Fernando Silva escreveu:O que você chama de "autêntico"? A fidelidade a algum original?
E qual a confiabilidade desse suposto original em relação aos fatos históricos?
E os apócrifos, eliminados do cânon apesar de terem sido respeitados pelos cristãos durante séculos? São menos autênticos?
Ou apenas não refletem a versão da seita que predominou (inclusive pela força)?
Por
autêntico entendo o que é legítmo, comprovado. Também o que é do autor a quem se atribui.
Veja bem. Eu não estou dizendo que isso prova apoditicamente a veracidade da
Bíblia. Apenas que são algumas razões pelas quais podemos considerá-la crível. Não são razões pelas quais devamos considerá-la necessariamente crível. Há uma diferença nisso. Eu sei que a questão da veracidade do canon é problemática. Em primeiro lugar pq não temos os originais. E em segundo lugar pq um papel aceita qualquer coisa, e é possível que os relatos bíblicos sejam uma completa mentira.
Sobre os apócrifos. Eu desconheço a história dos documentos. Pode ser que eles sejam autênticos. E talvez até tenham ficado de fora por força da seita predominante.
Mas isso não invalida o meu argumento. Em termos de recopiagens, o NT é gigantescamente o livro antigo que possui mais fontes, datadas de tempos mais próximos da redação original. E por isso mesmo é confiavel aceitar que não foi alterado pelo decorrer do tempo. E isso tb aumenta a confiabilidade em termos de autenticidade. Porém em história nada é assim tão factual quanto é na física, química ou biologia. E é por isso que eu digo nada disso é uma evidência forte o suficiente para se aceitar a
Bíblia como verdade absoluta.