Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Publicado em 24.01.2007, às 08h19
Alunos de três universidades públicas paulistas estão desenvolvendo em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) um satélite. A experiência, inédita no País, deverá possibilitar a realização de experimentos com aplicação na área espacial.
O Itasat, como está sendo chamado, conta com financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai investir cerca de R$ 6,6 milhões até 2009, quando está previsto o término da construção e seu possível lançamento.
A única experiência semelhante anterior era o Unosat, um nanosatélite de cerca de cerca de 9 kg - ante os 70 kg do Itasat - que tinha sido construído na Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, mas que foi destruído no acidente do Veículo Lançador de Satélites (VLS1), em agosto de 2003, na base de Alcântara (MA).
No projeto do Itasat trabalha um grupo de 30 alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Engenharia e Ciências da Computação do Instituto de Tecnologia Aeroespacial (ITA), da Universidade de São Paulo (USP) - campus de São Carlos - e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Lançamos alguns desafios e esperamos as respostas”, afirma o pesquisador do Inpe Sebastião Varotto, que coordena a parte operacional do projeto. Um desses desafios é criar um computador de bordo que unifique as funções que hoje são exercidas por dois equipamentos, um no ar e outro em terra.
Varotto explica que o satélite terá duas funções: uma operacional e outra experimental. A primeira é de coleta de dados e deve funcionar de modo semelhante aos satélites SCD1 e SCD2, do Inpe, que hoje captam informações meteorológicas. Para enviar as informações à Terra ele utilizará um transponder, que também receberá os telecomandos enviados daqui.
O segundo objetivo é fazer experimentos tecnológicos com aplicações na área espacial, em especialidades como controle de altitude, computação, telecomunicações, controle térmico e geração e distribuição de potência.
Por enquanto o projeto ainda está na fase de estudos sobre a missão. “Entre a concepção e a formalização de um equipamento que vai voar no satélite, são várias etapas, todas elas muito interessantes para os acadêmicos”, diz o pesquisador. Segundo ele, diversos componentes já estão sendo adquiridos e outros virão do reaproveitamento de subsistemas do French-Brazilian Microssatellite (FBM, uma missão que vinha sendo feita em conjunto com a França, mas foi cancelada pelos franceses em 2003).
Segundo Varotto, o corte de R$ 31 milhões no Orçamento do Programa Espacial Brasileiro para este ano não deve afetar a transferência de recursos para o Itasat. Mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de buscar outras fontes de recursos para garantir sua continuidade. “Se isso for necessário, iremos atrás”, diz. A AEB, no entanto, não se manifestou sobre essa possibilidade.
Se as previsões forem mantidas, o Itasat deverá permanecer no espaço por três anos, a partir de 2009, em órbita a 750 km de altitude.
FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS - O professor do ITA, Osamu Saotome, coordenador acadêmico do Itasat, considera o satélite como uma etapa de um programa contínuo que deve durar por muitos anos. Ele explica que há duas vertentes: uma relacionada ao projeto tecnológico - no qual participam alunos de graduação - e outra à pesquisa aplicada, voltada para alunos de pós-graduação, nos níveis de mestrado e doutorado.
“Queremos capacitar futuros engenheiros com perfil para trabalhar no quadro de pesquisadores e operadores de satélites do Inpe”, afirma. O projeto, segundo ele é essencialmente multidisciplinar, enfocando a eletrônica e a mecânica sob vários aspectos. Os alunos de graduação vêm dos 3º e 4º anos e recebem bolsas anuais, no valor máximo de R$ 700, para oito horas semanais de dedicação.
Para Saotome, a motivação é, por enquanto, o maior ganho do programa, porque além de ser um tema atual, a construção de um satélite é sempre um desafio muito interessante para os jovens, que muitas vezes sonham com uma oportunidade como essa.
Ele diz também que nada impede a ampliação para outras universidades. “Temos contatos muito recentes com as universidades federal e estadual do Amazonas e há interesse comum principalmente para o desenvolvimento de softwares livres que possam contribuir na construção do computador de bordo”, revela.
Fonte: Agência Estado
Alunos de três universidades públicas paulistas estão desenvolvendo em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) um satélite. A experiência, inédita no País, deverá possibilitar a realização de experimentos com aplicação na área espacial.
O Itasat, como está sendo chamado, conta com financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai investir cerca de R$ 6,6 milhões até 2009, quando está previsto o término da construção e seu possível lançamento.
A única experiência semelhante anterior era o Unosat, um nanosatélite de cerca de cerca de 9 kg - ante os 70 kg do Itasat - que tinha sido construído na Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina, mas que foi destruído no acidente do Veículo Lançador de Satélites (VLS1), em agosto de 2003, na base de Alcântara (MA).
No projeto do Itasat trabalha um grupo de 30 alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Engenharia e Ciências da Computação do Instituto de Tecnologia Aeroespacial (ITA), da Universidade de São Paulo (USP) - campus de São Carlos - e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Lançamos alguns desafios e esperamos as respostas”, afirma o pesquisador do Inpe Sebastião Varotto, que coordena a parte operacional do projeto. Um desses desafios é criar um computador de bordo que unifique as funções que hoje são exercidas por dois equipamentos, um no ar e outro em terra.
Varotto explica que o satélite terá duas funções: uma operacional e outra experimental. A primeira é de coleta de dados e deve funcionar de modo semelhante aos satélites SCD1 e SCD2, do Inpe, que hoje captam informações meteorológicas. Para enviar as informações à Terra ele utilizará um transponder, que também receberá os telecomandos enviados daqui.
O segundo objetivo é fazer experimentos tecnológicos com aplicações na área espacial, em especialidades como controle de altitude, computação, telecomunicações, controle térmico e geração e distribuição de potência.
Por enquanto o projeto ainda está na fase de estudos sobre a missão. “Entre a concepção e a formalização de um equipamento que vai voar no satélite, são várias etapas, todas elas muito interessantes para os acadêmicos”, diz o pesquisador. Segundo ele, diversos componentes já estão sendo adquiridos e outros virão do reaproveitamento de subsistemas do French-Brazilian Microssatellite (FBM, uma missão que vinha sendo feita em conjunto com a França, mas foi cancelada pelos franceses em 2003).
Segundo Varotto, o corte de R$ 31 milhões no Orçamento do Programa Espacial Brasileiro para este ano não deve afetar a transferência de recursos para o Itasat. Mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de buscar outras fontes de recursos para garantir sua continuidade. “Se isso for necessário, iremos atrás”, diz. A AEB, no entanto, não se manifestou sobre essa possibilidade.
Se as previsões forem mantidas, o Itasat deverá permanecer no espaço por três anos, a partir de 2009, em órbita a 750 km de altitude.
FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS - O professor do ITA, Osamu Saotome, coordenador acadêmico do Itasat, considera o satélite como uma etapa de um programa contínuo que deve durar por muitos anos. Ele explica que há duas vertentes: uma relacionada ao projeto tecnológico - no qual participam alunos de graduação - e outra à pesquisa aplicada, voltada para alunos de pós-graduação, nos níveis de mestrado e doutorado.
“Queremos capacitar futuros engenheiros com perfil para trabalhar no quadro de pesquisadores e operadores de satélites do Inpe”, afirma. O projeto, segundo ele é essencialmente multidisciplinar, enfocando a eletrônica e a mecânica sob vários aspectos. Os alunos de graduação vêm dos 3º e 4º anos e recebem bolsas anuais, no valor máximo de R$ 700, para oito horas semanais de dedicação.
Para Saotome, a motivação é, por enquanto, o maior ganho do programa, porque além de ser um tema atual, a construção de um satélite é sempre um desafio muito interessante para os jovens, que muitas vezes sonham com uma oportunidade como essa.
Ele diz também que nada impede a ampliação para outras universidades. “Temos contatos muito recentes com as universidades federal e estadual do Amazonas e há interesse comum principalmente para o desenvolvimento de softwares livres que possam contribuir na construção do computador de bordo”, revela.
Fonte: Agência Estado
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Johnny, com meu destaque escreveu:Alunos de três universidades públicas paulistas
Públicas 99999999999 x 0 Privadas
Pesquisa em caça-ní..., perdão, universidades privadas? Ah, já ouvi falar uma vez ou outra...
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:Johnny, com meu destaque escreveu:Alunos de três universidades públicas paulistas
Públicas 99999999999 x 0 Privadas
Pesquisa em caça-ní..., perdão, universidades privadas? Ah, já ouvi falar uma vez ou outra...
Ah sim, universidades públicas... Que formam engenheiros "ótimos", como aqueles do desastre do VLS, que matou 21 deles... Quantos satélites esses alunos de públicas já conseguiram colocar em órbita? 0? Que pena. Enquanto os engenheiros norte-americanos, de universidades privadas, colocaram o homem na Lua e hovers em Marte. Iniciativa privada 9999999999999 x -21 Incompetência pública.
Enquanto isso no Brasil, nos setores citados (engenharia e ciência da computação), as universidades privadas dão um banho nas públicas, vide FEI / Mauá vs USP / Unicamp.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Estou falando somente do contexto brasileiro, Vitor. Não do estadunidense.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
RicardoVitor escreveu: Enquanto os engenheiros norte-americanos, de universidades privadas, colocaram o homem na Lua e hovers em Marte.
Financiadas pelo Estado...
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:Estou falando somente do contexto brasileiro, Vitor. Não do estadunidense.
RicardoVitor escreveu:Enquanto isso no Brasil, nos setores citados (engenharia e ciência da computação), as universidades privadas dão um banho nas públicas, vide FEI / Mauá vs USP / Unicamp.
Além disso, qual a diferença? As pessoas de lá são diferentes daqui? Por que a história de sucesso da iniciativa privada lá não funcionaria aqui?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:RicardoVitor escreveu: Enquanto os engenheiros norte-americanos, de universidades privadas, colocaram o homem na Lua e hovers em Marte.
Financiadas pelo Estado...
Cursos de universidades privadas financiados pelo Estado? Poderia demonstrar?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Entenda, Vitor: estou comparando universidades públicas com privadas daqui, e não de lá.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:Entenda, Vitor: estou comparando universidades públicas com privadas daqui, e não de lá.
RicardoVitor escreveu:Poindexter escreveu:Estou falando somente do contexto brasileiro, Vitor. Não do estadunidense.RicardoVitor escreveu:Enquanto isso no Brasil, nos setores citados (engenharia e ciência da computação), as universidades privadas dão um banho nas públicas, vide FEI / Mauá vs USP / Unicamp.
Além disso, qual a diferença? As pessoas de lá são diferentes daqui? Por que a história de sucesso da iniciativa privada lá não funcionaria aqui?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
RicardoVitor escreveu:Cursos de universidades privadas financiados pelo Estado? Poderia demonstrar?
"But American universities benefit both from a high level of public funding, including through research and defence credits, and from substantial private funding, particularly for fundamental research, provided by the business sector and philanthropic foundations."
http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/03/194&format=HTML&aged=0&language=EN&guiLanguage=en
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:RicardoVitor escreveu:Cursos de universidades privadas financiados pelo Estado? Poderia demonstrar?
"But American universities benefit both from a high level of public funding, including through research and defence credits, and from substantial private funding, particularly for fundamental research, provided by the business sector and philanthropic foundations."
http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/03/194&format=HTML&aged=0&language=EN&guiLanguage=en
A reportagem desse portal não aborda nada sobre cursos, o que você quis provar com essa postagem? Que pesquisas científicas são parcialmente financiadas pelo Estado? Isso para mim já é claro. O Estado financia apenas uma pequena parte, a maioria dos recursos vêm de doações e de financiamentos privados. Mas estou falando de cursos de graduação de alunos, cujo financiamento estatal é zero. Ou você poderia mostrar uma relação que mostre o quanto que o Estado paga para financiar cursos de alunos de instituições privadas norte-americanas? De preferência, de origem da própria instituição, não de fontes questionáveis como um portal da URSE.
Editado pela última vez por RicardoVitor em 25 Jan 2007, 12:33, em um total de 1 vez.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
É o seguinte: quase nada no Brasil funciona bem ou têm excelência. Muito menos o ensino.
Em se tratando de nível superior ( graduações e pós em geral ), nem todos os cursos são dignos de elogios. Depende da Faculdade, Centro Universitário, Universidade. Alguns cursos nas públicas simplesmente não funcionam, tanto é que os professores mesmo nem respeitam ( matam aula sempre que podem). Na mesma forma nas instituições privadas.
Além do mais o estado de abandono do patrimônio público ( imóveis, móveis e infraestrutura dos campus) é lamentável.
Em se tratando de nível superior ( graduações e pós em geral ), nem todos os cursos são dignos de elogios. Depende da Faculdade, Centro Universitário, Universidade. Alguns cursos nas públicas simplesmente não funcionam, tanto é que os professores mesmo nem respeitam ( matam aula sempre que podem). Na mesma forma nas instituições privadas.
Além do mais o estado de abandono do patrimônio público ( imóveis, móveis e infraestrutura dos campus) é lamentável.
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Johnny escreveu:“Queremos capacitar futuros engenheiros com perfil para trabalhar no quadro de pesquisadores e operadores de satélites do Inpe”, afirma.
Pronto, agora além de não conseguirem levar nenhum satélite à órbita, vão começar a derrubar os existentes... E nós todos financiando essa tamanha palhaçada.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Ricardo:
including= "incluindo"
O resto achas que é o quê: pintura de porta?
Abraços.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Bra
Poindexter escreveu:
Ricardo:
including= "incluindo"
O resto achas que é o quê: pintura de porta?
Abraços.
O resto é uma generalização, que não informa nada. Você poderia dizer do que se trata (informando as devidas referências)? Pois a reportagem do portal de internet citado não menciona nenhuma referência nem muito menos fundamenta as afirmações, são informações jogadas sem base nenhuma. Como já te pedi, você poderia citar uma referência que mostre o quanto que o Estado paga para financiar cursos de alunos de instituições privadas norte-americanas?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Re: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Poindexter escreveu:Pesquisa em caça-ní..., perdão, universidades privadas? Ah, já ouvi falar uma vez ou outra...
[/b]
Caça níqueis? Qual o problema com a busca ao lucro? Se há universidades brasileiras que fornecem ensino de má qualidade e ainda assim obtém um bom retorno financeiro, é porque boa parte desses jovens não se importa com a qualidade do ensino e continua a estudar nessas universidades. O problema não está nas instituições privadas, e sim na falta de vontade de aprender da grande maioria dos brasileiros. É algo que nem um massivo financiamento estatal pode resolver. É um problema cultural. A iniciativa privada não sobrevive se não atender aos anseios dos consumidores. Quem não quer estudar, quem busca apenas a formalização do diploma, por puro pragmatismo, não irá estudar, simples. E o país continuará na lama, com bilhões investidos pelo governo ou não.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
Educação: basta investir?
Educação: basta investir?
por Claudio Andrés Téllez em 09 de novembro de 2006
Resumo: É necessário mudar a mentalidade que louva o parasitismo social patrocinado pelo Estado e criar as condições para que as atividades econômicas possam se desenvolver e gerar riqueza para toda a sociedade.
Durante a campanha presidencial, ouviu-se muito por aí que o problema do Brasil está na educação. Ou na falta dela. Concordo em parte. Há pouca formação de capital humano no país, o que invariavelmente se reflete no desempenho econômico e social. De acordo com o IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004-2005, o grupo “sem instrução e menos de um ano de estudos” representava 11,3% da população analisada em 2004 e 10,8% em 2005. A taxa melhorou ligeiramente de um ano para o outro, mas não é isso o que importa. Uma taxa de analfabetismo de aproximadamente 11% significa uma proporção muito maior de analfabetismo funcional. Não basta saber ler (ser alfabetizado); é importante entender o que se está lendo. O analfabetismo funcional elevado significa baixa capacitação para o mercado de trabalho.
Ouve-se muito também que “deveria haver mais investimentos em educação.” Será que deveria? Será que bastaria investir mais e pronto? Será que apenas o dinheiro conseguiria, magicamente, resolver o problema da educação no Brasil?
É verdade que com poucos recursos (bibliotecas, salas de aula, professores, material didático etc.) não se consegue muita coisa. Porém, se os poucos recursos que já existem não são aproveitados, quem garante que, se esses recursos fossem multiplicados por 1000, eles seriam aproveitados? Falta dinheiro? Sim, podemos até dizer que falta. Podemos até dizer que poderia haver mais investimentos em educação, principalmente se a iniciativa privada não tivesse as mãos tão amarradas e pudesse ser mais expressiva no setor. Porém o que mais falta é vontade e isso não se compra com mais dinheiro.
Não basta construir escolas se as pessoas não querem estudar; não basta construir bibliotecas se as pessoas não querem nem saber de ler. Poderíamos gastar rios e mais rios de dinheiro na “educação”, mas isso não mudaria o fato de que há pouco interesse de parte de boa parcela da população com relação à construção de uma formação educacional sólida e que promova não somente conteúdo técnico, mas também substância ética. Talvez principalmente substância ética.
É incrível como muitas pessoas que estão cursando a universidade mostram pouco interesse em aprender. Têm muito interesse, isso sim, em passar nas matérias, mas não em aprender. É como se o conhecimento não fosse importante, pois o que interessa é apenas ser aprovado nas disciplinas. Parece que, quase em geral (há honrosas exceções!), o que interessa não é a qualidade da formação profissional, o que importa é apenas um retângulo de papel que “habilita” a pessoa a exercer uma profissão.
Ora, essa mentalidade não duraria muito em um ambiente de verdadeira economia de livre mercado, já que o próprio mercado se encarregaria de fazer a seleção: quem não tivesse uma boa formação, independente da titulação, não seria capaz de encontrar um bom espaço no mercado de trabalho. Acontece que não vivemos em uma verdadeira economia de livre mercado, ainda estamos muito longe disso!
Por que boa parte dos universitários não quer aprender, quer apenas um diploma? Pragmatismo? Essa é uma concepção bastante distorcida do que é ser pragmático. Acontece que o principal objetivo dessa boa parte dos universitários não é entrar de cabeça no mercado, não é empreender, não é criar novas atividades, não é contribuir com o esforço pessoal para dinamizar a economia, gerando assim benefícios para toda a sociedade. O principal objetivo é ter um diploma que permita prestar algum concurso público.
Lamentável, mas compreensível; empreender, no Brasil, significa “altíssimo risco”. Ora, em toda atividade empreendedora há riscos. Toda escolha envolve riscos. Isso é bom. Isso é saudável. Acontece que, no ambiente brasileiro, há que lidar com outros elementos que acabam acentuando os riscos e tornando-os praticamente inaceitáveis. Por exemplo, temos a corrupção. Se o ambiente tolera a corrupção (os últimos resultados eleitorais são uma evidência disso), quem age de acordo com as regras do jogo está automaticamente em desvantagem competitiva com relação a quem passa a perna nos outros para alcançar seus propósitos. Outro elemento é a morosidade da Justiça. Quando se tem um negócio, a última coisa que se quer é ter de esperar anos a fio para que a Justiça dê uma solução a um conflito. Essa espera significa perda. Grande perda. Ainda outro fator é a falta de clareza com relação aos direitos de propriedade, já que o respeito à propriedade está na base da prosperidade de qualquer sociedade que se pretenda minimamente livre.
Já que empreender, no Brasil, significa ter de lidar com essas e outras dificuldades, as pessoas acabam querendo empregos estáveis. Existe algo mais estável, no Brasil, do que o funcionalismo público? Ora, é natural que as pessoas tenham como objetivo os concursos públicos - porque o que querem é estabilidade.
Poucos querem correr riscos e mesmo os que têm ímpetos empreendedores e inovadores devem estar cientes de que os nossos riscos são piores do que os riscos que há em muitos outros lugares. No Brasil, a propensão ao risco beira a estupidez. Pena, pois são os indivíduos propensos ao risco os que realmente fazem história.
Formações universitárias, portanto, acabam sendo desprezadas em favor de diplomas universitários. Acaba sendo mais atrativo decorar (ou colar) para passar nas matérias, conseguir um título e logo seguir decorar (ou colar!) para passar em um concurso público. São poucos (e são heróis!) os que estão dispostos a queimar as pestanas estudando e virando noites para aprender de verdade, para desenvolver habilidades e para poder, um dia, competir com essas habilidades no mercado.
A triste realidade é que as pessoas não querem aprender, o que querem é passar em concursos. Não querem ser agentes no mercado, não estão interessadas em dinamizar as atividades econômicas (a única maneira, por sinal, de gerar crescimento sustentável!). O que as pessoas querem é engrossar as fileiras do funcionalismo público. Com isso, o Estado incha cada vez mais e, quanto mais inchado fica, mais funcionários públicos requer, mais concursos públicos são abertos e o ciclo se repete, caracterizando a retroalimentação da burocracia e do paternalismo estatal.
Sim, a educação é um dos maiores problemas no Brasil e é uma das principais causas do baixo crescimento do país em comparação com outras economias emergentes. Só que não adianta aumentar os investimentos em educação se o que falta, na realidade, é vontade de aprender. O que é necessário fazer é mudar a mentalidade que louva o parasitismo social patrocinado pelo Estado e criar as condições para que as atividades econômicas possam se desenvolver e gerar riqueza para toda a sociedade.
Educação: basta investir?
por Claudio Andrés Téllez em 09 de novembro de 2006
Resumo: É necessário mudar a mentalidade que louva o parasitismo social patrocinado pelo Estado e criar as condições para que as atividades econômicas possam se desenvolver e gerar riqueza para toda a sociedade.
Durante a campanha presidencial, ouviu-se muito por aí que o problema do Brasil está na educação. Ou na falta dela. Concordo em parte. Há pouca formação de capital humano no país, o que invariavelmente se reflete no desempenho econômico e social. De acordo com o IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004-2005, o grupo “sem instrução e menos de um ano de estudos” representava 11,3% da população analisada em 2004 e 10,8% em 2005. A taxa melhorou ligeiramente de um ano para o outro, mas não é isso o que importa. Uma taxa de analfabetismo de aproximadamente 11% significa uma proporção muito maior de analfabetismo funcional. Não basta saber ler (ser alfabetizado); é importante entender o que se está lendo. O analfabetismo funcional elevado significa baixa capacitação para o mercado de trabalho.
Ouve-se muito também que “deveria haver mais investimentos em educação.” Será que deveria? Será que bastaria investir mais e pronto? Será que apenas o dinheiro conseguiria, magicamente, resolver o problema da educação no Brasil?
É verdade que com poucos recursos (bibliotecas, salas de aula, professores, material didático etc.) não se consegue muita coisa. Porém, se os poucos recursos que já existem não são aproveitados, quem garante que, se esses recursos fossem multiplicados por 1000, eles seriam aproveitados? Falta dinheiro? Sim, podemos até dizer que falta. Podemos até dizer que poderia haver mais investimentos em educação, principalmente se a iniciativa privada não tivesse as mãos tão amarradas e pudesse ser mais expressiva no setor. Porém o que mais falta é vontade e isso não se compra com mais dinheiro.
Não basta construir escolas se as pessoas não querem estudar; não basta construir bibliotecas se as pessoas não querem nem saber de ler. Poderíamos gastar rios e mais rios de dinheiro na “educação”, mas isso não mudaria o fato de que há pouco interesse de parte de boa parcela da população com relação à construção de uma formação educacional sólida e que promova não somente conteúdo técnico, mas também substância ética. Talvez principalmente substância ética.
É incrível como muitas pessoas que estão cursando a universidade mostram pouco interesse em aprender. Têm muito interesse, isso sim, em passar nas matérias, mas não em aprender. É como se o conhecimento não fosse importante, pois o que interessa é apenas ser aprovado nas disciplinas. Parece que, quase em geral (há honrosas exceções!), o que interessa não é a qualidade da formação profissional, o que importa é apenas um retângulo de papel que “habilita” a pessoa a exercer uma profissão.
Ora, essa mentalidade não duraria muito em um ambiente de verdadeira economia de livre mercado, já que o próprio mercado se encarregaria de fazer a seleção: quem não tivesse uma boa formação, independente da titulação, não seria capaz de encontrar um bom espaço no mercado de trabalho. Acontece que não vivemos em uma verdadeira economia de livre mercado, ainda estamos muito longe disso!
Por que boa parte dos universitários não quer aprender, quer apenas um diploma? Pragmatismo? Essa é uma concepção bastante distorcida do que é ser pragmático. Acontece que o principal objetivo dessa boa parte dos universitários não é entrar de cabeça no mercado, não é empreender, não é criar novas atividades, não é contribuir com o esforço pessoal para dinamizar a economia, gerando assim benefícios para toda a sociedade. O principal objetivo é ter um diploma que permita prestar algum concurso público.
Lamentável, mas compreensível; empreender, no Brasil, significa “altíssimo risco”. Ora, em toda atividade empreendedora há riscos. Toda escolha envolve riscos. Isso é bom. Isso é saudável. Acontece que, no ambiente brasileiro, há que lidar com outros elementos que acabam acentuando os riscos e tornando-os praticamente inaceitáveis. Por exemplo, temos a corrupção. Se o ambiente tolera a corrupção (os últimos resultados eleitorais são uma evidência disso), quem age de acordo com as regras do jogo está automaticamente em desvantagem competitiva com relação a quem passa a perna nos outros para alcançar seus propósitos. Outro elemento é a morosidade da Justiça. Quando se tem um negócio, a última coisa que se quer é ter de esperar anos a fio para que a Justiça dê uma solução a um conflito. Essa espera significa perda. Grande perda. Ainda outro fator é a falta de clareza com relação aos direitos de propriedade, já que o respeito à propriedade está na base da prosperidade de qualquer sociedade que se pretenda minimamente livre.
Já que empreender, no Brasil, significa ter de lidar com essas e outras dificuldades, as pessoas acabam querendo empregos estáveis. Existe algo mais estável, no Brasil, do que o funcionalismo público? Ora, é natural que as pessoas tenham como objetivo os concursos públicos - porque o que querem é estabilidade.
Poucos querem correr riscos e mesmo os que têm ímpetos empreendedores e inovadores devem estar cientes de que os nossos riscos são piores do que os riscos que há em muitos outros lugares. No Brasil, a propensão ao risco beira a estupidez. Pena, pois são os indivíduos propensos ao risco os que realmente fazem história.
Formações universitárias, portanto, acabam sendo desprezadas em favor de diplomas universitários. Acaba sendo mais atrativo decorar (ou colar) para passar nas matérias, conseguir um título e logo seguir decorar (ou colar!) para passar em um concurso público. São poucos (e são heróis!) os que estão dispostos a queimar as pestanas estudando e virando noites para aprender de verdade, para desenvolver habilidades e para poder, um dia, competir com essas habilidades no mercado.
A triste realidade é que as pessoas não querem aprender, o que querem é passar em concursos. Não querem ser agentes no mercado, não estão interessadas em dinamizar as atividades econômicas (a única maneira, por sinal, de gerar crescimento sustentável!). O que as pessoas querem é engrossar as fileiras do funcionalismo público. Com isso, o Estado incha cada vez mais e, quanto mais inchado fica, mais funcionários públicos requer, mais concursos públicos são abertos e o ciclo se repete, caracterizando a retroalimentação da burocracia e do paternalismo estatal.
Sim, a educação é um dos maiores problemas no Brasil e é uma das principais causas do baixo crescimento do país em comparação com outras economias emergentes. Só que não adianta aumentar os investimentos em educação se o que falta, na realidade, é vontade de aprender. O que é necessário fazer é mudar a mentalidade que louva o parasitismo social patrocinado pelo Estado e criar as condições para que as atividades econômicas possam se desenvolver e gerar riqueza para toda a sociedade.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
- Registrado em: 07 Set 2006, 20:04
- Localização: Esquerdolândia
- Ben Carson
- Mensagens: 1097
- Registrado em: 25 Out 2005, 16:03
- Localização: Manaus
- Contato:
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Não li o texto postado pelo Ricardo Vítor, que deve ser bom. Talvez eu leia.
Por enquanto vou apenas palpitar o seguinte: uma das reformas mais essenciais na educação brasileira, a meu ver, seria separar a pesquisa do ensino. Brasileiro tem mania de se apegar sempre ao que é ideal, e prefere implementar muito porcamente um modelo ideal a fazer bem feito um modelo realista. Essa é a grande virtude dos americanos, são práticos. Brasileiro avalia os empreendimentos pela excelência dos princípios que os inspiraram. E não dão a mínima para os resultados. Já os americanos avaliam seus esforços pelos resultados que eles geram. Essa é a grande diferença.
Voltando para a educação, o ideal seria que houvesse universidades boas e baratas para todos os brasileiros, onde todos pudessem receber um ensino de qualidade. E um número menor de universidades de elite (intelectual), que também se dedicasse à pesquisa. E também houvesse universidades exclusivamente de pesquisa, sem ensino de graduação. Esse modelo funciona muito bem em outros países, poderia funcionar aqui também.
Mudando de assunto, que beleza, hein! Pelo menos alguma coisa está sendo feita na área de desenvolvimento tecnológico aqui no Brasil.
Por enquanto vou apenas palpitar o seguinte: uma das reformas mais essenciais na educação brasileira, a meu ver, seria separar a pesquisa do ensino. Brasileiro tem mania de se apegar sempre ao que é ideal, e prefere implementar muito porcamente um modelo ideal a fazer bem feito um modelo realista. Essa é a grande virtude dos americanos, são práticos. Brasileiro avalia os empreendimentos pela excelência dos princípios que os inspiraram. E não dão a mínima para os resultados. Já os americanos avaliam seus esforços pelos resultados que eles geram. Essa é a grande diferença.
Voltando para a educação, o ideal seria que houvesse universidades boas e baratas para todos os brasileiros, onde todos pudessem receber um ensino de qualidade. E um número menor de universidades de elite (intelectual), que também se dedicasse à pesquisa. E também houvesse universidades exclusivamente de pesquisa, sem ensino de graduação. Esse modelo funciona muito bem em outros países, poderia funcionar aqui também.
Mudando de assunto, que beleza, hein! Pelo menos alguma coisa está sendo feita na área de desenvolvimento tecnológico aqui no Brasil.
Todo mundo ri...
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Vou dar meu pitaco nessa conversa.
Me formei em escola privada, trabalhei e comecei uma pós em escola pública e, por incrível que pareça, até este mês ainda trabalho em uma empresa privada que foi subcontratada pelo INPE para desenvolver um subsistema do satélite CBERS 3 e 4. Então, por partes:
-Estudei em uma escola muito conceituada, que cobrava caro mas dava uma educação condizente com o preço. Já trabalhei em algumas empresas e sempre pude notar que o pessoal de lá é bem conceituado, independente de ser privada. Claro que um engenheiro de uma facu de R$100,00 será olhado com o rabo do olho, mas depende muito do interesse da pessoa... a escola ajuda mas não é tudo.
-Sobre a universidade pública, trabalhei no projeto de TV Digital na USP e pude ver como é que funciona. Chamáva-mos de PPIV - Projeto Para Inglês Ver, porque era só conversa... muita conversa..., relatório e enganação. O "chefe" do projeto é daqueles que dá entrevista pra TV e jornal toda hora, prometendo o mundo, mas no fundo só quer notoriedade. Enquanto estive lá e mais este ano todo conecei um mestrado. Este mesmo professor é do tipo que aparece na metade das aulas que deveria ministrar, chega atrasado e ainda fica se gabando das coisas que fez ao invés de dar aula. Claro que existem professores sérios e eu tive aulas com alguns, mas este tipo é raro. Sem contar o sucateamento dos laboratórios e das salas de aula.
-Sobre o INPE, é um lugar cheio de crânios mais preocupados com seu salário e sua estabilidade do que colocar um satélite no ar. Minha empresa foi contratada pra prestar um serviço e eles dão pitaco em tudo. É claro que são altamente especializados, mas não é tanto assim tbém. Existe muita gente boa por aí que simplesmente se recusa a trabalhar no ritmo moroso deles. Sem contar que eles tratam profissionais com anos de experiência como se fossem estagiários...
Resumindo: existem escolas particulares excelentes, assim como existem escolas ridículas. Existem escolas públicas boas e ruins. E o INPE, vai pelejando e acaba mandando alguma coisa pro espaço, se não explodir antes.
Abraço
Me formei em escola privada, trabalhei e comecei uma pós em escola pública e, por incrível que pareça, até este mês ainda trabalho em uma empresa privada que foi subcontratada pelo INPE para desenvolver um subsistema do satélite CBERS 3 e 4. Então, por partes:
-Estudei em uma escola muito conceituada, que cobrava caro mas dava uma educação condizente com o preço. Já trabalhei em algumas empresas e sempre pude notar que o pessoal de lá é bem conceituado, independente de ser privada. Claro que um engenheiro de uma facu de R$100,00 será olhado com o rabo do olho, mas depende muito do interesse da pessoa... a escola ajuda mas não é tudo.
-Sobre a universidade pública, trabalhei no projeto de TV Digital na USP e pude ver como é que funciona. Chamáva-mos de PPIV - Projeto Para Inglês Ver, porque era só conversa... muita conversa..., relatório e enganação. O "chefe" do projeto é daqueles que dá entrevista pra TV e jornal toda hora, prometendo o mundo, mas no fundo só quer notoriedade. Enquanto estive lá e mais este ano todo conecei um mestrado. Este mesmo professor é do tipo que aparece na metade das aulas que deveria ministrar, chega atrasado e ainda fica se gabando das coisas que fez ao invés de dar aula. Claro que existem professores sérios e eu tive aulas com alguns, mas este tipo é raro. Sem contar o sucateamento dos laboratórios e das salas de aula.
-Sobre o INPE, é um lugar cheio de crânios mais preocupados com seu salário e sua estabilidade do que colocar um satélite no ar. Minha empresa foi contratada pra prestar um serviço e eles dão pitaco em tudo. É claro que são altamente especializados, mas não é tanto assim tbém. Existe muita gente boa por aí que simplesmente se recusa a trabalhar no ritmo moroso deles. Sem contar que eles tratam profissionais com anos de experiência como se fossem estagiários...
Resumindo: existem escolas particulares excelentes, assim como existem escolas ridículas. Existem escolas públicas boas e ruins. E o INPE, vai pelejando e acaba mandando alguma coisa pro espaço, se não explodir antes.
Abraço
- Ben Carson
- Mensagens: 1097
- Registrado em: 25 Out 2005, 16:03
- Localização: Manaus
- Contato:
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Sempre digo que o grande mérito da universidade pública é ser gratuita. Isso faz com que todos queiram estudar nela, o que lhe dá condições de selecionar seus alunos. Aí é a tal história: quem tem os melhores alunos sempre se destaca. Uma faculdade particular de periferia pode até, eventualmente, incrementar mais a capacidade de seus alunos do que uma reputada universidade pública. No entanto, com o material humano que ela consegue atrair, não conseguirá ir tão longe, mesmo que se esforce.
Estudos feitos aplicando testes aos alunos ao entrarem na faculdade e ao saírem constataram que todas as faculdades dão um bom incremento no desempenho de seus alunos. E mais, não há grandes diferenças entre as instituições quanto aos seus fatores multiplicadores. A grande diferença acaba ficando por conta do nível inicial dos alunos. Quem lida com os melhores alunos obtém grandes resultados, enquanto quem lida com alunos mais medianos obtém resultados inferiores.
Estudos feitos aplicando testes aos alunos ao entrarem na faculdade e ao saírem constataram que todas as faculdades dão um bom incremento no desempenho de seus alunos. E mais, não há grandes diferenças entre as instituições quanto aos seus fatores multiplicadores. A grande diferença acaba ficando por conta do nível inicial dos alunos. Quem lida com os melhores alunos obtém grandes resultados, enquanto quem lida com alunos mais medianos obtém resultados inferiores.
Todo mundo ri...
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?
- Ben Carson
- Mensagens: 1097
- Registrado em: 25 Out 2005, 16:03
- Localização: Manaus
- Contato:
Re.: Alunos desenvolvem 1º satélite universitário do Brasil
Se o maior interesse do aluno for ter um bom ambiente de ensino, compensa ele pesquisar as opções particulares e confrontá-las com as opções públicas. Tem faculdade particular por aí que está dando um duro danado para tentar obter o máximo possível de seus alunos, num esforço para aproximar seus resultados dos obtidos pelas concorrentes públicas. Ou seja, elas buscam que o diploma delas entregue tanto "nome" a seus formandos quanto um diploma de uma universidade pública entrega.
Todo mundo ri...
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?
Mas só o TRIcolor é tri!
Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?