Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
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Res Cogitans escreveu:Só há a questão do aborto enquanto há gravidez. Se ela vai entregar pro circo, pra adoção, comer com farofa depois de parir é outro assunto. A questão é se a grávida tem obrigação moral de se manter "conectada" com outra pessoa que depende necessariamente de seu corpo para viver.
Para que isso se aproxime um mínimo de uma analogia a gravidez teria que ser fruto de violência mas mesmo assim não vejo como
Res Cogitans escreveu:Só há a questão do aborto enquanto há gravidez. Se ela vai entregar pro circo, pra adoção, comer com farofa depois de parir é outro assunto. A questão é se a grávida tem obrigação moral de se manter "conectada" com outra pessoa que depende necessariamente de seu corpo para viver.
Para que isso se aproxime um mínimo de uma analogia a gravidez teria que ser fruto de violência mas mesmo assim não vejo como
Bjs
Mesmo como sendo estupro faltam outras ligações.
Faltam sim, Apocalíptica
Existe um abismo entre ficar grávida sob coação e ser sequestrada e ficar mofando num hospital durante seis meses. Comparar os dois é de um reducionismo imenso
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
Desculpa a intromissão...mas não há nada de periférico. É que as premissas não se enquadram para uma hipótese de aborto mesmo.
Experimentos mentais são por natureza limitadores de variáveis. Eles trabalham com pequenos aspectos de temas mais abrangentes e os analisam sobre um novo prisma. Os aspectos essenciais deste problema eu já postei.
Podem ser ou não. Mas dentro dos aspectos essenciais postados, ainda não vejo como resolvê-lo apenas mentalmente, a menos que eu decida por algo de caráter apenas moral.
A questão da sobrevivência dos dois seres conectados numa circunstância criada externamente no presente, que não adimite previsões no futuro ( no casoi da analogia com o aborto em caso de estupro) não segue os mesmos parâmetros mentais de decisão.
Me parece falacioso.
Teriam que me pagar muito bem. Não só 6 meses de trabalho, mas 6 meses sem poder fazer nada. Se me fosse adiantado 6 milhões eu pensaria no caso.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Apocaliptica escreveu:Mas dentro dos aspectos essenciais postados, ainda não vejo como resolvê-lo apenas mentalmente, a menos que eu decida por algo de caráter apenas moral.
Mas ela só trata do âmbito moral mesmo uai.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Em relação ao dilema proposto:
Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto:
Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
clara campos escreveu:Em relação ao dilema proposto: Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto: Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Em certo sentido um desconhecido, quase que seria análogo à um feto.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
clara campos escreveu:Em relação ao dilema proposto: Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto: Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Outra observação importante, ela trabalha sim neste experimento mental com o feto sendo uma pessoa. O que também não concordo. Mas o feto ser ou não uma pessoa é outra discussão.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
a questao da dependencia e inocencia? mas abordar isso com analogias algo falaciosas parece errado...
Vamos ver assim, filósofos são especialistas em filosofia, economistas em economia, físicos em física...
O tema vem sendo discutido em periódicos de filosofia moral, em livros de filosofia, em encontros de filosofia por especialistas em filosofia, muitos deles com fama internacional. É no mínimo razoável a hipótese de que você não tenha entendido problema FILOSÓFICO da questão e sua pertinência com o aborto.
ou então eu percebi e o outros são todos burros...
Apocaliptica escreveu:Mas dentro dos aspectos essenciais postados, ainda não vejo como resolvê-lo apenas mentalmente, a menos que eu decida por algo de caráter apenas moral.
clara campos escreveu:Em relação ao dilema proposto: Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto: Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Em certo sentido um desconhecido, quase que seria análogo à um feto.
Não posso concordar com isso, se pensar com meu lado emocional.
Mas é difícil se colocarmos a analogia um passo atrás tipo:
Mãe está para Feto assim como Mãe está para Violinista.
Um feto é muito mais conhecido da mãe ( e muito menos conhecido do resto da humanidade) do que um violinista da mesma mãe em questão.
Talvez se o feto estivesse não na minha barriga, mas na de outra mãe e o aborto e nem o sequestro se dessem comigo, mas com outra pessoa....mas apenas talvez.
Acho que estou fugindo do embate moral comigo mesma....
clara campos escreveu:Em relação ao dilema proposto: Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto: Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Em certo sentido um desconhecido, quase que seria análogo à um feto.
Não posso concordar com isso, se pensar com meu lado emocional. Mas é difícil se colocarmos a analogia um passo atrás tipo:
Mãe está para Feto assim como Mãe está para Violinista.
Um feto é muito mais conhecido da mãe ( e muito menos conhecido do resto da humanidade) do que um violinista da mesma mãe em questão.
Talvez se o feto estivesse não na minha barriga, mas na de outra mãe e o aborto e nem o sequestro se dessem comigo, mas com outra pessoa....mas apenas talvez.
Acho que estou fugindo do embate moral comigo mesma....
Visto que não faz sentido aqui analisar do ponto de vista de alguém que quer e deseja ter um filho, ou já teve e sabe como é, nesse caso o aborto fica fora do contexto.
É que estou pensando do ponto de vista da mulher que está com um feto indesejado no ventre, obrigada por circunstâncias análogas à um sequestro.
Para ela seria como um parasita, interferindo na sua vida, um desconhecido pelo qual não nutre nenhum sentimento de apego à princípio.
Acho que essa é a analogia proposta pelo experimento mental.
Ela teria o direito moral de não aceitar essa conecção indesejada?
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
clara campos escreveu:Em relação ao dilema proposto: Muito contrariada (por ter sido sequestrada) eu ficaria. Não tinha como deixar morrer alguém, se estava nas minhas possibilidades salvá-lo (fosse um violinista famoso ou um sem-abrigo).
Em relação à analogia com o aborto: Para "desenhar" essa analogia a autora considera feto=pessoa, para mim, a analogia moral não procede.
Em certo sentido um desconhecido, quase que seria análogo à um feto.
Não posso concordar com isso, se pensar com meu lado emocional. Mas é difícil se colocarmos a analogia um passo atrás tipo:
Mãe está para Feto assim como Mãe está para Violinista.
Um feto é muito mais conhecido da mãe ( e muito menos conhecido do resto da humanidade) do que um violinista da mesma mãe em questão.
Talvez se o feto estivesse não na minha barriga, mas na de outra mãe e o aborto e nem o sequestro se dessem comigo, mas com outra pessoa....mas apenas talvez.
Acho que estou fugindo do embate moral comigo mesma....
Visto que não faz sentido aqui analisar do ponto de vista de alguém que quer e deseja ter um filho, ou já teve e sabe como é, nesse caso o aborto fica fora do contexto.
É que estou pensando do ponto de vista da mulher que está com um feto indesejado no ventre, obrigada por circunstâncias análogas à um sequestro. Para ela seria como um parasita, interferindo na sua vida, um desconhecido pelo qual não nutre nenhum sentimento de apego à princípio. Acho que essa é a analogia proposta pelo experimento mental. Ela teria o direito moral de não aceitar essa conecção indesejada?
Sim. Pelo menos no meu modo de pensar.
Portanto, mantenho minha resposta inicial à pergunta do tópico:
Não ficaria presa a esse "estranho".
Moralmente. Legalmente e eticamente é outra coisa.