Usuário deletado escreveu:André escreveu:1)Eu lutaria contra, mas como democrata aceito a decisão da maioria.Não aceitar a decisão da maioria é deixar de ser democrata.Repare existe uma diferença é sutil, mas existe.Uma coisa é vc discordar de algo continuar defendendo o que acredita mais aceitar que aquilo que discorda que foi democraticamente instituído (posição de um democrata).Uma outra coisa é não aceitar a decisão democrática, o que leva, por exemplo, a formação de grupos clandestinos para a força fazer valer o que uma minoria defende (Esse já deixou de ser democrata).
1)Vou dar um exemplo: Uma nação onde a maior parte das pessoas são anti semitas e onde o sistema de aprovação de leis é o que estamos discutindo, estas pessoas que são anti semitas sem dúvida alguma aprovariam leis para suprimir os direitos vitais da minoria semita. Você aceitaria isso? Eu não aceitaria de forma alguma.
André escreveu:Quem não é capaz de aceitar a decisão da maioria não é democrata.Pode discordar, e procurar reverter, mas enquanto existe, tem que respeitar ou deixa de ser democrata.
2)Não respeito leis que atentam contra a liberdade de pequenos grupos de indivíduos, então nessa sua definição de democrata eu não me encaixo.
André escreveu:2)Claro que existem povos diferentes.Agora quanto o brasileiro, discordo radicalmente e a alternativa a Lula era ainda pior.Claro que o PT de hoje não bato palmas mas o PFL consegue ser pior.E Geraldo, embora seja do PSDB tem mais o perfil do PFL.
3)Após um governo tão corrupto quanto esse que vimos nesses últimos 4 anos? Haviam outras boas alternativas como Cristovám Buarque, sem falar no Geraldo.
André escreveu:3)Concordo plenamente e é isso que a Democracia Direta, ampliada ou como queriam chamar prevê.Maior espaço e acesso dos indivíduos sobre como seu dinheiro é gasto e como a gestão publica é realizada.
4)Mas esse controle só seria justo se tivesse um limite, se não tivesse as maiorias acabariam corrompendo os parlamentares para suprimir as minorias. Ao meu ver deve existir um limite.
André escreveu:4)Concordo.Mas medidas distributivas não chegam a ser Robin Hood, pois respeitam a propriedade privada, apenas não entendem a defesa dessa como superior ao respeito a vida, e por isso existência de milhares em estado de necessidade não é aceitável.Detalhe a mensagem destacada não falava sobre medidas distributivas e sim sobre elitização e concentração do poder, e sua contrapartida a descentralização ou o domínio do poder popular.
5)Quanto a isso já emiti meu parecer, a descentralização completa é perigosa. A sociedade brasileira por exemplo ainda é dotada de muitos preconceitos: religioso, racial, quanto a orientação sexual, etc... Não é uma sociedade madura o suficiente para ter tanto poder de decisão.
André escreveu:5)Então confia mais em Lula e em seu arbítrio.Ele é um político e foi eleito pelo povo.
6)Adolf Hitler era um político e foi eleito pelo povo.
André escreveu:6)Já estamos nos repetindo.E vc dizer que culmina em supressão dos direitos das minorias sem evidencias não é prudente (O exemplo aconteceu aonde? Pq até nos EUA não foi via plebiscito, e lá são alguns poucos Estados na maioria isso inexiste e o ensino da evolução é disseminado mesmo que a direita cristã conteste).O futuro é incerto, o sistema atual tem problemas.É dever dos que se importam em pensar como melhorar.
7)Evidência factual eu não tenho, já que não conheço nenhum exemplo recente palpável de um estado que adotou tal disparate.
Mas é só pensar um pouco, vamos ao exemplo religioso: A população está para votar uma lei à respeito da instituição do ensino do criacionismo obrigatório nas escolas, um país onde a maioria da população é religiosa votaria como?
André escreveu:O que me parece é um medo justificaria a concentração de poderes e uma desqualificação do povo que embora heterogêneo, e variado, não me parece esse monstro que tentam pintar.Alias essa estratégia é daqueles que apóiam ditaduras, e o poder na mão de poucos.
8)Errado. Não é uma ditadura, os representantes do povo são eleitos democraticamente, o sistema representativo impõe limites que ao meu ver asseguram a segurança das minorias.
André escreveu:Acho muita presunção nossa tentar adivinhar como o povo vai votar nessa ou naquela questão e com base nos nossos interesses decidir se vale a pena ou não.Eu estou mais preocupado não comigo individualmente, mais com o futuro do país em que vivo, e o da humanidade.Como as pessoas não concordam em tudo, o que deve valer é a voz da maioria.O trabalho dos políticos deve ser colocar para essa maioria decidir sobre as questões mais importantes em que existe um impasse.Tal deve ser feito respeitando prazos, as leis, para que a população informada possa fazer sua escolha.
9)Mesmo se as decisões da maioria ataquem os direitos individuais vitais das minorias? Eu não apoio isso, ainda mais em um país como o nosso.
André escreveu:Lembra do referendo das armas?Não concordo com seu resultado, mas respeito a decisão da maioria.O processo poderia ter sido feito de melhor forma, inclusive deveria ter sido simultaneamente ao período de eleição, economizaria dinheiro publico.Mas apesar dos problemas respeito a decisão.
A democracia não pode ser somente defendida quando serve aos nossos interesses, é quando a decisão diverge do que desejamos ou acreditamos, é que nossos princípios democráticos são verdadeiramente testados.
10)Mesma reposta que dei para vários trechos de sua postagem: "Maioria suprimindo direitos vitais de minorias eu não apoio". O caso do referendo não se aplica à isso, já que toda a população (independente de raça, cor, credo, situação financeira...) seria afetada pelo resultado deste.
1)Populações anti-semita em sua maioria não constituem democracias.Defende do que vc ta falando se romper com leis internacional dos direitos humanos por exemplo, ai vale outra maioria a maioria representada pela ONU por exemplo.Roubar os direitos e genocídio por exemplo deve ser combatido tanto por forças dentro da nação como forças internacionais.
2)Vale o anterior o limite é romper com leis internacionais, já que as nacionais podem legitimar tais atos.Mas ai uma autoridade externa para proteger as minorias, pode e deve agir.Quando fica claro como no caso de genocídio ou perseguição religiosa.Tem que ser algo extremo perpetrado contra minorias para que tal ato seja tanto correto moralmente quanto legitimo legalmente.Ai cabe a interferência em prol dos mais fracos.
3)Votei no Cristóvão Buarque e me parece que era o melhor candidato.No segundo turno votei em Lula, Geraldo é simplesmente muito a direita, Lula teve muitos equívocos mas a volta a força ao PFL é impensável.E corrupção?Não existe partido mais corrupto que o PFL, vivo na Bahia de ACM meu caro, que ainda bem perdeu o governo do Estado e a capital.E o PSDB embora tenha quadros que respeito como Serra,Aécio Neves, e FHC(embora esse mais nas idéias do que na pratica política e mesmo as idéias sofreram por causa das praticas) tb não é lugar de santinho.
4)Os limites devem existir claro.Em duas esferas definidos nacionalmente e democraticamente, pois as questões que interessam são aquelas de urgência, a do ensino do criacionismo por exemplo não é urgente, e duvido muito com uma minoria evangélica, que é em geral quem defende isso,(Conheço uma penca de católicos e cristãos "Não praticantes" que jamais aprovariam isso) que isso fosse aprovado.O outro limite é dado por leis internacionais, qualquer usurpação extrema, as minorias devem acionar órgãos internacionais para que esses garantam, se por acaso nesse cenário altamente improvável, as instituiçoes nacionais não garantirem.Porém acho todo esse temor infundado.
5)Acredito que vai ficar mais madura decidindo.O religioso, por exemplo, na época de meus pais era muito menor, eles eram ateus-agnosticos, e são, mas hoje e nos últimos 15 anos, dizem ver muito mais fundamentalismo cristão.Logo tal amadurecimento não está ocorrendo no processo atual, em varias áreas existe um retrocesso.Além do que responsabilizar mais o povo pelas decisões boas e ruins, me parece educativo, errar e aprender com os erros leva amadurecimento.Ficar dizendo que a culpa é de outros e tirando o seu, é coisa que definitivamente não amadurece e é o que ocorre hoje.
6)Hitler foi apoiado pela classe media, e seu partido chegou ao poder em circunstancias bem especiais.Mas os fascistas eram extremamente hostis a Democracia e não demorou muito para ele virar um ditador.Sendo que Hitler nessa circunstancias em largo favorecidas pela vergonha que o Tratado de Versalhes impunha a Alemanha, foi indicado a posição de Chanceler.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler
Esses trechos são interessantes
"Mas Hitler ainda não tinha cativado definitivamente a nação. Ele foi feito Chanceler numa designação legal pelo presidente Hindenburg, o que foi uma ironia da história, uma vez que os partidos do centro tinham apoiado o presidente Hindenburg por ele ser a única alternativa viável a Hitler, não prevendo que seria Hindenburg que iria trazer o fim da República.
Mas nem o próprio Hitler nem o seu partido obtiveram alguma vez uma maioria absoluta. Nas últimas eleições livres, os nazis obtiveram 33% dos votos, ganhando 196 lugares em 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, que tiveram lugar após o terror e violência terem varrido o Estado, os nazis obtiveram 44% dos votos. O partido obteve o controle de uma maioria de lugares no Reichstag através de uma coligação formal com o DNVP. No fim, os votos adicionais necessários para propugnar a lei de aprovação do governo, que deu a Hitler a autoridade ditatorial, foram assegurados pelos nazistas pela expulsão de deputados comunistas e intimidando ministros dos partidos do centro. Numa série de decretos que se seguiram pouco depois, outros partidos foram suprimidos e toda a oposição foi proibida. Em poucos meses, Hitler tinha adquirido o controle autoritário do país e enterrou definitivamente os últimos vestígios de democracia."
7)Leia sobre Democracia Direta na Suíça.Lá já está sendo aplicada a algum tempo.
8)O sistema impõe limites pq é o que povo quer.Esses limites são em geral consenso ou perto disso na maioria.Vc achar que a maioria é aprovaria leis preconceituosas é uma mera suposição contra factual.Não há como saber o que a maioria faria em relação a um monte de coisas, e eu não sugiro que seja chamada toda hora.A construção de uma maioria local para administração de regiões, e a consulta em questões nacionais nos períodos de eleição, não significa um poder sem limites, mas uma ampliação, alias como o nome diz Democracia Ampliada, do poder popular.
9)Já respondido.
10)Mas é justamente esse tipo de coisa que viria a baila.Vou explicar com calma.O papel dos políticos, seria justamente definir o que vai ser decidido pelo povo, seria uma questão vital, que afeta todos, uma vez decidido haveriam dois anos para debates, imprensa, e nas próprias campanhas isso iria aparecer.Ai vc vota no político e na questão que está sendo decidida.Usei como exemplo.Quando o povo pode levar uma questão, bem teria que conseguir uma maioria estadual, e depois levar para o Congresso, e vencer lá, somente ai uma questão local chegaria, que é a idéia de duas maiorias.Ou uma maioria estadual, vencendo em vários Estados, se chegasse a maioria, poderia colocar essa questão, não escolhida pelos políticos.Mas isso seria para casos excepcionais, pois o corrente seria os políticos decidirem o que cabe ao povo decidir, logo estariam vetadas a principio todos os absurdos que vc citou, a não ser é claro que os políticos do Congresso e Senado os colocassem.A idéia é ampliar o dialogo entre o poder representativo e um poder popular, sendo atribuições a cada um separadas, para diminuir o arbítrio dos políticos e ampliar a participação popular.
PS:Espero que entenda que o debate é para pensarmos sobre a questão.Se pareci ríspido em qualquer momento me desculpe, pela net infelizmente ser direto ou seco, pode parecer rispidez, e entendo sua forma de pensar e a respeito, embora discorde parcialmente.