Aquiles e Jesus - Parte I

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Acauan
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Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Acauan »

Aquiles e Jesus - Parte I

Por Acauan


Todas as civilizações e culturas se ergueram sobre um conjunto de mitos fundadores, que estabeleceram as percepções simbólicas da realidade, a partir das quais grupamentos de comunidades humanas desenvolveram identidade, valores e objetivos comuns.

Os significados míticos associados à morte, extraídos daquelas percepções, buscavam um sentido para a finitude humana que, paradoxalmente, só era encontrado na negação desta finitude.

Neste contexto, as duas narrativas míticas que lançaram as raízes da civilização ocidental, a Ilíada de Homero e a Bíblia judaico-cristã, apresentam visões opostas e complementares sobre os significados da morte e, por extensão, sobre os significados da vida humana, a partir da morte de dois de seus respectivos protagonistas, Aquiles e Jesus de Nazaré.

Aquiles foi o herói fundamental.
O guerreiro indestrutível, de imaculado valor pessoal, inspiração e modelo para todo um povo aos olhos do qual parecia predestinado ao eterno triunfo.

Com tudo isto, o filho de Peleu era mortal, atributo que definia sua verdadeira, e derradeira, predestinação.
Aquiles tombou pelo arco de Paris, pela fúria de Apolo e por sua única fraqueza, o calcanhar não imerso nas águas do rio Estige.

A morte de Aquiles é puramente trágica.
É o fim dos triunfos.
O maior dos guerreiros se vê privado da morte gloriosa em combate ao ser abatido a distância pelo inimigo de tocaia.

O significado mítico da morte de Aquiles é resumido pelo próprio, que, evocado por Ulisses, lamenta sua estada no Hades.
Quando o rei de Ítaca declara ao companheiro que ele merece ser aclamado príncipe entre os que tombaram, Aquiles retruca que preferia ser escravo entre os vivos que nobre entre os mortos.

O sofrimento de Aquiles não provém de tormentos externos, como no inferno cristão, mas da interrupção brusca e irrevogável de tudo que fazia dele o que era.
Aquiles, na morte, contempla para sempre seu próprio esvaziamento como ser, enfrentando a dualidade dramática de ser testemunha de seu próprio inexistir, uma morte sem o alívio anestésico da inconsciência.

Sua morte traduz a certeza trágica de que todas as vitórias humanas apenas anunciam a derrota final, que anulará todo triunfo que a precedeu.

Só que esta certeza não é absoluta.
Coube a Ulisses confrontá-la. Primeiro ao restaurar o ânimo de Aquiles relatando os grandes feitos de seu filho Neoptólemo e, em outro momento da narrativa, ao recusar a oferta de imortalidade e juventude eterna feita pela ninfa Calipso, em troca da permanência dele junto a ela.
Ulisses escolhe voltar para seu reino, para sua casa e para sua esposa.

Se o vazio dos mortos pode ser preenchido pelas notícias do sucesso de um filho e se o que preenche nossas vidas finitas – amor, família, lar - vale mais para nós que uma existência imortal, a certeza trágica traduzida na morte de Aquiles não é tão certa assim.

É no hiato desta dúvida que as mortes de Aquiles e de Jesus de Nazaré se aproximam.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por clara campos »

Belíssimo, acuan.
Aguardo parte II para comentar.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Tranca
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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Tranca »

Ei, Acauan!

Aposto que você só dividiu em partes o texto porquê sabia que quase todos iriam ficar aguardando o final, não?

Acertou.

Foi-se o tempo em que este tipo de estratégia de marketing só funcionava com livros e filmes de ficção infanto-juvenil de caras-pálidas como George Lucas e J. K. Rowling...

ANAUÊ!
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Acauan
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Acauan »

clara campos escreveu:Belíssimo, acuan.
Aguardo parte II para comentar.


Obrigado, Clara.
Nós, Índios.

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Acauan
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Acauan »

Tranca-Ruas escreveu:Ei, Acauan!

Aposto que você só dividiu em partes o texto porquê sabia que quase todos iriam ficar aguardando o final, não?

Acertou.

Foi-se o tempo em que este tipo de estratégia de marketing só funcionava com livros e filmes de ficção infanto-juvenil de caras-pálidas como George Lucas e J. K. Rowling...

ANAUÊ!


Pois é Tranca,

Além disto, tive mais dois motivos para dividir o texto em partes.
Primeiro para que não ficasse muito longo e o pessoal desistisse de ler no meio dele.
Segundo porque a idéia me veio completa durante o chope das sextas-feiras e depois que fiquei sóbrio tinha esquecido a metade.

ANAUÊ Guerreiro!
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RCAdeBH
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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por RCAdeBH »

Humm.... lá vem a ginástica ideológica do Acauan. Estarei observando.
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darthvader
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Re: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por darthvader »

Uma das coisas que me deixava ansioso para voltar eram os textos do Acauan!!

Aguardo o restante....

uhu! :emoticon3: ®
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Fernando Silva
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Fernando Silva »

RCAdeBH escreveu:Humm.... lá vem a ginástica ideológica do Acauan. Estarei observando.

De ginástica ideológica os crentes e espíritas entendem.
Não é fácil explicar as contradições de suas invencionices e crendices.

o pensador
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Re: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por o pensador »

Acauan escreveu: ..
Se o vazio dos mortos pode ser preenchido pelas notícias do sucesso de um filho e se o que preenche nossas vidas finitas – amor, família, lar - vale mais para nós que uma existência imortal, a certeza trágica traduzida na morte de Aquiles não é tão certa assim.

É no hiato desta dúvida que as mortes de Aquiles e de Jesus de Nazaré se aproximam.[/color]


Este é que é o problema;num mundo aleatório e parcial nâo podemos ter certeza de que nossos filhos,parentes e nosso lar permanecerâo bem após nossa morte.

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Spitfire
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Spitfire »

Fernando Silva escreveu:
RCAdeBH escreveu:Humm.... lá vem a ginástica ideológica do Acauan. Estarei observando.

De ginástica ideológica os crentes e espíritas entendem.
Não é fácil explicar as contradições de suas invencionices e crendices.


Tentar explicar, quer dizer, né?

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Acauan
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Re: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Acauan »

o pensador escreveu:
Acauan escreveu: ..
Se o vazio dos mortos pode ser preenchido pelas notícias do sucesso de um filho e se o que preenche nossas vidas finitas – amor, família, lar - vale mais para nós que uma existência imortal, a certeza trágica traduzida na morte de Aquiles não é tão certa assim.

É no hiato desta dúvida que as mortes de Aquiles e de Jesus de Nazaré se aproximam.


Este é que é o problema;num mundo aleatório e parcial nâo podemos ter certeza de que nossos filhos,parentes e nosso lar permanecerâo bem após nossa morte.


É impossível um mundo que seja ao mesmo tempo aleatório e parcial. Ou se é uma coisa ou outra.

Quanto à satisfação post-mortem de Aquiles, ela vem da notícia de o filho ter provado seu valor pessoal, que não depende das adversidades externas e, no mais das vezes, é engrandecido por elas.

E no fim, é a única coisa que importa.
Nós, Índios.

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Tranca
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Tranca »

Acauan escreveu:Pois é Tranca,

Além disto, tive mais dois motivos para dividir o texto em partes.
Primeiro para que não ficasse muito longo e o pessoal desistisse de ler no meio dele.
Segundo porque a idéia me veio completa durante o chope das sextas-feiras e depois que fiquei sóbrio tinha esquecido a metade.

ANAUÊ Guerreiro!


Saudações, guerreiro!

Falando por mim, textos bons como este podem ter várias laudas que leio sem cansar.

E aproveite que hoje é sexta para lembrar durante o chope o resto da idéia!

Sobre este paralelo traçado entre Jesus e Aquiles, faço o seguinte comentário, que não sei se tem a ver com o que você redigirá na segunda parte deste texto:

Acho que os "teólogos" cristãos primitivos, ao estabelecerem o dogma da divindade de Jesus, acabaram por dissociar de sua figura a imagem arquetípica do "herói", comum a todos os povos e inerente à idéia que fazem os homens de suas divindades e mitos fundadores de suas culturas, sendo o herói algo como "aquele que sem esperar recompensa ou ter idéia do destino que lhe aguarda ao final, lança-se em empresa ou tarefa difícil, ou mesmo sacrifica-se, em nome de causa que considere justa e correta, imbuído de qualidades, ideais e virtudes nobres tais como vontade férrea, justiça, moral, honra, coragem, bravura, capacidade de superação dos próprios medos, etc".

Explico: se Jesus é uno com Deus - que como ser criador onipotente e onipresente tem conhecimento da eternidade - mesmo com todos os obstáculos a serem transpostos, dores e sofrimentos necessários para completar a sua missão, não se pode dizer que ele tenha empreendido um ato heróico em sua passagem por este mundo; pois como protagonista de tal ato, necessitaria depender de sua bravura ou capacidade de superação ante o inimigo ou a ameaça desconhecida, sem poder prever o destino fatal que poderia lhe aguardar.

Ao contrário, como se demonstra em diversas passagens dos Evangelhos, o Jesus mitológico já tinha conhecimento prévio de seu destino, e sendo Deus-Homem, sabia que "venceria" o sofrimento e a morte e retornaria à morada celeste para estar eternamente à "direita do Pai" após cumprida a missão.

Assim, apesar de em muitos pontos, apontarem os interessados que o mito Jesus se enquadra dentro da imagem arquetípica do herói, não podem negar que em características e pressupostos essenciais ele acaba por se distanciar de modo muito claro do mesmo.

Talvez os "teólogos" primitivos da cristandade tivessem esta intenção; de colocar Jesus acima de todos os deuses, semi-deuses e heróis mortais de todos os tempos, por ser uno com seu Deus "único".

Só que quando fizeram isto, limaram o mesmo de qualidades e atributos essenciais (no meu entender) aos homens desde épocas imemoriais - e eu me pergunto: somente a fé poderia preencher este vácuo criado na mentalidade cristã?*

*"Confie em Deus e nada vos perturbará". Onde reside a coragem e a honra em se fiar na divindade para tudo? Onde o homem testa seus limites e demonstra suas virtudes e atributos elevados; se o próprio Cristo lhes assegura que a fé é o único atributo de valor e que ao fim, quem estiver ao seu lado vencerá? Sabemos que nestes dois mil anos, a maioria dos cristãos de renome demonstraram muito mais valores como coragem e superação do que fé e resignação ante os desafios que encontraram pelo caminho. Isto mostra que algo na "mensagem cristã" não procede de todo.

Ora, em diversas mitologias, os heróis, deuses e semi-deuses, por mais poderosos que sejam, sempre estão às voltas de encarar perigos ou inimigos que farão testar todas a suas qualidades, sem que possam prever o destino que lhes aguarda.

Somente por comparação, Odin, Thor e demais deuses nórdicos sabem que o destino inexorável que lhes aguarda no Ragnarok.

Ou seja, até mesmo o futuro dos deuses é um "inimigo" sombrio que ronda suas mentes e estes não sabem quando de fato virá.

Mesmo assim, a imagem que se tem dos heróis de Asgaard é a de bravos guerreiros que não fugirão à luta no momento final e nem declinarão de encarar o destino implacável, qualquer que ele seja.

Ora, a resignação de Jesus ante seu trágico destino nada mais era do que a certeza de que o triunfo estava adiante, pois estava cumprindo o que Deus (parte dele mesmo), havia determinado. Portanto, dentro do mito fundador cristão, a vitória era/é certa. As próprias palavras na cruz: "Pai, por quê me abandonastes", podem ser vistas então, como mera formalidade ritual, pois já havia dito ao ladrão ao seu lado que estaria logo com ele no paraíso.

Jesus, Homem-Deus, dentro da mitologia cristã, tendo conhecimento prévio de que sua encarnação humana, vida, sofrimento e morte somente serviriam de meio de ser reconhecido pelos homens como deus e deixar uma mensagem, sendo que após tudo o que passasse retornaria aos céus triunfante e estaria, até o final dos tempos e o restante da eternidade coberto de esplendor e glória (já sendo certa sua vitória sobre satã quando do deslinde do juízo), não encarou um desafio cujo sucesso fosse incerto, razão pela qual não se pode dizer que o Jesus "Homem-Deus" tenha encarnado de todo o arquétipo do herói.

Na história do Deus-Homem Jesus, a possibilidade de fracasso não estava prevista. Logo, coragem, bravura e superação não são atributos que pertencentes ao mito fundador cristão.


ANAUÊ!
Editado pela última vez por Tranca em 14 Jul 2006, 13:57, em um total de 1 vez.
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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Tranca »

Só complementando: podem falar que as agruras sofridas por Jesus demonstram que Deus escolheu passar, através de seu filho (ou ele mesmo encarnado), por sofrimentos tais que demonstrassem seu amor pela humanidade e seu valor, para sedimentar sua mensagem de "amor" e sua glória.

Eu digo que o sofrimento de Deus através de seu filho (ou encarnação de si mesmo) FOI ESCOLHIDO POR ELE MESMO, não foi algo alheio à sua vontade e nem de sucesso discutível.

Aliás, encarado desta forma, parece tudo uma forma bem besta de se demonstrar "Seu" amor pelos homens a confirmar sua glória, já que poderia ter encontrado formas melhores, menos doloridas e mais didáticas.

Mas vá entender esses deuses unos-trinos e onipotentes/onipresentes...
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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por clara campos »

cadê a parte II?
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Re: Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por Acauan »

clara campos escreveu:cadê a parte II?


Oi Clara,

O Índio velho anda meio preguiçoso, mas prometo para breve.

Abraços.
Nós, Índios.

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Re.: Aquiles e Jesus - Parte I

Mensagem por clara campos »

:emoticon12: :emoticon4:
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