NadaSei escreveu:Primeiro o X da questão: Pirataria não é furto, pois não priva ninguém de seu bem.
Só se você sustenta que os autores não tem porcaria de direito autoral nenhum. Se você não depende de produzir nenhum trabalho autoral para se sustentar, pode até parecer uma boa perspectiva, mas se produzisse ou se colocasse no lugar de quem produz a sua opinião certamente seria outra.
Quando eu furto algo, estou tomando algo que pertence a alguém. No caso da pirataria, estou apenas COPIANDO e ninguém está sendo privado de nenhum bem... comparar com roubo pior ainda, pois o roubo supões violência ou ameaça.
Novamente você negligencia o que o autor está perdendo com a pirataria com o argumento de que não há subtração de bem físico. Ora, isso é comparável com dizer que se alguém hackear sua conta de banco, sem violência ou ameaça, não estaria tirando fisicamente o dinheiro, as cédulas físicas de sua posse, então não é roubo e não está te prejudicando.
Depois, as patentes obrigam a re-invenção de rodas.
Você vai ter 10 laboratórios testando drogas para o mesmo fim, em um número muito maior de animais. Testando e descobrindo drogas que fazem a mesma coisa.
Elas poderiam desenvolver isso de forma MUITO mais rápida e MUITO mais barata se desenvolverem em modo "cooperativo", como é no mundo do software livre, podendo inclusive contar com o trabalho voluntário. Isso também reduz o número da animais usados em testes.
Existe a possibilidade de
ciência "open source". Mas ninguém é obrigado nem a ser cientista "open source" nem um tipo de autor hippie que não está nem aí para os direitos autorais.
Se
você por outro lado, for produzir algum trabalho científico ou autoral de qualquer tipo, tem pleno direito de publicá-lo de forma que libere os direitos autorais como bem entender.
Artistas como musicos, podem ganhar seu dinheiro vendendo CDs a preços mais acessíveis, mesmo porque não é apenas a musica que importa, mas também toda a mídia física, como o encarte, por exemplo... Eu mesmo com internet, quando gosto de uma banda, compro o CD original (se não for absurdamente caro, como alguns que cobram 60 reais). Sem contar que eles tem que fazer shows.
Mas os preços tendem a subir como reflexo da pirataria, que supre a demanda com concorrência desleal, sendo capaz de vender muito abaixo do preço de custo, porque o custo deles é virtualmente apenas a cópia física. Não gastos com imposto, com produção do produto que vendem ilegalmente, com pagamento de direitos autorais, nada.
E como seria o show de um autor de livros, por exemplo?
Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar.
Pois é... não só copiar o que os outros tiveram o trabalho de fazer e vender a preço deslealmente baixo.
Da forma como é feita hoje é absurdo, um cara compõe uma unica musica estupida e até seu BISNETO fica RICO usufruindo dos "diretos" dessa musica. (em alguns casos, o "direito autoral" só acaba após 80 anos após a morte do autor... isso é ridículo, se o autor já morreu, ninguém mais tem direito "autoral", pois o "autor já está morto.)
O autor tem o direito póstumo de que seus parentes tenham uma herança de sua obra.
Você tem ou planeja ter filhos, netos? Não acha justo que eles tivessem alguma herança quando você morresse? Ou quando as pessoas morressem, os seus bens e riquezas deveriam entrar imediatamente em domínio público?
Existem MUITAS e MUITAS vantagens na abolição de patentes e direitos autorais, o que inclui as dificuldades financeiras desses mercados, que ainda permitiriam um bom mercado e forçariam a uma melhor distribuição dessa renda.
Abolição é ridículo.
É comun*smo. Por que os comun*stas tem sempre essa vontade de impor o que acham ser o ideal em vez de apenas viverem da moda que pregam ser o melhor eles mesmos? Como eu disse, você pode muito bem licenciar suas obras em
creative commons ou qualquer coisa do tipo, e ganhar menos pelo bem comum, e convencer mais pessoas a fazerem isso, como no fim das contas é melhor para todos e etc e tal. Escreva cartas para seus artistas favoritos e para a microsoft.
Agora, querer abolir autoritariamente o direito das pessoas sobre suas obras é ridículo, "conveniente" apenas do ponto de vista de alguém que já não vive mesmo de nada relacionado a direitos autorais de algo que tenha produzido.
Algumas regulamentações certamente seriam necessárias, em alguns mercados algumas barreiras, mas não essas patentes e direitos autorais como funcionam hoje. Em alguns casos seria necessário um meio-termo, em outros, liberdade completa.
Como venho dizendo, ninguém é obrigado a patentear nada se não quiser, pode publicar de forma livre.
Patentes são um empecilho ao avanço tecnológico, a liberdade intelectual, desperdiçam recursos humanos, financeiros e no caso dos medicamentos, aumentam a necessidades de testes em animais.
Eu acho que pesquisa médica livre tem por exemplo o lado ruim de, como eu já disse, beneficiar financeiramente praticamente apenas outras pessoas que apenas se aproveitaram da idéia pronta, e os autores, que trabalharam para desenvolver, ficam a ver navios.
Por exemplo, desenvolvem um remédio ou produto cosmético "open source" aqui, lá nos EUA uns endinheirados abrem uma linha de produção, enriquecem a beça e os inventores, que provavelmente gastaram do própio bolso ou dinheiro público para chegar onde chegaram, não vêem um tostão furado. Acha justo?
Vantagens de patentes: estimulo a criatividade, em tentar chegar a diferentes soluções para os mesmos problemas - o que pode trazer produtos inesperados e conhecimento adicional que não seria obtido de outra forma - em vez de comodismo em simplesmente se usar aquilo que outros já tiveram o trabalho de descobrir. Sem falar na possibilidade maior de ganhos financeiros mais justos.
Em casos especiais, talvez possa se examinar a legitimidade duma quebra de patente. Mas não sem algum tipo de indenização.
E repetindo, quem acha bom isso de ser hippie-punk e renegar os direitos autorais, cuspir no sistema, etc, tem todo o direito de fazê-lo e promover a causa. Podem fazer isso livremente. Código livre, livremente. Até soa bonito como slogan para a causa.
Não é necessário autoritariamente tirar os direitos dos que não concordam com isso, e tomar o trabalho que fizeram. Basta produzir trabalho próprio - já há uma considerável dose de conhecimento "open source" por onde começar, não é como se não soubessem como fazer o fogo - e mostrar resultados, dar o exemplo.