IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
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Benetton
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Re: Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Benetton »

O ENCOSTO escreveu:
Benetton escreveu:
Já leu ? Onde ? Em algum site cético? Ah, Ok.



Quanta arrogancia.

O Bobotanico já postou isso várias vezes.


Não quis ser arrogante. Os Sites céticos geralmente citam o Ian Stevenson e têm muitas explicações sobre seus trabalhos.




O ENCOSTO escreveu:

Leu também que ele se baseava em levantamentos estatísticos e comparações com o que pesquisava, procurando checar as declarações com a realidade, discriminando fantasias e fatos ?



Como é que se usa estatistica para atestar que alguém não poderia mentir?

Ele, simplesmente, concluia que, em determinados casos, as pessoas envolvidas não poderiam mentir. Encima disso, enchia linguiça com cálculos estatisticos, etc.



Não é o caso de usar a estatística para atestar mentiras ou verdades. A estatística, em estudos relacionados a uma população, serve para apontar alguma tendência. Isso não provava suas teorias, apenas dava mais base às mesmas.




O ENCOSTO escreveu:

Ou será que você leu que Ian Stevenson acreditava cegamente em tudo o que as crianças diziam, sem procurar comprovar, posteriormente, se aquilo que ouviu possuia um mínimo de base factual ? Se Você leu isso em algum site confiável, por favor, passe o endereço "pra" gente. :emoticon16:



Ele acreditava só nas estorinhas mais bonitinhas. Ou adotava outro critério.

Acho que ele selecionava relatos de crianças gordinhas pois as gordinhas e fofinhas não podem mentir.


Historinhas bonitinhas ? Crianças gordinhas e fofinhas ? Tá bom. Eu acredito. E nem precisa citar a fonte, pois foi Você quem disse, então deve ser verdade, pois "Encostos" também não costumam mentir ! :emoticon13:



" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

_________________

"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."

Autor Desconhecido.


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Ateu Tímido
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Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Ateu Tímido »

O Encosto escreveu:Diria que honestidade intelectual não é o seu forte.

Resumindo bem a coisa: Você acredita naquilo que acha bonitinho ou que lhe agrade. Ponto.


Que tal passar para as novidades agora? :emoticon13: :emoticon131:

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Alter-ego
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Mensagem por Alter-ego »

Desconfio que o "Ezinho", além de ter uma notória queda pela Kkklaudinha, também mantém uma paixão recolhida pela Sônia. :emoticon1:

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videomaker
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Re: Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por videomaker »

Você quem disse, então deve ser verdade, pois "Encostos" também não costumam mentir !
By Benneton.

:emoticon12: de novo :emoticon12: mais uma vez :emoticon12:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Alter-ego escreveu:Desconfio que o "Ezinho", além de ter uma notória queda pela Kkklaudinha, também mantém uma paixão recolhida pela Sônia. :emoticon1:



Vamos lá, Alter, vou contar até três e vc vai acordar..... um, dois, três, pronto


Bjs


Steve
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Re: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Steve »

RCAdeBH escreveu:
O ENCOSTO escreveu:As crianças e o além
Relatos de comunicação com espíritos revelam
que a mediunidade é comum na infância. E os
pais precisam aprender a lidar com a situação

Por Camilo Vannuchi e Celina Côrtes

Diana embalava o filho em frente a uma
parede repleta de fotos na casa de sua mãe,
em Brasília. Uma delas, envelhecida pelo
tempo, chamou a atenção do pequeno Roberto, então com pouco mais de um ano. O garoto apontou a jovem que aparecia no retrato: “Vovó.” A mãe achou estranho. “Sim, esta era a minha avó, sua bisa”, explicou. E perguntou como ele adivinhara, já que ninguém havia mostrado aquela imagem ao menino. Roberto apenas tocou o colo da moça no retrato. “Dodói”, disse. Na foto, nenhum machucado aparente. O assombro tomou conta da sala quando Liana se recordou que a avó, já idosa, faleceu em decorrência de um câncer de mama. “Meu filho sabia daquilo sem que ninguém tivesse lhe contado”, resume o pai, Ricardo Movits. Ninguém deste mundo, é bom ressaltar.

Antes de tachar a história do menino Roberto de mentira, fantasia ou maluquice, vale lembrar que Chico Xavier, o maior médium brasileiro, teve sua primeira experiência mediúnica aos cinco anos, quando sua mãe faleceu e, em espírito, passou a visitá-lo. Roberto, hoje com quatro anos, também diz receber a visita de parentes falecidos. E de modo assíduo. Contou que a avó freqüenta sua casa para lhe ensinar coisas sobre a vida e a morte. “Ela disse que as pessoas que morrem viram anjinhos e depois voltam a ser bebês”, afirma. Em outra ocasião, Roberto surpreendeu o pai ao comentar que o avô havia morrido porque fumava demais. “Entrou muita fumaça no peito dele”, completou. Essas supostas habilidades do menino poderiam ser explicadas por meio da mediunidade. Estudada por religiosos, psiquiatras e até neurologistas, a mediunidade é a capacidade de ver e ouvir espíritos ou realizar fenômenos paranormais – como incorporação e clarividência – por intermédio de agentes externos. Ou seja, de entidades espirituais que utilizam o corpo do médium como veículo para se manifestar.

Relatos desse tipo são cada vez mais comuns. Mesmo nos consultórios. A psicologia e a medicina, no entanto, buscam outras formas de justificar esses fenômenos. Se a criança parece possuída por uma entidade sobrenatural, por exemplo, é feito diagnóstico de transtorno de personalidade ou estado de transe e possessão, cujo tratamento alia psicoterapia e medicamentos. A comunicação com amigos invisíveis aos olhos dos pais costuma ser encarada como mera fantasia. “Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente”, considera a psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças do Instituto Sedes Sapientiae. “Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte”, acrescenta Ana Maria.

A interpretação é a mesma da maioria dos pediatras. Presidente do Instituto da Família, que estuda as relações familiares, o médico Leonardo Posternak afirma que esse tipo de fantasia permite à garotada chamar atenção. Segundo ele, as crianças percebem se os pais demonstram admiração por seu suposto dom. Ou se aproveitam do carinho especial recebido quando os pais desconfiam que o filho tem algum distúrbio psíquico. Mas e quando surgem fatos capazes de assombrar os mais céticos, como o pequeno subitamente falar outra língua? “É importante que sejamos humildes para admitir que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com ele”, afirma Posternak. O presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Pediatria Infantil, César de Moraes, lembra que o estado de transe e possessão, embora citado no Código Internacional de Doenças, ainda não foi esclarecido. “Pode resultar de alguma desordem física ou mental ou, de fato, ser obra do sobrenatural”, sugere.

No vácuo deixado pela medicina, avançam cada vez mais as explicações alternativas que conciliam ciência e transcendência. Se uma criança descreve e dá nome a um amigo imaginário e a família descobre, ao investigar, que a descrição corresponde à de uma pessoa de verdade, que habitou a casa no passado, a linha entre ficção e realidade desaparece. É o que assegura Reginaldo Hiraoka, coordenador do curso de parapsicologia das Faculdades Integradas “Espírita”, a única do gênero no Brasil, em Curitiba. “O mesmo ocorre quando crianças afirmam se lembrar de vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a respeito”, acrescenta. Para estudiosos da parapsicologia, há uma alta freqüência de relatos sobrenaturais na infância devido ao fato de a mediunidade, inata a todas as pessoas, ainda não ter sido reprimida nessa fase. “Crianças com menos de sete anos não vêem nada de anormal nessas experiências”, afirma a psicóloga infantil Athena A. Drewes, consultora da Parapsychology Foundation, com sede em Nova York. “Elas as aceitam até que outras pessoas comecem a reagir negativamente a seus relatos. O bloqueio ocorre ao entrarem na escola e descobrirem que nem todos vivem as mesmas experiências.”

Mas nem sempre a convivência com o sobrenatural é tranqüila. Às vezes, os amiguinhos imaginários são substituídos por monstros que atrapalham o sono dos pequenos e os tornam arredios, agressivos ou profundamente tímidos. Como no filme Sexto sentido, de Night Shyamalan, crianças se dizem assombradas por imagens de espíritos que vagam com ferimentos ou fraturas expostas, exatamente como estavam quando morreram. Segundo a doutrina espírita, isso acontece
quando os espíritos desencarnados não conseguem se desprender do plano físico, seja por não terem se dado conta da morte, seja por não a aceitarem. Também é possível que um espírito persiga uma criança por ter sido ligado a ela em uma vida pregressa. “Imagine se seu bebê foi uma pessoa má na encarnação anterior e prejudicou alguém que, agora, se sente no direito de atrapalhar seu caminho”,
cogita a autora do livro Mediunidade em crianças, Agnes Henriques Leal. Conforme
a tese espírita, é possível que esse filho sofra horrores com a influência de
seres assustadores.

Nessas horas, de acordo com o espiritismo, a criança deve ser encaminhada a tratamento com passes para dispersar energias negativas. Os espíritas podem ainda trazer a entidade a uma reunião no centro – por intermédio de um médium – para tentar demovê-la da perseguição. Leituras diárias do Evangelho também ajudariam. “Se os pais não participarem do processo de cura, nada será atingido. Para tanto, deverão conhecer a doutrina e se dispor a estabelecer, no lar, um clima vibratório de harmonia e paz”, ensina o médium paraense Nazareno Tourinho, autor de Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes. Ele ressalta, no entanto, que nenhum auxílio científico deve ser desprezado. “Primeiro, deve-se procurar um profissional de saúde. Se o resultado não for satisfatório, resta buscar ajuda de espíritas competentes”, orienta.

Outra opção é consultar um especialista que seja ao mesmo tempo médico e religioso. Há muitos psiquiatras adeptos do espiritismo que atendem crianças e adultos atormentados por fenômenos inexplicáveis. Um deles é Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar estímulos do mundo extrafísico. O órgão responsável pela mediunidade, diz Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação dos hormônios sexuais. Descrita por Descartes como a sede da alma em 1641, a pineal tem sido pesquisada há séculos, e, desde a década de 1980, é comprovada sua capacidade de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos. Para confirmar sua tese, Oliveira realizou diversos exames neurológicos (como tomografia e eletroencefalograma) em pacientes em transe. “Verificamos a atividade na pineal durante esses momentos. Ela é uma espécie de antena que capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas ou mortas, como se fosse um olho sensível à energia eletromagnética”, diz.

Mesmo que não veja ou ouça espíritos desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual, prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos. A primeira etapa é entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.

Médicos adeptos do espiritismo afirmam que a infância é o período em que a ação da glândula pineal está no auge, embora a criança não tenha o arcabouço intelectual necessário para interpretar os estímulos de forma consciente. Com o desenvolvimento completo do cérebro, a mediunidade seria sublimada na maioria das pessoas. Ou voltaria ainda mais forte naqueles que aprenderam a exercitá-la. No Livro dos médiuns, Allan Kardec, codificador da doutrina, avisa que a mediunidade não deve ser estimulada em crianças, o que pode ser perigoso, já que os organismos delicados das crianças sofreriam grandes abalos. “É de se desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes”, escreveu. Por esse motivo, em geral os pais são orientados a não incentivar os filhos a exercê-la. “Muitas crianças sentem dor porque o corpo não está preparado para receber esse impacto”, diz a psicóloga Inês Ignácio, do Centro Espírita Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.

Em outras religiões espiritualistas, como candomblé e umbanda, a presença de crianças nos rituais costuma ser permitida. Muitos templos oferecem acompanhamento adulto para a iniciação. “É preciso freqüentar o centro como se fosse uma escola”, alerta Aguinaldo Cravo, adepto do candomblé e babalorixá na Casa de Caridade Cabana de Oxossi, no Rio de Janeiro. Crianças também exercem sua religiosidade nas giras de umbanda do Templo Cacique Pai Pena Branca, em São Paulo. “Algumas já têm um canal de vidência elevado, enquanto outras só vêem vultos e precisam desenvolver seu dom”, diz a ialorixá Mãe Norma de Iansã, que oferece aos domingos um curso de mediunidade aberto às novas gerações. Delas surgirá, quem sabe, um novo Chico Xavier.


É melhor encher o cérebro da criança de barbitúricos e anti-psicóticos do que atentar que algo diferente pode estar acontecendo.
Pobres céticos... até quando?


olha qm fala... qm não garante q isso foi materia paga??? qm garante q é verdade???
c for assim... já conversei com faraós, gladiadores e navegadores famosos do sec. XV....

Steve
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Registrado em: 01 Dez 2005, 17:59

Re: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Steve »

RCAdeBH escreveu:
O ENCOSTO escreveu:As crianças e o além
Relatos de comunicação com espíritos revelam
que a mediunidade é comum na infância. E os
pais precisam aprender a lidar com a situação

Por Camilo Vannuchi e Celina Côrtes

Diana embalava o filho em frente a uma
parede repleta de fotos na casa de sua mãe,
em Brasília. Uma delas, envelhecida pelo
tempo, chamou a atenção do pequeno Roberto, então com pouco mais de um ano. O garoto apontou a jovem que aparecia no retrato: “Vovó.” A mãe achou estranho. “Sim, esta era a minha avó, sua bisa”, explicou. E perguntou como ele adivinhara, já que ninguém havia mostrado aquela imagem ao menino. Roberto apenas tocou o colo da moça no retrato. “Dodói”, disse. Na foto, nenhum machucado aparente. O assombro tomou conta da sala quando Liana se recordou que a avó, já idosa, faleceu em decorrência de um câncer de mama. “Meu filho sabia daquilo sem que ninguém tivesse lhe contado”, resume o pai, Ricardo Movits. Ninguém deste mundo, é bom ressaltar.

Antes de tachar a história do menino Roberto de mentira, fantasia ou maluquice, vale lembrar que Chico Xavier, o maior médium brasileiro, teve sua primeira experiência mediúnica aos cinco anos, quando sua mãe faleceu e, em espírito, passou a visitá-lo. Roberto, hoje com quatro anos, também diz receber a visita de parentes falecidos. E de modo assíduo. Contou que a avó freqüenta sua casa para lhe ensinar coisas sobre a vida e a morte. “Ela disse que as pessoas que morrem viram anjinhos e depois voltam a ser bebês”, afirma. Em outra ocasião, Roberto surpreendeu o pai ao comentar que o avô havia morrido porque fumava demais. “Entrou muita fumaça no peito dele”, completou. Essas supostas habilidades do menino poderiam ser explicadas por meio da mediunidade. Estudada por religiosos, psiquiatras e até neurologistas, a mediunidade é a capacidade de ver e ouvir espíritos ou realizar fenômenos paranormais – como incorporação e clarividência – por intermédio de agentes externos. Ou seja, de entidades espirituais que utilizam o corpo do médium como veículo para se manifestar.

Relatos desse tipo são cada vez mais comuns. Mesmo nos consultórios. A psicologia e a medicina, no entanto, buscam outras formas de justificar esses fenômenos. Se a criança parece possuída por uma entidade sobrenatural, por exemplo, é feito diagnóstico de transtorno de personalidade ou estado de transe e possessão, cujo tratamento alia psicoterapia e medicamentos. A comunicação com amigos invisíveis aos olhos dos pais costuma ser encarada como mera fantasia. “Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente”, considera a psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças do Instituto Sedes Sapientiae. “Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte”, acrescenta Ana Maria.

A interpretação é a mesma da maioria dos pediatras. Presidente do Instituto da Família, que estuda as relações familiares, o médico Leonardo Posternak afirma que esse tipo de fantasia permite à garotada chamar atenção. Segundo ele, as crianças percebem se os pais demonstram admiração por seu suposto dom. Ou se aproveitam do carinho especial recebido quando os pais desconfiam que o filho tem algum distúrbio psíquico. Mas e quando surgem fatos capazes de assombrar os mais céticos, como o pequeno subitamente falar outra língua? “É importante que sejamos humildes para admitir que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com ele”, afirma Posternak. O presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Pediatria Infantil, César de Moraes, lembra que o estado de transe e possessão, embora citado no Código Internacional de Doenças, ainda não foi esclarecido. “Pode resultar de alguma desordem física ou mental ou, de fato, ser obra do sobrenatural”, sugere.

No vácuo deixado pela medicina, avançam cada vez mais as explicações alternativas que conciliam ciência e transcendência. Se uma criança descreve e dá nome a um amigo imaginário e a família descobre, ao investigar, que a descrição corresponde à de uma pessoa de verdade, que habitou a casa no passado, a linha entre ficção e realidade desaparece. É o que assegura Reginaldo Hiraoka, coordenador do curso de parapsicologia das Faculdades Integradas “Espírita”, a única do gênero no Brasil, em Curitiba. “O mesmo ocorre quando crianças afirmam se lembrar de vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a respeito”, acrescenta. Para estudiosos da parapsicologia, há uma alta freqüência de relatos sobrenaturais na infância devido ao fato de a mediunidade, inata a todas as pessoas, ainda não ter sido reprimida nessa fase. “Crianças com menos de sete anos não vêem nada de anormal nessas experiências”, afirma a psicóloga infantil Athena A. Drewes, consultora da Parapsychology Foundation, com sede em Nova York. “Elas as aceitam até que outras pessoas comecem a reagir negativamente a seus relatos. O bloqueio ocorre ao entrarem na escola e descobrirem que nem todos vivem as mesmas experiências.”

Mas nem sempre a convivência com o sobrenatural é tranqüila. Às vezes, os amiguinhos imaginários são substituídos por monstros que atrapalham o sono dos pequenos e os tornam arredios, agressivos ou profundamente tímidos. Como no filme Sexto sentido, de Night Shyamalan, crianças se dizem assombradas por imagens de espíritos que vagam com ferimentos ou fraturas expostas, exatamente como estavam quando morreram. Segundo a doutrina espírita, isso acontece
quando os espíritos desencarnados não conseguem se desprender do plano físico, seja por não terem se dado conta da morte, seja por não a aceitarem. Também é possível que um espírito persiga uma criança por ter sido ligado a ela em uma vida pregressa. “Imagine se seu bebê foi uma pessoa má na encarnação anterior e prejudicou alguém que, agora, se sente no direito de atrapalhar seu caminho”,
cogita a autora do livro Mediunidade em crianças, Agnes Henriques Leal. Conforme
a tese espírita, é possível que esse filho sofra horrores com a influência de
seres assustadores.

Nessas horas, de acordo com o espiritismo, a criança deve ser encaminhada a tratamento com passes para dispersar energias negativas. Os espíritas podem ainda trazer a entidade a uma reunião no centro – por intermédio de um médium – para tentar demovê-la da perseguição. Leituras diárias do Evangelho também ajudariam. “Se os pais não participarem do processo de cura, nada será atingido. Para tanto, deverão conhecer a doutrina e se dispor a estabelecer, no lar, um clima vibratório de harmonia e paz”, ensina o médium paraense Nazareno Tourinho, autor de Experiências mediúnicas com crianças e adolescentes. Ele ressalta, no entanto, que nenhum auxílio científico deve ser desprezado. “Primeiro, deve-se procurar um profissional de saúde. Se o resultado não for satisfatório, resta buscar ajuda de espíritas competentes”, orienta.

Outra opção é consultar um especialista que seja ao mesmo tempo médico e religioso. Há muitos psiquiatras adeptos do espiritismo que atendem crianças e adultos atormentados por fenômenos inexplicáveis. Um deles é Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar estímulos do mundo extrafísico. O órgão responsável pela mediunidade, diz Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação dos hormônios sexuais. Descrita por Descartes como a sede da alma em 1641, a pineal tem sido pesquisada há séculos, e, desde a década de 1980, é comprovada sua capacidade de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos. Para confirmar sua tese, Oliveira realizou diversos exames neurológicos (como tomografia e eletroencefalograma) em pacientes em transe. “Verificamos a atividade na pineal durante esses momentos. Ela é uma espécie de antena que capta estímulos da alma de outras pessoas, vivas ou mortas, como se fosse um olho sensível à energia eletromagnética”, diz.

Mesmo que não veja ou ouça espíritos desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual, prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos. A primeira etapa é entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.

Médicos adeptos do espiritismo afirmam que a infância é o período em que a ação da glândula pineal está no auge, embora a criança não tenha o arcabouço intelectual necessário para interpretar os estímulos de forma consciente. Com o desenvolvimento completo do cérebro, a mediunidade seria sublimada na maioria das pessoas. Ou voltaria ainda mais forte naqueles que aprenderam a exercitá-la. No Livro dos médiuns, Allan Kardec, codificador da doutrina, avisa que a mediunidade não deve ser estimulada em crianças, o que pode ser perigoso, já que os organismos delicados das crianças sofreriam grandes abalos. “É de se desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes”, escreveu. Por esse motivo, em geral os pais são orientados a não incentivar os filhos a exercê-la. “Muitas crianças sentem dor porque o corpo não está preparado para receber esse impacto”, diz a psicóloga Inês Ignácio, do Centro Espírita Francisco de Assis, no Rio de Janeiro.

Em outras religiões espiritualistas, como candomblé e umbanda, a presença de crianças nos rituais costuma ser permitida. Muitos templos oferecem acompanhamento adulto para a iniciação. “É preciso freqüentar o centro como se fosse uma escola”, alerta Aguinaldo Cravo, adepto do candomblé e babalorixá na Casa de Caridade Cabana de Oxossi, no Rio de Janeiro. Crianças também exercem sua religiosidade nas giras de umbanda do Templo Cacique Pai Pena Branca, em São Paulo. “Algumas já têm um canal de vidência elevado, enquanto outras só vêem vultos e precisam desenvolver seu dom”, diz a ialorixá Mãe Norma de Iansã, que oferece aos domingos um curso de mediunidade aberto às novas gerações. Delas surgirá, quem sabe, um novo Chico Xavier.


É melhor encher o cérebro da criança de barbitúricos e anti-psicóticos do que atentar que algo diferente pode estar acontecendo.
Pobres céticos... até quando?


EIII!!!! ACABEI DE CONVERSAR COM O BOCAGE E OSCARITO!!!
CARAS MUI COMEDIAS!!!

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Vá estudar!
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Mensagem por Vá estudar! »

É lamentável que muitos pais, em pleno século 21, ainda desconheçam os talentos do inconsciente e da mente humana e, por algum interesse escuso, sejam induzidos a iniciar seus filhos no conveniente espiritismo. Pobre Brasil, até quando?! (“As crianças e o além”, IstoÉ n.º 1.942, 17/01/2007, capa e da página 38 a 43)

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DarkWings
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Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por DarkWings »

Que bobagem isso tudo. Criança tem uma pusta imaginação. Inventa coisas, amigos imaginários, confunde sonho com realidade. O problema são as criançãs crescidas que não perdem esse traço de fantasia e continuam acreditando em unicórnio cor-de-rosa, deus, jesuis e outras sandices.
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!

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Vitor Moura
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Mensagem por Vitor Moura »

Luiz Roberto Turatti escreveu:É lamentável que muitos pais, em pleno século 21, ainda desconheçam os talentos do inconsciente e da mente humana e, por algum interesse escuso, sejam induzidos a iniciar seus filhos no conveniente espiritismo. Pobre Brasil, até quando?! (“As crianças e o além”, IstoÉ n.º 1.942, 17/01/2007, capa e da página 38 a 43)


Já leu Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação? O Ian Stevenson refuta os argumentos do inconsciente e da mente humana dos vivos.

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Azathoth
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Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Azathoth »

O TURATTI VOLTOU
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betossantana
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Mensagem por betossantana »

O ENCOSTO escreveu:Diria que honestidade intelectual não é o seu forte.
Resumindo bem a coisa: Você acredita naquilo que acha bonitinho ou que lhe agrade. Ponto.


Boa, Encosto. Também acho essa Sal insuportável.
É um problema espiritual, chupe pau!

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o anátema
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Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por o anátema »

É melhor encher o cérebro da criança de barbitúricos e anti-psicóticos do que atentar que algo diferente pode estar acontecendo.
Pobres céticos... até quando?


Pois é... basta imaginar como o filme "sexto sentido" teria sido uma droga se [AVISO DE ESPOLIAÇÂO - selecione para ler] o médico fosse real, e não fantasma. Seria muito chato.

Deviam também fazer uma versão do filme do John Nash em que na verdade os amigos dele são [AVISO DE ESPÓLIO - selecione para ler, se quiser] fantasmas em vez de alucinações; e as conspirações são na verdade parte de uma realidade espiritual da qual ele participou... seria muito melhor.
Editado pela última vez por o anátema em 21 Jan 2007, 19:51, em um total de 1 vez.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Hugo
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Re: Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Hugo »

Anátema, não é o meu caso, mas você pode estragar a surpresa de alguém que ainda não viu O Sexto Sentido.

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Apáte
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Re: Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Apáte »

Azathoth escreveu:O TURATTI VOLTOU

Boas novas!
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videomaker
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Mensagem por videomaker »

Vitor Moura escreveu:
Luiz Roberto Turatti escreveu:É lamentável que muitos pais, em pleno século 21, ainda desconheçam os talentos do inconsciente e da mente humana e, por algum interesse escuso, sejam induzidos a iniciar seus filhos no conveniente espiritismo. Pobre Brasil, até quando?! (“As crianças e o além”, IstoÉ n.º 1.942, 17/01/2007, capa e da página 38 a 43)


Já leu Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação? O Ian Stevenson refuta os argumentos do inconsciente e da mente humana dos vivos.



Esse baba ovo do quevedo vai dizer que é tudo fruto de algum incosciente ou de alguem que pensou e esse pensamento fica flutuando no eterio, e quando quer cisma e entra na cabeça do sujeito! quem aguenta tanta imbecilidade desses caras? :emoticon5:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Alter-ego
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Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por Alter-ego »

"tudo fruto de algum incosciente ou de alguem que pensou e esse pensamento fica flutuando no eterio, e quando quer cisma e entra na cabeça do sujeito".
Agora substitua a palavra inconsciente pela palavra espíritos, Video. :emoticon4:
"Noite escura agora é manhã..."

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Mensagem por Alter-ego »

betossantana escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Diria que honestidade intelectual não é o seu forte.
Resumindo bem a coisa: Você acredita naquilo que acha bonitinho ou que lhe agrade. Ponto.


Boa, Encosto. Também acho essa Sal insuportável.

:emoticon5:
"Noite escura agora é manhã..."

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videomaker
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Re: Re.: IstoÉ - AS CRIANÇAS E O ALÉM

Mensagem por videomaker »

Alter-ego escreveu:"tudo fruto de algum incosciente ou de alguem que pensou e esse pensamento fica flutuando no eterio, e quando quer cisma e entra na cabeça do sujeito".
Agora substitua a palavra inconsciente pela palavra espíritos, Video. :emoticon4:


Consciente e incosciente meu caro, fazem parte de algo que é unico, que é o espirito, são coisas que não se separam, portanto não existe '"incoscientes" que transitam por ai! O que o Tumatti defende é que esses pensamentos "vagam" pelo eterio disponivel e que só de vez enquando dão o ar da graça sem nem se saber como isso acontece! são coisas diferentes! :emoticon4:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

Trancado