Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Vocês querem achar uma brecha fisiológica para uma milionésima chance de prazer, (...)
A única coisa que eu estou tratando é de uma mera questão fisiológica que possa ocorrer.
Sinceramente, eu acho que as chances de um estupro proporcionar alguma reação de prazer é perto do zero. O que vocês consideram uma reação fisiológica de prazer, não é prazer, é apenas fisiológica. Ou seja, penetração pode provocar algum tipo de lubrificação? Pode. Não é prazer. É reação das glândulas e da mucosa. Depois de um tempo, se houver dor e constrangimento físico e moral, essas coisas cessam. Pode-se ter entumescimento do seio? Pode. Por muitos motivos, inclusive uma ligação que existe entre o períneo e o bico dos seios. Quem amamenta sabe disto. Existe uma ligação, mas não é prazer sexual. Com violência, muito menos.
Então, como você disse, a penetração pode provovar certa lubrificação e que existe certa ligação entre o períneo e o bico dos seios; tudo isso pode ocasionar alguma forma de prazer, mesmo a mulher não querendo, simplismente sendo uma reação fisiológica, diferente do prazer num coito consentido.
Mas eu nunca disse que num estupro isto pode ocorrer. Eu falei que estas ligações existem, mas não é provável que ocorram durante uma violência e nem que sejam sensações de prazer.
Mas ainda há uma mínima chance de ocorrer. Só pra lembrar que o corpo humano ainda tem algumas incógnitas.
Já vi um caso, no Fantástico, em que uma mulher em momento de desespero ao ver o filho preso debaixo de um portão, conseguiu levantar o portão e retirar o filho. Este portão pesava, se não me engano, uns 80Kg; coisa que ela numa situação normal jamais o levataria. Foram preciso alguns homens para levantá-lo. Aí entrou uma explicação científica que não me lembro sobre uma questão emocional, adrenalina, etc. Sei que isso não tem nada a ver com o assunto do tópico, mas estou apenas relatando que o corpo humano tem alguns mistérios a serem resolvidos.
Estes casos de superação física e emocional aparecem aos milhares na história da humanidade, principalmente em épocas de privações como nas guerras e catástrofes naturais ou não. Pessoas torturadas também passam por isto. Mas isto aqui é outra coisa, é uma superação extrema pela sobrevivência sua ou de alguém que leva você a atos normalmente impensados e irrealizáveis, uso de criatividade, auto-proteção e outras coisas. Veja bem, a mulher que está sendo violentada, ou homem ( por que não ) ou criança, precisa arranjar forças ou para suportar a humilhação e a dor moral e física, ou para fugir! É tudo o que o corpo e a mente pedem! O que estão querendo dizer aqui no tópico, juntando com a sua observação é que a pessoa violentada ( o corpo ou a mente dela) , vai ainda arranjar "forças" para sentir alguma sensação de prazer? Isto é um absurdo, percebe? Ela quer é fugir, ou agredir, ou matar.
Vou fazer uma comparação, talvez vocês entendam. Se a coisa é genital e fisiológica, vamos imaginar uma tortura com um homem ( com uma libido forte, um macho viril, pegador e hisperpotente): gostaria de saber se é possível este homem gozar com um chute no saco. E daí?
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Jack Torrance escreveu:[Sei também que a mulher demora muito mais tempo que o homem para chegar ao orgasmo, isso quando chega; sei que muitas não ficam "prontas" apenas ao pensar sobre sexo, ao ver algum homem pelado, etc.
A mulher, não...algumas mulheres por razões emocionais tem algum tipo de bloqueio que se chama de anorgasmia ( anorgásmica é a pessoa que não chega ao orgasmo). Relatos de incapacidade física por falta de enervação são raros. A maioria dos casos é de fundo emocional. A menos que a mulher tenha sido cincuncisada.
E normalmente há de tudo, como você falou, dependendo de fatores como educação, bloqueios emocionais e óbviamente da química com o homem em questão. Afirmações como dizer que mulheres não se excitam com imagens e pensamentos é uma bobagem sem fundamento algum, realmente.
Realmente generalizei na primeira parte. Mas no geral as mulheres não demoram mais que os homens?
Olha, seria necessária uma pesquisa in loco gigantesca, coisa que alguns cientistas sexuais já tentaram fazer, como o casal Masters & Johnson nas décadas de 50 e 60 . Como o momento era de pré-liberação de tabus, ainda mais nos EUA, com uma sociedade tão repressora e moralista, alguns resultados ali me parecem muito tendenciosos. Eu li muito os trabalhos do casal na década de 70 e 80. Mas confesso que não lembro de muita coisa.Kaplan, discípulo dos dois, fez mais pesquisas deste tipo na década de 70.
Se não me engano existem algumas fases durante a relação sexual que são atravessadas por homens e mulheres: excitaçãoplatô, período refratário,clímax, e resolução - mas não é essa a ordem.
Se colocarmos estas fases num gráfico cartesiano num dos eixos e a variável "tempo" no outro, podemos observar como em cada relação homens e mulheres vão reagindo, com uma diferença básica: homens são incapazes de voltar ao periodo excitatório após o orgasmo, migrando naturalmente para a resolução, onde os sinais de excitação corporais começam e voltar aos níveis normais, euquanto as mulheres podem retornar á fase anterior ou ficar nela, prolongando a sensação de orgasmo por mais tempo, ou tendo orgasmos múlitplos, como numa montanha russa. Estas diferenças é que costumam trazer a sensação de que a mulher é mais demorada ou "complicada", quando na verdade ela tem um período de clímax mais longo. O que também acontece é que a pressão cobrada das mulheres nas últimas décadas pela busca do prazer a quaquer custo ( depois de séculos de repressão ), traz angústia e bloqueio semelhante à sofrida pelos homens pela pressão em não falhar.
Tirando isto, há mulheres que respondem sexualmente de várias formas, incluive as que nem conseguem chegar à penetração, pois entram em clímax antes. É um vasto e interessante assunto o estudo da sexualidade humana.
E digo mais, os homens em geral não têm a mais leve noção de muitas coisas a respeito das mulheres, pois se importam mais consigo mesmos, ou se sentem constrangidos de perguntar.
E é lamentável que falte tanta educação sexual. Os mitos e lendas,assim como noções equivocadas de parte a parte são ainda impressionantes. E as religiões ajudam, claro.
período refratário,cllímax, platô e resolução
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Jack Torrance escreveu:Já é difícil com a mulher consentindo e sendo estimulada, o que seria no caso de uma violência sexual? Caso ocorra alguma forma de prazer, é numa ínfima parcela dos casos.
Mas aí é que está. Não há causalidade, ou relação alguma entre uma coisa e outra. Uma mulher altamente erotizada, com uma libido fortemente formada, que tenha orgasmos múltiplos ou seja facilmente excitável, não vai necessariamente sentir um mínimo de algo que se possa chamar de sensação considerada de prazer. Muito pelo contrário. Ela pode "morrer" sexualmente a partir daí. Então o "SE" não se aplica. Prazer é prazer e violência é violência. Eu só considero que algum prazer possa ser sentido por uma mulher numa situação destas, se por acaso ela for também alguma masoquista doente.
Respondo a mesma coisa que respondi na minha primeira resposta deste post.
Então leia lá a minha resposta.
Ah uma coisa interessante que praticamente acaba com a possibilidade de haver lubrificação que depois evolua para as fases todas que resultam em prazer, é que a explicação fisiológica para lubrificação vaginal é a de que ela é o sinal de que a mulher está "respondendo POSITIVAMENTE aos estimulos sexuais do parceiro". Um estupro não é nada disto, então seria um absurdo-e uma hipótese de quem realmente não entende de sexualidade feminina-imaginar uma coisa destas num episódio de violência sexual.
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Jack Torrance escreveu:Concerteza.
Com certeza.

PUTA QUE PARIU!!!
Não acredito que errei no "com certeza".
