Najma escreveu:Carlos Castelo escreveu:Citação:
“Todas as práticas que fazemos, por mais exóticas que pareçam, têm o objetivo de purificar a mente, de acumular mérito, virtude, e ainda de nos levar ao reconhecimento da nossa autêntica natureza interior”, explica Chagdud Khadro.
Todas as religiões tem suas bizarrices e falam coisas muito parecidas!
Em última instância... fuga da realidade. É mais fácil tentar se abster de encarar os problemas de frente do que enfrentá-los. E essa história de "autêntica natureza interior" é algo de que não se tem notícia... a menos que o indivíduo, o Ego, seja anulado.
Kaganda e Andanda...
Infelizmente algumas linhas de budismo desenvolveram essa tendência. Isso é realidade principalmente naquelas que são praticadas exclusivamente ou quase exclusivamente por clérigos. Fica essa imagem de fuga da realidade que não corresponde a realidade total do budismo. Seria o equivalente a imagem que um povo de tradição no islamismo ou budismo teria do Cristianismo caso a maior parte da informação que eles tivessem fosse provinda de monastérios de clausura.
Na minha prática, existe o ideal de "Revolução Humana", que é a manifestação desta "autentica natureza humana", e não equivale em hipótese alguma a aniquilação do ego, mas sim ao controle das paixões. O homem nasce como um animal, dominado por instintos e impulsos... quando menos percebemos estamos apenas reagindo a uma situação e não tomando uma atitude consciente. Revolução Humana é o processo pelo qual a capacidade individual de dominar as "respostas automáticas" que nossa natureza animal tenta nos impor é aprimorada e ao invés de apenas obedecê-las, tomar uma atitude racional, consciente dos efeitos que a atitude irá provocar no aspecto pessoal, social e do ambiente. Esse processo faz com que sua "verdadeira natureza interior", ou seja, um ser-humano racional e consciente, surja.
Esse processo de Revolução Humana, ao contrário de ser um escapismo ou anulação do ego, vê nas características individuais de cada pessoa a sua capacidade única de resolver problemas e provocar mudanças sociais positivas para toda a humanidade, enfim, o processo individual é visto como o único catalisador possível e aceitável para que o processo global de melhoria de toda a humanidade se torne realidade... totalmente oposto a imagem de escapismo e egoísmo que se tem do budismo.