Publicada em 19-01-2007
Igreja vai afastar padre acusado de estupro
Renê Moreira / Cosmo On Line
A igreja Católica estuda como agir no caso do padre e 37 anos acusado de estuprar uma menina de dez anos em Franca. O inquérito que apura o caso está em fase final e já na próxima semana deve ser encaminhado para apreciação da Justiça. Nele são apontados exames e depoimentos que comprovariam a culpa do religioso.
O padre em questão é responsável por uma paróquia na região de Santo Amaro, em São Paulo, mas costuma passar as férias em Franca, onde possui familiares. Sua situação na igreja será definida em primeiro momento pelo bispo responsável pela Diocese de Santo Amaro, Dom Fernando Antônio Figueiredo. Por sinal, a mesma diocese do conhecido padre Marcelo Rossi.
De imediato o padre deverá estar sendo suspenso de participar de qualquer celebração religiosa. Entretanto, como o mesmo se encontra em viagem à região de Franca, as medidas somente deverão ser conhecidas quando retornar à capital paulista. Procurado para falar a respeito, ele não quis se pronunciar. Já na delegacia, em depoimento nesta semana, negou todas as acusações.
Conforme noticiado pelo Cosmo on Line, a violência sexual teria ocorrido ainda no ano passado, mas foi descoberta somente algum tempo depois, após a menina contar tudo para outra criança. A vítima é prima do padre e o estupro teria acontecido na casa de seus pais.
O padre teria pedido pra usar o telefone na casa dos pais da criança, no Jardim Aeroporto, ocasião em que levou a garota junto. Segundo relato da própria menina à polícia, entrando no imóvel ele trancou as portas, arrancou sas roupas e a violentou sobre a cama no quarto dos pais. Em seguida teria pedido que mantivesse segredo sobre o ocorrido.
A mãe da menina, uma dona-de-casa de 50 anos, foi quem levou o caso à polícia assim que tomou conhecimento. Católica, ela se diz revoltada com tudo isso, mas que continuará a freqüentar a igreja. Garante, porém, ter denunciado porque espera que seja feita justiça no caso.
No inquérito policial alguns fatos pesam contra o padre. A família apresentou conta telefônica mostrando não ter sido feita qualquer ligação telefônica para São Paulo naquele dia, como o religioso alega ter feito. Exames constataram que a criança já não é mais virgem e laudo psicológico aponta não haver sinais de que a menina possa ter inventado a história.
Em função disso, a delegada Graciela de Lourdes David, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que também vem respondendo pelos crimes contra crianças e adolescentes em Franca, indiciou o padre pelo crime de estupro. Se condenado, ele pode pegar até dez anos de reclusão.
Fonte: http://www.cosmo.com.br/brasilemundo/in ... ?id=183704
