Botanico escreveu: A médium em questão era a minha prima,
Anna escreveu:Se é sua prima por que disse que gostaria de saber por onde ela anda pra fazer novos experimentos?
Acho que não foi isso o que eu disse. Eu disse apenas que perdi contato. O meu pai e o dela são irmãos e o meu era muito chegado no meu tio. Quando o meu pai morreu, nossas famílias começaram a se afastar e depois que me mudei para S. Carlos (morava e S. Paulo) só fui ver minha prima umas quatro vezes para cuidar dos dentes (ela é dentista). Além disso, não estou muito interessado no "científico" dessa coisa, pois para mim ela não é exatamente misteriosa. que não me cobrou nem um centavo,
Anna escreveu:Desculpa Botânico, mas o fato de não ter cobrado não invalida a hipótese de fraude. Além do mais pessoas fazem coisas por muitos motivos que não envolvem dinheiro. Só haviam vcs na casa?
Muita gente aqui tá cansada de saber que acreditei no espiritismo durante a maior parte de minha vida. Sei que a maioria das pessoas dentro dos centros espírita são bem intencionadas, não querem enganar ninguém, apenas ajudar as pessoas com problemas, vivas e “mortas”, segundo sua própria crença. Minha família é espírita praticante, minha mãe, uma das pessoas mais generosas e bondosas que já conheci na minha vida, inclusive é diretora de sessões de cura e obsessão espírita, assim como alguns de meus amigos mais antigos, fiéis e queridos tb são médiuns praticantes. Portanto, não tenho porque alimentar qualquer tipo de desejo mórbido em destruir evidências concretas da existência de fenômenos espirituais, dizendo que essas pessoas são mentirosas e querem enganar os outros pra se dar bem na vida ou adquirir prestígio, eu apenas iria atrás das evidências caso eu participasse com eles de algum tipo de fenômeno raro que pudesse ser classificado como evidência comprovada ausência de fraude.
O ocorre é que essas tais evidências não são evidências. E que aqueles que afirmavam ter evidências nunca se submetem a medições científicas controladas, porque o que acontece é que os fenômenos não ocorrem quando isto é feito. Há um grande medo de exposição por parte dos espíritas. Quando algumas das pessoas envolvidas nesses casos se expõem geralmente é detectada fraude. Isso não quer dizer que as pessoas estejam mentindo porque são mau caráter, algumas acreditam que estão fazendo isso ou aquilo pois estão sofrendo efeitos inconscientes, como o efeito ideomotor, outras participam de fraudes por que querem ajudar, acham que estão fazendo um bem muito grande.
Vc já viu o filme “A vila”? É do mesmo diretor de “O sexto sentido”, “Os sinais”, ele é indiano e acredita em muita coisa que vc acredita, entretanto em “A vila” ele faz um alerta e uma crítica as crenças, e na forma como pessoas queridas manipulam verdades para nos proteger, para fazer o bem, por amor, para manter valores que elas julgam importante para manutenção do bem da comunidade. Ele mostra um buscador da verdade que não aceitava a prisão de conceitos e estórias que lhe foi passado e quer explorar por si, entender o que está acontecendo, enfrentar a verdade de frente, mas que no fim acaba sendo engolido pela prisão mental criada para protegê-lo, criada pelo amor.
Bem, vou tentar recapitular os pormenores em confronto com suas proposições:
1) Na minha casa, nesta ocasião, estavam minha mãe, meu pai, o meu tio, minha prima e eu. Os três primeiros estavam na cozinha, conversando, com meu pai e tio enchendo a cara. Eu estava na sala, com a minha prima, que me falou da sua experiência com a brincadeira do copo, que ela fazia com suas amigas na Unital (Universidade de Taubaté - ela ainda não tinha se formado). Então pedi para ela repetir o experimento em minha casa. Assim então e fez o aparato e usei um copo descartável de café, com água. Levou mais ou menos uns dez minutos e então ela encostava o dedo no copo, dava um leve empurrão e ele continuava se deslocando sozinho, desviando-se quando a letra não estava no mesmo sentido em que foi empurrado. Então depois de três perguntas orais, peguei um bloco e fiz outras três perguntas escritas, sem que a minha prima as lesse e as respostas foram certas. Aí então mandei que ela ficasse de costas para a mesa e então eu colocava o copo encostado no dedo indicador direito dela quando era para se responder a uma outra pergunta escrita no bloco, sem que ela soubesse qual era. Enquanto ela estava assim, mudei a ordem de algumas letras (estavam em ordem alfabética). De novo a coisa acertou. Bem, menti quando falei que a vendei. Achei que não era necessário. Já tem dados suficientes para julgar?
2) Então você diz que as evidências não são evidências pois supostamente os médiuns não aceitam ou não conseguem produzi-las sob condições controladas, certo? Bem, agradeço a sua lista de referências bibliográficas, pode até me mandar os pdfs, mas não lhe garanto uma leitura rápida, sobretudo dos textos inglês e estou mais particularmente interessado naquele sobre a Loucura Espírita. Entretanto, nesta sua lista, não vi nenhum dos textos de Crookes, Bozzano, Delanne, Geley e outros que descrevem seus experimentos, FEITOS SOB CONDIÇÕES CONTROLADAS, e que assim mesmo obtiveram resultados. De forma que, portanto, considero a sua declaração um tanto quanto falha.
3) Não vi o dito filme, mas no caso de mim e minha prima, a situação está invertida. Ela é bem menos afeita a Espiritismo do que eu. Aliás, de que soube atualmente, está mais interessada em centros de terreiro.
que fez isso na minha casa, onde eu sei que não há passagens secretas, nem cúmplices, nada que ela pudesse usar para fazer os truques e
Anna escreveu:Porque motivos vc têm tanta certeza que ela, ou outra pessoa presente, NUNCA usaria um truque? E o efeito da sugestão na modificação e direcionamento do movimento muscular? Ele é completamente inconsciente. E se ela estivesse sendo usada por um esquema que vc desconhece, e se ela tivesse motivos fortes pra fazer isso que até vc mesmo desconhece? Existem hipóteses alternativas.
Então, com os elementos que já tem, me diga quais são essas hipóteses alternativas. Como é que esse movimento muscular fazia com que o copo mudasse sua trajetória depois de ter sido empurrado? Havia outras três pessoas na minha casa, mas só a minha prima e eu estávamos naquele aposento. Outra coisa, embora a mesa fosse revestida de fórmica, o copo não andava mais do que cinco ou dez milímetros se fosse empurrado com o dedo. Se tentasse empurrar mais forte, a água derramava. Como então o copo, através dessa ação ideomotora, se deslocava às vezes uns 30 cm após o primeiro e único toque?
, aliás, sei muito bem que ela nunca fez qualquer escola de artes mágicas.
Anna escreveu:Não é preciso frequentar escolas de ilusionismo para o efeito ideomotor. Tb não é preciso freqüentar escola de ilusionismo pra fazer truques simples.
E com os dados que já tem, pode me dizer como ela fez esse truque tão simples? Outra coisa, eu li o texto do Ray Hyman sobre esse efeito ideomotor e deu para dar umas boas risadas quando ele elogiou o Michael Faraday...Quanto a esses fenômenos NUNCA se repetirem diante dos especialistas em ilusionismo ou serem descobertos com fraudes, sei de muitos casos relatados pelos espíritas e metapsquistas lá dos anos 1930 para baixo. Mas em tempos recentes não me lembro de ter visto nada muito espetaculoso.
Anna escreveu:Existem milhares de fenômenos espirituais envolvendo curas fantásticas realizadas por médiuns diante do olhar de muitos espectadores, e quando investigados são comprovadamente fraudes, ou o poder dos médiuns não se manifesta. Se vc procurar direitinho vai achar. Dr Louis Rose, parapsicólogo, mergulhou em 95 casos que diziam ser verdadeiros, mas constatou que apenas dois deles PODERIAM ser considerados.
Além disso experiências anômalas são tema de estudo de gente séria e interessada em entender o que está acontecendo na cabeça e organismo das pessoas que as descrevem, sem preconceitos (aqui a palavra no sentido pejorativo), e tb a validade dos casos que poderiam não ser fraude.
Eu te sugiro pesquisar sobre esse assunto de forma isenta, leia pesquisadores sérios que tem posições distintas e seus estudos e experimentos. Sugiro alguns muito interessantes (tenho alguns deles em PDF se quiser te mando via email:
APA (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION) – Guidelines Regarding Possible Conflict Between
Psychiatrists' Religious Commitments and Psychiatry Practice. Am J Psychiatry 147: 542, 1990.
BATSON, C.D.; VENTIS, W.L. – The Religious Experience. Oxford University Press, New York; 1982.
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In: DSM-IV Sourcebook, DC, Washington American Psychiatric Press, 1994.
CARDEÑA, E.; LYINN, S.J.; KRIPPNER, S. – Varieties of Anomalous Experience: Examining the Scientific Evidence, DC, Washington American Psychological Association, 2000.
ALMEIDA, A.M.; ALMEIDA, A.A.S – “História da Loucura Espírita” no Brasil". XVIII Congresso Brasileiro de Psiquiatria e Regional Meeting World Psychiatric Association. Associação Brasileira de Psiquiatria e World Psychiatric Association, 25-28 out. 2000.
GABBARD, G.O.; TWEMLOW, S.W.; JONES, F.C. – Differential Diagnosis of Altered Mind/Body Perception. Psychiatry 45: 361-9, 1982.
Cardeña, E.; Lyinn, S.J.; Krippner, S. Varieties of Anomalous Experience: Examining the Scientific Evidence. Washington DC, American Psychological Association, 2000.
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OWENS, J.E.; COOK, E.W.; STEVENSON, I. – Near-Death Experience. Lancet 337: 1167-8, 1991.
PARISCHA, S.; STEVENSON, I. – Near-Death Experiences in India. J Nerv Ment Dis 174: 165-70, 1986.
PEKALA, R.J. – The Phenomenology of Consciousness Inventory (PCI). West Chester, PA: Mid Atlantic Educational Institute, 1991.
RAO, D.; STEVENSON, I. – Telepathy in Shared Dreams? Am J Psychiatry 136: 1345-6, 1979.
ROSS, C.A.; JOSHI, S. – Paranormal Experiences in the General Population. J Nerv Ment Dis 180:357-61, 1992.
ROSS, C.A.; JOSHI, S.; CURRIE, R. – Dissociative Experiences in the General Population. Am J Psychiatry 147: 1547-52, 1990.
SCHOUTEN, S.A.; STEVENSON, I. – Does the Socio-Psychological Hypothesis Explain Cases of reincarnation Type? J Nerv Ment Dis 186: 504-6, 1998.
SIMS, A. – Symptoms in the Mind. Ballière Tindall, London, 1988.
STEVENSON, I.; GREYSON, B. – Near-Death Experience: Relevance to the Question of Survival after Death. JAMA 242: 265-7, 1979.
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STEVENSON, I. – Do We Need a New Word to Supplement “Hallucination”? Am J Psychiatry 140: 1609-11, 1983.
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TART, C.T. – States of Consciousness and State-Specific Sciences. Science 176: 1203-10, 1972.
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TURNER, R.P.; LUKOFF, D.; BARNHOUSE, R.T.; LU, F.G. – Religious or spiritual problem. A culturally sensitive diagnostic category in the OSM-IV. J Nerv Ment Dis 183(7): 435-44, 1995.
WEAVER, A.J.; SAMFORD, J.A.; LARSON, D.B. et al. – A Systematic Review of Research on Religion in Four Major Psychiatric Journals: 1991-1995. J Nerv Ment Dis 186: 187-9, 1998.
ALARCÓN, R.D. – Culture and Psychiatric Diagnosis. Psychiatric Clinics of North America 18(3): 449-65, 1995.
Grato pela lista, embora não fosse exatamente de curas miraculosas no que eu estava pensando. Soube que numa cidade aqui perto de onde moro, há um "hospital" que faz curas espirituais. Já se mexeram os céticos e investigadores sem preconceito para investigar os caras?Já perguntei por aqui onde, quando e como o Randi desmascarou PESSOALMENTE o Geller. E o até agora o que vi foi uma incompetência: já se apresentavam como especialistas em ilusionismo e aí o Geller diz que "hoje eu não tô bom" e não tem apresentação. Será que esses especialistas nunca aprenderam a lidar com gente como ele? É simples: primeiro deixem o cara se enforcar com a própria corda, ou seja, que ele faça os seus truques e assim adeus desculpa de que "hoje não tô bom". Aí é só os ilusionistas introduzirem os seus truques para avacalhar os truques do Geller (se eles forem o que eles suspeitam que são) e aí o Geller seria desmascarado em público.
Se Geller tem medo de se apresentar a ilusionistas, mas não a cientistas, conforme os céticos já me disseram lá na Távola Redonda, então é só os especialistas em ilusionismo se apresentarem como cientistas. Simples não? Que há? Os ilunionistas não têm imaginação? Como fazem truques inéditos, então?
Anna escreveu:Botânico não entendo patavinas do que vc tá querendo dizer, todo mundo sabe que o Geller é uma fraude, o Randi escreveu um livro, inúmeros artigos e fez vídeos demonstrando como Geller faz suas apresentações. Todo mundo sabe que um bom ilusionista e mentalista pode enganar até pessoas muito, muito inteligentes, e fazer parecer que as leis da natureza foram burladas, é isso que muitos mestres de religiões fazem, desde os primórdios, como faziam os homens sagrados para ter a credibilidade de seu povo.
Vc só acredita que Geller é um safado se algum ilusionista for lá desmascarar pessoalmente?
Anna, é o seguinte: desde o debate que tive com o Ronaldo Cordeiro lá na Távola Redonda, o que eu esperava obter dos céticos eram as provas de que os médiuns teriam fraudado, recorrendo a tais e quais artifícios, os quais poderiam ter sido feitos tendo por base os protocolos e resultados obtidos pelos cientistas durante os ditos experimentos. Entretanto, exceto por um ou outro texto melhor elaborado, tudo o que obtive foram evasivas e sugestões que só seriam aplicáveis se você desconsiderasse os protocolos e o resultados apresentados nos relatos. O Ronaldo ficou surpreso quando falei das irmãs Fox, que ele considerava que já era um caso encerrado de fraude confessa. Então lhe mostrei o que é dito delas e os fenômenos observados. E dentro da tese por ele defendida, a de que tudo foi causado por estalos de articulações, propus então que se fizesse um experimento para se testar essa hipótese. Que recebi como resposta? Que isso era inversão do ônus da prova.
Muito que bem, como eu disse, pedia que me dissessem quais os possíveis artifícios que os médiuns teriam usado para enganar os cientistas. Isso no caso de cientistas e médiuns já há muito falecidos. Entretanto, acho um tanto quando estranho recorrer a esse expediente quando se tem médiuns-show, como o Geller e Thomas Green Morton, que podem ser testados ao vivo e a cores.
O fato de Randi escrever livro e artigos e fazer vídeos simulando os poderes do Geller só me diz que o que Geller faz pode ser feito por métodos ilusionistas. Até aí nada de mais: desde os tempos das irmãs Fox isso tem sido dito e repetido à exaustão. O que acontece é que os médiuns-show podem ser desmascarados ao vivo e a cores e daí é que eu acho estranho o Randi não ter feito isso. Lembra-me que, inclusive foi postado aqui no fórum, um físico teria se entusiasmado com o Geller e até montou um laboratório para testá-lo. Só que sob as condições controladas, Geller nada pôde fazer e o físico virou motivo de chacota entre seus colegas. O único erro dele, a meu ver, foi ter acreditado que Geller era autêntico, mas como saber isso sem testar? Já se Randi sabia que Geller sempre foi uma fraude, tudo o que teria de fazer é, durante o show do Geller, armar um monte de armadilhas que acabariam por expô-lo em público como fraude. Se ele sabia que truques Geller usava, também saberia como neutralizá-lo. E como eu disse, primeiro deixe que ele se enforque com sua própria corda: que faça os truques para não poder alegar que "hoje eu não tô bom". Depois, que tentasse fazê-los com o Randi sabotando tudo. Quer desmoralização pior que esta?Por que isso já foi feito milhares de vezes e a única coisa que os céticos dizem é: _ Como não vimos, então os que viram ou eram um bando de imbecis ou canalhas. Não foi isso que o Price disse lá no artigo da Nature de 1953 que já postaram por aqui. Além disso, o médium não sou eu...
Bem, em toda a história dessa fenomenologia, está demonstrado que até ANTI-ESPÍRITAS viram a coisa e médiuns de mil-feitos (muito raros, por sinal) reproduziram a coisa diante daqueles, inclusive.
Anna escreveu:Ótimo! Então traga tais demonstrações nós vamos adorar investigar.
Eu tenho pesquisado muito sobre o assunto e tudo que vejo são uns pouquíssimos casos que podem ser considerados como possíveis de serem verídicos, e nenhum deles com feitos absurdos, esses sempre são detectados como fraude pelos cientistas e auxiliares. Nunca se transformando em casos resolvidos pelos estudiosos. Os únicos casos que vcs conhecem são de 1953? Tem um monte de casos sendo estudados nos últimos anos, um monte! Pouquíssimos não foram detectados como fraude e se mantém em estudo. Sinto muito. E quem analisou não foram céticos apenas, mas cientistas céticos e não-céticos. Vc pode encontrar bastante coisa naquelas referências que passei acima e em outras referências que estão nesses artigos. Tem muita gente séria e isenta trabalhando com honestidade, a diferença é que trabalham com o que têm de verdade, sem querer dizer que já foi provado que isso ou aquilo acontece de fato, quando nunca foi provado.
Os meus "causos", Anna, são bem mais antigos que os de 1953 e outros mais recentes também são antigos e de falecidos. O meu problema não é se são fantásticos ou não. O que me interessa é que, se houve fraude, COMO ELA ACONTECEU. O Instituto de Metapsíquica tinha métodos severos de controle, que fizeram o mágico Dickson engolir sua bazófia de dizer que com seus truques podia fazer mais e melhor do que os médiuns. Querem os céticos que eu acredite que esses cientistas mentiam. Mas nunca me dizem com que propósito e nem me dão evidências de que teriam mentido com o não dito propósito.Mas para a comunidade cética, isso NADA PROVA além de que aqueles anti-espíritas eram imbecis ou canalhas que viraram a casada.
Anna escreveu:Eu não sou assim e gostaria muito de examinar esse material. Pois nunca vi nada disso na minha vida inteirinha.
Uma pena, Anna, pois infelizmente a mediunidade física é vista como inferior pelos intelectualizados e sorbonizados espíritas. Mas quem sabe nos centros de terreiros você tenha mais sorte.Sem lhe dirigir maus pensamentos Anna, eu só posso dizer que nós espíritas já vimos este filme. Se você & Cia Bela por aqui vissem a coisa se convencessem, a mim nada me acrescentaria e à comunidade espírita também não. O máximo que iria acontecer é você e os outros perderem prestígio junto à comunidade cética.
É isso.
Anna escreveu:E quem disse que eu estou minimamente interessada na opinião da comunidade cética sobre o que faço de minha cabeça? Que eu saiba não pagam minhas contas e tão pouco meu salário, e não é com a comunidade cética que eu me deito a noite na cama. A unica opinião de comunidade que me interessa é a dos aracnólogos e ecólogos quanto aquilo que produzo profissionalmente, e olhe lá.
Não é esse o ponto Anna, é que o que eu tenho visto na história. Quando Robert Hare decidiu investigar o Espiritualismo e DESMASCARAR TODA A SUA FRAUDULÊNCIA, ele foi ACLAMADO PELA IMPRENSA E POR SEUS COLEGAS. Idem na mesma data para o William Crookes. Entretanto, contrariando a expectativa, ambos declararam ter visto coisas estranhas (fantásticas como você diz) e o que aconteceu? A comunidade científica, QUE NADA VIU, NEM ANALISOU, execrou a ambos. Quer dizer: investigação mediúnica científica, mesmo bem feita, é IMPRODUTIVA CIENTIFICAMENTE.Anna escreveu:O problema pra mim é que já espremi dados de todos os lados, Botânico. E não pense que isso aconteceu por que eu sou atéia, eu sempre andei atrás desse material, investigando como podia ainda quando era espírita. Sou uma curiosa nata, e não rejeito dados factíveis, porém sei que para saber se são factíveis é preciso examina-los. NUNCA vi um fenômeno em centro espírita ou reuniões, que pudesse dar suporte factível a existência de fenômenos espirituais, e olha que participei de milhares das mais diferentes que pode imaginar. Apenas em reuniões de Umbanda, e aquelas de outros cultos afro nos documentários Tabu, entre outros da National, vi alguns acontecimentos que realmente impressionam, mas que são facilmente explicáveis através da psicologia, e dos estudos dos transes estáticos, onde as religiões fazem uso de tambores, músicas com determinados comprimentos de onda, etc. Ou seja nada anormal.
Já no meu caso a análise é outra. Eu não preciso, necessariamente, VER A COISA PARA TER CERTEZA. Leio os relatos e vejo o que é possível se validar ou talvez duvidar menos. Então é dito que se investigou o médium, adotando-se tais e quais medidas de controle, e foram observados tais e quais fenômenos. Muito que bem, como em termos científicos, tais investigações só trazem desprestígio aos cientistas que as fazem, o que teriam a ganhar mentindo a favor delas? Seria mais lógico que mentissem ao contrário. Se foram adotados aqueles métodos de controle indicados nos protocolos, como poderiam ter sido burlados?
São essas as perguntas que faço e que me são respondidas que os cientistas eram burros ou canalhas; respostas estas que não me satisfazem nem um pouco.