreendam que nosso poder é mais eficaz quando é legitimado por um consenso global e imerso numa coalizão global.
THOMAS FRIEDMAN é colunista do New York Times
Rio, 23 de julho de 2006 "O Globo"
As forças da desordem
Thomas Friedman
TEL AVIV. Uma pequena notícia no “Jerusalem Post” outro dia chamou minha atenção. Dizia que a companhia telefônica israelense, Bezeq, estava instalando conexões de alta velocidade em abrigos antibombas para que israelenses possam surfar na web enquanto esperam por ataques do Hezbollah.
Vi a história de duas formas. Uma, como símbolo da capacidade israelense de se adaptar a qualquer tipo de guerra. Outra, como uma expressão inconsciente do que as pessoas começam a sentir: esta não é uma guerra comum, e provavelmente não terminará logo. Num momento em que a maioria dos Estados árabes se reconciliou com Israel e sua disputa agora é sobre onde as fronteiras deveriam estar, a milícia xiita do Hezbollah, apoiada pelo Irã, armada com 12 mil foguetes, diz que fronteiras são irrelevantes.
Por isso vejo amigos apoiando totalmente as ações do seu governo. Ao mesmo tempo, encontro um sentimento de ansiedade de que Israel está encarando no Hezbollah um inimigo que está determinado a transformar este conflito numa guerra religiosa - a partir de uma guerra sobre território - e deseja fazê-lo de uma forma que ameaça não apenas Israel mas os fundamentos da estabilidade global.
O Hezbollah construiu um Estado dentro de um Estado no Líbano, e insistiu em lançar seu próprio ataque contra Israel que expôs todo o Líbano à retaliação. Violou a fronteira internacional sacramentada pela ONU.
Não é apenas outra guerra árabe-israelense. É sobre alguns dos mais básicos fundamentos da ordem internacional - fronteiras e soberania.
O Líbano não foi capaz de produzir uma coerência interna para controlar o Hezbollah. O único modo de essa guerra chegar a alguma conclusão estável é se O Mundo da Ordem - e eu não falo apenas em “Ocidente”, mas em países como Rússia, China, Índia, Egito, Jordânia e Arábia Saudita - unir-se numa força internacional que possa escoltar o Exército libanês à fronteira com Israel e permanecer à mão para protegê-lo contra o Hezbollah.
Não falo de uma força de paz da ONU. Mas de uma força internacional como a que libertou o Kosovo.
Nada faria as forças da desordem retrocederem no Líbano mais do que O Mundo da Ordem ajudando a estender o poder do governo democraticamente eleito do país a suas fronteiras com Israel.
Infelizmente, em parte devido ao ressentimento e ciúme de China, Rússia e Europa em relação aos EUA, e em parte devido à tola abordagem de Bush que disse que o poder unilateral da América era mais importante do que uma ação legítima de um consenso global, as forças globais da ordem hoje não estão completamente unidas.
É hora de O Mundo da Ordem agir. Esta não é a luta de Israel sozinho - e se alguém quer realmente ver uma resposta “desproporcional” israelense é só deixar Israel lutando sozinho.
As forças da desordem - Hezbollah, al-Qaeda, Irã - são uma tsunami política que faz necessária uma frente unida para derrotá-la. E essa frente necessita ser liderada pelos líderes americanos que compreendam que nosso poder é mais eficaz quando é legitimado por um consenso global e imerso numa coalizão global.
THOMAS FRIEDMAN é colunista do New York Times