videomaker escreveu:Bird of Prey escreveu:Repara Video, tu acreditas no Karma e nessas coisas. OK. Aceito (que remédio

). Mas quando tu dizes: "A evoluçao é parte do projecto" eu pergunto: Tens Evidencias? Eu acho que nao. Portanto é uma fé que tens. O Criacionista diria: "Evoluçao é coisa do capeta". No fundo a tua crença no Karma e a crença do Criacionista sao semelhantes numa coisa: Falta-lhes evidencias. A evidencia é o que separa o acreditar religioso do acreditar científico. Mas tudo bem. Nao vejo mal em que tu tenha o acreditar religioso. Só acho desonesto quando se fala em tom tao afirmativo dizendo coisas como "Jesus é o único caminho" ou "A evoluçao é parte do projecto"...ou "Quem nao for por Alá vai para o Inferno"... "Ou o Karma é sempre justo"... como se houvesse evidencias a apoiar essas afirmaçoes.
E antes de amaldiçoarees a importancia das "Evidencias" é bom lembrar que evidencias é aquilo que pode ser partilhado. É uma generosidade... ao contrário de certos egoismos auto-ilusórios.
As coisas vão continuar acontecendo , e independe dela, as evidencias ! pasme .
No caso da evolução basta observar a utilidade de cada coisa , e a funcionalidade da mesma .
Se o acaso lhe basta para servir de argumento ... fazer o que!
Eu não vejo outra possibilidade se não um criador !
algo pode não ser inteligentemente dirigido, não significa que não é dirigido. Se é dirigido, sem ser inteligentemente dirigido, não é ao acaso.
A seleção natural faz essencialmente o mesmo que uma mente faria, mas de maneira mais "compulsiva", "imediatista", sem parar para pensar.
Por exemplo, uma nova idéia de um carro, tem que primeiro ir para a prancheta, várias são descartadas (e várias foram descartadas pelas cabeças dos projetistas antes de irem para a pramcheta), depois simulações, refinamentos, protótipos, novos testes, refinamentos, etc... até eventualmente ser implementada na linha de produção.
Na natureza, a coisa vai da primeira "idéia" que poderia ser jogada fora, direto para a linha de produção; uma mutação. Os testes já são na vida real. Só que não é bem uma linha de produção como com carros. É só uma ninhada, entre inúmeras outras, ou um indivíduo denre uma ninhada, que lança inicialmente o novo modelo, não representa o mesmo custo do que seria fazer isso com carros.
Se for um fracasso, ainda há muitos e muitos outros modelos "originais", e ao mesmo tempo, outros novos, com outras modificações, algumas das quais poderiam ser aquela que, no processo mental, ou de testes da pré-produção, passaria. E isso ao longo de várias gerações, com uma quantidade absurda de prole.
Entende? Enquanto projetistas teriam que ficar se perguntando "como fazemos um felino ser ainda mais veloz?", a natureza simplesmente - e agora sim, por acaso - sempre faz diferentes felinos, com algumas características diferindo entre eles. Uns podem ter orelhas maiores, o que não os faria mais velozes; dentes mais curtos, também não. Patas menores, idem. Mas entre diversas mutações possíveis, estão aquelas que aumentariam um pouco as patas, ou deixariam o animal um pouco mais leve, etc, pequenas coisas que, somadas, ao longo de várias "tentativas", por várias gerações, em meio a muitos "erros" (e acertos "em outras áreas"), transformariam um felino, talvez parecido com um leopardo, numa chita.
Como essas características, não todas juntas de uma vez, ou seja, acumulando-se passo-a-passo, representam uma vantagem significativa para esses animais, isso elimina o acaso. Da mesma forma que o projetista, ao pensar em quais características que ele cogita modificar, representariam vantagem para algum aparelho.
Apesar desses dois processos serem em algo parecidos, e resultarem em algo parecido, a seleção natural, por ser "compulsiva" e imediatista, deixa rastros que se pode dizer que são impensados. Por exemplo, besouros com asas inúteis, denro de uma carapaça que não consegue se abrir, porque os dois lados estão fundidos. Uma mente pensaria "bem, se vou fazer uma carapaça mais espessa, tenho que colocar as asas para fora dela; se essas asas não forem dar conta desse peso, então nem preciso delas, fica sem então". Mas para a seleção natural, basta que a carapaça fundida, mesmo que "burra", inutilizando as asas que se formam a toa, seja uma proteção adicional suficientemente vantajosa, que se popularizará na medida que um mutante com essa carapaça tiver um bom número de filhos, netos e bisnetos sobreviventes, talvez mais do que os parentes mais próximos, vivendo nos arredores, com as carapaças mais frágeis, apesar das asas funcionais.
Outros vestígios da seleção natural são olhos presentes em animais cegos, que vivem na escuridão total, com pálpebras fundidas, por exemplo.
A evolução também faz com que "novas idéias" para as mesmas funções sejam usadas em diferentes casos, quando um ser inteligente usaria a mesma idéia, para a mesma função. Por exemplo, há diferentes tipos de asas e olhos entre os animais, quando em muitos casos, poderia-se usar o mesmo modelo de asa em qualquer caso, ou ao menos um número menor deles, especialmente se um dos modelos é pior (como as asas de morcegos).