por Redação MSM em 19 de janeiro de 2007
Resumo: “Team America - Detonando o Mundo”, certamente não é um filme de direita, mas muito menos de esquerda.

Cena de Team America.
© 2007 MidiaSemMascara.org
“Team America - Detonando o Mundo” não pode ser considerado um filme conservador. Mesmo assim, foi rechaçado pela crítica norte-americana, e por tabela pela brasileira, uma vez que ambas só conseguem aceitar filmes que sejam declaradamente esquerdistas. Todo o resto (incluindo-se filmes “neutros”, como este) fica relegado ao limbo cinematográfico, delimitado pelo alcance do próprio fenômeno (ao contrário dessas outras produções, cujo fenômeno, quando próximo do imperceptível, pode ser simplesmente forjado, através de resenhas e críticas positivas repetidas seguidamente – caso do recente brasileiro “O ano em que meus pais saíram de férias”, uma espécie de recordista de avaliações laudatórias por parte de uma meia dúzia de jornalistas, mas cujo resultado mostrou-se, até o momento, insuficiente para comover ou mobilizar o público de alguma forma).
“Team America - Detonando o Mundo”, por sua vez, poderia ser muito bem considerado um filme simplesmente desrespeitoso. Certamente não é um filme de direita, mas muito menos de esquerda. O enredo mostra uma fictícia equipe militar de elite, composta por soldados norte-americanos altamente qualificados e treinados para combater o terrorismo dentro e fora dos EUA (especialmente fora). Embora bem-intencionados, seu espalhafato só concorre com a própria ingenuidade: ao aterrissarem em Paris numa missão, destroem a Torre Eiffel e o Louvre; no Cairo, por sua vez, põem abaixo a Pirâmide de Quéops. No final das contas, parecem estupefatos diante de uma certa “resistência” das populações locais em aplaudirem suas ações. O resultado final é hilariante.
Se seu recorte da política externa norte-americana é particularmente ácido, a crítica do filme ao engajamento esquerdista e antiamericano de artistas e celebridades é ainda mais mordaz: liderados por figuras patéticas como Alec Baldwin e Michael Moore, o filme mostra uma espécie de “sindicato internacional de atores” caindo de braços abertos na lábia de ninguém menos que Kim Jong-Il, o ditador norte-coreano que, como personagem, pretende basicamente destruir o mundo e provocar o caos mundial. Os atores retratados pelo filme simplesmente são estúpidos demais para perceber aquilo que parece óbvio a qualquer pessoa de bom senso: se o intervencionismo dos EUA pode ser muitas vezes desastrado ou ineficiente, é ainda assim infinitamente menos perigoso à humanidade como um todo que os delírios de qualquer ditador sanguinário apoiado pela tolice militante politicamente correta.
Apesar do humor ao mesmo tempo escrachado e inteligente, que atira para todos os lados, “Team America - Detonando o Mundo” foi considerado certamente “isento” demais pela crítica militante. Mas pode ser assistido sem susto por qualquer espectador inteligente. Em tempo: a produção é uma adaptação renovada da técnica usada classicamente pelo seriado “Thunderbirds”, ou seja, as personagens são bonecos movidos por fios e os cenários são maquetes. E um aviso: o filme tem um conteúdo para público adulto e não se trata definitivamente de uma produção para crianças pequenas ou mesmo adolescentes.
O filme está disponível em DVD no Brasil e será exibido pelo canal TELECINE CULT em versão original com legendas nos dias 30 (01h30) e 31 de janeiro (20h10) e pelo canal TELECINE PIPOCA em versão dublada nos dias 23 (01h50) e 25 de janeiro (11h55). Ambos os canais são oferecidos através das operadoras Net e Sky DirecTV.
http://www.midiasemmascara.com.br/artig ... anguage=pt