"Os problemas que têm sido creditados ao câmbio, na verdade, estão relacionados a deficiências profundas do ambiente de negócios no Brasil", afirma o economista americano Barry Eichengreen, professor da Universidade da Califórnia e uma das maiores autoridades mundiais no estudo de políticas cambiais. "Mirar a taxa de câmbio é olhar para o lado errado."
A experiência do grupo gaúcho Randon -- fabricante de tratores, carretas e autopeças que fatura 1 bilhão de dólares por ano -- é emblemática para ilustrar esse ponto. Recentemente, uma das empresas do grupo deixou de vender 3 000 carretas a um cliente americano após perder uma concorrência para a chinesa Cimc. Até aí, poderia ser apenas mais um exemplo da superioridade chinesa em termos de competitividade produtiva. Mas, nesse caso, a perda nada teve a ver com qualidade ou tecnologia. Tanto que, assim que os chineses fecharam o negócio, vieram atrás da própria Randon para comprar justamente a parte mais nobre da carreta, o eixo, já que eles não tinham condições de atender às especificações dos americanos. O item que tirou a Randon do negócio foi o preço, e, nesse caso, o vilão não foi o câmbio, na época na casa dos 2,30 reais. Do valor de 20 000 dólares cobrado pela carreta brasileira, 4 000 correspondem a impostos embutidos nas matérias-primas utilizadas em sua fabricação. Do lado chinês, os impostos totalizam 400 dólares -- isso por causa dos eixos brasileiros. Caso a carreta fosse integralmente fabricada na China, teria imposto zero. Lá, as exportadoras que operam nas zonas livres não pagam nenhum tributo, nem mesmo os incidentes sobre energia elétrica, telefonia e mão-de-obra. O pior da história é que em 2008 a Cimc começará a produzir o eixo tal qual os americanos exigem. Resultado: a Randon perderá também essa venda. Pode parecer pouco para uma companhia que vem apresentando um crescimento fabuloso nas exportações, que passaram de 85 milhões de dólares em 2005 para 210 milhões no ano passado. Mesmo assim, seus sócios e executivos estão preocupados.
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Abraços,
O Nosso Problema não é o Câmbio
- Aranha
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Ben Parker
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Seria a caixa de direção?
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Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
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500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
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Deu no que deu !!! ...

- O ENCOSTO
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Não entendi.
Então, quer dizer que ninguém gosta de importar impostos?
Poxa! Como pode?
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Poxa! Como pode?
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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- Aranha
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O ENCOSTO escreveu:Não entendi.
Então, quer dizer que ninguém gosta de importar impostos?
Poxa! Como pode?
- Pior é que se não fosse pelos chineses o negócio ainda rolava.
- Mesmo não rolando ainda pegamos uma rebarba.
- Deus é brasileiro mesmo....
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Ben Parker
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