Pirataria é roubo?

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.

Pirataria pode ser comparada com roubo ou furto?

Não, são coisas totalmente diferentes e não faz mal a ninguém.
2
10%
Não são coisas iguais, mas é um pouco errado, pois priva o autor de seus direitos.
9
43%
Não são iguais, mas bem semelhantes e tão errado quanto o furto ou roubo.
2
10%
Sim, pirataria é igual a furto ou roubo, só muda o meio de faze-lo.
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Total de votos: 21

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Tulio
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Tulio »

Liouville escreveu:Eu xeroco livros mesmo e estou pouco me fudendo se é pirataria, roubo ou o que for!

Se eu estivesse com dinheiro sobrando para gastar 400 pilas por mês em livro eu o faria, mas como não é o caso, vai na base da xerox mesmo e que se dane!


Já ouviu falar em bibliotecas?
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videomaker
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por videomaker »

Tulio escreveu:
Liouville escreveu:Eu xeroco livros mesmo e estou pouco me fudendo se é pirataria, roubo ou o que for!

Se eu estivesse com dinheiro sobrando para gastar 400 pilas por mês em livro eu o faria, mas como não é o caso, vai na base da xerox mesmo e que se dane!


Já ouviu falar em bibliotecas?


E elas garantem que não se comprem livros? :emoticon5:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Tulio
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Tulio »

videomaker escreveu:
Tulio escreveu:
Liouville escreveu:Eu xeroco livros mesmo e estou pouco me fudendo se é pirataria, roubo ou o que for!

Se eu estivesse com dinheiro sobrando para gastar 400 pilas por mês em livro eu o faria, mas como não é o caso, vai na base da xerox mesmo e que se dane!


Já ouviu falar em bibliotecas?


E elas garantem que não se comprem livros? :emoticon5:


Não, mas elas podem ser uma alternativa para não se copiar livros ilegalmente, privando as editoras e seus autores da sua devida remuneração.
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cyrix
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Mensagem por cyrix »

Vai depender muito da biblioteca. Em meus tempos de de graduação só havia um ou dois exemplares de um livro para doze alunos. Sem contar que os professores acabavam se "apoderando" de exemplares por poderem renovar empréstimos de 3 em 3 meses, enquantos nós tínhamos de renovar semanalmente. Isso se não houvesse ninguém na fila de empréstimos esperando. Xeroquei. Errado? Sim. Não vi outro jeito, paciência.
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o anátema
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Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por o anátema »

Queria saber do que sobrevivem os que trabalham sem direitos autorais clássicos. Tem uns que até que não fogem muito, como permitindo apenas o fair use, são compreensíveis. Mas o pessoal que desenvolve em código livre, por exemplo... tá, sei que livre não quer dizer grátis, mas essencialmente qualquer um pode vir e ter exatamente o seu produto igual ao seu em qualquer momento possível..... você não tem garantias que o seu diferencial será seu (por outro lado pode aproveitar dos outros)... assim.... mesmo que faça um software de código aberto pago, nada impede de uns outros pegarem exatamente o seu software e fazerem uma versão gratuita (acho).

Acho que o rendimento mais seguro seria com a prestação de serviço de assitência técnica/suporte, não havendo tanto estímulo para desenvolvimento em si (o que talvez seja um tanto contrabalançado pela "liberdade" do código, mas não sei).


Quanto a pirataria em si... é bom para o "consumidor"... mas muito ruim para todos que têm (ou teriam) seu sustento em algo potencialmente pirateável - produzindo, não pirateando o que outros produziram.

Ruim para todos na cadeia de produção desde os autores até todos os outros que ganham salários "de trabalhador" mesmo. Até pior que esses do que para os autores. Para esses é uma merda. Menor número de vagas e menores salários para os que ficam.

Acho que as pessoas geralmente pensam que os caras do Metallica ou sei lá quem vai ganhar uma fração de centavo a menos por causa daquela pirataria individual, mas para os demais que trabalharam para fazer o disco a coisa é mais significativa.

Acho que assino embaixo de quase tudo que o UFKA Cabeção escreveu. Só lembro de já ter visto coisas sobre que muitas vezes os preços das coisas são exageradamente elevados sem justificativa em custo. Não lembro das fontes mais ouvi coisas como que xampus vendidos a 7 ou 10 reais poderiam ser vendidos à 1 ou 2 reais e ainda haveria lucro suficiente para a produção e etc. O problema é que as pessoas desconfiam, em alguns casos, de preços baixos demais. Poderiam achar que é uma pocaria que faria os cabelos caírem ou qualquer coisa assim, para ser tão mais barato. Me contaram também um caso duma loja de calçados que tinha comprado um pequeno estoque duns tênis argentinos, bem baratos. Foram colocados a venda por um preço barato, e encalharam. Foi dito que o dono da loja os "escondeu" por um tempo, para esquecerem deles, e mais tarde colcou por um preço bem maior, acho que umas três vezes maior (150 reais, se não me engano (3 * 50)), e então "desencalharam".

Isso possivelmente não é a regra, e certamente não é o caso em todos produtos. Produção editorial, por exemplo, me parece que tem realmente orçamentos mais apertados. Autores não recebem bem, e até uma editora recentemente (Record, se não me engano) confessou (ou foi denunciada, não lembro) que amentava mentirosamente os números das vendas (i.e., vendia X e dizia vender 2X), o que acho que já ouvi dizer ser prática relativamente generalizada.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Tulio
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Tulio »

o anátema escreveu:[...] Só lembro de já ter visto coisas sobre que muitas vezes os preços das coisas são exageradamente elevados sem justificativa em custo. Não lembro das fontes mais ouvi coisas como que xampus vendidos a 7 ou 10 reais poderiam ser vendidos à 1 ou 2 reais e ainda haveria lucro suficiente para a produção e etc. [...]


Muitas vezes os preços são 'exageradamente' altos até para embutir possíveis perdas pela pirataria.
Editado pela última vez por Tulio em 06 Abr 2007, 22:40, em um total de 1 vez.
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cyrix
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Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por cyrix »

Outra alternativa (legal) à pirataria são os portais de venda de músicas. Num CD de 12 ou mais músicas vc só está interessado em 3, talvez. Agora, mesmo pagando direitos autorais, pergunta se as gravadoras gostam da idéia?
Editado pela última vez por cyrix em 06 Abr 2007, 17:34, em um total de 1 vez.
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Liouville
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Liouville »

Tulio escreveu:
Liouville escreveu:Eu xeroco livros mesmo e estou pouco me fudendo se é pirataria, roubo ou o que for!

Se eu estivesse com dinheiro sobrando para gastar 400 pilas por mês em livro eu o faria, mas como não é o caso, vai na base da xerox mesmo e que se dane!


Já ouviu falar em bibliotecas?


Já sim. Dá onde você acha que eu pego os originais para xerocar? :emoticon7:

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Tulio
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Tulio »

Liouville escreveu:
Tulio escreveu:
Liouville escreveu:Eu xeroco livros mesmo e estou pouco me fudendo se é pirataria, roubo ou o que for!

Se eu estivesse com dinheiro sobrando para gastar 400 pilas por mês em livro eu o faria, mas como não é o caso, vai na base da xerox mesmo e que se dane!


Já ouviu falar em bibliotecas?


Já sim. Dá onde você acha que eu pego os originais para xerocar? :emoticon7:


Tu não presta :emoticon16:
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Apocaliptica

Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Apocaliptica »

:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

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betossantana
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Re: Pirataria é roubo?

Mensagem por betossantana »

RicardoVitor escreveu:Se é vendido por R$ 25, é porque há compradores que consideram justo o preço de R$25,00. Se ninguém considerasse o produto tão valoroso, não existiriam compradores e o preço teria que ser corrigido.


Mas EU não considero o produto tão valoroso, POR ISSO que eu BAIXO os cds, HAHAHAHOHOHOH!
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betossantana
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Re: Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por betossantana »

Tulio escreveu:Já ouviu falar em bibliotecas?


Eu me graduei em universidade pública, quase que eu só "OUVI FALAR" mesmo, hehehehe!
É um problema espiritual, chupe pau!

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betossantana
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Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por betossantana »

Bah, a pirataria digital é simplesmente uma filha inevitável do mercado liberal, assim como a própria Internet e as tecnologias de compartilhamentos de arquivos como o peer-to-peer. Sem os vultosos investimentos em tecnologias virtuais e de manipulação de mídia sonora e visual, sem os gravadores de cds e dvds, sem o aprimoramento da comunicação entre computadores numa rede mundial, não existiria pirataria para uso doméstico na quantidade e variedade em que há hoje, já que até a pirataria de camelô usa dessas tecnologias. De qualquer forma, simplesmente não existe até o momento nenhum mecanismo hábil pra barrar o compartilhamento indiscriminado de arquivos de conteúdo protegido na Internet, e duvido muito que um dia haja. Ou seja, a ordem virtual mundial do compartilhamento universal tende a ser irreversível, graças à Microsoft, que nos provê do Windows, e aos produtores de aparelhos e veículos de mídia de fácil manipulação e cópia, como o cd e o dvd.

Não é a primeira vez que um conflito entre o aprimoramento tecnológico da humanidade e o interesse privado de um determinado produtor de mídia se desenha. Muitos opositores da pirataria doméstica simplesmente desconhecem que o video-cassette foi alvo de uma disputa legal entre uma dessas empresas, não lembro qual, e o seu primeiro comerciante em grande escala, que eu também não lembro quem foi. Talvez tenha sido a Sony o réu... pois bem, a Sony simplesmente sofreu tentativas de se barrar a produção e comercialização de vídeos-cassettes porque, segundo o autor da disputa, essa tecnologia estimulava a pirataria, o que causaria inúmeros prejuízos de toda ordem a todos aqueles envolvidos na produção de mídia suscetível de ser apreendida pelo aparelho.

A Sony venceu.

Alguém morreu?

Os estúdios de cinema e de televisão faliram todos?

O resultado foi a total destruição do mundo civilizado?

Não.

Criou-se um mercado novo?

Criaram-se empregos, empresas e uma nova forma de intercâmbio econômico?

Sim.

Bem ou mal, essa tendência liberal de considerar mais valiosos pra nossas sociedades o uso de uma nova tecnologia do que o interesse econômico de determinados fornecedores de produtos ou serviços não é uma constante, vide o caso do Napster, que afinal foi um caso inócuo, já que os programas de compartilhamento peer-to-peer se tornaram parte integrante da vida virtual de qualquer internauta que se preze.

Eu gostaria, sinceramente, de perguntar a todos os opositores da pirataria digital que postaram neste tópico se vocês realmente NÃO a praticam. É muito, MUITO difícil pra mim achar que uma pessoa hoje em dia com familiaridade e uso cotidiano da Internet no ambiente doméstico não baixe músicas e vídeos. Na verdade, francamente, eu não acredito em quem disser que não faz isso (isso é simplesmente ridículo), mas tenho curiosidade de saber o que vocês diriam.

Pra completar, a recomendação de uma comunidade no Orkut:

Descriminalizem a pirataria!
description: Comunidade para todos aqueles que defendem que a violação de direitos autorais deixe de ser tratada como crime no Brasil.

A pirataria não pode ser comparada a um furto ou roubo, pois a vítima não perde a propriedade de qualquer bem. O pirata não subtrai o bem da vítima, ele apenas deixa de pagar os direitos autorais a quem de direito. Sua ação pode ser comparada a quem deixa de pagar um aluguel, nunca ao ladrão!

A Constituição brasileira e o Pacto de San José da Costa Rica vedam expressamente a prisão por dívidas. Por isso a pirataria não pode ser tratada como crime, mas como mero ilícito civil.

DESCRIMINALIZEM A PIRATARIA!

Texto com os argumentos completos pró descriminalização da pirataria:
http://www.tuliovianna.org/index.php?op ... &Itemid=67


E um artigo interessante que recebi essa semana:

O Estado de S.Paulo - Caderno 2
> Quinta-feira, 5 abril de 2007
>
> http://www.estado.com.br/editorias/2007 ... 05.2.1.xml
>
> O apagão das gravadoras
>
>Sintomas da crise: dança das cadeiras de executivos; >salários e cargos cortados; EMI anuncia música on line sem proteção e >Universal vai reduzir drasticamente catálogo
>
> Jotabê Medeiros
>
>Nas últimas semanas, o mundo antigamente conhecido como >'indústria fonográfica' vem experimentando diversos abalos. O 'apagão das >gravadoras' aponta para mudanças inexoráveis e definitivas: estão em >derrocada os dias de glória e opulência das companhias; xeque-mate na >existência do suporte físico da música (o CD); caiu em desuso a figura do >diretor-artístico, antes poderoso criador de mitos e tendências; o sistema >de comércio de música digital é a nova fronteira, e nela o direito do autor >tem sido uma batalha dura e desigual.
>
>Estão em queda os altos >salários nas companhias de discos, e uma nova geração de executivos >substitui os velhos ícones da indústria. Na Universal, caiu na semana >passada o lendário executivo Max Pierre, diretor-artístico da gravadora, >havia 30 anos no ramo. Baixas vendagens dos últimos discos de Ivete Sangalo >e Zeca Pagodinho, produções de alto custo, teriam culminado na sua demissão.
>
>Na EMI Brasil, caiu Marcos Maynard e subiu Marcelo Castello >Branco (que já passou pela Sony e Universal e a Ibero). A Warner demitiu >Cláudio Condé e trouxe Sérgio Affonso, novo comandante da major a partir >deste mês.
>
>Essa luta pela sobrevivência das combalidas gravadoras é >visível por diversos sintomas. Entra em cena a queima de estoques, a >qualquer custo. Desde a semana passada, a Warner Music Brasil está >oferecendo seu conteúdo, no formato digital, a preços promocionais. Mais de >140 mil músicas estarão disponíveis por R$ 1,89, incluídos acervos de jazz, >música erudita, pop e rock.
>
>A EMI Music também foi longe: anunciou >esta semana que vai colocar canções à venda no iTunes, o comércio on line da >poderosa Apple. Com um detalhe: sem o DRM (Digital Rights Management), a >tecnologia que impedia a cópia. O acordo gerou reação ontem da União >Européia, que acusa a Apple e as gravadoras de monopólio >musical.
>
>Contra a 'sangria', medidas drásticas. A Universal Music, >por exemplo, estuda reduzir drasticamente seu catálogo, de 46 mil tapes >análogos. O que é mais alarmante: o resto, o que não coubesse nessa seleção, >teria de ser destruído. A empresa confirma. 'Isso é feito regularmente em >todas as companhias do mundo e aqui não deveria ser diferente', informou a >Assessoria de Imprensa da Universal.
>
>'Com a chegada da música on >line, esperava-se que o preço do CD caísse, o que nunca aconteceu. A pessoa >que gastava todo seu dinheiro em CDs migrou para a internet, que é muito >melhor. Mas eu acho que o formato físico, CD e DVD, vai sobreviver para >coisas especiais, caixas e edições especiais', disse ao Estado o guitarrista >Joe Perry, do Aerosmith, a primeira grande banda a dispor música na rede,
em >1994.
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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Primeiro o X da questão: Pirataria não é furto, pois não priva ninguém de seu bem.
Quando eu furto algo, estou tomando algo que pertence a alguém. No caso da pirataria, estou apenas COPIANDO e ninguém está sendo privado de nenhum bem... comparar com roubo pior ainda, pois o roubo supões violência ou ameaça.
Ou seja, mesmo que seja errado, é completamente diferente de roubo e furto, é um delito muito menor.

Depois, as patentes obrigam a re-invenção de rodas.
Você vai ter 10 laboratórios testando drogas para o mesmo fim, em um número muito maior de animais. Testando e descobrindo drogas que fazem a mesma coisa.
Elas poderiam desenvolver isso de forma MUITO mais rápida e MUITO mais barata se desenvolverem em modo "cooperativo", como é no mundo do software livre, podendo inclusive contar com o trabalho voluntário. Isso também reduz o número da animais usados em testes.
São três grandes vantagens.

Artistas como musicos, podem ganhar seu dinheiro vendendo CDs a preços mais acessíveis, mesmo porque não é apenas a musica que importa, mas também toda a mídia física, como o encarte, por exemplo... Eu mesmo com internet, quando gosto de uma banda, compro o CD original (se não for absurdamente caro, como alguns que cobram 60 reais). Sem contar que eles tem que fazer shows. Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar.
Da forma como é feita hoje é absurdo, um cara compõe uma unica musica estupida e até seu BISNETO fica RICO usufruindo dos "diretos" dessa musica. (em alguns casos, o "direito autoral" só acaba após 80 anos após a morte do autor... isso é ridículo, se o autor já morreu, ninguém mais tem direito "autoral", pois o "autor já está morto.)
Jogos podem cobrar pelo mesmo, bem como para jogar on-line.

Existem MUITAS e MUITAS vantagens na abolição de patentes e direitos autorais, o que inclui as dificuldades financeiras desses mercados, que ainda permitiriam um bom mercado e forçariam a uma melhor distribuição dessa renda.
Algumas regulamentações certamente seriam necessárias, em alguns mercados algumas barreiras, mas não essas patentes e direitos autorais como funcionam hoje. Em alguns casos seria necessário um meio-termo, em outros, liberdade completa.

Patentes são um empecilho ao avanço tecnológico, a liberdade intelectual, desperdiçam recursos humanos, financeiros e no caso dos medicamentos, aumentam a necessidades de testes em animais.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

NadaSei escreveu:Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar.
Da forma como é feita hoje é absurdo, um cara compõe uma unica musica estupida e até seu BISNETO fica RICO usufruindo dos "diretos" dessa musica. (em alguns casos, o "direito autoral" só acaba após 80 anos após a morte do autor... isso é ridículo, se o autor já morreu, ninguém mais tem direito "autoral", pois o "autor já está morto.)


Eu tenho mixed feelings sobre isso. Pra mim, no caso de música, o ruim não é tanto o fato do autor da canção deter o direito autoral sobre a mesma, mas sim o fato de que normalmente no mercado musical é a GRAVADORA quem detém os copyrights do conteúdo dos discos.

Courtney Love apontou bem essa situação quando escreveu sobre pirataria pra um evento chamado Digital Hollywood no começo dessa década. Ela iniciava o texto dizendo "pirataria é o ato de roubar o trabalho de um artista sem nenhuma inteção de pagar por ele. Não estou falando de softwares do tipo do Napster. Estou falando dos contratos das grandes gravadoras". No ensaio, ela discorria sobre como as condições de trabalho que as gravadoras colocavam pra seus contratados eram massacrantes e como a matemática utilizada pelos executivos faziam com que a única renda real auferida pelos cantores e bandas fosse a de suas apresentações, já que em relação ao comércio dos discos, a gravadora absorvia tudo. É um texto longo...

E uma das coisas interessantes que ela apontava também era de que, quando você abria um livro, lia lá que o copyright daquela obra era retido pelo AUTOR da história, ou seja, a editora firmava um contrato com o escritor pelo qual ele deveria AUTORIZAR a impressão de cada edição de SUA obra, a ser distribuída e comercializada pela editora. Muito justo, já que o esforço criativo pra que HOUVESSE um produto a ser distribuído é exclusivo do autor. Mas no caso do mercado de música, interessantemente, quando você pega um cd, você vê lá que o copyright pertence à GRAVADORA, e não ao compositor. Eu pensei sobre isso e vi que realmente há diferenças grandes entre o mercado literário e o fonográfico, principalmente a questão de que a editora não precisa fornecer ao escritor absolutamente nada pra que a obra se materialize se ele não requisitar, basicamente o que ele precisa é de seu computador e sua mente. Já no caso de música, é necessário pagar músicos que não necessariamente pertencem à banda, pagar um produtor, pagar o tempo de estúdio utilizado pelo artista, os técnicos, os equipamentos, etc, dinheiro que é bancado pela gravadora. AINDA ASSIM o paradoxo que Courtney coloca permanece, mesmo isso tudo não deveria justificar que a gravadora detivesse o COPYRIGHT do fonograma produzido. Isso faz com que a gravadora possa manipular o fonograma a seu bel-prazer e pro uso que bem entender, sem ingerência necessária do autor da composição.

Se o direito autoral no caso pertencesse àquele que colocou seu esforço criativo na criação da obra artística, eu tenderia a desgostar menos da proteção legal a que essas obras fazem jus.

Já o domínio público, no qual caem as obras intelectuais depois de certo tempo de produzidas, foi alvo de ataques há alguns anos por parte da Disney, que lutou pra fazer passar no congresso americano um Act estendendo mais ainda o prazo pra que uma obra caísse no domínio público, já que os copyrights de Mickey, Donald e outros personagens dela estavam prestes a vencer. Não lembro de mais detalhes sobre isso, mas se eu não me engano o prazo original de cinquenta anos foi aumentado pra setenta ou setenta e cinco anos. Uma das filhas-da-putice da Disney que aparecem aí é o fato de que várias obras dessa marca foram feitas utilizando personagens de outros autores que NÃO FAZIA MUITO TEMPO HAVIAM CAÍDO NO DOMÍNIO PÚBLICO QUANDO DA PRODUÇÃO DAS OBRAS DA DISNEY, O QUE POSSIBILITOU A ESSA CORPORAÇÃO A CONCEPÇÃO DE VÁRIOS DE SEUS PRODUTOS MAIS FAMOSOS. Esse act contou com a ajuda inestimável de Sonny Bono (ex-marido da Cher e congressista), pelo que se tornou conhecido como Sonny Bono Copyright Act.
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o anátema
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Mensagem por o anátema »

NadaSei escreveu:Primeiro o X da questão: Pirataria não é furto, pois não priva ninguém de seu bem.

Só se você sustenta que os autores não tem porcaria de direito autoral nenhum. Se você não depende de produzir nenhum trabalho autoral para se sustentar, pode até parecer uma boa perspectiva, mas se produzisse ou se colocasse no lugar de quem produz a sua opinião certamente seria outra.


Quando eu furto algo, estou tomando algo que pertence a alguém. No caso da pirataria, estou apenas COPIANDO e ninguém está sendo privado de nenhum bem... comparar com roubo pior ainda, pois o roubo supões violência ou ameaça.

Novamente você negligencia o que o autor está perdendo com a pirataria com o argumento de que não há subtração de bem físico. Ora, isso é comparável com dizer que se alguém hackear sua conta de banco, sem violência ou ameaça, não estaria tirando fisicamente o dinheiro, as cédulas físicas de sua posse, então não é roubo e não está te prejudicando.


Depois, as patentes obrigam a re-invenção de rodas.
Você vai ter 10 laboratórios testando drogas para o mesmo fim, em um número muito maior de animais. Testando e descobrindo drogas que fazem a mesma coisa.
Elas poderiam desenvolver isso de forma MUITO mais rápida e MUITO mais barata se desenvolverem em modo "cooperativo", como é no mundo do software livre, podendo inclusive contar com o trabalho voluntário. Isso também reduz o número da animais usados em testes.

Existe a possibilidade de ciência "open source". Mas ninguém é obrigado nem a ser cientista "open source" nem um tipo de autor hippie que não está nem aí para os direitos autorais.

Se você por outro lado, for produzir algum trabalho científico ou autoral de qualquer tipo, tem pleno direito de publicá-lo de forma que libere os direitos autorais como bem entender.


Artistas como musicos, podem ganhar seu dinheiro vendendo CDs a preços mais acessíveis, mesmo porque não é apenas a musica que importa, mas também toda a mídia física, como o encarte, por exemplo... Eu mesmo com internet, quando gosto de uma banda, compro o CD original (se não for absurdamente caro, como alguns que cobram 60 reais). Sem contar que eles tem que fazer shows.

Mas os preços tendem a subir como reflexo da pirataria, que supre a demanda com concorrência desleal, sendo capaz de vender muito abaixo do preço de custo, porque o custo deles é virtualmente apenas a cópia física. Não gastos com imposto, com produção do produto que vendem ilegalmente, com pagamento de direitos autorais, nada.

E como seria o show de um autor de livros, por exemplo?

Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar.

Pois é... não só copiar o que os outros tiveram o trabalho de fazer e vender a preço deslealmente baixo.



Da forma como é feita hoje é absurdo, um cara compõe uma unica musica estupida e até seu BISNETO fica RICO usufruindo dos "diretos" dessa musica. (em alguns casos, o "direito autoral" só acaba após 80 anos após a morte do autor... isso é ridículo, se o autor já morreu, ninguém mais tem direito "autoral", pois o "autor já está morto.)

O autor tem o direito póstumo de que seus parentes tenham uma herança de sua obra.

Você tem ou planeja ter filhos, netos? Não acha justo que eles tivessem alguma herança quando você morresse? Ou quando as pessoas morressem, os seus bens e riquezas deveriam entrar imediatamente em domínio público?


Existem MUITAS e MUITAS vantagens na abolição de patentes e direitos autorais, o que inclui as dificuldades financeiras desses mercados, que ainda permitiriam um bom mercado e forçariam a uma melhor distribuição dessa renda.

Abolição é ridículo. É comun*smo. Por que os comun*stas tem sempre essa vontade de impor o que acham ser o ideal em vez de apenas viverem da moda que pregam ser o melhor eles mesmos? Como eu disse, você pode muito bem licenciar suas obras em creative commons ou qualquer coisa do tipo, e ganhar menos pelo bem comum, e convencer mais pessoas a fazerem isso, como no fim das contas é melhor para todos e etc e tal. Escreva cartas para seus artistas favoritos e para a microsoft.

Agora, querer abolir autoritariamente o direito das pessoas sobre suas obras é ridículo, "conveniente" apenas do ponto de vista de alguém que já não vive mesmo de nada relacionado a direitos autorais de algo que tenha produzido.


Algumas regulamentações certamente seriam necessárias, em alguns mercados algumas barreiras, mas não essas patentes e direitos autorais como funcionam hoje. Em alguns casos seria necessário um meio-termo, em outros, liberdade completa.

Como venho dizendo, ninguém é obrigado a patentear nada se não quiser, pode publicar de forma livre.


Patentes são um empecilho ao avanço tecnológico, a liberdade intelectual, desperdiçam recursos humanos, financeiros e no caso dos medicamentos, aumentam a necessidades de testes em animais.

Eu acho que pesquisa médica livre tem por exemplo o lado ruim de, como eu já disse, beneficiar financeiramente praticamente apenas outras pessoas que apenas se aproveitaram da idéia pronta, e os autores, que trabalharam para desenvolver, ficam a ver navios.

Por exemplo, desenvolvem um remédio ou produto cosmético "open source" aqui, lá nos EUA uns endinheirados abrem uma linha de produção, enriquecem a beça e os inventores, que provavelmente gastaram do própio bolso ou dinheiro público para chegar onde chegaram, não vêem um tostão furado. Acha justo?

Vantagens de patentes: estimulo a criatividade, em tentar chegar a diferentes soluções para os mesmos problemas - o que pode trazer produtos inesperados e conhecimento adicional que não seria obtido de outra forma - em vez de comodismo em simplesmente se usar aquilo que outros já tiveram o trabalho de descobrir. Sem falar na possibilidade maior de ganhos financeiros mais justos.

Em casos especiais, talvez possa se examinar a legitimidade duma quebra de patente. Mas não sem algum tipo de indenização.

E repetindo, quem acha bom isso de ser hippie-punk e renegar os direitos autorais, cuspir no sistema, etc, tem todo o direito de fazê-lo e promover a causa. Podem fazer isso livremente. Código livre, livremente. Até soa bonito como slogan para a causa.

Não é necessário autoritariamente tirar os direitos dos que não concordam com isso, e tomar o trabalho que fizeram. Basta produzir trabalho próprio - já há uma considerável dose de conhecimento "open source" por onde começar, não é como se não soubessem como fazer o fogo - e mostrar resultados, dar o exemplo.
Sem tempo nem paciência para isso.

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


O dia em que fazer musica, software ou remedio open source for economicamente mais viavel, o mercado da propriedade intelectual sera necessariamente extinto.

Isso pode ocorrer principalmente de duas maneiras: ou a violacao dos direitos autorais se torna tao grande a ponto de tornar os custos da producao intelectual impagaveis, ou a producao intelectual "livre" (para usar do jargao dos seus defensores) se torna tao abrangente e produtiva, devido as suas alegadas vantagens cooperativas e de acessibilidade, que o mercado para os proprietarios acaba desaparecendo.


O primeiro afeta diretamente a demanda: ele a supre com uma mercadoria ilegal e cria um desestimulo economico para que a producao siga, levando no fim das contas a sua extincao. Ou seja, as pessoas continuariam querendo novos softwares proprietarios, mas as empresas de software proprietarios nao poderiam aproveitar essa demanda pois os piratas tornam o comercio inviavel. Os dois lados saem perdendo, pois nao se realizam mais as trocas. Representa um retrocesso nas relacoes economicas.

O segundo fator age na oferta: ele enche o mercado de produtos de baixo custo de producao e distribuicao, que suprem as demandas e dao retorno melhor que os concorrentes. Os proprietarios intelectuais sao extintos nao porque nao acessam mais os consumidores, mas porque esses optam livremente por seus concorrentes open-source. O mercado se altera, mas por livre opcao dos consumidores, e sem baixas na producao. Os consumidores continuam a ser supridos por novas solucoes, mas que agora obedecem a um novo paradigma de producao.

Nao estou dizendo que isso necessariamente ira ocorrer, ou seja, que o mercado da propriedade intelectual va mesmo desaparecer, mas esses fatores sao os mais importantes caso ele venha mesmo a sumir. E a acao de cada um deles e totalmente diferente.

E e verdade que o processo pode seguir numa mistura entre os dois fatores: a pirataria tirando vantagens comparativas da propriedade intelectual e a open-source crescendo e tomando seu mercado, simultaneamente. Isso nao muda o fato de que o primeiro fator e danoso, e que deve ser combatido, ja que mesmo que no final o open-source triunfe, sera sobre um mercado proprietario mambembe, de modo que sua vantagem comparativa sera mais alta do que a de um modo de producao avariado, e a perda geral sera mantida.


"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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zencem
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Mensagem por zencem »

Fernando Silva escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:E mesmo que o mercado nao pare por completo por conta da pirataria, e inegavel que seu efeito negativo reduz o desenvolvimento ao afetar a demanda por meio de saque a oferta.

Por fim, basta pensar que num mundo de piratas, nao haveria a quem saquear.

Talvez não seja por acaso que o maior vendedor de CDs em 2006 foi o padre Marcelo, com umas 800 mil cópias. E o segundo lugar foi um músico de quem eu nunca ouvi falar, com umas 200 mil. Os grandes nomes estão todos daí para baixo. E estão todos nas bancas dos camelôs.

Antigamente, 800 mil cópias não era grande coisa. Hoje, é o que se pode conseguir.

A menos que surja um outro modelo de negócios, é possível que no futuro só haja nas lojas CDs do padre Marcelo, do "Explosão do Louvor Gospel" e do "Gerados para Adorar".

Fernandinho! :emoticon12:
Tais por dentro dos destaques do mundo Gospel, hein? :emoticon12:
Já ouvi, numa entrevista de Christian & Half, que existe tecnologia para evitar a pirataria de CDS, por exemplo, mas as gravadoras não se interessam em utilizá-la.
Motivo?
Impede a sonegação, controla os ganhos do autor e as despezas com royaltes.
E estes são roubos graves, porque são feitos por atacado.
Por sua vêz o governo... chiiíh!!! Este em termos de honestidade está mais cagado do que pau de galinheiro.
Os laboratórios, por outro lado, estão cheios de coletores na nossa flora, buscando elementos pra suas patentes.
Isso não é roubo?
No meu entender, querer que o consumidor seja o anjinho dessa estória é uma tremenda injustiça, num mundo em que a honestidade não é uma virtude que se possa obter em nossa cultura.
...inclua-se nisso, também, o pobre camelô, que apenas sobrevive na ilicitude desta atividade, e que é uma classe mais perseguida nas ruas do que os distribuidores de drogas nas Cracolândias da vida.
Chamar isso de pirataria, então, chega a ser uma desonestidade pior.
Pô, os caras que procurem na tecnologia, modos de proteger :emoticon147: ..."suas criações".
O povo não tem obrigação de ser guardião de propriedade intelectual.

Editado pela última vez por zencem em 07 Abr 2007, 09:06, em um total de 1 vez.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Samael
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Re.: Pirataria é roubo?

Mensagem por Samael »

Se o preço fosse "justo" (eu ODEIO essa definição mercadológica de justiça, beira a estupidez) ou facilmente acessível não haveria ninguém por aí pirateando nada. Todos prefeririam a comodidade dos encartes e a quealidade superior do som.

Não é o caso. É um mercado que se sustenta pela e para as camadas mais abastadas. E enriquece meia dúzia de gravadoras. Na cenas independentes então, chega a ser ridículo, um número ínfimo de gravadoras dominam o mercado e impõem suas condições. Nisso, mesmo os músicos dessas áreas preferem os métodos de divulgação do "open source".

Jogos de poder, simplesmente. A tecnologia e o oportunismo acabou favorecendo alguns e ferrando outros, o que é bem comum ao longo da História.

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Nao existe isso de "preco justo" Samael. E exatamente o oposto do que eu disse.

O mercado nao da qualquer definicao para "preco justo", e por mais que as coisas possam ter custos mais ou menos definidos em termos de recursos, seu preco e apenas uma funcao da diferenca entre a quantidade de gente querendo comprar e a quantidade de gente disposta a vender.

Uma coisa pode ter um custo altissimo e nao ter ninguem que a queira comprar, o que faria seu preco descer a zero. Qualquer um que construa um hotel de luxo no complexo do Alemao entendera bem essa concepcao.

Da mesma maneira, uma coisa pode ter custado muito pouco, mas devido a imensa demanda e baixa oferta dessa coisa, seu preco estar alto.

O preco serve como ajuste entre oferta e demanda, limitando a capacidade de compra e de venda para a quantidade real disponivel no mercado, de modo a maximizar a utilidade entre vendedores e compradores.

Uma economia livre marcha bem, pois a tarefa de estabelecer os precos e desempenhada pelos envolvidos no processo diretamente, ou seja, os vendedores e compradores. Nao e um calculo qualquer feito por uma agencia central com dados imprecisos e incumbida de calcular todos os precos da economia dia e noite. E feito de forma descentralizada por cada individuo, que conhece precisamente seus custos, seu estoque, seu portfolio, os precos dos concorrentes e ainda pode estimar com maior precisao as nuances do seu mercado e os efeitos que coisas externas podem exercer sobre ele.

Admitir que gente alheia a esse contexto possa ter uma ideia melhor do que e o tal preco justo do que quem trabalha e ganha seu pao diretamente com esse comercio e absurdo. A acao dessas pessoas ignorantes e pretenciosas so causaria distorcoes, afetando a demanda e a oferta e diminuindo a utilidade dos consumidores e produtores, na forma de escassez ou de superproducao que poderiam ser evitaveis numa economia livre. Mas as pessoas continuam acreditando que os politicos devem ter o poder de dizer o que e justo e o que nao e justo em acordos que nao os envolvem...
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King In Crimson
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Mensagem por King In Crimson »

NadaSei escreveu:Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar.
De volta à Idade Média?

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

zencem escreveu:
Pô, os caras que procurem na tecnologia, modos de proteger :emoticon147: ..."suas criações".
O povo não tem obrigação de ser guardião de propriedade intelectual.

Se eu bem entendi: a culpa não é de quem rouba, é de quem não usou uma fechadura à prova de arrombamento.
Se eu deixo o carro aberto com a chave na ignição, a culpa é minha se roubarem, não do ladrão.

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o anátema
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Mensagem por o anátema »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Admitir que gente alheia a esse contexto possa ter uma ideia melhor do que e o tal preco justo do que quem trabalha e ganha seu pao diretamente com esse comercio e absurdo. A acao dessas pessoas ignorantes e pretenciosas so causaria distorcoes, afetando a demanda e a oferta e diminuindo a utilidade dos consumidores e produtores, na forma de escassez ou de superproducao que poderiam ser evitaveis numa economia livre. Mas as pessoas continuam acreditando que os politicos devem ter o poder de dizer o que e justo e o que nao e justo em acordos que nao os envolvem...


E quanto a dumping? Seria uma prática perfeitamente aceitável, desde que fosse viável para quem praticasse, não importando o efeito sobre a concorrência?
Sem tempo nem paciência para isso.

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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


A livre concorrencia so existe se os precos praticados forem tambem livres.

A ideia de que leis anti-dumping protegem a livre concorrencia limitando a liberdade dos concorrentes de estabelecerem niveis de precos altamente competitivos e absurda.

E importante lembrar que livre concorrencia tambem nao quer dizer que pequenos empresarios podem entrar em qualquer atividade com qualquer capital. O governo nao deve protege-los da acao predatoria das grandes empresas em termos de guerra de precos, pois a ideia da livre concorrencia e exatamente permitir que mais gente entre numa atividade e faca a oferta crescer e o preco abaixar. E existem atividades onde a escala e importante, e ninguem obtem lucro com pouco capital. Tente criar uma siderurgica de fundo de quintal, por exemplo.

E voce, como consumidor, prefere o leite a 1 real no Wal Mart ou a 1 real e 50 centavos na padaria do Ze?

O mito comum e facil de engolir e que a gigante predatoria entra no mercado, derruba precos, destroi a concorrencia e se torna monopolista, praticando entao precos exorbitantes.

Mas tal teoria e completamente inconsistente numa economia desobstruida. Afinal, para o grande capital, o que importa nao e exatamente de onde vem os lucros, mas a margem operacional e a confianca no mercado em termos de sustentar o expandir essa margem. De modo que se uma empresa grande conseguir vantagens comparativas ao destruir as pequenas, para entao poder ganhar na margem e na confianca, esse ramo de mercado passa a ser atraente para os demais grandes capitais investirem, e concorrerem com ela, de modo que seria melhor estrategia aguardar alguem praticar dumping e entrar em cena, arcando com custos menores por nao ter precisado operar no negativo durante a fase dumping.

Portanto, nao ha porque esperar numa economia desobstruida que algum tubarao domine absolutamente o mercado usando de praticas do proprio mercado, a menos que esse ofereca vantagens tao grandes e evolua tao rapido que nenhum concorrente consiga acompanha-lo, e nesse caso, ninguem vai poder dizer que o consumidor esta perdendo com o dominio daquela empresa.
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RicardoVitor
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Mensagem por RicardoVitor »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
A livre concorrencia so existe se os precos praticados forem tambem livres.

A ideia de que leis anti-dumping protegem a livre concorrencia limitando a liberdade dos concorrentes de estabelecerem niveis de precos altamente competitivos e absurda.

E importante lembrar que livre concorrencia tambem nao quer dizer que pequenos empresarios podem entrar em qualquer atividade com qualquer capital. O governo nao deve protege-los da acao predatoria das grandes empresas em termos de guerra de precos, pois a ideia da livre concorrencia e exatamente permitir que mais gente entre numa atividade e faca a oferta crescer e o preco abaixar. E existem atividades onde a escala e importante, e ninguem obtem lucro com pouco capital. Tente criar uma siderurgica de fundo de quintal, por exemplo.

E voce, como consumidor, prefere o leite a 1 real no Wal Mart ou a 1 real e 50 centavos na padaria do Ze?

O mito comum e facil de engolir e que a gigante predatoria entra no mercado, derruba precos, destroi a concorrencia e se torna monopolista, praticando entao precos exorbitantes.

Mas tal teoria e completamente inconsistente numa economia desobstruida. Afinal, para o grande capital, o que importa nao e exatamente de onde vem os lucros, mas a margem operacional e a confianca no mercado em termos de sustentar o expandir essa margem. De modo que se uma empresa grande conseguir vantagens comparativas ao destruir as pequenas, para entao poder ganhar na margem e na confianca, esse ramo de mercado passa a ser atraente para os demais grandes capitais investirem, e concorrerem com ela, de modo que seria melhor estrategia aguardar alguem praticar dumping e entrar em cena, arcando com custos menores por nao ter precisado operar no negativo durante a fase dumping.

Portanto, nao ha porque esperar numa economia desobstruida que algum tubarao domine absolutamente o mercado usando de praticas do proprio mercado, a menos que esse ofereca vantagens tao grandes e evolua tao rapido que nenhum concorrente consiga acompanha-lo, e nesse caso, ninguem vai poder dizer que o consumidor esta perdendo com o dominio daquela empresa.


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