A natureza do nojo de pobre

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spink
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A natureza do nojo de pobre

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A natureza do nojo de pobre

Márcio Venciguerra


A ciência mostra agora que existe uma nova forma de exclusão: a exclusão emocional. Os excluídos sociais não são vistos como gente, logo de cara. Isso é um fato. Triste, mas agora é um fato comprovado e recomprovado. É mais fácil sentir inveja dos ricos e orgulho pelos heróis do esporte do que se condoer pela situação de um miserável. A piedade é reservada aos idosos e aos deficientes físicos e não aos moradores de rua ou drogadictos. Estes provocam reações de nojo no cérebro.

E não estamos falando apenas de mauricinhos e patricinhas. Mesmo pessoas preocupadas com problemas sociais não têm empatia imediata quando olham imagens de pobreza extrema, segundo demonstraram recentemente duas pesquisadoras da Universidade Princeton (EUA), Lasana Harris e Susan Fiske. “Em pesquisas anteriores”, disse Susan em entrevista por e-mail, “ficou claro que militantes em favor dos pobres também os consideram estúpidos”.

Lasana e Susan registraram quais emoções surgem nos exames de ressonância magnética de 24 voluntários normais (sem doenças ou lesões). As pessoas assistiram a seqüências de fotos variadas e foram estimuladas a pensar no assunto. Por exemplo, quando era exibida a foto de um morador de rua, as pesquisadoras pediam para o sujeito se imaginar um assistente social, e planejar qual cardápio deveria ser oferecido a eles numa atividade beneficente. Enquanto isso, o aparelho escaneava os miolos, registrando a atividade mental. Isso é, quais circuitos de neurônios eram usados para pensar naquele exato momento.

As pesquisadoras procuravam assinaturas já conhecidas, que significam a entrada em funcionamento de grupos de neurônios relacionados com quatro emoções: orgulho, inveja, piedade e nojo. As reações estão catalogadas num método conhecido como o Modelo de Conteúdo de Estereótipos (Stereotype Content Model, ou SCM), construído a partir de experimentos em 13 nações, normalmente feitos com alunos universitários e voluntários de classe média.

Susan e Lasana têm se dedicado a descobrir os mecanismos do preconceito. Elas querem saber como um ser humano desumaniza um outro, e o quanto isso facilita praticar maldades, como o assassinato e a tortura. Este método, que permite analisar diretamente a emoção, ofereceu uma perspectiva completamente nova e assustadora. Segundo elas, o preconceito é visto tradicionalmente como simples animosidade social e política. Porém, o SCM tem mostrado que alguns são sentimentos piores. A visão de quase todos os grupos sociais costuma ativar o córtex pré-frontal medial, uma região embaixo da testa que só funciona quando a pessoa pensa sobre si mesma, ou sobre outro ser humano. Quase todos os tipos de pessoas, menos os extremamente pobres e os viciados. O pensamento nos miseráveis é processado na insula e amigdala, áreas do cérebro fortemente relacionadas com a sensação de nojo. A imagem de uma privada entupida provoca uma reação semelhante à de um mendigo.

Para as pesquisadoras, a falta de atividade no pré-frontal durante a exibição de fotos de pessoas excluídas mostra que "membros de certos grupos sociais parecem ser desumanizados". Embora as pessoas possam, conscientemente, encarar os excluídos como gente, o cérebro processa como grupos sub-humanos. E não importa se o indivíduo testado está consciente deste fato.

Ninguém interessado no progresso da humanidade tem o direito de ignorar essa evidência, pois é muito contra-intuitiva. A empatia é uma característica muito comum nos seres humanos e este tipo de exclusão emocional não deveria acontecer. O estudo será publicado na próxima revista Psychological Science, com o título Desumanizando os excluídos dos excluídos: neuro-imageamento de respostas à exclusão extrema (Dehumanizing the lowest of the low: neuro-imaging responses to extreme outgroups).

A pesquisa de Princeton alerta para a revisão de nosso modo de fazer política em favor dos excluídos. As pessoas interessadas em valores humanos também não podem se dar ao luxo de cair num conto do vigário antigo e acreditar na prevalência de um sentimento cristão em favor dos mais pobres. Ao contrário, os fomentadores do ódio já começam um passo à nossa frente.

Lutar pela inclusão emocional exige esforço e inteligência. Temos de mostrar as histórias de vida dos miseráveis e humanizar sua imagem se queremos mobilizar corações e mentes. Essa lição, aliás, já é bem conhecida dos fotógrafos interessados em problemas sociais. Lewis Hine se cansou de brigar por causa disso com os outros militantes da Liga Contra do Trabalho Infantil, no início do século XX, no Estados Unidos. Ele relutava em montar uma exposição mais chocante, e dizia que sua tarefa não era fotografar a miséria, mas sim, mostrar uma criança bonita submetida a maus tratos. Feridas expostas não levariam ninguém mais à manifestação, além daquelas pessoas que já militavam arduamente.

Já os jornalistas e cientistas sociais engajados acreditam demais na obrigação de denunciar. Apontar o dedo à ferida pode conquistar consciências, mas a emoção, que é o tipo de pensamento que nos leva à ação, continuará sendo de repulsa. E, é sempre bom lembrar, que os adversários da justiça social já usam esse conhecimento.

Pesquisas da resposta cerebral a produtos de consumo e seus anúncios estão sendo usados pela turma de marketing para viciar com mais eficiência há quase uma década. Sabe-se, por exemplo, que a visão de um carro esportivo dispara circuitos nos cérebros masculinos que costumam ser ativados apenas na observação de uma mulher bonita. Horrível, não?

Eu não me surpreenderia se isso acontecesse até comigo, apesar do meu ódio profundo pelas máquinas mais antidemocráticas já inventadas. Deixam o povo gordo, sujam o mundo, encarnam (enlatam) o máximo do egoísmo humano e dividem os cidadãos entre motoristas e pedestres. Faço questão de deixar o meu mísero tomovinho mil o mais sujo possível para demonstrar esse rancor. No entanto, por mais que eu rejeite a idéia, devo fazer essa injustiça com as mulheres e reagir à maravilhosa visão de um corpo feminino do mesmo modo que vejo a desprezível traseira de um porsche fedorento (ainda por cima um troço inventado por aquele engenheiro nazista). Enfim, a peneira não ajuda a proteger do sol. O conhecimento empírico deve ser usado para nortear nossas ações, mesmo se às vezes nossos miolos nos envergonham. Esse embaraço, porém, pode ser dirimido com a compreensão mais profunda de seu funcionamento.

Em primeiro lugar, não seria evolutivamente sensato se apaixonar por miseráveis, o que de pronto afasta os remediados dos mendigos. Isso não é de todo mal, porque até os mais solidários sabem do risco de abraçar um afogado e afundar junto. Além disso, cair na mendicância é um medo corriqueiro e talvez por isso ative a amigdala, uma região cerebral ligada às sensações mais viscerais possíveis.

Nossas mentes são feitas tanto para discriminar e eliminar inimigos, como para escolher e a agradar amigos. Isso teve uma função na luta entre classes, etnias, tribos e contra a criminalidade. Há sempre o risco de serem criados uns preconceitos desumanizadores, que invariavelmente nos levarão à violência. Susan e Lasana acreditam que esse fenômeno explica a tortura por agentes da lei, a ânsia pela pena de morte e aquele hábito internacional de grupos adolescentes burguesinhos atacarem mendigos. O índio pataxó em Brasília não foi um caso isolado. O Japão vive uma epidemia de ataques a idosos que foram parar nas ruas, vítimas da imprevidência privada.

Trata-se de um estilo clássico de crime, para o qual os pais e educadores deveriam dar atenção sem idealizações humanistas bobas. Especialmente porque o comportamento de pelotão assumido por esses adolescentes é semelhante ao observado por etólogos entre jovens chimpanzés e no ataque sem razão de cães domésticos. O frenesi destruidor destes momentos está bem enraizado em nossa mente para continuar sendo ignorado.

A natureza humana coloca este empecilho da exclusão emocional no caminho daqueles que sonham com um mundo melhor. Mas também forneceu a capacidade de empatia necessária para reunir a humanidade. A indiferença é mais comum no reino animal do que a solidariedade, mas a nossa espécie está entre as mais gentis. Só que não somos anjos. A carne é fraca e negamos nossas crenças sem perceber, várias vezes, antes e depois de o galo cantar três vezes.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Minha refutação para esse texto: :emoticon220:
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o anátema
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user f.k.a. Cabeção escreveu:Minha refutação para esse texto: :emoticon220:


...esperava mais......



....de qualquer forma......as amídalas estão relacionadas a coisas emocionais de modo geral, e o cortex insular também é mais abrangente do que apenas nojo, tem a ver com medo também.

Seria interessante testar que outras coisas não-enojantes dão resultados parecidos, acredito que existam......

por outro lado, pode ser que seja algo mais "hard wired" pela evolução, talvez a seleção natural tenha criado cérebros naturalmente "darwinistas" sociais :emoticon5:
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NO WAI
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DarkWings
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por DarkWings »

Pobre é um bicho mesquinho e desconfiado normalmente. Não morro de amores pelo convívio com as massas.
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NO WAI
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Re: Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por NO WAI »

DarkWings escreveu:Pobre é um bicho mesquinho e desconfiado normalmente. Não morro de amores pelo convívio com as massas.


Concordo. Também sou muito desconfiado dos pobres... :emoticon5:
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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »



Como ter nojo de mim mesma :emoticon8: Tô fora

Bjs


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Samael
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Samael »

Eu tenho um papagaio que dança ouvindo Rush. E ele se chama Geddy Lee.

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o anátema
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Mensagem por o anátema »

NO WAI escreveu:Imagem


hehe, não sabia que passava por aí...


isso ficou tão chato com o passar do tempo que estava ficando quase como um daqueles personagens da "escolinha do professor Raimundo" ou do mais recente "zorra total", tão profundos como aqueles bonecos que se puxa uma corda, solta e falam alguma frase. "Sr. Caco Antibes", "Sim, professor?", "o que é <alguma coisa>?", "<essa coisa> é coisa de pobre![...]".
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Samael
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Samael »

O que é até engraçado, pois era hilário no início...

Depois caducou.

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o anátema
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por o anátema »

programa de pobre...
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spink
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Mensagem por spink »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Minha refutação para esse texto: :emoticon220:


O site de onde eu tirei essa matéria me parece ser sério; a universidade onde as pesquisadoras desenvolveram o trabalho também deve ser. Não entendi o espanto... talvez um biólogo seja a pessoa mais indicada para comentar...
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Claudio Loredo
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Claudio Loredo »


Eu vou falar por mim: eu tenho nojo de pobre. Não vou mentir. Sei que estou errado, não precisam dizer isto. Acredito que é normal isto na maioria das pessoas.

Na antiga URSS, as pessoas também tinham nojo de pobre. O governo ao planificar e centralizar a economia, descartou aqueles mais ineficientes para o trabalho industrial e mecanizado, condenando-os a irem trabalhar nos locais mais isolados onde acabavam morrendo. A população soviética sabia disto, mas nada fazia para protestar, era totalmente indiferente a situação, pois aqueles eram os membros mais pobres da sociedade. Ou seja, mesmo o comunismo não conseguiu eliminar o sentimento de nojo a pobreza existente nas pessoas.

Aqui no Brasil, a gente sempre procura conviver apenas com as pessoas que são da nossa classe social. Quem é da classe A só se relaciona com quem é da classe A, classe B com classe B, C com C, D com D e E com E. Cada classe quer distância da classes que vem abaixo.

O grande problema é que a exclusão social gera a violência que atinge a todos. Por isso, é importante que políticas de combate a pobreza e a miséria sejam adotadas. É importante que a economia seja orientada para a geração de empregos e bem-estar social para todos, mesmo que isto represente um ganho menor para aqueles que se encontram no topo da pirâmide social.


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Aurelio Moraes
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Aurelio Moraes »

Eu vou falar por mim: eu tenho nojo de pobre.


Preconceituoso e reacionário. Assim você não tem moral pra criticar o Capitão América e o Poindexter.
O bairro aonde eu moro aqui em São José é muito curioso. Você tem tanto casas de classe média, como de classe média alta e casas mais humildes. Vejo pessoas pobres todos os dias. Ser pobre não significa ser sujo ou inculto. Conheço pessoas pobres com excelente nível cultural e que possuem mais dignidade que muita gente rica por aí. Esse negócio de "nojo", "passar longe de pobre, "evitar falar com pobre"... não é comigo, sem demagogia alguma.

Mais especificamente na profissão que eu escolhi, não faz sentido ter nojo de um grupo de pessoas. Como jornalista terei que lidar tanto com empresários quanto com pessoas pobres. Felizmente eu sempre tive a habilidade de estabelecer um diálogo tanto com pessoas cultas quanto com pessoas desinformadas e de repertório cultural mais limitado.

Fazendo entrevistas para trabalhos na faculdade, percebi que muitas vezes uma pessoa pobre rende uma entrevista e uma matéria mais interessante do que uma pessoa rica, por exemplo.
Aliás, falar em "pobre" é algo muito genérico. "Pobre" em relação a quem? Me comparando ao Bill Gates, sou pobre. Me comparando a alguns vizinhos meus, sou rico.
Na minha sala da faculdade existem alunos e alunas bolsistas, pobres, que possuem excelente nível cultural e que não dão nenhum motivo para eu ter nojo deles.
Não tenho nojo de seres humanos. Posso lamentar a maneira que uma pessoa vive, mas não vou me achar "superior" à ela, pois receio que seja uma questão de oportunidade.
De repente o pobre está pobre hoje, mas consegue ascender no mundo capitalista e amanhã vai estar mais rico do que eu.

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Aurelio Moraes
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Re: Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Aurelio Moraes »

Samael escreveu:Eu tenho um papagaio que dança ouvindo Rush. E ele se chama Geddy Lee.

Ele toca baixo, teclado e canta Big Money?

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Claudio Loredo
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Claudio Loredo »


Aurélio, só posso te dar os parabéns por você não ter nojo de pobre. Quanto a mim, apenas assumi um sentimento que acredito estar presente na maioria das pessoas. Pelo menos, é isto que eu vejo.

Conforme o texto coloca, é necessário assumirmos nossos erros para podermos consertá-los.


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Aurelio Moraes
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Aurelio Moraes »

Tente mudar isto, Claudio.

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Claudio Loredo
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Claudio Loredo »


Gostaria de tentar, mas na sociedade do salve-se quem puder em que a gente vive, é meio difícil.

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Pug
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Pug »

Racismo social...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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NO WAI
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Re: Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por NO WAI »

Pug escreveu:Racismo social...


Proponho a expulsão imediata do Darwings e do Claudio :emoticon16:
Pardon, nao quero ser o 666
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o anátema
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por o anátema »

será que o que enoja(ria) biologicamente, é o pobre ou a pobreza? Acho que talvez seja a pobreza. Como será que as pessoas reagiriam neurologicamente quanto a pessoas visivelmente da mesma classe social, mas claramente doentes?
Sem tempo nem paciência para isso.

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Lúcifer
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Lúcifer »

Acredito que as pessoas que o Claudio tenha nojo, não é do pobre em sí, mas daqueles que fican vagando nas ruas ou os próprios moradores de rua.
Infelizmente, muitos dos que estão nessa situação, vieram de algo desagradável que aconteceu em suas vidas, como desemprego, alcoolismo, drogas, morte em família, etc; tipo de trauma que acaba com a auto estima de pessoas com personalidades mais, digamos "fracas".
E, infelizmente, muitas pessoas tentam não querer se misturar com esse tipo de gente. Preferem ignorá-los e os acham poucos "atraentes" para os olhos de quem os vê. Essa situação mudaria se a pessoa que os olha por cima ficassem, pelo menos, um mês na situação que essas pessoas se encontram.
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DarkWings
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Re: Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por DarkWings »

NO WAI escreveu:
Pug escreveu:Racismo social...


Proponho a expulsão imediata do Darwings e do Claudio :emoticon16:


Antes que fique algum mal entendido:
Eu considero as pessoas pobres mesquinhas e desconfiadas pelas que conheci. Entendo que são assim porque estão calejadas da vida e cansadas de apanhar da polícia e da sociedade.
Entretanto eu também sei que gente de classe mais alta é mal vista entre eles como se fosse "metida" e "esnobe" somente porque tem carro ou mesmo porque toma banho todos os dias.
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Res Cogitans
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Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por Res Cogitans »

Eu tenho nojo de gordo.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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DaviDeMogi
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Re: Re.: A natureza do nojo de pobre

Mensagem por DaviDeMogi »

Claudio Loredo escreveu:
Eu vou falar por mim: eu tenho nojo de pobre. Não vou mentir. Sei que estou errado, não precisam dizer isto. Acredito que é normal isto na maioria das pessoas.
...


Res Cogitans escreveu:Eu tenho nojo de gordo.


Ahhh, então vou assumir também: eu tenho nojo de crentes, mas só dos crentes homens... porque até encaro fácil fácil uma crentinha de saia e salto alto ... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
Creio na morte, única amante absolutamente fiel,
Creio na estupidez humana, única força com que se pode contar sempre,
E creio no humor, única forma de encarar a primeira e suportar a segunda.

Trancado