Samael escreveu:Quotes demais pro meu gosto.
E o seu, quotes de menos pro meu... hehehe
Samael escreveu:Atualmente, se separa um campo filosófico de um campo religioso. Anteriormente, os objetos dessas duas áreas eram mesclados, até porque não se podia separar a idéia de pensar da idéia de se celebrar o divino. Eu arriscaria dizer que a filosofia nasce da religião.
É justamente isso que não concordo.
Entendo que, em muitos casos filosofia e religião se misturavam, mas a religião normalmente tem um "foco" diferente.
A filosofia descreve e explica as coisas no geral, a religião no geral, tem um objetivo mais focado no ensinamentos e em ensinar o homem a atingir a iluminação, religare ou como quiser chamar.
Na religião quando falam sobre outras coisas ou quando explicam outras coisas, o foco costuma ser esse e qualquer coisa que ajude nisso. Claro que alguns textos vão fugir a essa regra, inclusive alguns textos que ja seriam mais tipicos da filosofia mesmo.
A filosofia já é um pouco diferente, trata mais de conhecimento no geral, não um que esteja focado nesse objetivo especifico e apoiado nesses ensinamentos.
Uma ter nascido da outra? talvez...
Samael escreveu:E, cara, eu conheço um pouco de Religião, segundo o que eu estudei obrigatoriamente na faculdade.
Seria historia da religião?
Samael escreveu: Não tenho muito interesse no assunto nem nunca tive. Eu não te pedi pra comprar a idéia de filosofia alguma, eu apenas exponho, com coerência, o que eu creio e concorda e discorda quem quiser.
Você não me entendeu...
Você perguntou porque deveria acreditar no que estou dizendo... E eu retruquei com outra pergunta.
Porque eu deveria acreditar em qualquer coisa que você diz, sobre filosofia existencialista? (isso é hipotético)
O que eu quis dizer com isso, é que ninguém deve acreditar em nada, quem tem interesse no assunto, dá uma pesquisada e vai ver que o assunto autoconhecimento e mente, são centrais na maioria das religiões.
Não tem que acreditar no que estou dizendo.
Samael escreveu: O que eu não aceitei até agora, e continuo não aceitando, é essa sua idéia de que as religiões possuam um ponto fulcral em comum, esse posnto fulcral seja o "auto-conhecimento" e, mais importante, a visão da religião enquanto discurso cognitivo científico. As religiões possuem como único ponto em comum, o lidar com o transcedental (ainda à exceção da filosofia de Sidartha, que é agnóstica).
A visão do Buda também lida com o transcendental. (mesmo sem falar sobre um Deus)
Veja, se você, como já declarou, não tem interesse pelo assunto... não deveria ter essa "recusa" em aceitar isso, deveria encarar isso como uma "possibilidade" de um assunto que não conhece a fundo.
Samael escreveu: Daí, são só visões de mundo diferentes: algumas pregando rupturas, outras pregando continuidades, algumas celebrando a morte, outras desprezando a morte, algumas atacando a idéia de violência com o próximo, outras celebrando a "coragem moral" oriunda dessa mesma violência.
E, todas elas, obviamente, explicáveis a partir de conceitos bastante materiais e práticos, creio eu.
Na verdade eles usam palavras diferentes, para ensinar a mesma coisa.
Claro que, como são autores diferentes, falando sobre os mesmo s temas, em alguns casos um aborda mais um tema e o outro pouco fala nisso.
Por exemplo, Cristo pouco fala sobre o inferno, Buda da uma descrição mais detalhada dele.
O que gira em torno do nucleo da religião, que são os textos direcionados aos ensinamentos praticos, ensinam basicamente as mesmas coisas.
Dai pra frente, muitas diferenças aparecem, tem também as diferenças nos autores dos textos, alguns são escritos ou ditados diretamente pelos "Budas" (pelas pessoas iluminadas) enquanto outros são escritos por seus discípulos após a morte dos mesmos, ou mesmo textos que foram escritos por autores comuns que estudam o assunto, mas que não atingiram a iluminação e falam inclusive sobre coisas um tanto desconexas da religião em si.
As mitologias também são tipos diferentes de texto.
O núcleo é o mesmo, basicamente as praticas, em alguns casos no máximo variações de um mesmo tema e, levam a exatamente o mesmo objetivo... veja, por exemplo, os jejuns, votos de silencio, celibato, reclusão, vestes, tecnicas de meditação, etc...
Um olhar superficial nessas coisas, já vai te permitir ver as semelhanças, mesmo sem estudar o assunto.