Software livre: de graça?
Software livre: de graça?
Software livre: de graça?
por Antônio Emílio A. de Araújo em 16 de novembro de 2006
Resumo: Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Eu nunca pensei que as pessoas chegassem a uma confusão mental tão grande que não soubessem avaliar quando uma coisa é de graça ou não. Este é o caso da discussão sobre o software livre.
Aqui se misturam várias confusões. Primeiro vem a ignorância das leis econômicas, que muitos acham que não existem. Para quem está acostumado com o paradigma das leis da física, basta ser dito o seguinte. Se você desrespeita a lei da gravidade, jogando uma pedra para cima e ficando embaixo esperando o desfecho, você provavelmente sairá com a cabeça dolorida (se a pedra for pequena) ou rachada (se a pedra for um paralelepípedo). Se você (uma sociedade, um país) desrespeita as leis econômicas, você conseguirá pouco (se o desrespeito for pequeno) ou nenhum (caso seja um grande desrespeito) aprimoramento no seu bem-estar (da sociedade, do país).
A diferença das duas leis é que uma lei pode ser desobedecida (a econômica), a outra não. As leis da física são, na verdade, descrições do que acontece, ou seja, a lei da gravidade é uma descrição do que acontece com as pedras quando as jogo para cima. As leis econômicas, como as leis morais, são como receita de bolo. Eu posso mudar uma receita de bolo, mas o resultado será também alterado. Uma sociedade que se entrega, por exemplo, a todo tipo de abusos morais, terá como conseqüência a degeneração dos costumes, a violência e depois a barbárie. Assim, a lei moral é uma receita para ser seguida. Se você não quiser seguir, azar o seu.
Apesar das similaridades, as leis econômicas não são leis morais. Existem homens caridosos, mas não existem economias caridosas. Pode-se fazer caridade com o dinheiro próprio, não com o dos outros. Se você tenta incluir na receita econômica a caridade, o bolo vai desandar.
O tal software de graça não tem nada gracioso. É difícil de imaginar que alguém acredite que um empreendimento como o Linux possa ser realizado por pessoas totalmente despojadas e que não pensam e não precisam ganhar dinheiro. Não é possível pensar no Linux como uma obra de caridade, pois ele é um produto econômico como outro qualquer. Bilhões de dólares são movimentados neste negócio e quem opta por usar o Linux, ao invés do Windows, gasta muito dinheiro!
Tente instalar o Linux em seu computador e começar a operar. Você começará por comprar livros, fazer cursos, participar de chats e comunidades no orkut, etc. O tempo gasto será absurdo (time is money, lembram-se?), até que você consiga fazer as mais triviais operações com o novo sistema operacional. Quando você for adquirir algum software aplicativo específico para funcionar com o Linux, você verá o quão graciosa é sua empreitada.
Ao invés disso, se você for à esquina e comprar o Windows, por digamos R$ 400,00, você começará operar imediatamente, sem maiores problemas. Qual é, então o software mais barato?
Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera. Ambos os lados estão atuando num mercado de bilhões de dólares, onde, para descontentamento de muitos, as leis econômicas estão em pleno funcionamento.
Uma última palavra: falar em domínio da Microsoft, vá lá. Falar em monopólio da Microsoft é uma piada. Aliás, para entender o que é monopólio não é preciso consultar compêndios econômicos, basta ir ao Aurélio que diz: tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos. A única exclusividade da Microsoft é ser malhada pelos esquerdistas mundo afora.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5371
por Antônio Emílio A. de Araújo em 16 de novembro de 2006
Resumo: Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera.
© 2006 MidiaSemMascara.org
Eu nunca pensei que as pessoas chegassem a uma confusão mental tão grande que não soubessem avaliar quando uma coisa é de graça ou não. Este é o caso da discussão sobre o software livre.
Aqui se misturam várias confusões. Primeiro vem a ignorância das leis econômicas, que muitos acham que não existem. Para quem está acostumado com o paradigma das leis da física, basta ser dito o seguinte. Se você desrespeita a lei da gravidade, jogando uma pedra para cima e ficando embaixo esperando o desfecho, você provavelmente sairá com a cabeça dolorida (se a pedra for pequena) ou rachada (se a pedra for um paralelepípedo). Se você (uma sociedade, um país) desrespeita as leis econômicas, você conseguirá pouco (se o desrespeito for pequeno) ou nenhum (caso seja um grande desrespeito) aprimoramento no seu bem-estar (da sociedade, do país).
A diferença das duas leis é que uma lei pode ser desobedecida (a econômica), a outra não. As leis da física são, na verdade, descrições do que acontece, ou seja, a lei da gravidade é uma descrição do que acontece com as pedras quando as jogo para cima. As leis econômicas, como as leis morais, são como receita de bolo. Eu posso mudar uma receita de bolo, mas o resultado será também alterado. Uma sociedade que se entrega, por exemplo, a todo tipo de abusos morais, terá como conseqüência a degeneração dos costumes, a violência e depois a barbárie. Assim, a lei moral é uma receita para ser seguida. Se você não quiser seguir, azar o seu.
Apesar das similaridades, as leis econômicas não são leis morais. Existem homens caridosos, mas não existem economias caridosas. Pode-se fazer caridade com o dinheiro próprio, não com o dos outros. Se você tenta incluir na receita econômica a caridade, o bolo vai desandar.
O tal software de graça não tem nada gracioso. É difícil de imaginar que alguém acredite que um empreendimento como o Linux possa ser realizado por pessoas totalmente despojadas e que não pensam e não precisam ganhar dinheiro. Não é possível pensar no Linux como uma obra de caridade, pois ele é um produto econômico como outro qualquer. Bilhões de dólares são movimentados neste negócio e quem opta por usar o Linux, ao invés do Windows, gasta muito dinheiro!
Tente instalar o Linux em seu computador e começar a operar. Você começará por comprar livros, fazer cursos, participar de chats e comunidades no orkut, etc. O tempo gasto será absurdo (time is money, lembram-se?), até que você consiga fazer as mais triviais operações com o novo sistema operacional. Quando você for adquirir algum software aplicativo específico para funcionar com o Linux, você verá o quão graciosa é sua empreitada.
Ao invés disso, se você for à esquina e comprar o Windows, por digamos R$ 400,00, você começará operar imediatamente, sem maiores problemas. Qual é, então o software mais barato?
Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera. Ambos os lados estão atuando num mercado de bilhões de dólares, onde, para descontentamento de muitos, as leis econômicas estão em pleno funcionamento.
Uma última palavra: falar em domínio da Microsoft, vá lá. Falar em monopólio da Microsoft é uma piada. Aliás, para entender o que é monopólio não é preciso consultar compêndios econômicos, basta ir ao Aurélio que diz: tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos. A única exclusividade da Microsoft é ser malhada pelos esquerdistas mundo afora.
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- raul meganet
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Re.: Software livre: de graça?
Acredite, eu não morro de amores por esse site.
Só postei o texto pra te chatear.
Só postei o texto pra te chatear.
- Nospheratu
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Re.: Software livre: de graça?
[raul meganet]
Esse Mídia sem Máscara é um website totalmente sem moral, pois não há nenhum artigo falando sobre as imortais obras de Tolkien!
[/raul meganet]
Esse Mídia sem Máscara é um website totalmente sem moral, pois não há nenhum artigo falando sobre as imortais obras de Tolkien!
[/raul meganet]
- raul meganet
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Re: Re.: Software livre: de graça?
Hugo escreveu:Acredite, eu não morro de amores por esse site.
Só postei o texto pra te chatear.



- raul meganet
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Re: Re.: Software livre: de graça?
Nospheratu escreveu:[raul meganet]
Esse Mídia sem Máscara é um website totalmente sem moral, pois não há nenhum artigo falando sobre as imortais obras de Tolkien!
[/raul meganet]
[Nospheratu]Olha pra mim! Eu não entendo nada de heavy metal![/Nospheratu]
- Nospheratu
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Re.: Software livre: de graça?
[raul meganet]
Olha pra mim ! Eu sou um nerd que acha que sabe tudo de música, mas na verdade não tenho nem a capacidade de ouvir uma opinião contrária à minha que já começo a chorar e chingar! Eu sou infantil demais até na hora de ofender os outros !
[/raul meganet]
Olha pra mim ! Eu sou um nerd que acha que sabe tudo de música, mas na verdade não tenho nem a capacidade de ouvir uma opinião contrária à minha que já começo a chorar e chingar! Eu sou infantil demais até na hora de ofender os outros !
[/raul meganet]
- raul meganet
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Re.: Software livre: de graça?
Ô meu filho, primeiro que "xingar" não é com "CH", tá? Depois, vá tomar o seu leitinho, cresça e apareça, antes de discutir com quem tem mais experiência na vida do que você, adolescentezinho que não faz nada na vida.
- Nospheratu
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Re: Re.: Software livre: de graça?
raul meganet escreveu:Ô meu filho, primeiro que "xingar" não é com "CH", tá?
É mesmo, errei.
raul meganet escreveu:Depois, vá tomar o seu leitinho, cresça e apareça, antes de discutir com quem tem mais experiência na vida do que você, adolescentezinho que não faz nada na vida.
Cara, minhas respostas pra sua atitude imbecil estão no Jogo, e eu não mais vou perder meu tempo falando com alguém que não faz jus à própria idade e age como uma criança mimada e exageradamente infantil, além do mais, você nada conhece sobre minha vida para dizer que eu não faço nada nela, ok ? Considere-se ignorado.
- raul meganet
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Re.: Software livre: de graça?
Acho que me excedi, me desculpe. Vamos fazer as pazes, amigo.
- Nospheratu
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Re: Re.: Software livre: de graça?
raul meganet escreveu:Acho que me excedi, me desculpe. Vamos fazer as pazes, amigo.
Certo, tudo bem.
- RicardoVitor
- Mensagens: 2597
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Re: Software livre: de graça?
Hugo escreveu:Software livre: de graça?
por Antônio Emílio A. de Araújo em 16 de novembro de 2006
Resumo: Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera.
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Eu nunca pensei que as pessoas chegassem a uma confusão mental tão grande que não soubessem avaliar quando uma coisa é de graça ou não. Este é o caso da discussão sobre o software livre.
...
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Editado pela última vez por RicardoVitor em 27 Jan 2007, 10:53, em um total de 1 vez.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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- RicardoVitor
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Re.: Software livre: de graça?
Alguém realmente acha que o "livre" da expressão "software livre" significa "gratuito"? 

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Re.: Software livre: de graça?
Pô, é muita preguiça pensar que o "free" do termo "free software" significa "grátis"... MUITA preguiça MESMO. Bastava apenas uma visita ao site do Projeto GNU (http://www.gnu.org) para ler em letras garrafais o motto: Free as in Freedom, que linka à uma explicação detalhada sobre a idéia do "free software".
Retirado de lá:
Parece que isso não ficou muito claro para algumas pessoas...
Retirado de lá:
http://www.gnu.org escreveu:"Free software" is a matter of liberty, not price. To understand the concept, you should think of free as in free speech, not as in free beer.
Parece que isso não ficou muito claro para algumas pessoas...

Editado pela última vez por RicardoVitor em 27 Jan 2007, 10:51, em um total de 2 vezes.
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- RicardoVitor
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Re.: Software livre: de graça?
We're all capitalists, baby! 

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Re.: Software livre: de graça?
É fato, a esquerda tenta utilizar o "software livre" - "free software" como uma arma de combate ao capitalismo e ao seu "Grande Satã" chamado Microsoft. Como se fosse um software grátis, mesmo...
O pior disso, é que acabamos por pagar (nós todos) por más implementações, como a que foi feita na câmara dos deputados... Implementações "ideológicas", sem rigor técnico algum... O que distorce/denigre a imagem do "Free Software". Sempre existirão aqueles que fazem de tudo uma ideologia.

Editado pela última vez por RicardoVitor em 27 Jan 2007, 11:25, em um total de 3 vezes.
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- Fernando Silva
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Re.: Software livre: de graça?
Você pode vender software livre se alguém quiser comprar.
O que você não pode fazer é controlar o que o comprador vai fazer com a cópia dele: copiar à vontade, instalar quantas vezes quiser, modificar, dar de graça.
Você não pode fazer isto com software proprietário.
Esta é a diferença, mas parece que os fans da MS não conseguem entender isto.
O que você não pode fazer é controlar o que o comprador vai fazer com a cópia dele: copiar à vontade, instalar quantas vezes quiser, modificar, dar de graça.
Você não pode fazer isto com software proprietário.
Esta é a diferença, mas parece que os fans da MS não conseguem entender isto.
Re: Re.: Software livre: de graça?
Fernando Silva escreveu:Você pode vender software livre se alguém quiser comprar.
O que você não pode fazer é controlar o que o comprador vai fazer com a cópia dele: copiar à vontade, instalar quantas vezes quiser, modificar, dar de graça.
Você não pode fazer isto com software proprietário.
Esta é a diferença, mas parece que os fans da MS não conseguem entender isto.
É verdade.
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Software livre: de graça?
Algumas distribuições do linux são tão fáceis ou mais de serem instaladas e operadas que as versões mais populares de Windows.
O windows leva vantagem ser bem mais popular - não por ser melhor, mas por pirataria - e logo é mais fácil encontrar algum conhecedor mínimo por aí, em vez de ter que ir atrás de livros ou sítios na internet.
O windows leva vantagem ser bem mais popular - não por ser melhor, mas por pirataria - e logo é mais fácil encontrar algum conhecedor mínimo por aí, em vez de ter que ir atrás de livros ou sítios na internet.
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
Re.: Software livre: de graça?
Um autodidata com preguiça de estudar.
Se bem que, se ele estudar Linux assim como estudou física, então é melhor continuar no Windows.

Se bem que, se ele estudar Linux assim como estudou física, então é melhor continuar no Windows.

- CuritibaCetica
- Mensagens: 108
- Registrado em: 08 Set 2006, 01:04
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Re: Re.: Software livre: de graça?
RicardoVitor escreveu:Pô, é muita preguiça pensar que o "free" do termo "free software" significa "grátis"... MUITA preguiça MESMO. Bastava apenas uma visita ao site do Projeto GNU (http://www.gnu.org) para ler em letras garrafais o motto: Free as in Freedom, que linka à uma explicação detalhada sobre a idéia do "free software".
Retirado de lá:http://www.gnu.org escreveu:"Free software" is a matter of liberty, not price. To understand the concept, you should think of free as in free speech, not as in free beer.
Parece que isso não ficou muito claro para algumas pessoas...
Não mesmo! O fato de muitos softwares livres, inclusive distribuições GNU/Linux, serem ofertados publicamente na Internet criou na mente de muitos entusiastas a falsa noção de gratuidade. Não podemos nos esquecer que Richard Stallmann (da Free Software Foundation, que rege a GPL), Linus Torvalds (criador do kernel Linux) e outros vivem da renda de seus trabalhos: ele vendem seus serviços como qualquer pessoa no mercado de trabalho. Stallmann, por exemplo, cobra muito bem por eles como todo bom sobrevivente no mundo capitalista.
As licenças de software livres prezam pelo respeito à propriedade intelectual e pelo acesso ao conteúdo dos softwares. Mais esclarecimentos em
http://br-linux.org/linux/faq-softwarelivre
Sim, e isso já prejudicou a imagem do software livre no Brasil. E é essa imagem distorcida citada por você que se enraizou na nossa cultura. O estrago já está feito.RicardoVitor escreveu:É fato, a esquerda tenta utilizar o "software livre" - "free software" como uma arma de combate ao capitalismo e ao seu "Grande Satã" chamado Microsoft. Como se fosse um software grátis, mesmo...O pior disso, é que acabamos por pagar (nós todos) por más implementações, como a que foi feita na câmara dos deputados... Implementações "ideológicas", sem rigor técnico algum... O que distorce/denigre a imagem do "Free Software". Sempre existirão aqueles que fazem de tudo uma ideologia.
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Re.: Software livre: de graça?
Na verdade o free software nas maos de quem percebe pouco de computadores (eu e a maioria) só dá prejuizo. Eu que o diga...
- Neuromancer
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Re.: Software livre: de graça?
"Não é possível pensar no Linux como uma obra de caridade, pois ele é um produto econômico como outro qualquer. Bilhões de dólares são movimentados neste negócio e quem opta por usar o Linux, ao invés do Windows, gasta muito dinheiro!"
Ele deve estar falando de grandes corporações, comparar o preço de um windows xp com o office instalado com o similar usando linux é estupidez. As pessoas usam o windows por comodidade e por costume o que faz o linuz ainda não ser muito usado é justamente a facilidade de piratear o windows, se numa próxima versão a pirataria se tornar impossível, veremos o linux prevalecer.
Ele deve estar falando de grandes corporações, comparar o preço de um windows xp com o office instalado com o similar usando linux é estupidez. As pessoas usam o windows por comodidade e por costume o que faz o linuz ainda não ser muito usado é justamente a facilidade de piratear o windows, se numa próxima versão a pirataria se tornar impossível, veremos o linux prevalecer.
Fideliter ad lucem per ardua tamen.
- CuritibaCetica
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Re: Software livre: de graça?
Sobre o texto de abertura do tópico, ele enfatiza que o software livre, por ser algo produzido por e para pessoas, encontra-se em um ambiente econômico, e portanto está sujeito às leis econômicas da sociedade onde se encontra. Nesse ponto, o texto possui boa argumentação.
No entanto, em outros dois aspectos ele falha na argumentação. O primeiro menciona a dificuldade do usuário em conseguir usar os sistemas operacionais. Vejamos os dois argumentos presentes nessa menção.
O sistema operacional GNU/Linux demorou 10 anos para ser desenvolvido, e continua a sê-lo ano após ano. À medida em que os problemas de uso e compatibilidade são abordados, mais e mais o sistema operacional se torna mais 'operável' pelo usuário comum.
Com a entrada de empresas de grande porte como IBM, por um lado; e o surgimento de empresas que oferecem distribuições GNU/Linux com suporte tais como Red Hat, Mandriva e Canonical, por outro; o sistema operacional passou a ser encarado como um produto sério e economicamente viável.
Como conseqüência, foi dada cada vez mais atenção ao usuário final. Surgiram distribuições amigáveis e com um repertório de programas que atendem às principais necessidades, inclusive jogos.
Há setores em que o sistema operacional possui sim uma deficiência de programas. Os mais significativos na década de 2000 são os de multimídia e ferramentas de design. Setores esses não dominados pela Microsoft, diga-se de passagem. Adobe e Apple são, há duas décadas, duas das principais empresas no setor.
O Microsoft Windows, para operar corretamente numa máquina, necessita dos drivers dos periférios para poder ser usado imediatamente. Caso não tenha, o usuário terá a mesma tarefa fatídica de entrar na Internet e pedir ajuda para baixar o que for necessário para estar tudo em ordem. Quanto a livros e cursos, os usuários do Microsoft Windows acabam em algum momento se obrigando a fazer ao menos um curso introdutório. No fim das contas, a dificuldade é a mesma.
Outra questão é a necessidade de comprar os demais programas, como a suíte de escritório, por exemplo. A menos que se apele para a pirataria ou para o uso de softwares de licença gratuita, trata-se de um grande investimento financeiro.
O segundo aspecto de argumentação falha é sobre a hegemonia da Microsoft.
Quem detemina, em última instância, o monopólio de fato é o próprio mercado, através das relações comerciais entre a empresa do produto/serviço de maior uso e seus fornecedores e consumidores, e dos usuários com essa emprese e com as concorrentes.
O conceito econômico de monopólio difere sutilmente do conceito jurídico. Uma empresa exerce monopólio quando ela possui um produto ou serviço usado pela franca maioria de usuários e
impede por meios comerciais ilícitos, como dumping ou venda casada, que produtos/serviços similares de outras empresas possam ser ofertados.
Nesse ponto, a Microsoft é sim monopolista no mercado de sistemas operacionais e navegadores de Internet, conforme mostraram os processos contra ela movidos por outras empresas tão capitalistas quanto ela. E tenta ser também nas áreas de tocadores de multimídia e mecanismos de busca.
A menos que IBM, Sun, Real Media e o Sistema Judiciário dos EUA sejam "esquerdistas", não há somente críticas ideológicas contra a Microsoft -- muitas delas puramente revanchistas, é verdade.
No entanto, em outros dois aspectos ele falha na argumentação. O primeiro menciona a dificuldade do usuário em conseguir usar os sistemas operacionais. Vejamos os dois argumentos presentes nessa menção.
Tente instalar o Linux em seu computador e começar a operar. Você começará por comprar livros, fazer cursos, participar de chats e comunidades no orkut, etc. O tempo gasto será absurdo (time is money, lembram-se?), até que você consiga fazer as mais triviais operações com o novo sistema operacional. Quando você for adquirir algum software aplicativo específico para funcionar com o Linux, você verá o quão graciosa é sua empreitada.
O sistema operacional GNU/Linux demorou 10 anos para ser desenvolvido, e continua a sê-lo ano após ano. À medida em que os problemas de uso e compatibilidade são abordados, mais e mais o sistema operacional se torna mais 'operável' pelo usuário comum.
Com a entrada de empresas de grande porte como IBM, por um lado; e o surgimento de empresas que oferecem distribuições GNU/Linux com suporte tais como Red Hat, Mandriva e Canonical, por outro; o sistema operacional passou a ser encarado como um produto sério e economicamente viável.
Como conseqüência, foi dada cada vez mais atenção ao usuário final. Surgiram distribuições amigáveis e com um repertório de programas que atendem às principais necessidades, inclusive jogos.
Há setores em que o sistema operacional possui sim uma deficiência de programas. Os mais significativos na década de 2000 são os de multimídia e ferramentas de design. Setores esses não dominados pela Microsoft, diga-se de passagem. Adobe e Apple são, há duas décadas, duas das principais empresas no setor.
Ao invés disso, se você for à esquina e comprar o Windows, por digamos R$ 400,00, você começará operar imediatamente, sem maiores problemas. Qual é, então o software mais barato?
O Microsoft Windows, para operar corretamente numa máquina, necessita dos drivers dos periférios para poder ser usado imediatamente. Caso não tenha, o usuário terá a mesma tarefa fatídica de entrar na Internet e pedir ajuda para baixar o que for necessário para estar tudo em ordem. Quanto a livros e cursos, os usuários do Microsoft Windows acabam em algum momento se obrigando a fazer ao menos um curso introdutório. No fim das contas, a dificuldade é a mesma.
Outra questão é a necessidade de comprar os demais programas, como a suíte de escritório, por exemplo. A menos que se apele para a pirataria ou para o uso de softwares de licença gratuita, trata-se de um grande investimento financeiro.
O segundo aspecto de argumentação falha é sobre a hegemonia da Microsoft.
Uma última palavra: falar em domínio da Microsoft, vá lá. Falar em monopólio da Microsoft é uma piada. Aliás, para entender o que é monopólio não é preciso consultar compêndios econômicos, basta ir ao Aurélio que diz: tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos. A única exclusividade da Microsoft é ser malhada pelos esquerdistas mundo afora.
Quem detemina, em última instância, o monopólio de fato é o próprio mercado, através das relações comerciais entre a empresa do produto/serviço de maior uso e seus fornecedores e consumidores, e dos usuários com essa emprese e com as concorrentes.
O conceito econômico de monopólio difere sutilmente do conceito jurídico. Uma empresa exerce monopólio quando ela possui um produto ou serviço usado pela franca maioria de usuários e
impede por meios comerciais ilícitos, como dumping ou venda casada, que produtos/serviços similares de outras empresas possam ser ofertados.
Nesse ponto, a Microsoft é sim monopolista no mercado de sistemas operacionais e navegadores de Internet, conforme mostraram os processos contra ela movidos por outras empresas tão capitalistas quanto ela. E tenta ser também nas áreas de tocadores de multimídia e mecanismos de busca.
A menos que IBM, Sun, Real Media e o Sistema Judiciário dos EUA sejam "esquerdistas", não há somente críticas ideológicas contra a Microsoft -- muitas delas puramente revanchistas, é verdade.
Grupo Curitiba Cética:
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Re.: Software livre: de graça?
bom.. "infelizmente" o windows já ficou pra trás faz muito tempo aqui em casa.
uso software livre desde criança e não sou nenhum "anormal" como dizem, faço tudo o que quero em cima dele e trabalho com SL hoje.
obs: quem acha Linux complicado deveria usar o kubuntu, meu irmãozinho usa ele e se da muito bem.. ;-)
Quanto a M$.. voces deveriam conhecer o caso do DR-DOS:
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Em 1988, quando a Digital Research lançou o DR-DOS, a Microsoft se viu diante do maior concorrente ao MS-DOS até então, sendo obrigada a reduzir o preço de seu sistema operacional.
Quando o DR-DOS 5 foi lançado, em 1990, ele foi aclamado pela imprensa especializada como uma alternativa tecnicamente superior e de custo mais baixo do que o MS-DOS.
Mas a Microsoft passou a adotar práticas como o anúncio de vaporwares, programas e características inexistentes que eram anunciados com o objetivo de diminuir a venda do software concorrente; o licenciamento de softwares por CPUs e a venda casada com o Windows 3.1 também tiveram como efeito minimizar as vendas do DR-DOS pré-instalados em microcomputadores.[1]
Além disso, a última versão beta do Windows 3.1 foi programada para simular mau funcionamento quando estivesse rodando sob o DR-DOS.[2]
Nas palavras de Wendy Rohm:
"Em 1994, depois que o DR-DOS estava morto e enterrado, a Microsoft dobrou o preço do MS-DOS. Não havia outra alternativa no mercado. Como um monopolista clássico, eliminada a concorrência, elevam-se os preços".[3]
O fim do DR-DOS representou o início da ascensão de um monopólio capaz de ditar as regras de um mercado.
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Isso parece um pouco com monopólio não parece?
vlw!
uso software livre desde criança e não sou nenhum "anormal" como dizem, faço tudo o que quero em cima dele e trabalho com SL hoje.
obs: quem acha Linux complicado deveria usar o kubuntu, meu irmãozinho usa ele e se da muito bem.. ;-)
Quanto a M$.. voces deveriam conhecer o caso do DR-DOS:
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Em 1988, quando a Digital Research lançou o DR-DOS, a Microsoft se viu diante do maior concorrente ao MS-DOS até então, sendo obrigada a reduzir o preço de seu sistema operacional.
Quando o DR-DOS 5 foi lançado, em 1990, ele foi aclamado pela imprensa especializada como uma alternativa tecnicamente superior e de custo mais baixo do que o MS-DOS.
Mas a Microsoft passou a adotar práticas como o anúncio de vaporwares, programas e características inexistentes que eram anunciados com o objetivo de diminuir a venda do software concorrente; o licenciamento de softwares por CPUs e a venda casada com o Windows 3.1 também tiveram como efeito minimizar as vendas do DR-DOS pré-instalados em microcomputadores.[1]
Além disso, a última versão beta do Windows 3.1 foi programada para simular mau funcionamento quando estivesse rodando sob o DR-DOS.[2]
Nas palavras de Wendy Rohm:
"Em 1994, depois que o DR-DOS estava morto e enterrado, a Microsoft dobrou o preço do MS-DOS. Não havia outra alternativa no mercado. Como um monopolista clássico, eliminada a concorrência, elevam-se os preços".[3]
O fim do DR-DOS representou o início da ascensão de um monopólio capaz de ditar as regras de um mercado.
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Isso parece um pouco com monopólio não parece?
vlw!
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Daniel
Daniel