Os grandes símios, entre eles os orangotangos e os chimpanzés, são os primatas não-humanos mais inteligentes, superando os macacos e os lêmures, segundo um estudo do Centro Médico da Universidade de Duke (Carolina do Norte).
"É claro que algumas espécies podem desenvolver uma maior capacidade para resolver problemas específicos", afirmou Robert Deaner, diretor do estudo publicado pela revista "Evolutionary Psychology". Deaner assinalou que "os resultados mostram ser possível que a seleção natural favoreça um tipo geral de inteligência em algumas circunstâncias".
"Suspeitamos que isto foi crucial na evolução do ser humano", disse ele. Os psicólogos definem a inteligência como a capacidade de resolver problemas em situações imprevisíveis. É diferente da capacidade ambiental de certos animais, como a de lembrar onde esconderam seus alimentos, por exemplo.
Segundo Deaner, os testes mostram que algumas espécies são melhores que outras, mas os cientistas tiveram dificuldades em atribuir esses resultados a uma maior inteligência. "O problema é que algumas espécies podem resolver melhor determinados testes, não porque sejam mais inteligente, mas porque estão melhor adaptadas à situação em que se apresenta o problema", indicou.
Com essas considerações, os cientistas submeteram os primatas a uma série de testes para medir seu nível de inteligência. Segundo o estudo, os resultados foram claros, e algumas espécies tiveram rendimento superior a outras.
"A pesquisa confirma a idéia de que há espécies mais inteligentes que outras. Os animais mais inteligentes são os grandes símios", disse Deaner. Carel Van Schaik, co-autor do estudo e diretor do Instituto Antropológico da Universidade de Zurique, assinala que o fato de que os grandes símios terem mostrado uma maior inteligência é reconfortante. "Em termos absolutos, seus cérebros são maiores, e mostram um comportamento sofisticado em condições naturais", assinalou.
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